Poemas de Casa

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⁠Poeta e a Casa do Mundo

No domingo, o sol se espicha e se esconde. O astro luminoso, solitário, vai se perdendo no horizonte, enquanto o poeta, quieto, se perde dentro de si.

Na pausa, chega em casa, mas a casa é estranha. Uma dúvida o atravessa:
Será que aqui é minha morada ou apenas o lugar onde me deixei cair?
Essas paredes me guardam ou apenas me observam, como a um estranho?
O silêncio, sempre atento, não diz nada.

Um raio de sol aparece pelas frestas, tímido, suficiente para espalhar luz por todo o interior. O poeta sorri, como quem encontra um velho amigo, e se ergue.
Renascido, momentaneamente, pensa que a vida é mais, mas só por um instante.

As paredes são companheiras caladas, que sabem muito, mas não falam.
Aqui, o poeta ainda tenta ser inteiro.
"Esta casa é o meu peito", diz o poeta.

Sai para fora de si. Respira. No breu, sente a frescura da noite.
Nota as estrelas lá no alto, tão pequenas e, mesmo assim, tão vastas.
O poeta se vê como um grão no deserto, um grão entre vários grãos.

Volta para dentro, com a alma um pouco mais cheia. Não está sozinho, nunca esteve. O mundo é a casa do poeta, e ele, um pedaço dela.

Inserida por Epifaniasurbanas

"Construí minha casa na areia, desde então deixei de existir. Fui ludibriado pela beleza do mar. Quis tornar o transitório permanente, ter o imponderável todo dia a minha frente. Não cogitei que o mar não aceitasse concorrentes.

Notei que o mar na areia apagou meu passo. E qualquer rabisco ou rastro que faço, num toque das águas desfaço.

O desenho só durou até ser tocado. O castelo se desfez quando foi alcançado. Meu pedido de socorro foi encoberto ao ser encharcado. E nada que não existiu pode ser contado.
No mar é onde hoje jaz o meu legado.
O mar não perdoa ninguém."

Inserida por Epifaniasurbanas


Minha vida, minha casa

A nossa vida é exatamente como nossa casa. Quem não gosta de ser bem recebido numa visita? Ela deve ser bem cuidada e bem administrada para que os visitantes se sintam bem e queiram ficar. Por isso deve ser aconchegante, que o afeto esteja presente e que ofereça algo de bom a quem precise.
Ninguém se sente bem aonde perceba que não é bem vindo e não tenha uma atmosfera agradável e acolhedora. Para que as pessoas cheguem e fiquem na nossa vida, na nossa casa, devem sentir-se seguras e sintam que o ambiente é digno de admiração.
Mas cuidado! Abra suas portas, mas não escancare suas defesas. Há visitas dignas, mas muitas que não são merecedoras de tamanhas virtudes. Cuide da bem da sua vida e ela será um lugar naturalmente agradável onde quem merecer e gostar, naturalmente ficará.

Inserida por Wyrgho

⁠Existem dois tipos de relógios, um que mostra o passado e o outro que mostra o futuro.

Existem dois tipos de automóveis, um é a realidade e o outro é um sonho.

Existem dois tipos de casas, uma para descansar e a outra para desfrutar.

Existem dois tipos de alimentos, um para o corpo e o outro para a alma.

Existem dois tipos de vinhos, um para copos e o outro para taças.

Existem dois tipos de cafés, um para a luta e o outro para a vitória.

Existem dois tipos de lugares, um é um paraíso e o outro é um inferno.

Inserida por DAmico

Eu quero ir mais além do que posso e com
você eu sei que atravesso a escuridão.

Hoje sei que já não sou a mesma mas sinto que me
conheço muito mais que antes.

Deitado na minha cama pensamentos vem em vão da um aperto forte no coração. Corro pra fazer uma poesia pensando em voçê mais as vezes não da porque começo a chora as Lembranças são boas MAIS AGORA ESTOU COM OUTRA PESSOA.

Inserida por LuizzHenrique

Acender o fogão a lenha é criar uma lembrança de afeto aos que ficarão e reviver a lembrança dos que já foram.

Inserida por alan_mendes

Lá fora não se ouve um pássaro, e o silêncio mortal e opressivo paira sobre a casa e gruda em mim, como se fosse me arrastar para as regiões mais profundas dos abismos subterrâneos.

Será porque estamos nos divertindo tanto em casa que nos esquecemos do mundo? Será porque somos tão ricos e o resto do mundo tão pobre e simplesmente não damos a mínima para sua pobreza? Tenho ouvido rumores; o mundo está passando fome, mas nós estamos bem alimentados. Será verdade que o mundo trabalha duro enquanto nós brincamos? Será por isso que somos tão odiados? Ouvi rumores sobre ódio, também, esporadicamente ao longo dos anos. Você sabe por quê? Eu não, com certeza que não! Talvez os livros possam nos tirar um pouco dessas trevas. Ao menos poderiam nos impedir de cometer os mesmos malditos erros malucos!

Fahrenheit 451
BRADBURY, Ray. Fahrenheit 451. São Paulo: Globo, 2012.

Meus castigos de infância se tornaram minhas metas: ir pra cama cedo, não sair da minha casa, não ir a nenhuma festa.

E é por isso que eu gosto de ficar em casa vendo minhas séries. Séries não te encantam e acabam, vão embora. Você sempre sabe quando será o último episódio.

Já ouvi muito a seu respeito Fa Mulan. Roubou a armadura de seu pai, fugiu de casa. Fingiu ser um soldado. Enganou seu oficial comandante, desonrou nosso exército, destruiu meu palácio e... salvou a vida de todos.
(Imperador da China)

Não importa o quanto somos durões, um trauma sempre deixa uma cicatriz, segue a gente até em casa, muda as nossas vidas. O trauma mexe com todo mundo mas talvez o sentido seja esse mesmo. Toda dor, todo medo, toda desgraça. Talvez passar por isso seja o que nos faz seguir em frente, é o que nos empurra. Talvez tenhamos que passar por isso antes de nos comprometermos.

Se Lar e Casa fossem iguais não teriam nomes diferentes. A maioria vive a vida na busca de uma Casa e esquece de edificar um Lar.

Eu quero me manter no papel de mulher independente, que dirige seu próprio carro, cuida da sua casa própria e não esquece da vaidade e de si mesma.

Certa vez em uma viagem vi um lindo jarro para decorar, minha casa, como o dinheiro não era suficiente agradeci,mas o simples dono do estabelecimento praticamente me convenceu a çevar o objeto,e eu pagaria depois, mas como se eu não sei se ainda volto a essa cidade?E se eu não te pagar o senhor irá perder, mas o homem falou eu perderei caso não me pagues depois, mas você perderá muito mais pois sua consciência não o deixará em paz.

Podem me chamar de caseiro, antissocial ou sociopata, mas o tempo que vocês perdem saindo de casa é o tempo que eu ganho pensando.

– Sim – respondi-lhe –, quer seja a casa, as estrelas ou o deserto, o que os torna belos é o invisível.

Quem se casa está bem, quem não se casa está melhor". (Agostinho de Hipona)