Poemas de Dança
Apenas Um
Dancemos!
Vem ser o ápice da minha alegria
Dança e penetra-me com teu olhar
Traz-me a bailar, a nostalgia
Enlaça-me deliciosamente, a girar
Atando-me através da fantasia
Seduzindo-me na ventura de acreditar
Ser-mos apenas um, em eterna sincronia!
Ver Som II
“O mundo é nosso palco.
A vida é nossa arte, nossa dança.
Nós somos os bailarinos e artistas.
Protagonistas que somos,
Devemos escolher o que e com quem
Queremos dançar.
Apresente sempre um show inesquecível!
Nunca deixe o espaço da dança vazio...
Dance com os Anjos,
Brinque com as estrelas,
Siga sempre cantando e bailando!
As estradas do Universo
Conduzirão- te à festa no Cosmo!”
Chove em Porto Alegre
Dia de chuva, nuvens de chumbo,
A dança dos guarda-chuvas na rua.
As pessoas caminhando apressadas,
Sem querer se molhar...
Cuidado a poça menina,
Das árvores caem pingos,
E ainda por cima,
O descuidado motorista do ônibus que passa,
Encharcando os desavisados pedestres...
Vou colocar botas de chuva vermelhas,
E usar uma sombrinha laranja,
Para alegrar um pouco este dia...
NOTURNO
A saudade
inspira essa noite.
Véu nebuloso da noite,
que envolve a dança fria:
Mão na palma da minha,
ouvido ao som do teu respiro.
És distante,meu amor.
Mas és tu neste noturno,
a estrela maior.
Tão solitário.
Eu só.
A canção que te aproxima
curva meu dorso crú.
Acendestes as luzes desta noite...
És distante,meu amor.
Mas és tu neste noturno,
a estrela maior.
És meu neste noturno.
Eu tua por deslumbro,
feito anéis de Saturno
a nos casar.
Dança sem dimensões coração antes de vê-lo
Já até me acostumei que agora se acalma
Que não tem mais água nas mãos
Nem mais asas batendo no estômago
Que quando o vejo
Bonito e azul
De olhos gentis
Ela chega vaidosa e sorridente
Todo mundo logo sente seu perfume pelo ar
Ela dança com um swing diferente
Vai pra trás e vai pra frente, vai descendo devagar
Essa gata tem um jogo de cintura
É uma uva bem madura e a galera quer provar
Vagabundo tá na rua da amargura
Anda cheio de fissura mas sou eu que vou pegar
Só no sapatinho, ôh, ôh
Só no sapatinho, ôh, ôh
Só no sapatinho, ôh, ôh
Estão querendo disputar o meu espaço
Invadir o meu pedaço, mas não vou dar mole não
Já andaram rastreando o meu caminho
Pra saber se eu tô sozinho ou se tô nesse avião
Estão querendo me vencer pelo cansaço
Pra saber o que é que eu faço, mas quem fala é vacilão
Meu tempero, tem amor e tem carinho
Vou comendo bem quietinho, pra não dar indigestão
Só no sapatinho, ôh, ôh
Só no sapatinho, ôh, ôh
Só no sapatinho, ôh, ôh
A dança das cabeças
Uma cabeça sobre o seu pescoço
Feito um caroço
Em sua própria fruta
faz a luta
E o campo de batalha
E na batalha
As cabeças rolam por aí
O pensamento
É vento, fogo e sina
Que ilumina
E faz escuridão
É pura saga cega de batalha
É navalha
E as cabeças rolam por aí
Uma palavra
Crava e crava forte
Cheirando sorte
Amor e traição
Cuidado língua com sua cabeça
Não esqueça
Que as cabeças rolam por aí
As cabeças rolam...
Soltas nas dunas de areia
Cabeças de vento se deixam rolar
As cabeças rolam...
Doidas na selva de pedra
Na perda do sol,na cinza do ar
as cabeças rolam...
pelas escolas, nas colas
Nas bolas em tudo o que possa rolar
As cabeças rolam por aí...
3º ano CCF GEO - 2009
Se uma manhã durase uma vida
se a dança nunca acabasse com os seus passos
o tempo que não permite a manhã e a dança
são as saudades de um tempo
um tempo que nunca volta mais
as lembranças que restaram
lembranças em um carbono antigo
não reproduz a mesma imagem
as faces de cada amigo
o tempo reverteu nossa ilusão
criou a realidade do passageiro
e fica preso no passado
cada sonho verdadeiro
estudando um espetáculo
vergando os aplausos
durando um ano inteiro
A dança do amor só acontece quando os dois estão juntos e os passos se sincronizam. É preciso que ambos saibam dançar, pois não basta ser conduzido, os gestos só ganham harmonia no movimento em conjunto. É preciso que haja troca, é preciso que haja cuidado, é preciso que haja um brilho no olhar.
Eu amo feito cisne que desliza e te convido… me dê a mão? Dança comigo, amor, ao som desse bater do coração que pede enlouquecido para que tire dos pés esse peso e que se deixe voar… Voar pelo chão, porque quem ama tem asas no coração.
Cansada, latente, arrogante e pouco vista
Dor de garganta sempre no final da dança
Mastigo meu odeio com rancor latente no coração
Constrangimento, míope, cega, como queira chamar
Tenho pressa que regressa no meu paladar a dor
Que batendo se mistura ao cansaço, visto - falado
Que se torna em mim uma montanha de elevador.
Era engraçado a dança
Meus pés cansadas
Meus cigarros
Minhas vidas
As suas, que foram minhas
As minhas que foram suas
Sufocadas
Eu apenas queria respirar
Não te deixar.
Tarde de domingo
O céu está chorando
e o vento fala de amor.
Observo a dança das árvores!
A tarde solta minha mão e se vai...
A noite se apresenta...
e com ela a solidão.
Dança do amor
... E ela dança...
Com seu corpo nu...
Na lua "cheia de amor”,
Para dar...
E pulsa em rodopios incontidos...
Sangue nas veias,
Paixão...
Emerge do fundo do mar com seus lábios rubros,
Agora sem véus...
O ventre incendeia em desejos,
Num incessante prazer, amar...
Beija, com boca salgada...
Beijos com gosto de mar.
Um sorriso
A música, a dança do meu pensamento,
Viajando para além do espaço que alcanço;
Um papo com amigo, um sorriso...
Que fez hoje o meu sorriso sorrir...
Um dia pronunciando o fim.
Abro a janela, entra a luz;
Gal cantando “Folhetim”.
Olho pro nada de tudo
Que no fundo é assim:
Passageiro, ou até quando?
Mas, viver é bom;
Ruim é não saber viver.
Mas tudo vale, tudo vale muito
(Pesado no quanto vale).
Agora o Sol cai,
Caindo... Qual a canção suave...
Da Ave Maria... Fim de Tarde.
Eu imagino o silêncio vindo de uma floresta
Com folhas secas no chão, com passarinhos nos galhos.
E ao longe um humilde casebre...
Foi o papo que me deixou assim...
Poética e leve.
Sem dança, não vivo.
Se não vivo, morro.
É meu oxigênio,
minha alegria,
minha diversão.
...Dançar é muito bom!!!!
A cabeça quando inquieta
Não pende apenas para uma vertente
Joga nos dois times
Dança que nem valsa
Pra lá e pra cá
No maniqueísmo
Parece barata tonta
Corre para todos os lados
Exerce sua obsessão de observar e inventar
Num tiroteio criativo
Salva e fere as idéias
Das bonitas, agridoces até as mais escrotas