Poemas de Cores
A minha arte poética
leva as cores do carinhoso
Jacarandá-do-litoral
espalhando as suas pétalas
amáveis e belas por São Paulo,
Apreciando tanta beleza assim
fico com o coração calmo.
A minha arte literária leva
as cores do Jacarandá-do-brejo
reverenciando o Universo,
Amar o meu Brasil Brasileiro
é o meu destino certo
mesmo que tudo tente me desafiar
porque o amor abrigado
no meu peito é forte e eterno.
Estrelado se encontra
o céu que pedirei emprestado
para escrever poemas
com cores latino-americanas
para o meu divino amado.
Enamorado com grandeza
sei que ele me retribuirá
com a devoção de quem
guarda a fortuna no cofre
seguro bem trancado.
Encantado o coração se fará
rendido muito mais do que
em mil e uma noites de amor
e com você nos braços viverá
para fazer o nosso amor honrado.
Recebi a dádiva de escrever
Versos Intimistas
com as cores das flores
do Ipê-rosa para fazer
você morrer de amores.
Os meus Versos Intimistas
surgiram entre as cores
dos majestosos ipês no meio
da Cidade de Rodeio
que fica no Médio Vale do Itajaí,
em com igual dimensão
do Pico do Montanhão
capaz de alcançar
o seu distante coração.
A minha inspiração feita
de apego a terra,
com as cores dos ipês
pendurou no Cordel
do Universo os meus
Versos Intimistas
para que derretam
de amor o seu coração
mais de uma vez,
porque meus olham
percebem toda
a provocação que você fez
e não canso de desejar a tua tez.
Minha magnífica Piúna
que as suas cores empresta
aos meus Versos Intimistas,
Amar é uma decisão que
deve ser renovada todos os dias.
Versos Intimistas floresceram
com as cores do Brasilete
sob o Sol da amada Bahia,
Devoto cada linha e cada rima
para o amor da minha vida.
O hábito suprime as cores, incrusta, esconde: partes da nossa vida afundam-se gradualmente na inconsciência e deixam de ser vida para se tornarem peças de um mecanismo imprevisto. O círculo do espontâneo reduz-se; a liberdade e novidade decaem na monotonia do vulgar.
É como se o sangue se tornasse, a pouco e pouco, sólido como os ossos e a alma um sistema de correias e rodas. A matéria não passa de espírito petrificado pelos hábitos. Nasce-se espírito e matéria e termina-se apenas como matéria. A casca converteu em madeira a própria linfa.
O amor compõe-se
de todas às cores,
quê à noite e o dia não subtrai,
às vezes, cobre-se nas nuvens,
certas vezes no pôr-do-sol,
e no olhar da lua,
tem o além d'profundeza do mar,
e dura como tempo, e não deixa pairar solidão.
Cores
Vivi nesse meu mundo cinza a muito tempo, precisei sair para buscar um pouco de vida. Saí em busca de algumas cores, encontrei uma ou duas mas não achei muita graça nelas. Procurei e procurei, até que um dia te encontrei, eu me aproximei e gostei do que vi, você carregava várias cores e por você, eu me encantei... Te trouxe para o meu mundo e com muito carinho nós dois colorimos tudo, trabalhamos sem parar e deixamos as coisas cheias de vida. Quando enfim terminamos, eu quis admirar o que fizemos, mas com todas essas suas explosões de cores você não conseguiu ficar para admirar comigo, você teve que partir para fazer outras obras...
Você coloriu meu mundo e foi embora. Me deixou aqui pensando... Não seria melhor ter deixado tudo preto e branco?
Slá, só mais um café.
Viver em cores
E a mim mesmo me permitirei amar
Se irei me magoar?
Quase certeza que sim
E o que importa?
Melhor é se machucar ou não ter vivido?
Feridas se fecham
E a esperança só reside aonde tem vida
Na morte as feridas não são sentidas
Pois não há sensibilidade
Melhor é ter dor, que não sentir nada
Darei uma chance ao amor
Darei chances a vida
Vou viver!
Serei!
Venha vida, venha dores, que venha as decepções, os medos e o ciúme.
Que venha as cores e vá embora esse preto e branco
Na dança em câmera lenta das flores
A seiva embriagante, o cheiro das cores
Raio de Sol entre as folhas, vértice de luz cintilante
Um amor em construção
RELVA - CAPITULO 9
De todas cores que agora vejo, a mais bonita é o azul do peixe beta que está no aquário em meu quarto. Minha mãe a chama de Luna, embora eu ache engraçado chamar um peixe pelo nome como se fosse um gato ou um cachorro. .
Luna, tem sido minha companheira. Ela em seu aquário sob a cômoda e eu no meu aquário chamado quarto. Somos assim. Cada um de nós leva a vida semelhante ao peixe que me refiro. Temos nosso próprio habitat limitado
.
Nossas amizades aquário.
Nosso trabalho aquário.
Relacionamentos Aquário.
.
Qual de nós não conhece alguém que vive pura e simplesmente por aparência, com a vida cheia de flores de plástico, pedrinhas simulando o fundo do mar, Luna tem um boneco simulando um mergulhador soltando bolhas vinte e quatro horas sem parar. Rotina insana. Falso oxigênio. Embora mórbido. Luna parece feliz, desliza o dia inteiro pela extensão do quadrado de vidro. Vez ou outra adormece e fica em um cantinho. Logo se acende quando minúsculos grãos de atenção caem na superfície da água
.
.
Nós humanos somos assim, vivemos em nossas vidas aquário, nossas lágrimas se misturam à água do aquário cotidiano
.
Meus pais são assim, vivem uma vida de aparências, a mais de 25 anos. Me sinto culpado pela infelicidade deles. Permaneceram juntos "para-cuidar-do-filho-cego" todo esse tempo; hoje não mais. Agora que enxergo. Sou a carta de auforria dos dois. Porém algo me diz, que mesmo infelizes, eles continuarão juntos. Convivendo na mesma água. Vida de plástico, sem cor. .
.
Eu e Sara faremos um trato, de não permitir que nossa vida seja um aquário, somos peixes de oceano
.
.
Amor Oceano
.
.
.
.
CONTINUA
ELA
Ela carrega um silêncio de lua
E as cores de um fim de tarde.
Por onde passa perfuma a rua
E a noite ilumina a cidade.
Ela carrega um brilho de sol
E as horas perdidas de um relógio sem ponteiros.
Ela me fisga com um sorriso anzol,
E me pesca e me prende por inteiro.
Esperando você
Há muitas flores, uma floresta virgem de cores vibrantes e montanhas,
Há muita beleza, uma vale e um lago refletindo o Céu,
Há muita esperança, um barco e uma casa no topo de uma colina,
Há uma reserva de amor, esperando você.
Beleza de entardecer ,
mágico , rico em cores
faz lembrar nossos amores
esquecer as nossas dores
A natureza se cala ,
tudo ao redor é silêncio
Parece que a natureza toda
se põe em oração
se perdendo em contemplação
cores fortes,
cores ofuscantes
mistura de tons
brilho incandescente
pra completar a beleza
uma imagem enigmática
dos raios solares em junção
braços abertos do Criador
a sugerir a extensão
De tão exuberante criação
Na beleza do cenário
meu pensamento voa
minha alma cria asas
se arrebata e se permite
ser ternamente acolhida
sentindo-se protegida
Por aquele que lhe deu a vida
venerável Criador
Edite lima, NOVEMBRO/2019
CORES
Onde estão às cores
que o mundo não tem
mais, tudo está cinza
e o preto mais preto.
Perto de mim não vejo
nem a cor do azulejo
que reflete meu malejo.
Meu almejo era sumir
ou só sair sem lugar
para ir, do oriente ao
ocidente e um vazio
em mim.
O preto e o branco estão
habitando os meus olhos,
mas tudo poderia ter aquelas
cores que havia nas flores
do meu jardim.
Me guardo em formas, curvas e cores
Te guio pelos meus aromas
Me desfaço em lombra me refaço em sombra
Só pra me aproximar de ti
E sobre ti me debruçar...inteira.
Isolda L. A. Tavares.
A roupa dos dias
A elegância sempre aparecia silenciosa.
Não disputava com as cores dos dias nem com o brilho dos céus em tempos de proclamo.
A elegância é muda.
Modificava de estação e nunca de alinho.
Misteriosa e sem explicação.
Discreta e sabiamente sensacional, a elegância tinha seu espaço sem brigas no mundo interrogado.
Ardilosa era a verdade desvestida.
Sem medos e sustos desfilava com finura.
Era mágica, emblemática, sem artifícios.
Acordava faminta e dormia com todas as dúvidas sangrando.
Não, nunca, jamais queria ser reconhecida e seu caminho de fuga era desaparecer.
A elegância induz sem duelos.
O artifício era ser semelhante e macia, como um idêntico caçador. A elegância não era loura nem trigueira, transpirava calada e nos encontramos.
Meu coração não acelerou, a pressão permaneceu inalterável, o estômago não borbolhetou anseios, inalterou e persistiu no mesmo lugar.
Fiquei a olhar se aproximar toda emudecida, sucumbindo ao total silêncio.
E todos os ares emudeceram, a elegância estampou serena, densa e indissolúvel.
Tinha os olhos pequenos, obliculares, maquiados de preto.
No mimetismo que a escondia ela desfilou manchada por segundos,
com cuidado entre as burcas do capim cerrado. Tive inveja do ser bicho.
Onça.
E o animalesco da covardia em mim passa a permanecer e desafiar
a benevolência, somente aspirando bom gosto.
Livro Pó de Anjo
Autora: Rosana Fleury