Poemas de Chuva
BOA NOITE MEUS BONS AMIGOS!
E cai uma boa chuva
Do lado de fora da vidraça
Tem algo mais abençoado
Que água do céu caindo de graça?
mel - ((*_*))
Outono, uma nova estação.
As arvores perdem as folhas
A chuva cai devagar
De noites silenciosas
Nos leva a sonhos sem par
Não é nem cravo nem rosa
Mas nos convida a amar.
Terê Cordeiro.
Chuva de Outono...
Nós somos como a vida das árvores, passamos por estações e momentos.
Existe tempo para nos recolhermos, fazermos um balanço e juntando forças para mais adiante para o próximo passo.
É como a chuva, que cai fina, molhando nossos corpos, nos alimentando, lavando nossa alma... e como precisamos de dela nós e as árvores...
As árvores são assim elas perdem as folhas e se acomodam, pois passarão por longos períodos sem movimento externo, porque elas somente crescem no verão. Cada instante é uma espera do momento seguinte, e logo vêm à primavera aonde nós e as árvores florescemos.
Abrimos nossos corações para deixar a vida sair e assim nos despimos de nossas camadas desnecessárias que já cumpriram seu papel no grande esquema da vida. As árvores nessa etapa mudam de casca para sua renovação.
Passamos por várias estações, várias metamorfoses até nos tornarmos inteiros.
Peço sempre à divindade para que meus verões sejam ricos em frutos e que minhas sementes possam germinar sadias no canteiro da existência e que no outono seguinte eu esteja muito mais forte, compreendendo cada ritmo, cada etapa e me sentindo triunfante e grata naquilo que chamo de vida.
Beijinhos nos ...
Se eu fosse sol!
Secava-te com abraços...
Se eu fosse chuva!
Molhava-te com beijos...
Se eu fosse o vento sopraria no teu ouvido dizendo que te amo...
AMOR ROUBADO
− Viúva-negra
Eu só tentei te esconder da chuva,
Levando-a abraçada comigo...
Fiz dos meus braços teu abrigo,
Tal como a sombrite cobre a uva...
E da tua mão molhada tirei a luva,
Que encharcada era um perigo...
Defrontei-me com um anel antigo,
Tal como fosse de uma viúva...
De repente, do céu veio a calmaria
E o meu amor ardente você levou
Junto à tempestade que caía...
Secou... O meu coração você secou!
Agora só sei sair pela noite vazia...
À procura da paixão que me roubou.
Observo a chuva miudinha.
Que escorre, cai dos meus olhos.
Lágrimas de dor, de alegria, de amor.
As gotas tecem as palavras que a minha alma sente.
Tecem e sente espontaneamente.
Embalo as letras, embalo as palavras.
Embalo a minha dor
Tentando compor versos ou talvez poemas.
Poemas tantas vezes ausentes de mim.
Ausentes do meu corpo
Palavras onde resmungam na minha boca.
Há dias que as palavras escorrem.
Escorrem para o papel.
Escritas num telhado de telhas de barro
Escrita de sonhos em forma de rimas.
Tantas vezes a inspiração adormece.
Adormecemos num sono leve.
E as letras descansam no papel.
Talvez queiram ser apenas observadas.
Ou apreciadas no pensamento.
Do nosso silêncio!
“Beije-me sob a chuva que reluz
Toque-me devagar nas escadas
Num momento que arde à meia-luz
Invente paixões nunca inventadas;
Dê-me o vinho tinto que deixaste
Em tua adega solitária como a ti
Desenhe o rosto que lembrares
Da tarde em que amar-te eu temi;
Com ardor reescreva tais instantes
E revivas permitindo-me reviver
Como uma lembrança vibrante
Que trouxera e trará vida ao viver.”
Dia Nublado
"Chuva fina no telhado,
Vida que goteja do céu nublado.
Na árvore,
passarinhos entre galhos, procurando proteção.
Sentado na janela,
gatinho preguiçoso, olha tudo com atenção.
Aqui dentro me reconforto com essa imagem,
Dentro do meu aconchego e da minha pequena solidão,
Sinto-me simplesmente abençoada,
E transbordo gratidão."
BOM DIA MEUS BONS AMIGOS!
E o dia amanheceu sorrindo
Porque a chuva que ontem caiu
Deixou o jardim mais lindo
Até o passarinho sentiu...
mel - ((*_*))
Expectativas excessivas podem sobrecarregar a lucidez causando tempestade mental com chuva de lágrimas.
– Icaro Fonseca
Se você quer observar um arco-íris pela manhã,
acostume-se a enfrentar a chuva durante a noite ...
Viver é aprender a alvorecer depois de toda escuridão!!
Minha sobriedade me consome.
Dissolve toda sombra de dúvida,
Que como nuvem de chuva me encobre.
A firmeza da fé se faz como vento,
Impetuoso o momento,
Soprando todo mau para fora.
Não era para ser pra sempre...
Da mesma forma,
não era o tempo de uma chuva de verão...
Não era para ser eterno,
Se somos efêmeros...
Passageiros em agonia
de uma vida em movimento que não para!
Como o vento
que rasgando, passa
e leva todos os anseios
das perguntas sem resposta...
Das incertezas do amanhã...
Das horas do dia nos dedos
contadas
Em que a saudade bateu forte
consumindo-se no que foi
e não voltou...
Vou buscar o que foi
E não voltou...
Porque preciso do que foi
E não voltou...
Gosto de dias chuvosos, a chuva tem uma música, que ora parece ser um adágio, ora parece ser uma sinfonia, tocada pela melhor orquestra do mundo. Mas, hoje, ela parecia estar tocando desgovernadamente, acho que o maestro saiu e a deixou sozinha. Raios explodiam a todo instante, os trovões até apavoravam.
Havia muito tempo, não presenciava uma chuva assim, pois o canto da chuva é um canto doce, que transforma o dia cinzento, em um dia colorido, misturando os tons de azul e cinza...
Gosto do canto da chuva. É um canto que possui diferentes tons e semitons... A chuva tem diferentes andamentos na música, há horas em que ela chega parecendo que está nos arrastando pelo espaço, perpetuando a vida... Eh, a chuva nos faz ver a vida passar pela janela, jamais na rua, pois, não daria para admirá-la. Quando ela se vai, se não fosse o brilho no asfalto molhado, não perceberíamos que ela havia passado.
Mas, hoje, a chuva foi pesada, uma chuva sem o azul e sem o cinza, pintou o ar, com a cor dos maiores desesperos, não houve prédio que não tenha tremido com essa chuva negra... E, o pesado escuro das nuvens, veio com os brados dos trovões, varrendo o orgulho humano em enxurradas...
A grande beleza da chuva está em que ela adota uma música diferente para cada olhar, que a contempla. Há música e também há harmonia, mesmo quando ouvimos o estrondo dos trovões... Parece nos querer dizer algo:- Olhe bem dentro de cada gota, há um arco-íris...
Pois não é que ela tem razão! Pois, quando ela se vai, vemos o infinito arco-íris, que se chama vida.
Cessou a chuva, ficou o silêncio.
Um sossego cego de sentido.
Ficaram molhadas todas as ruas dos meus olhos.
Lembranças dos teus pálidos dedos delicados.
Da ausência funda dos teus beijos.
Eu só queria você aqui
Na mesma cama
Debaixo do mesmo lençol
Esperando a chuva passar
E eu submergindo na imensidão do teu olhar
Chuva com gosto de vinho,
Sm de jazz ao fundo,
O gosto amargo, desfrutando a fundo minha alma,
O vinho é de doçura, que jogo-lhe a garrafa ao chão.
Ridículo veneno doce,
Devias ser de tão mais amargo que minha saudade...
A Felicidade era um lugar estranho,
lá, os meninos, após a chuva
comiam o arco-íris e saiam coloridos
pela rua Jogando futebol.
O futuro era decidido no par-ou-ímpar
e o passado simplesmente não existia.
Não perca mais tempo, pois sempre depois de uma forte chuva, há sempre um nascer do sol e de noite, a lua vai brilhar,
Jesus, foi um carpinteiro, então pense:
é preciso sempre, criar suas pontes, para cruzar o rio, e uma ponte para o abismo, ele criou mais o mataram, e está vivo em nós até hoje,
Então, crie suas estradas de terra, para ultrapassar um forte riacho, crie uma ponte !,
Mais nunca, se feche uma porta por medo, ou alguém disse que não vale a pena, vá até ela, se sofrer, a vida continua, mais você irá olhar para trás e dizer,
Eu tentei !, Eu não desisti !, Fui até o fim ...
Lembrança
Se uma gota de chuva não existe sem explicação,
Imagine o quão belo a vida há de ser.
Se uma vida pode existir em uma vida,
Sinta como em cada momento estamos presentes em alguém.
Se estamos ao lado de quem amamos,
conseguimos nos tornar apenas um,
A distância nos faz acreditar que nada nos separa,
E o que nasceu pra ser belo nunca deixa de existir.
A vida é como o mar, cheia de sentimentos profundos,
as ondas são o que trazemos, e as pegadas na areia o que levamos.
O céu é um lugar infinito, assim como o amor
que conseguimos levar no coração,
e o que resta de nós pode ser uma lembrança,
que muitas vezes deixa marcas que jamais se apagarão.
(César Jardim)