Poemas de Dança
No palco da vida, a incoerência dança,
Em passos incertos, a mente se balança.
Contradições se entrelaçam no ar,
Enquanto o coração tenta se encontrar.
Promessas quebradas, atos sem razão,
O comportamento oscila, sem direção.
Caminhos tortuosos, sentimentos à deriva,
A incoerência na alma, uma ferida viva.
Mas na dança da vida, há espaço pra mudar,
Reencontrar o equilíbrio, recomeçar.
A coerência se faz, como a luz no escuro,
E na harmonia das ações, encontramos o futuro.
Assim, na busca da verdade e do ser,
Deixamos a incoerência para renascer.
No palco da vida, a dança é constante,
Mas com coerência, seguimos adiante.
Vivo com respeito ao tempo
que ritmado dança o momento,
ao corpo que explana
as atitudes pelos poros a um olhar,
aos valores que se aliam
às jornadas idealizadas desde sempre aladas.
Na dança da vida, frágeis como a flor,
Buscamos a luz, noite e dia, sem demora.
Embalados por sonhos, sem temor,
Persistimos na busca, em busca da aurora.
Cada batida, um suspiro de incerteza,
Nossos corações de vidro, frágeis e à mercê.
Mas é nessa vulnerabilidade, com certeza,
Que encontramos a beleza que nos faz renascer.
Então, quebrando as barreiras da insegurança,
Reconstruímos nossos corações com esperança.
Na teia do amor e da vida em constância,
Descobrimos o valor da nossa própria bonança.
Soneto: Sedução e Desejo
Na dança das estrelas, a sedução,
Um jogo ardente de desejo e fogo,
Teu olhar, chama acesa, tentação,
Em cada gesto, um convite, um jogo.
Na pele, o tato suave, feitiço,
Carícias que incendeiam a paixão,
Desejo que se acende, como um vício,
Nos labirintos do meu coração.
Tua voz sussurrando segredos quentes,
Em versos que revelam a luxúria,
O tempo para, e nós, serpentes,
Dançamos na luxúria, sem censura.
Sedução e desejo, nossa sina,
No calor do amor, a noite ilumina.
Na dança sutil da existência,
Entre risos e sombras dançantes,
A vida se revela em sua essência,
Tece histórias, misteriosas e fascinantes.
Nos caminhos tortuosos do destino,
Desvendam-se segredos, se escondem enigmas.
Entre o efêmero e o divino,
A vida desfila, cheia de intrigas e estigmas.
Em cada suspiro, um instante efêmero,
Um fragmento do eterno em constante mudança.
A vida, discreta em seu mistério supremo,
Flui como um rio, em busca da esperança.
Nas entrelinhas do tempo, o amor se entrelaça,
A vida, poesia eterna, em cada alma que passa.
Na dança intricada entre o efêmero e o eterno, a morte não é apenas um fim, mas um eco que ressoa na eternidade da beleza que deixa para trás em um toque celestial ao ato final...
No vasto céu da liberdade,
O amor dança em harmonia.
Sem amarras, sem maldade,
Ele brilha em plena sintonia.
Corações livres, a voar,
Desvendam o infinito encanto.
Em cada gesto a se entrelaçar,
Amor e liberdade são um só canto.
Nas asas do amor, a alma voa,
Livremente pelos campos a flutuar.
E a liberdade, fiel companheira,
Faz o amor sempre se renovar.
Que juntos, amor e liberdade,
Inspirados na mais pura verdade,
Sejam farol de felicidade,
Neste poema curto de eternidade.
Na dança celeste, a lua brilha além,
Atraindo olhares, sonhos que vão além.
A mão estendida, em busca do esplendor,
Toca os céus, almejando o seu fulgor.
Nessa jornada, dedos se estendem sem medo,
Arranham estrelas no céu tão cedo.
A dor se entranha, marca da paixão,
Que desafia limites em busca da ilusão.
Ah, doce tentação no firmamento erguida,
Encanta os olhos, mas fere a vida.
O desejo ardente, a busca sem igual,
Rasga a pele, mas o sonho é real.
Nessa busca etérea, a alma se eleva,
Embora a dor, a vontade releve.
Porque no anseio por algo tão distante,
Reside a beleza do sonho constante.
A lua brilha além, além do alcance humano,
E nós, na busca, seguimos em profano.
Pois na jornada por algo sublime e raro,
Encontramos beleza, mesmo no árduo amparo.
Encontro de Almas
Na véspera do encontro, a ansiedade dança,
Por entre os pensamentos, um turbilhão de esperanças.
A noite cai, o momento aproxima-se, tranquilo e denso,
Sob o manto da lua, dois corações em suspense.
Primeiro Olhar, Sintonia Desvendada
Quando seus olhos se cruzam, o tempo para,
Em um universo paralelo, onde apenas eles habitam, claro.
Um olhar que fala línguas desconhecidas, mas entendidas,
Nessa troca silenciosa, mil palavras são ditas.
União e Contraste
Como duas estrelas em colisão, suas energias se fundem,
No toque, a aspereza e a suavidade se complementam.
O desejo há muito contido emergindo tumultuado,
Num beijo que é encontro de mar e rochedo, entrelaçado.
Momento Êxtase
Respirações tornam-se ofegantes, mãos buscam sem pudor,
No calor desse enlace, perdem-se todos os controles.
Entre carícias ousadas e sussurros abafados,
Um estado de loucura momentânea, juntos naufragados.
Assim, em cada toque, olhar e sussurro compartilhado,
Uma história de paixão, intensamente engravidada.
No fim, o silêncio fala pelos dois, plenos e saciados,
O amor dita o ritmo, em suas almas, eternamente entrelaçado.
Por campos de sonhos, onde a mente se entrega.
E na dança das estrelas, o coração incendeia,
Em labirintos de ideias, a alma se apega.
Histórias de amores, de lutas e de dor.
No horizonte incerto, o futuro se sente,
Como um novo amanhecer, carregado de fervor.
Com passos firmes, sigo o caminho traçado.
Na busca incessante, a esperança me consola,
Pois é na fé que encontro o destino desejado.
Nas sombras da alma do poeta, a depressão dança,
Um fardo pesado, uma dor que avança.
Em versos sombrios, ele expressa sua tristeza,
Em cada palavra, a angústia e a incerteza.
Caminho por estradas de memórias,
Onde o tempo dança em silêncio,
descubro seus segredos nas entrelinhas,
Desvendo mistérios no seu coração.
Cléber Novais
Mas afinal o que é a dança de salão?
É muito além de dois corpos e um abraço,
É mais que dois seres num palco.
O brilho, os aplausos, as sensações, a pele...
Dança de salão é teoria, é educação, é reeducação, é o reinventar.
Dança de salão é tudo isso e muito mais,
Talvez sim,
Talvez não.
O é...
Nas sombras dos morros, histórias cruas,
De uma cidade que dança entre luzes e breus,
Violência oculta nas vielas, ruas,
Rio de Janeiro, onde o sonho perdeu.
No alto, palácios de zinco e saudade,
Onde a vida resiste, à margem do olhar,
Em becos estreitos, o grito da cidade,
Ecoa silencioso, difícil de calar.
As crianças brincam, sem medo do perigo,
Num mundo que esconde, um caos desmedido,
Entre balas perdidas e o amor bendito,
Semeiam esperança, num terreno erguido.
Nos olhos dos jovens, a revolta brota,
Uma guerra invisível, sem fim, sem derrota,
Onde cada esquina, guarda uma história rota,
De um futuro incerto, que a fé não adota.
O caos social, um monstro adormecido,
Desperta a cada aurora, faminto, destemido,
Na luta diária, um povo esquecido,
Busca na poesia, um refúgio perdido.
O Rio de Janeiro, ferido, encantado,
Contrastes que brilham, num cenário desenhado,
Onde o belo e o feio, num quadro mesclado,
Retratam a cidade, num verso apagado.
Os morros que cercam, são guardiões da verdade,
Espelhos de um Rio, que clama liberdade,
Entre becos e tiros, mora a realidade,
De uma cidade partida, em eterna dualidade.
No campo, a mulher dança com leveza,
Entre flores e frutas, sua beleza.
O entardecer pinta o céu com cores,
Dourados e rosados, como amores.
Seus passos são suaves, como pétalas,
Ela sorri, envolta em luz e calma.
As árvores sussurram segredos antigos,
Enquanto ela dança, entre sonhos amigos.
As cores se misturam, num abraço terno,
Ela é parte da natureza, do eterno.
O campo é seu palco, a dança sua canção,
Mulher e entardecer, em perfeita união.
Nas trilhas verdes, onde a luz dança,
A lente captura o instante que avança.
Pássaros no céu, em voo sereno,
E o pôr do sol, com brilho ameno.
Flores, rios e montanhas majestosas,
Natureza em suas formas grandiosas.
Cada clique, um pedaço de eternidade,
Imortaliza a pura simplicidade.
Em meio à beleza, já se faz presente,
Uma assinatura, um selo, um repente.
O logotipo, registro do olhar,
Que ao fotógrafo dá seu justo lugar.
Não é só a imagem, mas quem a molda,
O artista que ao momento dá sua solda.
Cada foto é uma obra genuína,
Honra o olhar que a visão aprimora e destina.
A marca registrada, guardiã do talento,
Protege a visão e o seu intento.
Em cada logo, uma história contada,
Cada foto, uma memória eternizada.
Leila Farias
Como são belos e mágicos os momentos que a vida nos proporciona
É como uma dança nas nuvens, embaladas pelas rajadas do vento
Onde nossos pés já não podem mais sentir o chão,
Mas a vida vai seguindo sutilmente, deixando um rastro de emoção em forma de poesia
No alma de cada ser, que vivencia a experiência da vida
Saudade
Na vastidão do tempo e do silêncio,
O amor se entrelaça com a saudade,
Como uma dança etérea de lembranças,
Que ecoam na alma em tempos de solidão.
No coração, o amor deixa marcas profundas,
Cicatrizes suaves de momentos vividos,
E na ausência, a saudade se ergue como um rio,
Que flui entre a melancolia e a esperança.
Solidão, companheira de tantas noites,
És a testemunha silente dos suspiros,
Dos sonhos que se desenrolam na penumbra,
À espera do toque que acalma a alma inquieta.
Mas mesmo na solidão, há uma chama,
Uma luz tênue que nunca se apaga,
É o amor que transcende o tempo e o espaço,
É a saudade que pulsa como uma canção.
Assim, no tecido da existência humana,
O amor, a saudade e a solidão se entrelaçam,
Formando um poema eterno de emoções,
Que ecoa na eternidade do coração humano.
Reciprocidade
Na dança suave dos corações,
Encontro-me em teus olhos,
Um espelho de sonhos e emoções,
Onde o amor se traduz em trilhos.
É na ternura do teu toque,
Que floresce a primavera em meu ser,
Cada gesto teu, um sonho que evoca,
E juntos, aprendemos a viver.
Como dois rios que se encontram,
Num abraço eterno de águas calmas,
Nós nos tornamos um só instante,
Duas almas, uma só chama.
Teu riso é música que me guia,
Teu abraço, o porto que me acalma,
Em cada dia, uma nova melodia,
Escrita com a tinta de nossas almas.
E se o tempo for nosso aliado,
Cada dia um verso do nosso livro,
Que seja eterno esse fado,
De amar e ser amado, sempre vivo.