Poemas de Casa
A casa de outrora,
Era mais que mágica,
Imobiliada de fragrância de vida e canções desprendidas,
Sem ponto, poucas vírgulas,
Mais eteceteras e reticências de toda sorte,
De inolvidáveis momentos,
Era lar dentro de uma casinhola,
A casa inesperadamente,
Muito depressa mudou,
Sem alaridos,
Com dissimulada e tacanha obscuridade,
Súbito perecimento inexplicável,
Que estamos fadados,
Execrados, amaldiçoados,
Quando acordei estava com uma afável sensação,
Como de quem dormiu com a graça,
Como de quem sonhou com a perfeição,
Era o rouxinol que na noite passada me presenteava na janela de casa,
Pensei eu,
Não ser doido,
Como vocês,
Logo, bem logo,
Fiquei mais doido,
Que todos os doidos,
Salve-me,
Dr Simão Bacamarte,
Recolhe-me
À casa verde,
CINEMA EM CASA
Nunca passei tanto tempo,
horas na televisão.
Mas até que um filminho
traz cultura e diversão.
Se na rua tem problema,
faço em casa meu cinema,
com pipoca e telão.
A CASINHA
Bem no meio da floresta
A casinha isolada
A luz é do vagalume
O som é da bicharada
Da terra vem a sustância
Do rio água para a estância
Natureza abençoada
Uma bagunça pode serum vestígio de vida
como uma cama desforrada
após trocas de carícias
e cabelos assanhados
ou crianças brincando
pela a casa, ativas
com seus brinquedos espalhados
portanto, nem toda desordem é negativa,
que graça teria se tudo fosse sempre organizado.
Orar. Confiar. Esperar. Receber. Festejar!!!
Tudo tem a hora certa. (Ec 3:1). Mas, enquanto aguarda a chegada da bênção, permanecer contemplando-a nas visões da mente.
🌧Já ouço o barulho de abundante chuva🌧 (1 Rs 18:41)
Amém 🙏🏼
Esvazio copos, venço a madrugada
Deixo meu corpo às vezes, sou uma casa alugada
Aquilo tudo parecia uma vitrine
A cada pedalada essa avenida parece mais íngreme.
Gasto minha sanidade a esmo
Cada garrafa simboliza um erro, tenho errado bastante nos últimos meses
Penso no que tenho feito, mais uma pessoa magoada
Deixo meu corpo às vezes, sou uma casa alugada.
As luzes dos postes mostram onde preciso ir
Os copos me respondem o que preciso ouvir
Desgraçados hábitos noturnos guiam-me por lugares os quais jamais imaginei existir.
Aceito a instabilidade presente em mim, mais uma janela quebrada
Rostos sem expressão, falta tinta na fachada
Olho minhas mãos para não esquecer da caminhada
Deixo meu corpo às vezes, sou uma casa alugada.
CAIOU A CASA
E o que foi lar virou escombro
Caiu a casa do Abreu
Um santiaguense sem mais forma
Falou da vida e seus tombos
E com palavras mundo ergueu
Caiou na alma uma reforma!
CHEIRO DE BOLO
Cheiro de bolo
É cheiro de casa cheia.
Cheiro de bolo
É cheiro de alegria.
Cheiro de bolo
É cheiro de companhia.
Cheiro de bolo
É de iguaria.
Conforme se diz,
É cheiro de gente feliz!
Minha casa é meu reino
Fortaleza de ternura
Revestida de carinho
Tem amor na estrutura
Pode até relampejar
Que ela não vai desabar
Nem sofrer uma fissura
Além disso, mulher
Tem outra coisa
Minha mãe não dorme
Enquanto eu não chegar
Sou filho único
Tenho minha casa pra olhar
Não posso ficar
Acontece que nós nunca sabemos que lugar ocupamos na vida de outra pessoa.
Se somos um lar ou inquilino, se somos utensílios ou acumulo...
Apenas pare de exigir algo tão espontâneo.
Casa florida
É ter-se a casa acolhedora, ao sol, florida
Aonde tudo é amor, graça e encanto...
Mais puro e doce, ornada e tão querida
Numa glória, poesia, luz, num só canto...
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
06 agosto, 2022, 11’39” – Araguari, MG
Eu não vou na sua casa,
Para você não vir na minha,
Você tem a boca grande,
E quer comer minha galinha.
MEU MUNDO
Quantas vezes eu abri as portas do meu mundo, contei minhas histórias, mostrei minhas fragilidades, rasguei o meu peito pra pessoas que logo em seguida saíram sem sequer encostar a porta.
Deixando portas e janelas abertas, com isso o vento trouxe folhas e sujeiras.
Eu com minhas esperanças me levanto e vou limpar tudo. Recolher folha por folha. Olhar ao redor e me lembrar daqueles pequenos momentos em que eu achava que fosse permanecer.
Fechar portas e janelas prometendo nunca mais abri-las.
A casa que há pouco tinha vozes, sorrisos, se vê mais uma vez silenciosa e solitária.
Quando você ver o meu sinal
Tá na hora de meter o pé
Pra minha casa
E não é pra ir tomar café
Se gostas de "BEM COMER"; não rejeites o teu prato!
Comer...
Por estar ao teu dispor;
sempre que tal, te apetece;
não rejeites o teu prato...
pois o dos outros, sabor;
por não ser o que parece;
irá tornar-se um ingrato!
Um ingrato para ti;
por ir fazer-te engolir;
o que nele se encontrar...
por poder haver, ali;
doença pra em ti cair;
mesmo até pra te matar!
Tal como, também p'ra os teus;
por te ir levar à traição;
que neles, vais despejar...
e mesmo até para Deus;
essa fraca tentação;
vai pesar, em teu julgar!
Comer o prato da casa;
é algo, de muito bom;
por nele haver confiança...
pode até não ser na brasa;
nem te parecer tão bom!
mas tem nele, segurança.
Segurança, em ti testada;
na saúde e na doença;
sempre a bem te alimentar!...
por nele, não existir nada:
nem de mito, nem de crença;
p'ra a ti, poder enganar.
Por isso estima o teu prato;
mas aos outros, mui respeita;
por de ti, não merecerem...
que pra os tais, sejas ingrato;
porque em tais, só morte espreita;
se aos dois só, não pertencerem!
Com o carinho do Humor; a tod@s dedico, este manjar!