Poemas de Compreensão
O caminho que leva a Deus é velado, só é percebido por quem observa muito os detalhes da estrada, apesar dos "ruídos".
Não é convidativo do jeito comum esperado, mas de uma forma que apenas corações e almas compreensivas, dóceis e amorosas identificam.
O segredo das relações humanas positivas é o afastamento indiscutível das expectativas e do egoísmo que são pedaços invasores numa engrenagem que precisa funcionar e a compreensão e a resiliência a graxa especial que deve estar no lugar.
Minha humanidade estará preservada enquanto eu desejar apenas a prisão dos maiores inimigos do povo e não vê-los nela sem alimento, mal tratados e sob tortura diária.
Aquele que já entendeu a real intenção Divina, do Criador, e tudo que acontece, seja "bom" ou "ruim" e seu propósito, encontrou a fé raciocinada e dela se vestiu como a uma armadura intransponível.
Para mim, a felicidade é não depender da opinião de ninguém, é estar inserido mas não depender, é viver com pouco e ser grato, compreensivo e resiliente.
Antes de criar atritos com alguém procure primeiro tirar o corpo da confusão, a mente do desentendimento, os ouvidos da pertubação, o coração da maldade e a alma da hipocrisia e se, puder, sorria, enquanto acha uma solução aplausível para a paz e uma atitude de humildade, de compreensão e principalmente de perdão e domínio próprio.
No jogo de discórdias ganha aquele que for humilde e paciente; porém, mencionando o domínio do Espírito Santo como solução para um diálogo sadio, amigável e fraternal, seguido de compreensão, amor e perdão.
A ordem para quem rejeita os conselhos divinos é tirar a cera do ouvido antes que vire pedra de tropeço para a compreensão e veneno para a alegria da vida.
Confundir os outros por meio de suas dúvidas é melhor ler o dicionário dos relacionamentos seguros e praticar a força das palavras: respeito, determinação, coragem, simpatia, paixão, confiança, propósito, compreensão, altruísmo e solidariedade.
Evite guardar mágoas ou ressentimentos, educando e ministrando seus comportamentos e suas condutas com educação, diálogo, respeito e compreensão mútuas para que suas conquistas, seus desafios e suas realizações estejam alinhados com aquilo que a sua alma deseja alcançar, prosperar e viver.
Leia tudo com atenção, diminuindo a ansiedade antes que ela atropele os seus objetivos, a sua compreensão e os alvos de seu coração.
Use a decepção alheia como uma oportunidade para aprender e crescer na vida, pois quando outras mais vierem, mais forte seu coração será e maior será a sua compreensão.
Desfaça de sua insegurança sobre o que falar publicamente, praticando a sua fala antes como se dominasse o assunto, transmitindo clara e objetivamente o conteúdo de sua mensagem com domínio, alegria, seriedade e com sentimento para que a compreensão de seus ouvintes saia edificada.
Creio no mundo como num malmequer,
Porque o vejo. Mas não penso nele
Porque pensar é não compreender...
O Mundo não se fez para pensarmos nele
(Pensar é estar doente dos olhos)
Mas para olharmos para ele e estarmos de acordo...
Eu não tenho filosofia; tenho sentidos...
Se falo na Natureza não é porque saiba o que ela é,
Mas porque a amo, e amo-a por isso
Porque quem ama nunca sabe o que ama
Nem sabe por que ama, nem o que é amar...
Nota: Trecho de "O Guardador de Rebanhos", do livro "Poemas de Alberto Caeiro", de Fernando Pessoa (heterônimo Alberto Caeiro).
...MaisCompreender não consiste em elencar dados. Mas em ver o nexo entre eles e em detectar a estrutura invisível que os suporta. Esta não aparece. Recolhe-se num nível mais profundo. Revela-se através dos fatos. Descer até aí através dos dados e subir novamente para compreender os dados: eis o processo de todo o verdadeiro conhecimento. Em ciência e também em teologia.
(Em Os sacramentos da vida e a vida dos sacramentos.)
Como perdoar aos inimigos
Perdoas... és cristão... bem o compreendo...
E é mais cômodo, em suma.
Não desculpes, porém, coisa nenhuma,
Que eles bem sabem o que estão fazendo...
Meu receio era de que, por impaciência com a lentidão que tenho em me compreender, eu estivesse apressando antes da hora um sentido. (...)
Cada vez mais acho tudo uma questão de paciência, de amor criando paciência, de paciência criando amor. (...)
Esta paciência eu tive: a de suportar, sem nem ao menos o consolo de uma promessa de realização, o grande incômodo da desordem.
Mas também é verdade que a ordem constrange.
Você compreende, sem alimento, depois de três dias de marcha, meu coração não devia estar batendo com muita força...
Pois em certo momento, quando eu progredia ao longo de uma encosta vertical, cavando buracos para enfiar as mãos, o coração me caiu em pane...
Hesitou, deu mais uma batida... Uma batida estranha... Senti que se ele hesitasse um segundo mais seria o fim.
Fiquei imóvel, escutando...nunca - está ouvindo? - nunca, num avião, me senti tão preso ao ruído do motor como, naquele momento, às batidas do meu próprio coração.
E eu lhe dizia: Vamos, força! Veja se bate mais... Hesitava mas depois recomeçava, sempre...
Se você soubesse como tive orgulho do meu coração!
(Terra dos Homens)
Capítulo VIII
Razão contra Sandice
Já o leitor compreendeu que era a Razão que voltava à casa, e convidava a Sandice a sair, clamando, e com melhor jus, as palavras de Tartufo:
La maison est à moi, c´est à vous d'en sortir.
Mas é sestro antigo da Sandice criar amor às casas alheias, de modo que, apenas senhora de uma, dificilmente lha farão despejar. É sestro; não se tira daí; há muito que lhe calejou a vergonha. Agora, se advertirmos no imenso número de casas que ocupa, umas de vez, outras durante as suas estações calmosas, concluiremos que esta amável peregrina é o terror dos proprietários. No nosso caso, houve quase um distúrbio à porta do meu cérebro, porque a adventícia não queria entregar a casa, e a dona não cedia da intenção de tomar o que era seu. Afinal, já a Sandice se contentava com um cantinho no sótão.
– Não, senhora, replicou a Razão, estou cansada de lhe ceder sótãos, cansada e experimentada, o que você quer é passar mansamente do sótão à sala de jantar, daí à de visitas e ao resto.
– Está bem, deixe-me ficar algum tempo mais, estou na pista de um mistério...
– Que mistério?
– De dois, emendou a Sandice; o da vida e o da morte; peço-lhe só uns dez minutos.
A Razão pôs-se a rir.
– Hás de ser sempre a mesma coisa... sempre a mesma coisa... sempre a mesma coisa...
E dizendo isto, travou-lhe dos pulsos e arrastou-a para fora; depois entrou e fechou-se. A Sandice ainda gemeu algumas súplicas, grunhiu algumas zangas; mas desenganou-se depressa, deitou a língua de fora, em ar de surriada, e foi andando...
Devaneios
Um dia tu compreenderás que não há nenhuma pessoa totalmente má; nenhuma pessoa totalmente boa. Verás que todos nós somos humanos, apenas...