Poemas de Chuva
Não foi da noite para o dia. Foi necessário atravessar muitas tempestades para que eu aprendesse a ser sol.
Não é por que o dia está chuvoso que você não pode sorrir nem tão pouco agradecer pois a única certeza que temos é que Deus nos abençoou com mais um belo dia e com chuva de amor.
Agosto já vai embora sem deixar o tal gosto. Gosto do choro dos céus. Já andamos à muito tempo nesta arte de desgosto e renovação das águas e da esperança viva e fogo. Que venha o Setembro sem guerra. Que encha cada barragem pressa nos olhos de quem já não chora, de quem perdeu o curso do rio da vida. Que venha com a única coisa nesses dias. A chuva. de resto manteremos a mão estendida. A Deus e aos homens de arado, aqueles de gravata e da terra que desgasta.
Brigamos uma vez, eu disse que faria sol, mas ele disse que choveria. E num mesmo dia choveu e fez sol. Depois do sol e da chuva e da chuva e do sol surgiu um arco-íris. O arco-íris mais lindo que já havíamos visto e este arco-íris foi a moral da historia e a metáfora mais bonita que achei para nos explicarmos. A luz e a escuridão. O calor e o frio. O dia e a noite. A flor e o espinho. A canção e o silêncio. O Doce e o amargo. A paixão e o ódio. O encanto e o desencanto. E por fim, o Sol e a Chuva.
Meus desejos se tornam líquidos ao final de mais um dia chuvoso. Eu busco resiliência nas gotas e me delicio pelo momento vivido e registrado.
Dias nublados são tão belos e intensos, que parecem que foram feitos para pensar, lembrar, refletir e não fazer mais nada.
Já nem sei se volto atras, já nem sei se quero mais e o violão lá fora sozinho agora abandonou e vai caindo a chuva, na minha vida é temporal.
Há dias em que chove em mim. Nesses dias acordo com os olhos completamente molhados e a esperança alagada, sendo impossível chegar até ela, mas eu não desisto, coloco um sorriso no rosto e sigo sorrindo porque sei que a felicidade está nas pequenas coisas do dia a dia e logo ali na frente eu a encontro. Não duvido por um só instante que, assim como o sol, a luz de um sorriso inteiro voltará a brilhar em mim depois que tempestade que embassou o meu olhar passar.
A tempestade cai lá fora, e cá dentro, chove você. Dia e noite, como num dilúvio sem fim. E eu não posso fazer nada.
Encontro abrigo não apenas sob o teto que me protege, mas também nos momentos em que a natureza se abre para me receber. Cada gota que cai é um convite para me refugiar na serenidade do momento presente, como o meu chapel pendurado delicadamente em um galho dançando ao ritmo da chuva.
Como eu amo o cheiro de quando começa a chover. Tem cheiro de infância... de colo... cheiro de leitura com café, cheiro de aconchego e paz. Tem barulho de musica que acalma a alma, tem cor de romance, será que tem sabor? Só se tiver o gosto do amor.
"Você será o motivo da minha desgraça e a morte do meu coração; Todas as rosas tem espinhos baby... E tudo bem você querer se defender dos brutamontes que querem te arrancar. Mas eu sou a abelha e ninguém toca no meu néctar!"
Livro: Temporada de chuva - by Safira souza
Versão amável da natureza se apresentando de uma maneira graciosa, mostrando leveza, uma estrutura harmoniosa, a chuva caindo com uma linda expressividade, ornando suas folhas, trazendo-lhes mais vitalidade, uma emoção serena que vai se propagando, a beleza da flora em forma de arte, parte de um mundo valoroso num rico somatório de detalhes, um ar esperançoso, encanto para os olhares atentos, simples oportunidade de um importante contentamento.
É do lado de dentro que o sol da alma nasce e ilumina tudo ao nosso redor, independente de estar chovendo fora ou não.
Ousadia interessante de uma natureza graciosa que reluz dos teus olhos, que, às vezes, é contida, mas na hora certa se mostra à semelhança da chuva atrevida que cai no verão, a flor que floresce vivamente no deserto, o agir racional amparado pela emoção, a superação que vem apesar do medo, portanto, simplesmente, causas uma sedução genuína, o reflexo fascinante do teu admirável universo, resultado de uma ciência divina.
Mesmo embevecido em um cenário chuvoso, acinzentado, quiçá, lágrimas molhando o rosto, alguns problemas, um nuveiro diante dos olhos, é possível enxergar a vida de árvores frondosas, que dizem em silêncio, não desista, a esperança se renova, chuva caindo sobre as folhas, fortalecendo a flora, avivando a calmaria das águas, sons contínuos e agradáveis, um vigor que se propaga, dessarte, uma bênção do Senhor que permite uma perceção sensata, prova sincera de amor, que acolhe gentilmente a alma, perceber desta forma decerto é desafiante, porém, ao ver, quando acontece, é bastante válida por ter um efeito tão revigorante que vai além de belas palavras.
Partilhando o destaque noturno com a lua, vem a calmaria vestida de vivacidade com traços repletos de charme e formosura, uma arte fascinante de lindas curvas que está debaixo do encanto da noite e sobre o brilho fascinante da chuva que tocou o chão com um manto feito das suas gotas, resultando em uma composição sedutora de tamanha simplicidade, doçura, romantismo, fogosidade em cada fragmento, de fato, um justo fascínio, um presente deste tempo.
Os banhos de chuvas na infância eram só uma forma de nos ensinar que uma brincadeira inocente se tornaria a preparação para tempestades!