Poemas de Chuva

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Tudo em mim é intenso, sou do tamanho daquilo que sinto e sinto muito por transbordar ou secar, ser eterna ou momentânea, ser cais ou despedida, ser sol ou lua, ser brisa ou chuva, ser terra ou nuvem, ser horizonte ou janela, ser infinita ou finita, ser possibilidades ou não. Sou feita do sentir e jamais do sentimento imposto. Sou da natureza!

A janela estava aberta e ela estava deitada na cama lendo um livro. Parou, olhou pro horizonte e pensou que nada, absolutamente nada, seria mais calmante que ler um livro ao som da chuva.

Um dia você acorda e percebe que perdeu tantos momentos bons com medo de ser feliz, quando chover felicidade não use guarda-chuva, se joga, se molha, dance na chuva e transborde felicidade!

Todo início é difícil, porém a escolha por remar, mesmo na ausência dos ventos favoráveis, nos permite a não ficarmos parados em meio às tempestades. Afinal, buscar seguir em frente, nem sempre é temer as enchentes da vida, na maioria das vezes é aprender a dançar nas chuvas.

Uma xícara de café, um livro, moletom e cobertor. Chove muito lá fora, me levanto, abro a janela e vejo a chuva cair. Me lembro de tudo aquilo que fiz e tudo o que deixei de fazer, enquanto as gotas caem sobre as folhas das árvores. A vida passou muito rápido e a melhor parte dela foi-se embora sem que eu pudesse me despedir. Chuva, vida, tempo... Tão graciosos e tão imprevisíveis, não é mesmo? Vêm e vão sem dizer um tchau e não esperam por ninguém. Viver, é disso que eu preciso, é isso que vou fazer!

° ೋ✿ Um dia frio ... uma noite fria ... e um coração quentinho ... cheio de amor ... cheio de paz !

Vou lhes contar a minha ideia de felicidade plena. É estar cercada pela natureza, dormir com o ruído dos grilos e acordar com a alvorada dos pássaros. É caminhar descalça pela relva molhada de orvalho e sentir o perfume das flores silvestres. É cultivar sementes na terra para que possam germinar e produzir meu alimento. É fazer o bem ao próximo, respeitar e amar pessoas que conheço e aquelas que nunca verei pessoalmente. É ler muitos livros, assistir todos os filmes possíveis, dançar a luz da lua, tomar banhos de chuva, cantar desafinada enquanto caminho observando as árvores. É conseguir colocar em prática todos os ensinamentos sobre espiritualidades que venho aprendendo ao longo dos anos. 'Pra mim' felicidade é isso.

Eu vi a poluição nascer da cidade e a terra chorar em nossas vidas para nos acordar e nos proteger!

É tão bom quando o amor nos acorda de madrugada e nos deixa acesso o dia inteirinho. Pois, é da luz do amor que o meu dia se ilumina e a sua chama não se apaga nem quando o tempo está de chuva.

Quinze horas em Belém, clima ameno e fechado. Da fachada de casa posso ver o céu coberto por nuvens de chuva e, ao meu redor, um cheiro forte, característico, dessa época ("vide" Águas de Março). Marcos, que é meu aluno, tenta fazer o dever de casa sem a minha ajuda.
O dia segue como esperado, nenhum interferência indesejada.

Dizem que as meninas estão em busca do príncipe encantado.
Ou que algumas preferem o lobo mau, acho que todos lembram desta forma de pensamento que sempre rodeia o mundo feminino.
Mas, a menina, a menina que senta e vê a chuva caindo, ela não quer o príncipe nem o lobo, ela só quer um amor de verdade, um amor fora dos livros infantis e livros adultos.
Ela quer ter com quem conversar, contar seus lamentos, deixar suas lagrimas rolarem e dar seus melhores e mais belos sorrisos.
E no fim da tarde, deitar no sofá e receber un beijo e um carinho.
Ela não quer ficção, ela quer alguém de verdade.
Com defeitos e acertos, sem juras, sem promessas.
Apenas alguém que aceite-a sabendo como confusa ela é.

Ele anda, anda sozinho
Perdido, ele anda perdido
A cabeça mata-lhe o sono
O corpo pesa cada vez mais
Não é segredo a ninguém
E ninguém vê o segredo
A infelicidade é cheia de vazio
O quente tem sempre metade frio
Ele anda e anda perdido
Chove e ele anda sozinho , perdido.
A chuva bate na sua face
Não chora
Não é verdade, nem realidade
Ninguém chora enquanto anda,
Enquanto leva com chuva
Ninguém o faz.
Ele anda, anda sozinho
Anda perdido
O corpo pesa-lhe
Ninguém sabe o segredo
Está cheio de infelicidade
E o quente tem sempre metade frio
A cabeça mata o sono
Mata o toque do andar
O toque do sorriso
O toque da infelicidade
A cabeça mata-o.

''Serra'' Humano

Campo verde só mato
eu sinto o cheiro do chão
Ô coisa mais linda é
enxergar uma plantação

Descobrir maravilhas
falar com o agricultor
Plantar belas cementes
do fruto do amor

Cuide do que é verde
do que é mato e da vegetação
Ser humano falha
agindo com a desmatação

Coitados dos nossos índios
sofrem de insônia
mas vão dormir como com maquinas revirando a amazônia?

Amazônia? ou a maior ZONA?
dos tais barões lenhadores
florestas de cobiças
hectares de valores?

Mas tudo bem que você
precisa de papeis para escritórios e
moveis para a sua casa
continue degradando o eco sistema e reclamando da chuva ácida.

Pois, saiba que é preciso
podar as folhas podres e
adubar a nossa terra

Infelizmente eu sinto
o que as árvores sentem
em contato com a serra.

"Amor é isto: a dialética entre a alegria do encontro e a dor da separação. E neste espaço o amor só sobrevive graças a algo que se chama fidelidade: a espera do regresso. De alguma forma a gota da chuva aparecerá de novo, o vento permitirá que velejemos de novo, mar afora”.

(Trecho de "Onde mora o Amor", do livro 'Tempus Fugit'. São Paulo: Edições Paulus, 1990. )

O TEMPO

O tempo parou
Quando os lábios se tocaram
Você me beijou
Os olhares se encontraram

A chuva selava
Os vidros embasados
A vontade Matada
De você ao meu lado

O relógio parou
Congelado com o momento
O silêncio se instalou
Quebrado pelo vento

O tudo se fez nada
Tudo que eu esperava
Nada que faltava
O tempo continuava

O que realmente é em vão
É passar toda uma vida
Atrás de uma parede escondida
Invisível e rígida
E não se deixar banhar
pela chuva da emoção.

Ó, doce dia de verão,
Porque choras sobre mim?
Por acaso refletes minh'alma
Ou choras para levar minha tristeza?

Ó, doce dia de verão,
Alegra-te, pois feliz agora estou!
Suas águas pureza trouxeram,
A minh'alma agora renovada.

Ó, doce dia de verão,
Feliz estou por te encontrar,
E ansioso a te mostrar...
Meu sorriso para agradar.

Saudade

Saudade é a ausência que não se cala,
Da presença que não fica.
Saudade são os dias que se demoram
E a hora que não se finda.
Saudade é a garrafa vazia,
Que enche de vinho o copo; tormentos.
Saudade é a madrugada que vira sol,
De um dia sem brilho, lamentos.

Saudade é a canção que entristece o olhar
E mexe na ferida aberta sem estancar.
Saudade é o braço que abraça a solidão,
É o momento que envolve emoção.
Saudade é quando madrugo lembranças
E estampo sorrisos fingidos pela dor.
Saudade é sentimento em alerta
Toque de recolher interno; revelador.

Saudade é não falar da falta que sente
E o que sente se manifesta sem consentir.
Saudade é chuva que não molha,
Verão que evapora, outono que nunca tem fim.
Saudade é turbilhão que aflora o gostar,
É terra que faz água do rio secar.
Saudade é vestir-me de ti em cores,
Abrir o mundo, arrancar dores...
É ter-te aqui, ali, fora e dentro de mim.

Refém do destino?

Entrou na minha vida por um acaso, pra mim viraria mais uma grande amizade. Um instante bastou pra trocarmos um olhar que virou beijo, naquele momento não sabia o que fazer, como uma chuva de verão que você não imagina que vai acontecer mas de repente o tempo fecha, você já é refém.

ILIMITÁVEL
Queria sair de si e ganhar o mundo,
conhecer lugares, pessoas, prazeres,
sentir o vento no rosto,
sentir a chuva no corpo,
sentir algo ao qual nunca havia vivido antes.

Impossível...
Então mergulhava nos livros:
aventura, ficção, romance, poesia
queria voar, correr, viajar sem sair do lugar
sem fermentados, sem ilícitos, nem destilados,
sem alucinação ou devaneios,
apenas a imaginação como passaporte
pra ir até onde sua mente o permitia chegar.

E conseguia facilmente ir a qualquer lugar
a qualquer hora
mesmo preso naquela cadeira de rodas
que o fazia ganhar o mundo
sem sair do lugar.