Poemas de Casamento para uma Filha

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⁠Tentei gritar
Mas minha cabeça estava embaixo d’água
Eles me chamaram de fraca
Como se eu não fosse filha de alguém
Poderia ter sido um pesadelo
Mas parecia que eles estavam ali

AMOR ETERNO

Mãe e filha estavam caminhando pela praia.
Num certo ponto, a menina perguntou:
- Como se faz para manter um amor?
A mãe olhou para a filha e respondeu:
- Pegue um pouco de areia e feche a mão com força...
A menina assim fez e reparou que quanto mais forte apertava a areia coma mão, com mais velocidade a areia escapava.
- Mamãe, mas assim a areia cai!
- Eu sei, agora abra completamente a mão...
A menina obedeceu mas veio um vento forte e levou consigo a areia que restava em sua mão.
- Assim também não consigo mantê-la em minha mão!
A mãe, sempre a sorrir disse-lhe:
- Agora pegue outra vez um pouco de areia e deixe-a na mão semi-aberta como se fosse uma colher... bastante fechada para protegê-la e bastante aberta para lhe dar liberdade.
A menina experimenta e vê que a areia não escapa da mão e está protegida do vento.
- É assim que se faz durar um amor.

Quando um homem e uma mulher se casam, tornam-se um só. A primeira dificuldade é decidir qual deles.

O casamento é uma cerimónia em que dois se tornam num, um torna-se nada e nada torna-se suportável.

O casamento é o mesmo medo partilhado, a mesma necessidade de ser consolado, a mesma vã carícia na escuridão.

As amizades de um homem, tal como a sua vontade, são anuladas pelo casamento - mas são anuladas da mesma maneira pelos casamentos dos seus amigos.

O amor é o mais agradável episódio do romance da vida, e o casamento o apagador do amor.

O casamento dá um limite ao indivíduo, e por conseguinte, segurança à colectividade.

O fardo do casamento é tão pesado que são precisos dois, para carregá-lo, e, por vezes, três.

O casamento é a identificação de duas pessoas imperfeitas num indivíduo completo.

Em matéria de casamento, cada um deve ser árbitro dos seus próprios pensamentos e apenas tomar conselho consigo mesmo.

O amor deve considerar-se como um grande poema, cujo primeiro canto é o casamento.

O amor agrada mais que o casamento, pelo mesmo motivo que os romances divertem mais que a História.

A cadeia do casamento é tão pesada, que são precisos dois para carregar com ela.

O casamento tal como é, é uma coisa estranha, mas apesar disso ainda não se encontrou nada melhor.

O casamento é como uma ratoeira; aqueles que estão presos gostariam de sair, e os outros ficam a girar à volta para serem agarrados.

Fazer consistir a força do casamento na do amor é desconhecer o espírito desta instituição.

Posso dizer, pois, que os mortais alheios / ao casamento e à procriação / desfrutam de maior felicidade que os pais e mães.

Um bom casamento seria aquele em que esqueceríamos, de dia que somos amantes e de noite que somos esposos.

Sem dúvida, o período mais feliz do casamento é a lua de mel; o problema é que, para poder repeti-la, devem acontecer coisas muito desagradáveis.