Poemas de Chuva
"Tanta chuva e eu não solto
mais meus barquinhos de papel...
Ó que saudade!"
Haredita Angel
24.03.17
Primaverei
Já fui água de chuva
Já fui folha seca
Já fui intenso calor
Primaverei, virei flor!
☆Haredita Angel
"Quando vc passa eu sinto cheiro de chuva, porque é sempre inverno no
meu coração..."
☆Haredita Angel
18.01.2012
(Blog: as coisas que eu gosto)
CHUVA DE GRANITO
Demétrio Sena, Magé - RJ.
Fiquei confuso e assustado ao obter de um amigo informação de que houvera uma forte chuva de granito em sua cidade. Se uma chuva de granizo já é capaz de causar estragos, e a depender da intensidade ou do tamanho das pedras até mesmo tragédias, imagine o que não faria uma chuva de granito, ardósia ou mármore.
Confesso, entretanto, que a informação de meu amigo também me levou a fantasiar. Sou mesmo assim, em razão de meu espírito gravemente poeta... e sem cura. Imaginem vocês, que de muito fantasiar durante o dia, tive um sonho inusitado, à noite. Tudo por culpa da informação fantástica de meu amigo.
No sonho, meu quintal bastante arborizado, até bucólico, foi presenteado por uma chuva fina, inofensiva e bela, não de granizo, granito, ardósia nem mármore, mas de rubi. Rubi em grãos delicados que pousavam suavemente sobre as folhas das árvores e deslisavam ao chão, onde pude colhê-los, feliz da vida.
SONHO DE CRISTAL
Demétrio Sena, Magé – RJ.
Desmoronas em mim feito encosta na chuva,
quando as águas invadem as frestas do barro,
feito carro que perde a direção e voa;
cai no abismo profundo e se perde na treva...
Poderias ter tido a brandura comum
dos que saem sem surto, partem à francesa,
têm a delicadeza de fugir aos poucos
pra que a festa não tenha que acabar pra todos...
Mas querias o show da freada no asfalto,
como quem não quisesse quebraste o silêncio,
buzinaste bem alto pra depois caíres...
Desintegras no breu do sentido profundo
que meu mundo não faz ao deixar de ser teu
no andor do meu sonho de fino cristal...
DESEMPENHOS DA CHUVA
Demétrio Sena, Magé - RJ.
O show da chuva já ida
está nos mini-cristais
que rolam sobre as folhagens...
brilha nas gotas de vida
já salpicadas de sol,
nas minhas doces miragens
do mundo à flor dos meus olhos...
A chuva ida ficou
na limpidez das roseiras
e no frescor desse ar...
Ficou na teia vistosa
que ora serve de auréola,
ora se torna colar
de que o arbusto se adorna...
Ficou da chuva passada
um romantismo silente,
que se compõe feito verso...
Alguma espécie de nada
com que se veste o poente,
pra se tornar universo
e provocar minhas asas...
Esplêndido é um raio de sol, ou de lua
A chuva caindo na grama, suave ou não
Esplêndido é um olhar de fé
Uma palavra de conforto e encorajamento
Esplêndido é poder olhar o céu
E enxergar sempre o que há de melhor
Mesmo encoberto por esplêndidas e escuras nuvens
É sentir a brisa, o sol, a calma, a raiva... porque não?
Sentir, absorver o bom, dissolver o que não interessa
Esplêndido tambémé ser humana, viva, aqui e agora...
Inteira comigo e com todos vocês!
E essa chuva?
Chuva de sons, de silêncios
De verdes lavados e sapatos sujos
De pausa pro café
De reflexão mais demorada
Chuva de água na vidraça e palavras não ditas
Ou pensadas e depois lavadas
Chuva de alentos e pormenores
Que por maiores que sejam
Deixam essa água lavar...
Um final de tarde cinza...
Ossos gelando, é isso
Ameaça de chuva lá fora
No peito um coração relutante
Enfrento o frio e a chuva
Ou me encolho no medo ?
Obedecer as pernas nem querem
Dão um nó só de pensar
Tantas cobertas na cama
Meu alter ego quer se deitar
Porém no meio do cinza,
Há espaço de sobra pra beleza
Abro a porta, a janela, a vida
E já estou ali fora
Percebo então, decidida
Que em meu mundo há espaço
Pro Sol, pra Lua, pra chuva...
Pra poça d'água na calçada...
É a chuva derramando-se como cascata prateada
Saltam os pingos que despertam a criança adormecida
A sonhadora entorpecida de amores
Que insiste em enxergar magias onde todos vêem dor
Hipnotizante ping ping da calha ...
Me dá asas para nadar até onde a realidade termina
Em um mar de água turquesa e céu de prata
Ping, ping... lá vou eu
Corpo relaxado nas cobertas
Alma alada de fada voando para casa...
FÉ
Podia fazer chuva ou sol, ele não faltava um dia na igreja. Tinha fé de um dia encontrar Deus. Uma noite olhou o céu e se descobriu nele. Nunca mais foi no templo.
O objetivo natural da chuva é regar a terra e assim fazer germinar tudo o que nela for plantado. Com a liderança o processo é semelhante, porém, com as pessoas.
José Guaracir
Vejo a chuva cair e molhar o chão
Quando choro, lagrimas se misturam com o tempo
Não sinto frio porque meu corpo esta congelado de sofrer
Não tenho medo porque vivo em meio a escuridão
As calçadas da rua estão molhadas é madrugada.
O único pensamento que me vem é de saudade
Estou olhando para um céu todo estrelado e der repente
Vejo um vulto meio sombrio que me deixa um pouco assustado
São figuras que me aparecem quando relembro o passado.
Padroeira
A chuva que cai lá
Lavando a alma da Gente,
A mesma que derrama ca,
Molhando a terra contente
O céu que avisto lá,
O mesmo que vejo aqui,
Como que tu se veste
Linda abobada celeste
Os Santos que lá eu vi,
São os mesmos Santos daqui,
Nossa mãe querida;
Os sinos que badalam lá
O mesmo que badalam cá
Anunciando Nossa Senhora Aparecida.
Ademir Missias Fev/21
Deus é beleza que não se encerra,
as flores são os sorrisos da terra,
que recebe a sorrir a chuva cair,
e fica na espera, para florir de novo numa primavera.
Pela chuva que cai.
Pelo sol que brilha.
Pelo dia que vem, e o dia que se vai.
Pela nossa liberdade, pela nossa amizade.
Pela nossa união e pela nossa salvação.
Pelos meus amigos e os seus, glória a Deus.
Que todas as gentes, de todos continentes,
se alimentem de Deus; de corpo alma e mente.
As borboletas são extremamente frágeis,
não suportam uma chuva,
além de serem presas fáceis dos pássaros,
mas nada as impede de voar,
porque sabem o que querem,
e aprenderam a superarem as suas deficiências,
e contornarem as adversidades.