Poemas de Chuva
Enquanto chove...
É uma noite tão fria...
E eu voltei pra casa sozinha,
enquanto a chuva caia,
E molhava minha roupa...
E tudo estava tão escuro
E vazio...
E triste...
E não havia ninguém pra me escutar...
O silêncio permanecia,
Mesmo se eu tentasse gritar...
Não iria ouvir as palavras que eu queria...
Cada gota de chuva que caía,
Juntava-se a uma lágrima,
De medo...
De dor...
De ódio por todas as coisas erradas...
E após rolar, as gotas partiam...
Como todas as coisas,
Como todas as pessoas
Como todos os momentos...
E já diziam que não há nada permanente...
A não ser a mudança...
Ou talvez algum indício de dor...
E eu sou apenas uma criança...
Que tenho medo de tudo,
que choro quando perco a esperança
e quando vejo que tudo termina,
quando tudo e todos se vão...
Restam apenas as lembranças,
Resta apenas eu contra eu mesma...
E a tempestade lá fora...
Que Me Venha Esse Homem ...
Que me venha esse homem
Depois de alguma chuva
Que me prenda de tarde
Em sua teia de veludo
Que me fira com os olhos
E me penetre em tudo
Que me venha esse homem
De músculos exatos
Com um desejo agreste
Com um cheiro de mato
Que me prenda de noite
Em sua rede de braços
Que me venha com força
Com gosto de desbravar
Que me faça de mata
Pra percorrer devagar
Que me faça de rio
Pra se deixar naufragar
Que me salve esse homem
Com sua febre de fogo
Que me prenda no espaço
De seu passo mais louco
Que me venha esse homem
Que me arranque do sono
Que me venha esse homem
Que me machuque um pouco.
Dias de chuva
O sol, assim como eu, parece ter tirado umas férias.
A rua parece pedir socorro, se afogando em tanta água.
As crianças não correm na rua, os cachorros não cheiram os postes
e os passarinhos não entram pela janela para roubar comida.
Pela janela só tem entrado o vento que em mim provoca calafrios.
Do sofá para a cama, da cama para o computador.
Isso sem contar as compulsivas visitas à geladeira.
Já fiz e desfiz minhas unhas milhões de vezes,
Já arrumei meu quarto, fotografei as nuvens e dormi sem sono.
Já escutei meu Cd's antigos, e foliei as revistas.
Já acabei com os doces da geladeira,
Já tentei estudar, já consegui enrolar.
Já beijei meu espelho, já cortei o meu cabelo.
Aqui dentro as coisas parecem não acontecer.
A parede ainda não mudou de cor e a porta não consegue se abrir sozinha.
Esperei uma visita inesperada, mas não aconteceu.
Os dias foram passando, e eu fui agonizando.
E assim foram meus dias de chuva.
A chuva voltou
A chuva voltou
Vento e chuva
A vida e o frescor
O arborescer e a mata reflorescer
Estação de chuva e sol
De dia calor e ventilador
E de noite muito lençol
A esperança de plantar
E em alguns meses da roça sentir o sabor
Poder dos seus doces frutos comprar
Desfrutar depois do trabalho e seu ardor
Mesmo com dores jamais demonstrar tristeza
Essa é a doce amarga vida
De quem depende da impetuosa natureza
Onde só chove
Se do homem for bem servida
E respeitada sua eterna verde beleza
A GOTA DE CHUVA E O OCEANO
Às vezes, uma gota de chuva morre de medo ao cair no oceano. O mar é gigantesco e ela sabe que ele ira engoli-la. Todavia, segundos após cair sobre o mar a gota de chuva percebe que deixou de ser uma gota e passou a ser o próprio oceano; um oceano gigantesco em águas. Para isso, não foi preciso nada mais do que ousadia... a ousadia que querer jogar-se ao mar. Portanto... ouse sempre, sempre, sempre. Ouse tudo e não tenha medo de nada.
Senhorita chuva
me concede a honra
desta contradança
e vamos sair
por esses campos
ao som desta chuva
que cai sobre o teclado
É intensa a vida de quem corre na chuva, sem desviar das poças d'água. É imprevisível, a vida de quem caminha sem medo de escorregar, de olhos fixos no horizonte, desatento às pedras no chão.
Os tombos viram cicatrizes e, em seus pontos recém costurados, se pode ler uma porção de coisas. E entre "não faça isso" e "faça aquilo", a gente passa a caminhar por estradas cada vez mais estreitas, quase claustrofóbicas. São tantas as lições que a vida nos dá, que, por vezes, vemos nosso mundo se restringir a minúsculos cubículos cercados por instransponíveis muralhas. Assim a gente pára de caminhar, e passamos a viver em um eterno ciclo repetitivo.
E é quando essa situação se transforma numa chaga insuportável, a gente apalpa as próprias costas e descobre que somos dotados de asas. Lá de cima, a gente pode acompanhar todos os caminhos que deixamos de percorrer, por medo de colecionar novas - e mais doloridas - cicatrizes. Tomados pelo arrependimento, descobrimos que nossa estrada não é de duas mãos.
Um dia chuvoso, um abraço gostoso
O amor mais quente, beijos envolventes
Lá fora o temporal, aqui dentro cordial
Tanta sintonia, tanto prazer, troca de energias
Conexão entre almas, línguas que percorrem mapas
Mapas corporais, libidos joviais
Não pensávamos em mais nada
Só queríamos desfrutar disso, mais e mais.
Chuva
Chuva que cai em tarde ensolarada
Noite que desce estrelada
Poesias que não rimam com nada
E carinho pela pessoa amada.
Leio o que eu não posso ver
Sinto o que eu não posso ter
Tenho fé onde eu não posso querer
Amo por apenas crer.
Tenho emoção exaltada
Ás vezes não penso em nada
Não consigo nem entender
Essa imensa estrada.
O mundo ainda irá existir
Enquanto dessa terra eu não partir
Pois meu coração pulsa e arde
Pela mulher que da minha vida faz parte.
E o badalar do sino
Me lembra de quando eu era menino
Que para ser feliz
Basta ter amor e carinho.
Que as gotas de chuva molhem suavemente o seu rosto.
Que o vento suave refresque seu espírito.
Que o sol ilumine o seu coração.
Que as tarefas do dia não seja um peso nos seus ombros.
Que Deus envolva você no manto de seu amor.
Que a estrada se abra à sua frente.
Que o vento sopre levemente em suas costas.
Que o sol brilhe morno e suave em sua face.
Que a chuva caia de mansinho em seus campos.
Até que nos encontremos de novo...
Que Deus guarde você na palma de sua mão.
Amigo é aquele que estende as mãos, sem que você precise.
Aquele que em dias de chuva, já sai com um hiper guarda-chuva,
Para proteger os dois.
Aquele que conta moeda por moeda para pagar um delicioso sorvete.
Aquele que se transforma em palhaço para nos fazer sorrir.
Aquele que divide a sobremesa.
Aquele que em quase em todos os planos, quer te colocar
Passeios ao parque, cinema, lanchonetes...
Sempre tem um bom programinha no fim de semana para bons amigos
Aquele que fala com você praticamente todos os dias,
e em apenas algumas horas, quer saber se tem novidades...
Aquele que sempre pergunta se você é feliz.
Amigo Verdadeiro é muito raro,
É como ter dois anjos da guarda...
Um enviado dos céus, e um enviado da vida,
Ambos criados por Deus
E já programados para entrar em seu destino.
Amigo simplesmente é aquela parte que falta em nós:
A CORAGEM.
Homens, uma dica: Nós mulheres queremos ser amadas. Queremos banho de chuva, guerras de travesseiros. Queremos um beijo na hora da briga. Queremos ligações na madrugada. Queremos que você nos ensine a jogar videogame. Queremos ver você jogar futebol. E muitas outras coisas. E independente de tudo, não nós importa se você é alto ou baixo, gordo ou magro, feio ou bonito… se você nós amar verdadeiramente e nos fazer rir terá pra sempre nosso coração.
Seria sem sentido chorar, então chorei enquanto a chuva caía porque estava tão sozinho que o melhor a ser feito era qualquer coisa sem sentido.
Quando você é um estranho rostos vêm de fora da chuva. Quando você é um estranho ninguém lembra seu nome.
Chovia, chovia, chovia e eu ia indo por dentro da chuva ao encontro dele, sem guarda-chuva nem nada, eu sempre perdia todos pelos bares, só uma garrafa de conhaque barato apertada contra o peito, parece falso dito desse jeito, mas bem assim eu ia no meio da chuva, eu enfiava as mãos avermelhadas nos bolsos e ia indo, eu ia pulando as poças d’água com as pernas geladas. Tão geladas as pernas e os braços e a cara que pensei em abrir a garrafa para beber um gole, mas não queria chegar meio bêbado na casa dele, hálito ardido, eu não queria que ele pensasse que eu andava bebendo, e eu andava, todo dia um bom pretexto, e fui pensando também que ele ia pensar que eu andava sem dinheiro, chegando sem táxi naquela chuva toda, e eu andava, estômago dolorido, e eu não queria que ele pensasse que eu andava insone, e eu andava, roxas olheiras, teria que ter cuidado com o lábio inferior ao sorrir, para que ele não visse meu dente quebrado e pensasse que eu andava relaxando, sem ir ao dentista, e eu andava, e tudo que eu andava eu não queria que ele visse nem soubesse, mas depois de pensar isso me deu um desgosto porque fui percebendo, por dentro da chuva, que talvez eu não quisesse que ele soubesse que eu era eu, e eu era.
Apenas isso: chove e estou vendo a chuva. Que simplicidade. Nunca pensei que o mundo e eu chegássemos a esse ponto de trigo. A chuva cai não porque está precisando de mim, e eu olho a chuva não porque preciso dela. Mas nós estamos tão juntas como a água da chuva está ligada à chuva. E eu não estou agradecendo nada. Não tivesse eu, logo depois de nascer, tomado involuntária e forçadamente o caminho que tomei – e teria sido sempre o que realmente estou sendo: uma camponesa que está num campo onde chove.
Interessante: todos confiam em um cara com uma capa de chuva. Não entendo bem porquê... Talvez seja apenas uma das curiosidades da vida...
CHUVA
Não sei porque insisto em caminhar na chuva!
Sempre fico num estado desolador.
Os cabelos desgrenhados, os olhos semicerrados, vermelhos...
O corpo pedindo paz e eu insistindo em caminhar na chuva!
É claro que eu vou me molhar, encharcar,
Fora o risco de cair, de escorregar, de me arrebentar.
E ainda assim eu caminho na chuva.
O coração negando, a respiração parando e eu andando,
Enxergando um Sol que nem sei se é real,
Acreditando que o tempo vai se abrir,
Que logo a chuva vai parar.
Parece loucura, mas eu chamo de fé.
A esperança que o Sol apareça é recompensa para os meus olhos miúdos.
Mas e se o Sol não aparecer?
E se a chuva for tão cortante que nem dê mais para me enxugar?
Este é o risco de se caminhar na chuva!
Apesar de que eu sei que com o tempo,
Eu vou acabar aprendendo a desviar os perigos,
A pular os buracos, a evitar as poças de lama...
O segredo é não se manter molhada depois da caminhada,
Mas será que é possível enxugar os olhos depois de toda água derramada?
Eu não devia caminhar na chuva,
Seria melhor esperar o Sol aparecer.