Poemas de Chuva
Depois do dilúvio deveria o mundo ser repovoado de homens e animais bons. O dilúvio foi apenas mais uma “bondade” de Deus. Tão pitoresca quanto à valentia de Apolo sobre Píton “a serpente”.
Chuvas fortes também são apenas eventos da natureza, assim também nenhuma reza é capaz de acalmar a tempestade.
No meu pensamento eu estaria com você na frente de um ponto de ônibus olhando aqueles pingos de chuvas caindo no meio de nossos lábios.
A gente não encontra ninguém nessa vida por acaso. Cada pessoa no nosso caminho, dividindo conosco as alegrias e tristezas do dia, é uma provação, ou um ensinamento ou uma benção. Seja grato por cada coração que cruza com o seu ao longo de seus caminhos. Seja grato por cada olhar que brilha junto ao seu, por cada lágrima que não deixa a sua cair sozinha, por cada sorriso que desperta o melhor de ti. Seja grato principalmente à Deus, pois é Ele quem arranja, carinhosamente, todos esses encontros.
E como o dia reinicia pela manhã, a vida recomeça todos os dias, com quase tudo igual, a não ser aquelas coisas que você tenha a coragem pra mudar, se não gostou do ontem reinicie diferente, se foi tudo maravilhoso, mete o pé, tá na hora, siga em frente!
Urubus voando em bando de círculos de muitas voltas e voltas preconizam tempestade. Capaz que chove.
A minha esperança é igualzinho ao Sol, ela sempre renasce, mesmo que alguns dias tenham nuvens ou chuva forte.
Há vezes que a gente parece nuvem, se contorcendo em figuras estranhas ao longe, querendo chamar a atenção, enquanto tudo que o outro deseja é que você se precipite.
Faça-se chuva!
Alma à flor da pele
Costumo guiar meu coração para vários lugares por aí. Gosto de ser assim, livre, leve e para muitos louca. Tenho uma loucura de ser eu mesma, sou bem particular, sou dona de mim. Grito e choro a minha essência. Sou o meu início, meio e fim. Sou a liberdade das minhas palavras e nem sempre a lucidez dos meus sentimentos. Sou pés descalços e noites de luar. Sou rosa que simboliza o amor, sou o doce de um cappuccino e não a pureza amarga de um café. Sou mais amor que razão, sou toda emoção. Sou ressaca de oceano, coca cola e muita água pra refrescar. Sou muito mais picolé que um sorvete qualquer. Sou das cores fortes, intensidade, dança, terra e raiz. Sou música que arrepia a pele, toca a alma e faz a gente chorar. Amo os horizontes da vida. Sou chuva, telhado, areia, piscina, grama, céu e mar. Sou de todas as estações. Sou cartas na mesa pra quem sabe jogar. Sou riso frouxo e romance no ar. Sou para muitos, mas poucos sabem. Quase sempre escancaro meu brio e não importa o espectador. Eu soul!
Amor? Amor é como um dia de agosto em que o vento quase frio assoviou nos galhos de uma cerejeira em flor.
Todas as respostas sempre foram, são ou serão maiores que a minha capacidade de perguntar... Caminho na chuva ou sob o sol; a estrada é a próxima interrogação.
"Talvez eu não tenha me recuperado cem por cento, talvez ainda exista em mim um pouco da insegurança que te motivou a tomar certas decisões. Eu nunca disse que era completamente bem resolvida e certa das minhas ideias e planos, eu sempre disse e provei o contrário. A cada instante um medo e uma coragem nova nascem dentro de mim, e eu não posso obrigar ninguém a aceitar isso e conviver com isso. Tanto é que no dia em que você não aguentou mais, eu não insisti, te deixei ir livre e sem culpa. Até porque fiz valer aquilo que havia dito no início de nós: "Se um dia você concluir que não dá, por favor não me empurre com a barriga, seja sincero e diga-me o seu adeus, eu vou entender, não precisa se preocupar se isso me deixar triste. O que eu não quero é ver seu sorriso sendo forçado para gerar o meu, quero ver você feliz sempre, ainda que não ao meu lado, porque eu te amo demais." E bem... foi isso que houve, eu não te causava mais o mesmo bem, a mesma sensação gostosa de me acompanhar na vida. Hoje, em outro quadro, tenho a mesma ideia: liberdade pra ficar, e ousadia pra ir embora. Só que, acrescida de algo que aprendi: Ousadia mesmo é querer ficar, mesmo sabendo que um dia o coração que ofereceu abrigo, pode te deixar na chuva."
Era mais que um espetáculo, era um milagre que o sertanejo esperava o ano inteiro: ver aqueles fios translúcidos condutores de vida, desafiando raios e trovões, para serenos cairem no incandescente solo do sertão matando sua monstruosa sede.
- Teu jeito sereno de ser, Teus olhos Teus olhos. Brilham mais que raios quando cortam o céu em noites de chuva... um olhar fixo e fascinante me conquistando a todo instante.
Passando na rua, em Jardim qualquer, havia uma roseira, nessa roseira havia uma única rosa, como se estivesse a espera de pessoa apaixonada, que a entregasse para um grande amor. Ainda me pergunto, será que o dono a deixou de propósito? Foi uma forma de retribuir ao universo que lhe dera uma rosa assim no passado? Talvez nunca possamos saber, mas a rosa permanece ali, esperando algum futuro
Quando não chove, muitos reclamam; quando chove, outros tantos continuam reclamando. Em vez de reclamar, por que não agradecer pela chegada ou não da tão esperada água que vem do céu, das nuvens, para alegria da fauna, da flora, dos rios, e nossa? Esta frase de Roger Miller fala sobre a chuva de forma metafórica, mas vale a pena refletir sobre a sua essência: "Uns sentem a chuva; outros apenas se molham."
Hoje não tem nada de sol; essa manhã e do cultivo, da esperança...
Já peguei minhas sementes e minha enxada.
"Gostaria de ter o teu nome na minha agenda, pra saber a toda momento onde você está gostaria de saber ao menos o seu nome pra gritar aos quatro cantos do mundo que amo você, te encontro na rua porem não sei o teu nome, coração bate forte no peito quando vejo você, os teus olhos penetram nos meus com imensa ternura mas não sei o teu nome e isso me faz sofrer, sofrer por amor, sofrer por te querer, não sei o teu nome, e isso me faz sofrer."
Para quem não acredita em milagre, é só vir para o nosso sertão e presenciarem em loco os milagres da natureza.
Só basta cair algumas poucas gotas de chuva para o cinza se tornar verde e a vegetação aparentemente morta revitalizar-se, colocando sorrisos nos cantos dos pássaros e nos rostos dos sertanejos.