Poemas de Comida
o corpo fraco
a falta de alimento
a respiração
o calor
sem destino
vertigem
o pensamento
o medo da queda
seguir em frente ou parar?
Que me falte cãibras
Que me falte sossessogo
Que me falte esperança
Que me falte alimento
Que me falte a paixão
Que me falte o vil metal
Que me falte a felicidade
Que me falte o estar
Que me falte o ser
Que me falte o lugar
Que me falte o amigo
Que me falte a poesia
Que me falte a energia
Que me falte o amanhã
Mas que nunca me falte a ousadia de ter coragem.
Do que como, do que me alimento e o que sustenta
Todos os dias como abobrinhas.
Sem querer menosprezar e nem desdenhar.
Mas os lábios da multidão são vãs desarmonia.
Será, seria?
Ou minha tímida percepção.
De não ter consideração.
De não colher a fala de cada canção.
Eu sei é fato.
Como, acabo ingerindo química.
Sou possuído por artefatos ocultos.
Mas me alimento de sonho.
Também da palavra.
Isto quando dou vazão.
Mas o que sustenta.
Ha, ora sim.
A esperança.
O pranto sincero.
O anseio da verdade.
Se é que conheço.
Pois sei que a cruz que remeto.
Um espírito que não tem preço.
Mas acabo consumido.
O atrito do mundo.
Eu reles e singelo.
Alcanço olhos perseguidores.
Talvez minha alma é cheia de valores.
Ou nada, simplesmente.
Um no meio da gente.
Algemado.
Que aprendeu a dedilhar nas teclas da vida.
É um emaranhado.
Nesse campo, vou de lado a lado.
Comendo a dor.
Alimentando da presença da fé.
Ainda que no íntimo, não conheça o genuíno amor.
A misericórdia me sustenta.
E eu.
Só posso me colocar como instrumento.
Ainda que não entenda.
Eu sei.
Oh céus.
Senhor.
O mau pode me odiar.
O altíssimo, meu sustento.
Giovane Silva Santos
Sou diferente !
Em mim,
Coração manda e desmanda.
Sonhos,
São combustíveis
Alimento,
Alma !
08/06/2017
“um povo que não consegue produzir o seu próprio alimento é um
povo escravo. Escravo e dependente do outro país que lhe oferece as condições de
sobrevivência”
A NATUREZA DA VIDA
A vida é uma poesia,
Alimento para a imaginação,
Com toda sua cinesia
Causando grande admiração.
A natureza coloca o homem no seu lugar,
Ao mais poderoso faz dobrar o joelho,
Mostra, assim, para que veio.
Suas forças o homem não pode domar.
Provoca os mais profundos sentimentos,
Desata os nós do entendimento,
Vai além da razão e do conhecimento.
Minha reverência ao seu Autor
Que tudo belo fez surgir,
Do lugar mais profundo fez emergir,
A dádiva divina do amor.
Fim.
Ivan F. Calori
A petição pelo alimento espiritual
(Salmo 12 de Giovane Silva Santos)
1)
Meus pés vacilaram.
A poeira cobriu meus olhos.
Os ventos sopraram para o norte e sul sem moradia.
Minha inclinação esteve no ímpeto da juventude.
A mocidade vigorosa pela força da malícia.
2)
Oh prudência onde estavas.
O horizonte da disciplina se colidiu com a fraqueza.
Não sabia eu da importância de um dia.
No entanto são décadas de aborrecimento.
3)
Até parece que a manifestação de deuses faraônicos.
Desejoso da escravidão.
Meu sangue foi esculpido em pedras.
Meus ombros calejados e minha mão latente.
4)
Não, não, apenas uma simetria entre o abstrato e concreto.
De fato minha mente arde pelos calos.
Muito mais forte é a dor da decepção e arrependimento.
Mais profundo que aquela chibata.
Ou não.
Pelo peso nas costas ou pelo pecado da consciência.
És tu dor, és morte, és demência.
5)
Somente tu és Deus senhor.
Em nome de Jesus.
Que justificou esse meu rebento oriundo de fraqueza.
Na pesada cruz.
Bato incessantemente na tua porta.
Que o penhor do meu declínio seja ancorado.
Simplesmente clamo pela tua misericórdia.
A que eu seja consolado.
Eu fico aqui pensando em você
e com esses pensamentos
Eu alimento a saudade
que me sufoca causando-me um desastre
Preferi deixar o amor adormecido
para não correr o risco de morrer
com a ilusão.
De que um dia te teria ao meu lado
Oh vejo que não
É o que tanto insiste
O meu pobre coração
Que não aceita desistir
E continua te querendo
Mas eu fiquei sabendo
Que querer não é poder!
Então eu fico aqui sem saber o que fazer.
Conhecimento é alimento,
sem ele ficamos fracos, desnutridos,
incapazes, feios, desfigurados!
Adoece quem não busca conhecimento.
DEUS É BOM O TEMPO TODO
Tenho todos os inimigos
que crio e alimento
no túnel sem luz com amplo sinal verde a meus piores pensamentos.
Se distante de Deus, tudo cresce e se expande, ganha vida,
sem meu consentimento.
Mãos de Poeta!
Mãos de Poeta que escreve o poema,
o alimento da alma que a deixa tão serena.
No espanto de não viver suas doces palavras,
ainda assim escreve e mistura-se ao vento,
transformando a paisagem da montanha que
era pequena,em um lindo jardim colorido,
e era apenas um poema e as mãos... do poeta!
Hoje definitivamente não vou sair
Nem por você
Muito menos por mim
Mais tarde me alimento de tédio
Raiva
E vou dormir
Assim
Passeando por pesadelos
De barriga cheia
{Rio da Vida}
Roda a roda da vida,
no rio das águas da dor,
roda e traz-me alimento
que trazes da força do amor.
Corre e que corra o rio,
conduz labuta e ardor,
faz-me fazer uma ponte,
que leve-me à o transpor.
Quando além deste rio,
estou e não há aflições,
lembro-me de seu curso,
das dores e falsas paixões.
Quando enfim retornar,
aquele que fora fechar,
as fontes das impurezas,
que ao rio vem macular,
terei paz e alegria,
e eterna companhia,
daquele que faz o rio,
faz a roda e a calmaria.
Verei que não foi em vão,
me abster de mergulhar,
nas águas que trazem beleza,
e que em correntes me tendem levar.
Recordarei por que passei,
daqueles que encontrei,
das vezes que à margem fui,
e que sempre retornei.
Hipocrisia não é meu forte,
é doce o sabor da morte,
mas quero o que é amargo,
pois do rio é triste a sorte.
Quero a ponte estreita,
quero a roda do trigo,
quero trabalho e luta,
quero batalha e guerra.
Não hei de descansar,
tampouco hesitar,
vou transpor este rio,
é o meu sentido em viver,
e tu virás comigo,
se aquilo que digo entender.
O PÃO
O pão é alimento
Símbolo do compartilhar
Da multiplicação que integra
Da divisão que une
Da interação que harmoniza
Alimentando nosso espírito de paz!
Luiza Ricotta
FUNDO
Raspo o fundo da panela
A ver brilhar uma cor que desconhecia
E me alimento do ferro
De outras comidas servidas
E me viro ao pote e afundo o copo
E bebo barro diluído.
É a fome e é a sede,
É a minha casa e minha rede
Onde rumino o tempo e a ferrugem.
Já me acostumei com o grude
E disso passo, e lavo o prato,
E a colher com a ponta suja.
E volto em casa, e pego das mãos
O anel que era de minha mãe
A aliança que era de meu pai,
E os guardo atrás do quadro do Coração de Jesus.
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naeno*comreservas
Monstro da solidão
Já não alimento mais com pão
Quero que morra de fome
Não te peço perdão.
Vou te xingar
Vou te mandar para onde você sabe ir
Vou te humilhar e acabar com meus dias ruins!
Quero sossego
Quero sossego.
ALIMENTO DA AMIZADE
Amizade é como a flor:
todo dia é preciso regá-la com amor!
Na vida temos uma amiga ou amigo
que nasce e morre com a gente,
é um começo e um fim!
Uma amizade, um momento não é tudo,
mas um só momento é tudo para
recomeçar uma amizade!
(Thabata Luiza 6ª F – Porto Seguro)