Poemas de Chuva
Eu poderia sorrir de verdade,
Mas como?
Não escondo verdades,
nem disfarço mentiras.
Uma chuva agora muito me agradaria.
Eu quero sentir o cheiro de terra molhada!
Eu quero uma tarde fria!
No inverno são os flocos de neve.
Na primavera as gotas de chuva.
No verão as pétalas das flores.
No outono as folhas.
Todas caem no momento certo...
Como algo natural assim foi a sua chegada na minha vida..
Avante
Às vezes o que nos resta é a chuva e a cangalha. Então que deixemos nos colocar esse instrumento, usufruir salutarmente da benção da chuva e seguir com equilíbrio o nosso caminho, rumo à meta esperada e deleitar-se com o triunfo, o nosso objetivo.
Erga-se e caminhe; Avante...
SENTIMENTAL.
Antes que a chuva molhe meu peito quero que o vento arrepie o meu corpo, antes que as lágrimas escorra pelos cantos dos meus olhos, quero quer saiba o motivo que me fez chorar. Se nada do que tô sentindo faz sentido para você seguir seu rumo. Quem não será capaz de se importar com minhas lágrimas, também não terá motivos para se importar com meu o sorriso.
As ondas vem, as ondas vão...
O céu é azul, com as nuvens de algodão.
E se amanhã chover, na chuva vou sapatear.
Porque tanto o sol, como a chuva, vão passar.
GOTA D'ÁGUA NA ROSA
Chuva rara, clara
na rosa pingo d'Água
lava a mágoa...
- É só uma bágua
ou frágua do cerrado?
É delírio na sequidão
que pingam
nas pétalas soam
nos ouvidos cantam...
E o chão molhado
Chove no cerrado ressecado
céu carregado... Chove!
No sertão em prosa
gota d'Água na rosa.
Luciano Spagnol
Dezembro, 2016
Cerrado goiano
Poeta simplista do cerrado
NOVEMBRO, soneto no cerrado
A nuvem de chuva, está prenha
A lua na noite longa enche de luz
Novembro, aos ventos ordenha
Amareladas folhas que nos seduz
Meditação, finados aos pés da Cruz
O colorido pelo seco cerrado grenha
As floreadas pelos arbustos brenha
Trovoadas, relâmpagos no sertão truz
Águas agitadas, o mês da saudade
Num véu dançante... Vem novembro!
Linhas de poema e prosa, fertilidade
Décimo primeiro, antecede dezembro
Em ti é possível notar a instabilidade:
Fogo e água, da transição é membro
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
novembro de 2016
Cerrado goiano
novembro
a nuvem de chuva está prenha
a lua na noite longa enche de luz
novembro, aos ventos, ordenha
amareladas folhas que nos seduz
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
novembro de 2016
Cerrado goiano
Se vier o dia, eu trabalho;
se vier a noite, eu descanso;
se cair a chuva, eu canto;
se nascer o fruto, a Deus eu agradeço:
Quatro coisas não posso deixar de fazer na vida:
trabalhar, descansar, cantar e agradecer a Deus.
Entre relâmpagos e sentimentos
Me relaciono como quem pisa na terra seca,
à espera da chuva. Primeiro,
deixo que a poeira envolva meus pés,
tímida, apenas levantando o véu do chão.
Mas, quando estou pronto para sentir
o toque suave das primeiras gotas,
o céu inteiro se desfaz em trovões:
relâmpagos e sentimentos.
Uma rajada de água desce,
apaga minhas pegadas,
desfaz meus rastros e certezas.
O amor, aparentemente, não é apenas um chuvisco,
mas uma tempestade que encharca cada canto,
sem pedir licença, ocupando todo o espaço
que sempre foi seu.
AMOR COMERCIAL:
É fria e úmida a chuva que cai
Madrugada adentro.
E eu a senti-la aqui sozinho
Encontro esse poema, meu alento,
Esse poema comercial... Ele versa o amor
Fala do amor? Ou de amor?
Ah! Quem falar do amor seria capaz?
Sobre a vidraça em brumas que nos separa
Eu posso exprimir seu rosto,
Meu sonho é comercial!...
Porque assim são iguais todos os textos,
Todas as cenas, e todos os temas,
De amor... São iguais.
Do amor que se expele que se explicita.
Eterno (...). Que como o ódio, e como a libido,
O homem prova para reprovar
E falar de amor é comercial.
Também é comercial,
A criatura que não é do criador.
Deveras minha poesia é comercial.
Lá vem a chuva molhando a pastaria
ao som atroado dos coriscos.
Farfalham árvores borrifando
de perfumes o ocaso.
Quando , na chuva me pega em teus braços
Meu coração fica mais perto do céu
Que como um véu acaricia minha alma
O amor chega em pingos de prata
Um a um buscando cada centímetro
Da pele quente que arrepia
O lobo a espera do acalento
Vindo de uma saudade que dói
Por dentro das entranhas mais profundas
Que de mansinho se deixa levar
Pela ternura do abraço apertado
Trazendo nos olhos a leveza do amor
No silencio da chuva,
Homem, mulher e lobos
Se fundem no silencio
Que os transformam
Em UM único ser
Perdi-me nas sombras....
Molhei-me na chuva.
Desci ao inferno....
Senti os seus horrores.....
Sombras perdidas na chuva.
Onde abri feridas e rasguei as dores...
Olho a janela ...
As gotas batem nos vidros....
Sinto-me exposta aos temores...
Perdi os sentidos e todos os amores...
Corrói-me com o ácido no corpo..
Porque ousei e desejei cheirar as flores...
Jardim solto da minha alma...
Desci ao inferno, senti os horrores..
Perdei-me nas sombras, molhei-me na chuva..!!!
MINHA SINA
Mesmo na chuva
Quando ando na rua
De pedras duras
Sigo à sua procura
Mas só enxergo a lua
Nessa noite mais escura
Minha sina continua
Por mais que conclua
Quero que possua
Minha paixão a sua
Sentimento que cura
Toda dor que atura
Não importa a altura
Chegarei com bravura
E conquistar minha futura
Amável doçura
De alma pura
Que me leva a loucura
E meu coração perfura
Ficará comigo juras
Mesmo que você recua
Estive sempre a sua procura
Minha sina continua
Alguém, Lua e Chuva
Na noite que parecia perene
Ouvia-se o chora da chuva
Em forma de cascata
Ofuscando o brilho da lua
Que mal se via o reflexo nas ondas do mar.
Corações a deriva
E emoções a flor a da pele
Com o relampejar dos raios
Na noite em que a chuva
Não deixou a lua brilhar.
Sempre te vejo, mais a timidez
Paralisa os movimentos
E discretamente
Me ariscava a trocar olhares,
Mergulhar na desconhecida viagem
Do pensamento
Entender o silêncio que se faz dentro de cada palavra
Os rabiscos nas pautas
E a melodia que afina que a alma
Harmônicamente o choro da chuva
Quando alguém se perde em amor.
Poema de Sydenilson Santos / MAR 2014.
NAS MADRUGADAS
Eu quero abraços silenciosos
E estrelas iluminando nós dois
Eu quero a chuva de brilhos preciosos
Junto ao beijo que vem depois.
Eu quero as borboletas no estômago voando
E a demagogia de te esperar
Eu quero a lua nos iluminando
Enquanto não me desvia o olhar.
Eu quero ver-te em poças d'água
Com as nossas mãos entrelaçadas
Eu quero sussurrar sem sentir mágoa
Que eu quero tudo nas madrugadas.
A chuva me traz a saudade.
O mate me traz o sabor.
O sabor me traz a lembrança,
dos beijos do meu amor.
La fora tem uma chuva mansa
caindo de pouco em pouco...
Até parece uma dança
deixando o vento louco...
mel - ((*_*))
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