Poemas de Chuva
SEMEADOR DE AMOR
Venha me Cobrir de Você
Cobrir a noite com o seu amor.
Beijar a chuva do meu rosto molhado.
Beber o vinho, o doce e vermelho gosto de mim.
Venha me cobrir com você.
Pela emoção do teu peso corpóreo .
Até que você me leve pra dentro.
Venha me confortar em você.
Amor maduro é o verdadeiro viver.
Viver o dobro apenas para nós.
Para mim.
Para você.
O tempo devora a beleza de uma paixão.
Comigo.
Com você.
Em saudade por amor à você.
Venha me cobrir com você.
Não um mundo, mas a sua virilidade em destino meu
Sedução no mundo do sonâmbulo
Outubro vestido de Janeiro em seu rosto
Segurando em minhas mão teu semeador de amor
Venha me cobrir com você
Venha cobrir, venha me cobrir agora...
Pela emoção do êxtase
Até que eu te envolva pra dentro de mim
E em mim encontres o clímax do nosso
Juízo Final eternizado num infinito desejo
De viver em mim feito dia a dia
tua fecunda moradia de melodia , amor,
E profunda Paixão...
Venha cobrir, venha me cobrir agora...
_________ Norma Baker
Chuva tem
Cheiro
De saudade
Cada gota
Uma melodia
O friozinho
Abraçado
Com o vento
Traz você
Devolta
Nas minhas
Lembranças..
Na noite
A escuridão
Talvez
O vento
Mostre
A direção
Quem sabe
A chuva caia
Por algum motivo
Apenas sei
Que o meu
Amor
Não está
Perdido..
Praias
Solitárias
Um frio
Sem destino
Clarão que
Consome
Um vento
Que sopra
A chuva
Constante
Saudade
Que bate
Em meu
Coração..
Apenas
Um dia
Foi uma
Simples gota
De chuva
Singelo
Toque
De carinho
Não foi
Um simples
Tocar
O despertar
De sentidos
Sentimentos
De amor
Lágrimas
De dor
Saudades
Lembranças
Frio
Chuva
Você
Em meu
Pensamento..
A saudade vem como chuva, regando lembranças..
Daqueles abraços..
Daqueles sorrisos..
Pra sempre deixados
Pra sempre esquecidos
De tempos alegres
De tempos felizes
Pra sempre lembrados
Pra sempre perdidos..
Será que a chuva vai parar?
Pro tempo recomeçar.
Será que ela vai se perder?
pra eu não amar você.
Se perdendo ou não doí mas a tristeza e a solidão.
Somente 3 coisas me fariam feliz agora
Você, uma xícara de café, uma semana de chuva
Já que você eu não posso ter por causa do meu orgulho
Me restam o café e chuva
Porém, é mais uma coisa que eu não poderei ter
Nesse caso é a chuva
Pois não mando nos fenômenos climáticos
Então só me restou o café
Mas ele me faz lembrar você
Então eu recuso o café
A única coisa que sobrou foi a saudade
Queria que ela não existisse
Pelo o que aconteceu
É inevitável
Chuva abençoada
Chegou com calma
e também mansidão
Chuva abençoada
espantando o calorão
Chuva fina, chuva fria
Chuva que evoca saudade
Também traz melancolia
Chuva saudável
Que chega trazendo vida
À nossa terra querida
Da Senhora Aparecida
Desde sempre abençoada.
Hoje choveu
Antes da chuva
O vento carregou as folhas
Que a chuva varreu
Eu estava parado na calçada
Sozinho, pensando
No quanto eu
de certa forma me sentia
Semelhante às folhas que caíam
Agora elas também se foram
E eu fiquei só
Somente em companhia da chuva
Mas enquanto ela desaba
Eu sei que posso chorar
Sem que ninguém perceba
Amanhã é outro dia
Brilha o Sol, as folhas crescem
Somente isso que eu sinto
não se acaba
A vida segue adiante
Somente meus olhos
parados no tempo
Atrelados ao meu coração
tão solitário
Não te esquecem.
Tudo nesta vida é passageiro,
O calor do sol e o brilho da lua...
A chuva e o vento frio...
A dor e a alegria...
Só não é passageira a esperança,
porque sem esperança o ser humano não existiria.
POESIA NÃO ESCRITA
Hoje, num momento louco ou mágico
me senti viva.
A chuva despencou sobre meus cabelos
encharcou meu vestido, colando na pele,
criando uma segunda derme composta
de exaltação
euforia,
sensualidade,
leveza
e um êxtase calmo.
Brando, sem urgência...
Uma vontade imensa de voar
O cheiro de alfazema
Ausência de dor
De medo
Sentimento de eternidade
Desejos de beijos
De braços envolventes
De pertencer à alguém
Quem?
Não sei
Só uma vontade...
Uma loucura deliciosa
Uma satisfação gloriosa
Plenitude de consciência de ser
Ser gente
Ser mulher!
E a chuva desce__Águas doces
Lavam toda a tristeza
Toda a incerteza.
Só restando Vida.
Momento de poesia não escrita.
QUE VENHA 2013.
Ele aos poucos vem chegando
Vem mansinho cantarolando
Uma chuva forte aqui ou fraca acolá
Indícios de boa ou má "colheita" quiçá
Vem junto a um calor veemente
Talvez para aguçar a cosciência da gente
Ele é só do tempo uma simples divisória
Cabe-nos aproveitá-lo em nossa história
Fazer conjeturas possíveis e objetivas
Com sólidas e variadas alternativas
Melhorar a nós mesmos e à sociedade
Será de nossa total responsabilidade...
mel
Será que é amor
Telhado furado, uma gota d'água cai no meu colchão
Um pingo de chuva, uma gota do céu, escuto um trovão
Eu sinto na pele um leve arrepio e penso em você
O vento lá fora sopra e trás frio, começo a escrever
Falo de amor, da linda menina que me encantou
Dentro do meu peito, um estranho sentimento, será que é amor?
UM DIA DE CHUVA
A chuva cai de mansinho e é constante neste dia.
O frio congela o coração, que bate devagarinho.
A Cabeça começa a rodar e se perde nas voltas do pensamento.
A saudade aperta, as lembranças voltam numa angústia desesperadora e toda alegria que existia, foi coberta por uma tristeza profunda.
A vida não tem valor neste dia.
A chuva contínua, perturba seus sentimentos e no peito a solidão é percebida mais claramente.
A noite, o torna desesperado.
Em seu leito, pensa no passado e as lágrimas, que até aquele momento eram retidas, se soltaram molhando o travesseiro.
A vontade de voltar atrás e consertar os erros cometidos é grande, mas a realidade o impede e a angústia fica maior ainda.
A chuva agora cai forte e o sofrimento do coração aumenta.
A confusão dos pensamentos e das lembranças o deixa perdido e como acontece com a chuva, ele adormece.
amor é céu...
que se abre pro sol brilhar
que se fecha pra chuva derramar
que se prepara para um olhar
daquele que se propoe a amar....
amor amor........
em seu fervor quero estar
sofrer suas consequencias
e se preciso for com lágrimas te alcançar
amor é fogo
que queima e não se consome
amor é imensidão
é horizonte amplo e vivo
é amor por si só sem extremas explicações...
amar é viver...
O dia estava tão embaçado e o céu nevoento pela chuva e então foi o último dia que nos vimos ingenuamente. E assim entramos em caminhos diferentes, não houve mais cartas ou telefonemas, emails ou contatos. Nada. Embora tivesse sido a última gota de chuva que eu vira.
Apenas sonhos e momentos que eu relembrava. O bloqueio dos meus pensamentos era tão divisório quanto minha família e os que estavam enterrados profundamente na minha mente, certamente ele constava na lista profunda.
Eu estava lá. A casa estava em chamas. O fogo era intenso e um grande choque para mim. O dia estava nublado e eu assistindo aquele teatro doloroso dentro do carro melancolicamente em que desperta na alma e no olhar vislumbre, seja discreto ou simplesmente patético. Em que o fogo se desfazia, pouco a pouco, eu atrevidamente ligava o carro e devagar e dirigia. Minhas pobres lágrimas a princípio despediam-se piedosamente daqueles coitados que meus olhos haviam observado durante toda minha existência.
VINHO
Escorre na taça o fim do dia
Num buquê de chuva que cai
A consciência então se inebria
Em goles de saudade que abstrai
E nesta sonolência complexa
Relaxa o sonho no tinto vinho
Quando faz a quimera perplexa
E os pensamentos em desalinho
Mergulho no meu eu, sem data
Nada encontro nem a mim mesmo
É como caminhar em virgem mata
Ou escorrer no meio fio a esmo
Tudo é início e fim de festejada festa
Nos basta: varanda, cachorro e taça
De tinto vinho, sabe-se lá o que resta
Dá-me mais vinho pois a vida passa
Luciano Spagnol
Amargura do cerrado
Aqui no centro do cerrado
Onde a chuva não chove
Chora o pó sulcado
Ressecado, onde o verde escorre
Pelo vento que levanta o chão
De sede que a existência morre
E o céu que rubra em explosão
O cinza que por ai colore
O rincão árido de erosão
O caboclo queixa por água
Nas promessas em oração
Das fendas escorregam bágua
Suspirando bafo de sequidão
De queimadas que frágua
A amargura do sertão
Poetado com carvão e mágoa
O estio do cerrado em aflição...