Poemas de Casa
BASTOU SAIR
Bastou sair de casa pra ligar
Meu telefone
Não parava de tocar
Era primeira dama perguntando
Onde eu estava
Onde é que fui parar
Não atendi o telefone
Isso é fato
Eu estava a compor
Fazendo um samba com os amigos
Dedicado ao nosso amor
Preta as vezes você tem que entender
Na vida eu tenho amigo pra me socorrer
Esse samba que fizemos foi em homenagem a ti
Não me tire o direito de me diverti
Olha não tem o direito de me criticar
Sempre fui presente, em nosso lar
Sei que ficou esperando com a nossa cria
Prometo chego cedo
Pra te da bom dia
EMPOBRECIMENTO ILÍCITO
Paguei pela casa
Que eu tinha vontade de ter
Comprei o meu carro
Que vi no anuncio de tv
Com dificuldade na vida
Demorei mais eu venci
E na cabrocha de certo eu investi
Dei um trato na dama,
Sandália, vestido, tudo do bom
Shopping, cabelereiro e aliança
Mas pequei por não resguardar
Acabou quebrando o amor e minha confiança
Economizei todo meu salário, ela levou
Estava na boa com ela, se separou
Me denunciou na justiça, me condenou
Os direitos que eu tinha, desconsiderou
Até meu fundo de garantia, ela sacou
Com a mão na frente e outra atrás, ela me deixou
MARIA CLARA
Nasceu
A luz que ascendeu em mim reluziu
E trouxe alegria pra uma casa inteira
Uma longa espera, mas aconteceu
Em prantos e berros ela apareceu
Foi um dia de maior felicidade
Ressurgiu o amor superou ansiedades
Com Maria Clara renovei a benção paterna
Será em mim, minha eterna criança
De um mundo melhor é a minha esperança
Entre pensamento e dor, a certeza que fica
Chega mais uma na soma, a família aumentou
O samba e os filhos são sementes do amor
Agradeço ao pai por me dá o prazer de compor
BRASIL.
Visto verde e amarelo
desta terra sou raiz
cada casa é um castelo
toda boca é um juiz
copas que se perca mil
mas eu quero um Brasil
onde eu possa ser feliz.
POETISA MEU AMOR -João Nunes Ventura
Oh! Poetisa meu doce amor
Volta pra casa pro meu sertão,
E vem ouvir o meu coração
Abraçando as terras minhas,
No céu azul de tuas estrofes
Traz a tua estrela teus versos,
E no manto dos teus sucessos
Canta para mim as tuas rimas.
Eu passo todo dia
pela mesma rua
e na frente de cada casa
Há sempre um jardim disposto
de maneira diferente
no tempo e no espaço
Eu faço a vida inteira esse trajeto
e faço do mesmo jeito
do lado oposto
Mas é a mesma rua
Que não é mais a mesma
Quando termina
Existe outra calçada
Quando a gente
Está perto da praça
Mas a graça de tudo isso
É o colibri que bate as asas
e sempre se aproxima
Mas não é todo dia que ele sorri.
Ali tem um Sol sempre brilha
E tem sido assim a vida inteira
Pois o fato de as nuvens o encobrirem
Impedindo que a gente o veja
Não significa necessariamente
Que esteja apagado
Nem sempre a cerejeira dá cereja
E os jardins são sempre jardins
Todas as ruas do mundo tem dois lados
Sempre sobra uma sombra
Mesmo que a gente não veja
O sorriso do colibri
Por detrás dos escombros
Eu acho assombroso
Tantos seres alimentando essa dúvida
de que o beija-flor realmente sorria
Pois não acredita no que não pode ver
Mas crê nos poderes da dor
E a gente sempre chega a outra rua
No final de cada dia
Brilhando ou não havendo Sol
Outra noite
E nunca é igual
E aquela rua também não é mesmo
A mesma que termina numa praça
E esta é a bela graça de toda vida
Aprendida na ausência de pressa
E que a gente não vê
Mas ...
Invariavelmente termina
Na esquina onde tudo começa
E que fica naquela rua
A mesma
Onde todo mundo passa.
Edson Ricardo Paiva
Você pode ter todo o dinheiro do mundo ! Ter a melhor casa ,o melhor carro ! Fazer as melhores viagens ,se não tiver Deus ainda sim será infeliz ,porque o dinheiro satisfaz seu ego ,já Deus preenche teu coração !
Raquel Santana.
" Num instante minha sina chora
na casa do conde habitam secretas flores
altas patentes comandam o jardim
e é assim, todos podem ganhar
num instante a mágica da vida é atrevida
noutro porém é comedida
ninguém ousa apertar o botão
já temos tantos problemas
num instante minha sina chora
a menina vem e pede amor,
implora
talvez a paz seja um horizonte,
cheio de aviões
carregados de bombas...
dia de chuva na casa da vovó
to na varando vendo o mato se alegrar
até as flores tão cantando de alegria
e eu cantando para os males afastar
sigo sorrindo sem medo do amanha
em poucas palavras tento mostrar
que a paz só depende de você
basta querer crer para a paz ficar
as vezes eu me embolo e me perco
só as vezes consigo me concentrar
pra escrever algo de útil
e o mundo ajudar
levo a paz na palavra e na música
meu coração de amor vai transbordar
mesmo que eu chore será de alegria
basta querer crer para a paz ficar
06-02-15
TRABALHA A DOR
A TV na vitrine
Casa emprestada
O operário é um cisne no lago
Asas quebradas
Vendendo força de trabalho
Poder na produção
Não pode cansar [de domingo a domingo]
Manufatura em excesso
Recebe migalhas
Declínio no preço...
Ideologia de igualdades
Sutilizados pelo empregador
O sofisma é aparente
O empregador abastece cidades
Com o suor do trabalha a dor...
Monta todas as TV's
Sem descanso no trabalho
Tem suas aparentes metas
Acorda no alvorecer
Assim como borboletas...
Tentando voar com amarras
Sonhando com a imensidão sem limites
Almejando casulo melhor
Mas é apenas robô mecânico
Mero historiador sem história....
Metamorfose agridoce
O capitalismo é uma sucessão da miséria
Mas permanece como se não fosse
Eis a sorte do trabalha a dor:
Explorado por bactérias...
E eis que o trabalha a dor
Continua sem a TV que tanto sonhara
Sem seu feudo para apaziguar o suor
Utopizando a vida genuína
Falácias de quem vence a dor...
A casa
Tem muito fogo,
Mas está frio.
Tem muita alegria,
Mas é só solidão.
A casa
A moradia
Um lugar invisivel,
Que ninguem vê.
E eu sou ele
Pais,abracem seus filhos em casa.
Por que se isso não acontecer.
Eles buscarão isso no mundo.
E o abraço do mundo não tem muito a oferecer
A casa da Vovó
A casa da vovó era tão grande, lá eu me sentia Latifundiário em vinte metros quadrados, lá eu subia no muro que parecia o de Berlim , lá eu subia nas Goiabeiras, nas pitangueiras e não tinha medo de subir, de cair, de sussuarana e nem tão pouco de perder a hora do almoço porque eu sabia que meu anjo envelhecido ali estava para me lembrar ,carinhosamente , que meu prato preferido estava na mesa.
A casa da vovó era tão grande , lá , no quintal, tinha uma enorme pedra, que hoje, diante de meus olhos nem tão grande era assim!
Lá às formigas eram gigantes, as flores mais coloridas , o suco mais doce e os biscoitos mais crocantes. Lá tudo ficava gostoso, até a couve que mamãe fazia e pedia pra vovó colocar em meu prato. Lá verdura era carne tenra.
A casa da vovó era meu itinerário preferido e ela a guia turística mais fantástica que eu já conheci .Meu passeio preferido, meu colo preferido, meu abraço mais quente e meu sim constante.
A casa da vovó era tão grande e se tornava maior por tanto carinho, tanta generosidade, tanto amor. Não cabia em suas intenções tanto carinho, expresso em apenas um olhar, um aconchego ou um sabonete e um talco quando ela ,de mãos dadas comigo, íamos receber sua pensão.
Assim a casa da vovó era uma mansão , tamanhos cantos que tinha, tamanha a vontade de agradar, tamanho o tamanho daquele envelhecido coração.
A casa da vovó, a casa da vovó era minha esperança de crescer , crescer e encontrá-la , envolver meus bracos pequeninos em seus bracos envelhecidos, ou o contrário ou ,simplesmente falar baixinho:
-Vó pede pra minha mãe deixar eu ficar aqui hoje? Pede vó , pede!
E ela com aquele sorriso conivente me abraçava e dizia:
-Pode deixar, ficaremos juntas mais um dia.
E eu simplesmente ,hoje envelhecida na saudade, falo:
- A casa da vovó era tão grande! Mas o amor da vovó era bem maior.
Menina que cresceu
Eu não doo meu coração
Só pra não perder você...
Fiz dele a tua casa
E o meu peito a tua morada.
Ainda que estivesse vazio,
Eu te esperaria...
Mas chegaste pra ficar
No meu sorriso.
Se te faço mui feliz
Me alegro muito mais...
Se me falta em mim o riso
É porque não estás aqui.
A menina que cresceu
Guardou de mim o coração,
Mas levou no pensamento
Todo o amor que eu lhe dei...
Edney Valentim Araújo
Na porta da minha casa
Os lares retratam a alma
Nos cômodos da nossa casa
Seu riso fará morada
Não importa por onde irás,
Sei que dentro do retrato não sairás,
A distância não é quilométrica
Acessar a memória é instantâno,
Realço a parte que eu sou a morada
Numa lembrança desgraçada,
Parece que faz pirraça
Mas é tudo que me acalma.
Sem pretextos para sofrer
Abri a porta e rua á fora
Seguirei levando você.
No canto de casa uma luz iluminava o nosso ser
Nossos corações disparados batiam cada vez mais forte sem entender
Descobrimos com nossos lábios
Que era a chama do amor
Que irradiava sobre nós.
"Santo de casa não faz milagre! Ditado antigo, porém, extremamente contemporâneo. Por vezes, deixamos de arriscar, nos doar, fazer acontecer, partir para a guerra, suar a camisa, brigar, lutar, batalhar, colocar-se na linha do tiro... Infelizmente, pelo 'ironicamente', maldito julgamento do 'santo caseiro'!" (Mettran Senna)
Mettran Senna
Como eu queria voar
Como queria ir lá em cima
Ter uma paisagem que ao passar por minha casa,minha terra,encher os meus olhos de algo que nunca vi.
Será que colocando umas asas consiga,pelo menos ter um pouco de altura,sei lá não custa nada tentar,de cima de um telhado,e se não dá...venho ca para baixo.
Mas este sempre foi o meu sonho,o sonho de qualquer criança,quando passa um por cima de nós,se pergunta,como será a paisagem lá de cima, será que me vêem.sempre que passo ao aeroporto zona estou sempre desejoso que me passe um mesmo por cima,para saborear o seu som,a sua deslocação de ar,o seu poder...se eu tivesse esse poder....seria um poeta.....(Adonis Silva 08-08-2018)
Espalhe as flores
No quintal da sua casa ❤
Pendure no estendal
Todas as suas memórias
Respire e deixe que o vento
Perfume a sua alma.
Arruma as malas e foge de casa
Cheio de orgulho e os pés em brasa
O filho que cresce e ganha suas asas
Descobre que a liberdade nem sempre o abraça....