Poemas de Confusão
Há quem confunda confundir com confusão.
Existe uma sutil diferença entre frequentar, participar e comungar ideias.
A maioria das pessoas frequenta um clube ou uma academia de ginástica pelo equipamento que ele possui e que lhe permite praticar uma atividade e não porque comunga das ideias ou ideais dos muitos frequentadores. Algumas academias vem tentando isso com pouco sucesso.
Clubes de servir e associações como o Rotary, Lions, sindicatos, associações de comerciantes, de advogados e de outra profissão, têm como escopo juntar pessoas que comungam das mesmas ideias e ideais com a finalidade de proporcionar bem-estar a muitos pelo trabalho organizado de todos, sob a liderança de alguns.
Não espero com essas palavras, que não são definições, esgotar o assunto e sim observar quão pequeno é o resultado quando as pessoas confundem a finalidade de cada coisa e principalmente quando essa confusão é gerenciada por pessoas que visam subverter a ordem nas prioridades, com a finalidade de obter vantagens para si e para uma pequena parcela dos participantes, voluntários ou não, esses muitas vezes obrigados por convenções com as quais não concorda e não foram chamados para participar da sua constituição.
Não vou entrar em detalhes, esse é um assunto onde cada um sabe como e por que é obrigado a participar de grupos com os quais não tem nenhuma sintonia, sendo muita vezes confundido com a escória que se apodera dessas associações transformando-as em quintal vizinho da própria casa.
Dias vento
N'outros tormento
Dias calmaria
N'outros confusão
Dias Sim
Dias Não
Melodia silente
Mar saliente
Barco sem rumo
Canção desritmada
Bicho solidão
Alma alada
Instinto vulcão ...
Assim são meus olhos
refletindo minh'alma
querendo dizer-me mais nada .
Mas que confusão é essa que você faz.
Chega sem avisar,tirando minhas certezas do lugar,revirando meu passado.
Parece que sente prazer do caos que provoca.
Precisa sempre ter alguém nos teus pés,
não vive bem sozinho,nem acompanhado.
Gosta do estrago,da bagunça,da desordem.
Por isso não dá certo com ninguém,
tem essa necessidade de auto-afirmação,
de ser O cara.
Tenho pena,do vazio que te espera mais na frente.
Você pode fazer qualquer uma cair aos seus pés,
menos eu,não mais.
confusão
era ela
a quem sempre procurei
que quando achei
achei que não achei
que era ilusão
fruto de minha imaginação
era linda
bela
misteriosa
e encantadora
ela simplesmente
era ela
a qual me encantou
e em estantes
procurei saber seu nome
seu endereço
seu telefone
procurei tudo que podia
e que não podia saber
me apaixonei
não imaginei
que ela seria assim
tão humana
tão imperfeita
tão bela
e exatamente naquele instante
eu tropecei
e quando novamente olhei
ela ja não estava ali
mas quem disse que eu desisti
mal comecei a imaginar
nosso futuro
e não iria acabar assim...
e todo dia eu estava lá
na mesma hora
no mesmo lugar
pra novamente os teus olhos ver
e dentro deles me perder
nesse universo de paixão
de emoção
a qual quero explorar
mas eu nem sabia o que dizer
e quando fui falar com você
só consegui pronunciar
Olá
Ele é confusão,
Aturde, deprime e consola.
Ah!, como ele me amola,
Mas sem ele a tarde perde a graça
Ele é depressão,
devaneio, erudição
Ele é falsa delicadeza,
sutileza e inapropriação
Conhece-lo de todo é improvável
Desconhece-lo de muito é imprevisível
Dissimulado e cândido
Rubro no pensar
Difícil de tolerar
Bom de abraçar
A vida é bela
Ela, não dá trela
Pra confusão, passa sem complicação
Da um sorriso para o tempo, e não espera não
Corre o como corre, mais que o papaleguas
E pior não deixa recado pros desavisados
E se você parar, para trás ira ficar
Não conseguirá acompanhar, o ritmo dessa louca e afobada
A vida que só sabe correr, sem tempo pra ela viver
Desvairada apelidada de vida moderna.
Nem sempre sou tão esquisita assim... No mundo onde moro a minha confusão me entende e vivo perdendo coisas que nunca tive.
Sou um tipo estranho que sai às ruas rindo sozinha e cantando umas musiquinhas mais estranhas ainda que eu acho que foram feitas pra mim.
Vivo à base de coração disparado e à espera de um amor que me salve da boca do dragão!
Aliás, no meu mundo tem um ET que diz ser EU!
PRIMEIRO DE ABRIL:
Hoje, a verdade, de cena se retira
Para não causar nenhuma confusão.
Pois o dia é todo da senhora mentira,
Que como se sabe, tem curta duração.
Porém, carece agora o povo protestar,
Contra o político do nosso querido Brasil,
Para que deixe de agir e de se comportar,
Como se todo dia fosse Primeiro de Abril.
CONFUSÃO
Eu sou o inverso de um bonito verso
Buscando nas trevas a luz da razão
Tão virtuoso e mais do que profano
Filho do ócio e da contradição
Um complexo despreocupado
Com a análise da deturpação
A paz suplicando ao caos
Para se libertar e sair do caixão
A causa prima de um problema crônico
Cuja sistematicidade é a solução
A simples organização dos pensamentos me destruiria
Pois eu sou apenas uma confusão
Prece de um Mineiro no Rio
Espírito de Minas, me visita,
e sobre a confusão desta cidade
onde voz e buzina se confundem,
lança teu claro raio ordenador.
Conserva em mim ao menos a metade
do que fui na nascença e a vida esgarça:
não quero ser um móvel num imóvel,
quero firme e discreto o meu amor,
meu gesto seja sempre natural,
mesmo brusco ou pesado, e só me punja
a saudade da pátria imaginária.
Essa mesma, não muito. Balançando
entre o real e o irreal, quero viver
como é de tua essência e nos segredas,
capaz de dedicar-me em corpo e alma,
sem apego servil ainda o mais brando.
Por vezes, emudeces. Não te sinto
a soprar da azulada serrania
onde galopam sombras e memórias
de gente que, de humilde, era orgulhosa
e fazia da crosta mineral
um solo humano em seu despojamento.
Outras vezes te invocam, mas negando-te,
como se colhe e se espezinha a rosa.
Os que zombam de ti não te conhecem
na força com que, esquivo, te retrais
e mais límpido quedas, como ausente,
quanto mais te penetra a realidade.
Desprendido de imagens que se rompem
a um capricho dos deuses, tu regressas
ao que, fora do tempo, é tempo infindo,
no secreto semblante da verdade.
Espírito mineiro, circunspecto
talvez, mas encerrando uma partícula
de fogo embriagador, que lavra súbito,
e, se cabe, a ser doido nos inclinas:
não me fujas no Rio de Janeiro,
como a nuvem se afasta e a ave se alonga,
mas abre um portulano ante meus olhos
que a teu profundo mar conduza, Minas,
Minas além do som, Minas Gerais.
***
Amém.
- Sabe aquela sensação que bate de felicidade e tristeza ao mesmo tempo?
Aquela confusão (senti)mental que fica dentro da gente quando você que percebe que muito se passou, mas na verdade não passou nada?
Sabe quando você vê alguém e coração acelera e ao menos tempo bate tão devagar?
E quando você tem certeza, mas ao mesmo tempo se questiona, será?
Sabe quando você queria estar, mas ao mesmo tempo quer correr dali?
E quando você sabe que é não, mas no fundo espera um sim?
E quando você tem certeza do sim, mas um não é mais confortante.
- Sei sim
- O que é então?
- Amor
- Talvez! Talvez seja, ou talvez seja a hora de deixar o passado passar, e começar a caminhar em busca de um futuro.
- O tempo não para e você também não deveria ter parado, já está mais que na hora de andar.
- É, eu sei
- Então vem cá, me de a mão e vamos juntas. E o que tiver que ser será. O tempo de Deus não é o mesmo que o nosso, então segue e descansa.
O Uso do "Que"
O uso do “que” até parece uma confusão
Em muitos casos para começar, ele é INTERJEIÇÃO
“O quê! Você ainda não está pronto, João?
E o “que” de PREPOSIÇÃO?
Quando liga dois verbos em uma locução?
“Tenho que sair agora, Carlão”.
Tendo o verbo ter como o auxiliar da função?
Além de também ser ADVÉRBIO, quando equivale a “quão”?
“Que lindas flores, Manelão!”
Só que ainda tem o “que” de CONJUNÇÃO que equivale a “isto”
Quando não há substantivo anterior na oração:
“Notei que não ia...”. Notei isto: não ia não”.
Mas o “que” também pode ser dispensável em alguma ocasião
Quando serve, apenas, com PARTÍCULA DE REALCE a nossa comunicação.
“Quase QUE não cheguei na estação".
Pois é, mas a função do “que” não pára nesse crivo
Pois também como pronome assume o lugar de SUBSTANTIVO
Quando equivale a um quê de alguma coisa e antecede o artigo
Ou outro determinativo: “Ele tem certo QUÊ de intensivo”.
Em outros casos é PRONOME INDEFINIDO ADJETIVO, quando acompanha o substantivo:
“Que linda! ”, “que paraíso!”
Ou PRONOME INDEFINIDO SUBSTANTIVO: “que aconteceu comigo?”
Ainda em outros casos é PRONOME RELATIVO, quando o “que” equivale a
“O qual”, "os quais", "a qual", "as quais", só não aos "quãos",
Sem nenhum prejuízo à constextualização.
Quero que me sinta, me use, me deseje e me aceite na minha confusão e inconstâncias.
Que me abrace com carinho e me possua com força, que me beije com agressividade e me entenda com delicadeza.
Que seja homem, animal, amigo e amante.
Que me procure por necessidade, por vontade e por sentimento tudo junto, tão nosso e tão separado do mundo ...eu quero simplesmente querer...
Confusão da mente.
Não sei como explicar
Não sei como agir
Não sei com quem falar
Na verdade, nem sei o que pensar
Sou confusa
Tudo é confuso
Na minha mente
As vezes tem intruso
Embaralha tudo
E não encontro palavras suficiente
Para descrever o que penso
Tudo que está na minha mente
Muda, muda, muda ...
TrAsNfOrMa, TrAsNfOrMa, TrAsNfOrMa ...
Tudo que esta a minha volta
Hoje tenho opinião bem facilmente
Tenho um critério um tanto diferente
Pensar demais é o meu problema
FAZER O CERTO é o meu lema
Percebo que a confusão na minha mente
Me deixa complexada
Falo coisa com coisa
E não chego a lugar algum
Mas quer saber?
Foi isso que tive vontade de escrever
Saciei a minha necessidade
De falar o que sentia de verdade!
Pode parecer estranho
Mas falando assim
Me senti mais humano
Falei o que estava sentido
Foi bizarro, mas ..
Aaaaaaaah! Me sinto bem melhor!
- Colucci
O desejo cresce inseguramente....
Na confusão da carne.....
Sem palavras.....sem gestos..
Com gosto a sangue e a carne
Na sombra e na calada da noite...
Cresce o crepúsculo de um espelho...
Na janela do quarto...voa uma cortina de seda....
Quando a noite destaca-se.....sente-se
A carne que tem o travo da saliva...
Saliva sabe a carne....desejada.....
Não existe o mundo lá fora......
Só os nossos corpos....
Genuínos e inalteráveis.....
Os gemidos de paixão e amor....
Que corre como aguas para os rios......
Paz exterior das folhas....
Que dormem no silêncio na hora da posse...
Quando a força de vontade ressuscita....
Dentro de nossas almas......ilumina-se..
Com a luz da palavra despedida....
Cresce tomando tudo no teu regaço.....
Deitados nas noites, à luz das trevas..!!
No meio da confusão
não entende mais nada meu coração
é tanto fingimento...
E eu só lamento:
Fingir pra você não é um tormento?
Descaradamente mente,
nem sabe mais o que sente...
Atrapalhadamente...
sua vida um labirinto...
Homo Sapiens Sapiens
em você
está praticamente extinto.
O coração músculo involuntário, pulsa tão veloz quanto a confusão que está em meus pensamentos. Estava tudo correndo conforme a minha teoria de me desprender, mas aí um ciúme desordenado, gerou uma briga quase que infundada e me levou de volta para você.
Eu já quase não me lembrava mais do seu cheiro, seu perfume, seu corpo quente, do gosto do teu beijo.
Uma tentativa, uma briga, uma noite e metade de um dia, quase que uma reconciliação. Talvez não do relacionamento, mas do nosso querer. Do nosso não saber mais prosseguir sem o encaixe das NOSSAS mãos.
Fim de festa
Louca confusão!
É o final da festa.
Pontas de cigarro
pelo chão,
marcam a realidade
do gosto amargo
pelo sarro,
que ficou na boca,
do cigarro.
Um vazio imenso
ao ambiente empresta,
a presença do arrependimento.
Foram risos,
foi música,
foi farsa.
Busca infeliz de um nada,
estampada, agora,
nos olhos cansados,
descrentes e perdidos.
Copos derramados,
paredes marcadas,
por mãos suadas.
Tudo já é passado.
Alegria-mulher que invadiu,
motivadora, minha solidão.
E nada ficou,
nada de profundo,
de definitivo.
Nada que valesse a pena,
apenas um passo
a mais,
na busca do ego
do eu interior,
que não conhecemos.
Século da cibernética,
das máquinas infernais,
computadores,
robôs,
órgãos artificiais.
Homem-mecânico
do século vinte.
Tudo foi pesado,
balanceado,
meticulosamente dosado!
Para que?
Para nada!
Se teu coração vai mal,
nada de anormal,
terás um novo,
a pulsar vigoroso,
injetando sangue
em teus tecidos.
Genial!
E teu sistema nervoso,
teu cérebro,
tua consciência,
tua vivência
anterior?
Século da genética,
da potência energética.
Situação patética,
o vazio da alma,
no vazio da sala,
que me embala
em mil pensamentos,
em arrependimentos,
que são angustias.
Victor Motta
Confusão
Ouço a canção vinda do jardim e chego até a janela.
Procuro entre os canteiros de flores e vejo uma seresta.
Os pássaros em algazarras cantam e dançam para lá e para cá, numa maravilhosa canção de amor, acho eu.
Pois, entre carinhos eles cantam, as flores balançam com o vento que sopra.
Perco alguns minutos ao observar tamanha harmonia e um calafrio vêm até mim.
Deixo em pensamentos meu coração aflorar o amor, há muito tempo esquecido e me lembro que só o verdadeiro amor é que constrói, viro, pego minha bolsa e saio para o trabalho.
Na confusão da rua esqueço do amor e volto à rotina.
Agora me encontro em uma grande confusão
Por ti não tenho uma queda,tenho um abismo. Porém, por saber que sempre estarei aqui caindo nesse infinito, e você nunca vira me pegar eu resolvi voar.
Só agora eu percebo que por mais que eu finja ter asas, continuarei caindo.