Poemas de Comedia

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"Viver é inventar o dia.
É desconhecer a arrogância.
Exalar pura energia!
Fazer poemas de amor.
Devolver sorrisos.
Acreditar que o bem vence o mal. Sempre!
Enfeitar o coração com cores!
Conquistar amigos e ser sempre leal e fiel.
Transformar dor em alegria.
Ser amor de coração.
Inspirar justiça.
Viver é correr atrás dos sonhos,
da inspiração, dos projetos.
Buscar o entendimento das coisas.
Ser sempre da paz.
Orar em agradecimento pelas dádivas recebidas.
Buscar o que nos faz bem e aos outros também.
Amar!
Pintar o mundo com as cores que nossa imaginação mandar.
Estar sempre jovem.
Viver é: Ser sempre verdadeiro.
É constantemente redescobrir as coisas belas da vida,
lembrando que o sorriso é o idioma universal.
Ouvir músicas que acalmem a alma.
Desacelerar e aproveitar o tempo,
cada pequeno momento de prazer.
Viver,... é simplesmente ver a vida com o coração

Eu não existo sem você

Eu sei e você sabe, já que a vida quis assim
Que nada nesse mundo levará você de mim
Eu sei e você sabe que a distância não existe
Que todo grande amor
Só é bem grande se for triste
Por isso, meu amor
Não tenha medo de sofrer
Que todos os caminhos
Me encaminham pra você

Assim como o oceano
Só é belo com luar
Assim como a canção
Só tem razão se se cantar
Assim como uma nuvem
Só acontece se chover
Assim como o poeta
Só é grande se sofrer
Assim como viver
Sem ter amor não é viver
Não há você sem mim
Eu não existo sem você

Tom Jobim e Vinicius de Moraes
Letra da música "Eu não existo sem você", composta por Tom Jobim e Vinícius de Moraes.

Soneto a quatro mãos

Tudo de amor que existe em mim foi dado
Tudo que fala em mim de amor foi dito
Do nada em mim o amor fez o infinito
Que por muito tornou-me escravizado.

Tão pródigo de amor fiquei coitado
Tão fácil para amar fiquei proscrito
Cada voto que fiz ergueu-se em grito
Contra o meu próprio dar demasiado.

Tenho dado de amor mais que coubesse
Nesse meu pobre coração humano
Desse eterno amor meu antes não desse.

Pois se por tanto dar me fiz engano
Melhor fora que desse e recebesse
Para viver da vida o amor sem dano.

Divina Comédia


Erguendo os braços para o céu distante
E apostrofando os deuses invisíveis,
Os homens clamam: — «Deuses impassíveis,
A quem serve o destino triunfante,

Porque é que nos criastes?! Incessante
Corre o tempo e só gera, inestinguíveis,
Dor, pecado, ilusão, lutas horríveis,
N'um turbilhão cruel e delirante...

Pois não era melhor na paz clemente
Do nada e do que ainda não existe,
Ter ficado a dormir eternamente?

Porque é que para a dor nos evocastes?»
Mas os deuses, com voz inda mais triste,
Dizem: — «Homens! por que é que nos criastes?»

Crepúsculo

Na hora em que o dia
não é mais dia,
em que a noite
não é noite ainda,
tudo é magia,
e o céu parece
veludo furta-cor
escorrendo das mãos vazias.

As amoras

O meu país sabe às amoras bravas
no verão.
Ninguém ignora que não é grande,
nem inteligente, nem elegante o meu país,
mas tem esta voz doce
de quem acorda cedo para cantar nas silvas.
Raramente falei do meu país, talvez
nem goste dele, mas quando um amigo
me traz amoras bravas
os seus muros parecem-me brancos,
reparo que também no meu país o céu é azul.

Eugénio de Andrade
O Outro Nome da Terra

Telha de vidro

Quando a moça da cidade chegou
veio morar na fazenda,
na casa velha...
Tão velha!
Quem fez aquela casa foi o bisavô...
Deram-lhe para dormir a camarinha,
uma alcova sem luzes, tão escura!
mergulhada na tristura
de sua treva e de sua única portinha...

A moça não disse nada,
mas mandou buscar na cidade
uma telha de vidro...
Queria que ficasse iluminada
sua camarinha sem claridade...

Agora,
o quarto onde ela mora
é o quarto mais alegre da fazenda,
tão claro que, ao meio dia, aparece uma
renda de arabesco de sol nos ladrilhos
vermelhos,
que - coitados - tão velhos
só hoje é que conhecem a luz doa dia...
A luz branca e fria
também se mete às vezes pelo clarão
da telha milagrosa...
Ou alguma estrela audaciosa
careteia
no espelho onde a moça se penteia.

Que linda camarinha! Era tão feia!
- Você me disse um dia
que sua vida era toda escuridão
cinzenta,
fria,
sem um luar, sem um clarão...
Por que você na experimenta?
A moça foi tão vem sucedida...
Ponha uma telha de vidro em sua vida!

Contemplação

Sonho de olhos abertos, caminhando
Não entre as formas já e as aparências,
Mas vendo a face imóvel das essências,
Entre ideias e espíritos pairando...

Que é o Mundo ante mim? fumo ondeando,
Visões sem ser, fragmentos de existências...
Uma névoa de enganos e impotências
Sobre vácuo insondável rastejando...

E dentre a névoa e a sombra universais
Só me chega um murmúrio, feito de ais...
É a queixa, o profundíssimo gemido

Das coisas, que procuram cegamente
Na sua noite e dolorosamente
Outra luz, outro fim só pressentindo...

Mors Amor

Esse negro corcel, cujas passadas
Escuto em sonhos, quando a sombra desce,
E, passando a galope, me aparece
Da noite nas fantásticas estradas,

Donde vem ele? Que regiões sagradas
E terríveis cruzou, que assim parece
Tenebroso e sublime, e lhe estremece
Não sei que horror nas crinas agitadas?

Um cavaleiro de expressão potente,
Formidável, mas plácido, no porte,
Vestido de armadura reluzente,

Cavalga a fera estranha sem temor:
E o corcel negro diz: "Eu sou a morte!"
Responde o cavaleiro: "Eu sou o Amor!"

Sonho Oriental

Sonho-me ás vezes rei, n'alguma ilha,
Muito longe, nos mares do Oriente,
Onde a noite é balsamica e fulgente
E a lua cheia sobre as aguas brilha...

O aroma da magnolia e da baunilha
Paira no ar diaphano e dormente...
Lambe a orla dos bosques, vagamente,
O mar com finas ondas de escumilha...

E emquanto eu na varanda de marfim
Me encosto, absorto n'um scismar sem fim,
Tu, meu amor, divagas ao luar,

Do profundo jardim pelas clareiras,
Ou descanças debaixo das palmeiras,
Tendo aos pés um leão familiar.

Antero de Quental
Os Sonetos Completos de Antero de Quental

A Máquina do Mundo

E como eu palmilhasse vagamente
uma estrada de Minas, pedregosa,
e no fecho da tarde um sino rouco

se misturasse ao som de meus sapatos
que era pausado e seco; e aves pairassem
no céu de chumbo, e suas formas pretas

lentamente se fossem diluindo
na escuridão maior, vinda dos montes
e de meu próprio ser desenganado,

a máquina do mundo se entreabriu
para quem de a romper já se esquivava
e só de o ter pensado se carpia.

Abriu-se majestosa e circunspecta,
sem emitir um som que fosse impuro
nem um clarão maior que o tolerável

pelas pupilas gastas na inspeção
contínua e dolorosa do deserto,
e pela mente exausta de mentar

toda uma realidade que transcende
a própria imagem sua debuxada
no rosto do mistério, nos abismos.

Abriu-se em calma pura, e convidando
quantos sentidos e intuições restavam
a quem de os ter usado os já perdera

e nem desejaria recobrá-los,
se em vão e para sempre repetimos
os mesmos sem roteiro tristes périplos,

convidando-os a todos, em coorte,
a se aplicarem sobre o pasto inédito
da natureza mítica das coisas.

(Trecho de A Máquina do Mundo).

Solidão
da madrugada
no silêncio noturno
pensamentos
vagueiam
na lua de Saturno
no labirinto do coração
pelos porões obscuros
acende a luz da alma
num lampião de lembranças
um souvenir de esperança
e tu para e pensa
calma alma...
nada mais importa
agora...
já não faz mais diferença...
As coisas têm um tempo certo pra ser...
E nem sempre depende de você.

Mulheres...
são orquídeas
bailarinas
disfarçadas
de meninas
nas sendas da vida
dobram o vento
quebram tabus
vestem tutus
de renda
são orquídeas
floridas...

Estou aqui a olhar esse teto branco, que lembra o manicômio onde aprisiono a louca que vive em mim.
A louca que as vezes foge, para um lugar distante que talvez só exista para ela.

Depois fecho os olhos, me teletransporto para um penhasco alto.
Onde não sei se me jogo, ou apenas olho, e lamento pelos meus fracassos.

De repente me vejo perdida em um buraco negro, que me leva a questionar: E se eu não existisse? Não vária diferença.
Sei disso porque eu existo, mas não tem quem note minha existência.

Quem é forte não fica se lamentando sobre sua sorte...
Se queremos ver flores temos que plantá-las num jardim, num canto, num beco que seja...
Fazer um horto na alma
É certeza que floreja.

Observo há GUERRA de EGOS MADUROS
Os tantos ACHISMOS DENTRE CEGOS
Me calo, porque se muito falo
Engravido das palavras precoces
E o parto pode ser prematuro.

Os momentos em nossa vida são como filmes. Alguns podem ser longos e outros curtos, o filme pode ser maravilhoso, te prender até o final e deixar você com a sensação de "por que acabou?".

Ao mesmo tempo um filme pode ser bem chato no inicio e no final surpreender. Ou quem sabe, você nem chegue ao final, desiste antes de saber o que tem por vir.

Claro, tem aqueles filmes que é ruim do inicio ao fim, que você olha e pensa "como perdi tempo com isso?". Outros com certeza te deixa interessado mesmo sendo um filme bobo, até mesmo sem graça, e no final é tipo um filme de "sessão da tarde".

Assim como os filmes, temos nossos momentos de drama, de luta, de imaginar o futuro, de relembrar o passado, de rir e de se calar.

Não importa qual filme você está passando nesse momento, não importa qual cena está deixando ou não você interessado, saiba apenas uma coisa... os filmes já foram feitos, entretanto seus momentos você deve fazer. Então faça no seu filme chamado vida, uma continuação feliz!

Feitiço da vida

Também pode ser sim uma comédia romântica acima da média. Mas acabou por ficar no meio do caminho.
A química entre a dupla de protagonistas é notável.
Porém o roteiro derrapa com vários obstáculos.
Muitos sentimentos envolvidos.
O destino une as pessoas, mas as decisões dependem da vontade de cada um.
Pelos gostos em comum, pela alegria de quando estavam juntos e pelo desejo de estarem sempre juntos, a paixão foi inevitável.
A lua e o sol apaixonaram-se de forma absoluta.
Tentaram manter o amor entre os dois em completo segredo.
Eles sabiam o que poderia representar a revelação para todos deste amor.
Ela, a lua, uma "miúda" que ganhou uma segunda chance do destino e teria de aproveitá-la da melhor forma possível, encontrou principalmente um grande amor.
Ele...
Ele, o sol, era livre e brilhava em todas as direções.

Contudo, o destino reserva-lhes uma última surpresa... O sol e a lua nunca se irão tocar!
Apesar da admiração e do desejo mútuo, da vontade de estarem juntos, da alegria de conviver e da paz que um dava ao outro, eles sabiam dos poderes de um feiticeiro maior que se chama vida.
A vida é dominadora, o que comprovava que buscamos sempre a maneira mais fácil de se relacionar com os demais.
Deixar-se dominar é muito fácil; difícil é fazer escolhas!
Então a lua construiu entre os dois um muro tão alto, mas tão alto, que nunca mais seria quebrado.
Diante de toda aquela fortaleza, a lua olhou e chorou.
A tênue linha que divide o momento de felicidade do momento de tristeza é impressionante.

Namorico

Estou aqui assistindo à comédia da vida
Meu espírito se alimenta de risadas
Com humor e alegria infinita
Não é para te convencer
Tudo isso chacoalha meu ser
Liberando adrenalina de felicidade
A mais pura verdade!
Energia por todos os lugares
Troca mútua se estabelece
Arena que acolhe
Uma plateia que não é mole
Palavras, risos, lágrimas e aplausos
Busco somente teu sorriso verdadeiro
Para assim poder te namorar.

Comédia pra fugir da desgraça

Não entendo como as pessoas conseguem gostar de filmes de terror, a vida já é um terror quase que vinte quatro horas, pois temos mais pesadelo do que sonho. São tantos os problemas que são tão assustadores do que qualquer “O Exorcista”, contas de tudo pra pagar, água, luz, telefone, gás, internet, TV à cabo, cervejas, não, isso não é um dos problemas.

E quando mais pobre se é, mais problemas se tem, e mais medonha se torna a vida. Quando se é pobre e se tem filhos os problemas se multiplicam de acordo com o número de filhos, com dois filhos, duplicam, três filhos, triplicam e assim por diante. Por isso que quando vou ver um filme vejo um de comédia, às vezes é preciso fugir da realidade e se iludir um pouco, rir pra não chorar, esquecer que amanha é mais um dia de trabalho grosso pra no fim do mês receber um salário fino, tão fino que depois de uma semana acaba.

Tudo bem que gosto não se discute, por pior que seja o gosto, cada um tem o seu, mas filme de terror não. Quero sorrir, chega de chorar, chega de ter pavor, medo. Pior é a pessoa que vai ao cinema como comemora o dia da independência do Brasil, uma vez por ano e quando vai escolher o filme, escolhe um de terror, pra piorar nas cenas aterrorizantes tapa os olhos, tapa os olhos para não ver a cena aterrorizante! A pessoa paga pra sentir medo, mas na hora do medo ela fecha os olhos para não sentir medo, era melhor ter ficado em casa.

Gosto de comédia porque eu esqueço da vida, esqueço do mundo, quanto mais demorar melhor, tem dias que fico fora do mundo, inerte na frente da TV assistido qualquer coisa de comédia, qualquer coisa que me faça rir, pois eu sei que quando acabar o terror voltará.