Poemas de Caminho
O maior obstáculo para eu ir adiante: eu mesma. Tenho sido a maior dificuldade no meu caminho. É com enorme esforço que consigo me sobrepor a mim mesma.
Se não amas a pessoa certa, não estás no caminho errado; apenas o seu amor ainda não foi encontrado.
Nunca se pode dizer até onde esse caminho nos levará; cede-se primeiro em palavras e depois, pouco a pouco, em substância também.
Não é estranho que os seres humanos escolham o caminho errado quando não sabem tomar uma decisão? «Vejo o bem e concordo com ele, mas opto pelo mal».
Gratidão: um sentimento que se situa a meio caminho entre um benefício recebido e um benefício esperado.
O homem caminha no meio das suas próprias obras, portanto se o caminho se encontra àspero, não adianta reclamar a Deus.
Nossa Senhora, me dê a mão. Cuida do meu coração. Da minha vida. Do meu destino. Do meu caminho, cuida de mim!
Nunca devemos desistir da vida nem pensar em deixar de caminhar. Por mais que tenhamos pelo caminho, podemos transpor o caos da emoção e superar nossas angústias...
A pedra
O distraído, nela tropeçou,
o bruto a usou como projétil,
o empreendedor, usando-a construiu,
o campônio, cansado da lida,
dela fez assento.
Para os meninos foi brinquedo,
Drummond a poetizou,
Davi matou Golias...
Por fim;
o artista concebeu a mais bela escultura.
Em todos os casos,
a diferença não era a pedra.
Mas o homem.
O caminho que eu escolhi é o do amor!
E não importa as dores, as angústias
nem as decepções que vou ter que encarar,
eu escolhi o caminho do amor,
e escolhi ser verdadeiro,
no meu caminho, o abraço é apertado,
o aperto de mão é sincero,
e quando eu me apaixono eu me entrego,
e me entrego de corpo, alma e emoção.
Por isso não estranhe a minha maneira de sorrir,
de te desejar o bem,
eu sou aquela pessoa que acredita no bem,
que vive e anseia pelo bem.
Por isso, não estranhe se eu te abraçar bem apertado,
se eu me emocionar com a sua história,
se eu chorar junto com você,
se nos arrepiarmos ao ver o arco-íris no céu,
afinal de contas somos gente
e gente que fez a opção pelo bem,
e gente do bem se ama, se entrega,
vive e não se arrepende da vida.
É assim que eu enxergo a vida,
e é só assim que eu acredito que valha a pena viver.
Viver com emoção, com verdade.
Infeliz de quem trai,
infeliz de quem passa por cima das emoções das pessoas de bem,
triste daquele que rouba, que mata, que pratica a violência,
pobre daquele que nunca sentiu o que é ser amado de verdade,
e mais infeliz ainda aquele que nunca amou.
Escolha também o caminho do amor…
Eu acredito em você!
No caminho do crer e não crer
Vivo na dúvida do milagre
Entre as brumas da uva e do vinho
Sou eu quem destila o vinagre.
Caminho no chão em busca do céu
Num fogo e água que não tem fim
Porque
Não me esforço para acreditar em Deus
Esforço-me para que Deus acredite em mim.
Errante
Sou como a ave
errante…
sem ninho,
sem morada.
Meu caminho
liga ao nada,
e do distante
venho e vou,
pois sei que sou
errante…
nada tenho,
nada guardo,
nem espero.
Venho e vou…
distante.
Hoje, eu chego,
como cheguei um dia,
igual,
como partirei,
sem mais nada
que a dor gritante
de ir e vir,
errante.
Caminhada
Entre palavras,
Murmúrios,
Entre silêncios
E mentiras…
Entre amores, desilusões
E iras…
Segue a vida-busca
A buscar a vida.
Nas ruínas
De antigos castelos,
Derrubados
Ao longo dos caminhos;
Dia-após-dia
Ano-após-ano.
No cerrar do pano
Que marca o fim
De mais um ato,
Sem aplausos,
Sem consagrações,
Sem esperanças.
E eu parto
Mais uma vez,
Com um pouco menos
De mim,
Com um pouco menos
De tudo;
Mudo,
Na correnteza humana,
Insana!
Na força
Que meu corpo arrasta,
O coração dilacera,
Devasta a mente
Na espera
De um outro dia
Igual.
Caravana infernal
De solitários,
Homens-máquinas,
Sem razão,
Sem fim,
A carregar mil cruzes
Sem nexo,
Sob as luzes
Do grande palco.
Mas, eu sigo,
Perplexo,
No andar
Dos que apenas andam,
Sem destino.
E, atrás de mim,
Eu sinto o ranger
De um infinito
Que caminha,
Que ri
E chora.
Mas, eu sei,
Agora
Que já sem rosto
Esse infinito,
Como a própria vida,
Também é morto.
Descaminhos (II)
Procurei antigos livros para tentar saber
como se pode virar as páginas da vida,
mas, nessa longa e intensa busca percorrida
nenhuma linha que foi lida, me deixou perceber
se é possível, enfim, mudarmos nosso acontecer,
para poder recriar novos caminhos e destino.
Sem qualquer chance de escolha e mesmo sem querer,
aprendi finalmente então, que não somos somente nós
a conduzir nossas vidas em todos os atos e passos
e, para não cometermos nenhum engano ou desatino,
vamos vivendo segundo a sinfonia de velhos compassos
que é regida sem nuances, bem de longe de nosso ser
para ficarmos, como autômatos, presos ao que foi escrito,
na ilusão efêmera que estaremos então a conduzir
nossas vidas, por tudo aquilo que já temos dito
que fizemos, que construímos, somos ou faremos.
Mas, sem condições reais de poder modificar
tudo que já somos, imediatamente ao nascer,
seguimos obedientes no caminho que recebemos.
Foi assim……ode a meu povo
Foi assim…por mero acaso
que cheguei , certo dia,
à terra de meus pais.
Ainda um menino, pouco sabia
ou um quase nada
sobre os campos distantes
de ventos frios e cortantes
do extremo sul do País.
Essa terra guasca e lindeira
de gente pura e acolhedora
plena de simpatia e lealdade.
Terra de encantos, protetora,
que em realidade era a de todos
meus mais antigos ancestrais.
Rio Grande do Sul, uma nação
orgulhosa de seus feitos e tradições;
uma nação verdadeira,
cuja bandeira, tremulando,
carrega os traços rebeldes
de muitas guerras e peleias
nação com sangue forte nas veias,
curtida no amor à terra e,
a defendê-la fez jorrar esse sangue
por várias gerações.
Menino carioca, da capital
me achando soberano, o tal…
aprendi , muito cedo
a domar o potro da vaidade
e a me entregar de alma,
sangue e corpo
ao minuano campeiro.
Meu trem
Parte meu trem
Da gare escura,
Pela manhã que não veio,
Ainda.
Do escuro da noite,
Que não finda,
Parte meu trem
Escuro e sujo.
Trem de perfumes
Extravagantes,
Em misturas exóticas
De odores;
Miss dior, num certo azêdo
Do suor
De mil axilas.
O cheiro de peixe
Que exala
De caixotes, em jornal
(sem igual).
Ah, meu trem que parte,
Escuro e sujo!
Trem de luxo
No cotidiano,
Com portas abertas
(incertas)
Que são bocas famintas
(de gente).
De janelas sem vidro,
Com chuva, com vento
Num só lamento,
Do pó que levanta
Do chão,
Juncado do lixo
De muitas mãos
E das bocas que cospem
A miséria de um povo.
Meu trem…
Do cotidiano,
De professoras azuis,
De bêbados cansados,
De suados operários,
Dos peixeiros
Que espalham na manhã
A presença dos mares,
Em horários incertos
(invulgares).
Trem democrático.
Prático!
A professora ao lado
Da lavadeira,
No mesmo trem,
Escuro
E sujo,
Com cheiro de peixe,
De roupa lavada
(ou suja?)
Com o lixo espalhado
No perfume francês.
Quem nos fez
Assim tão irmanados
Nós….Os subdesenvolvidos
Do sul?
Num mesmo trem
Escuro
E sujo.
Com vento
Com chuva
Com frio,
Mas sem cheiro
Do sangue
Da luta de irmãos.
O branco no preto
O preto no branco,
Livres
Num mesmo trem
Escuro
E sujo,
Com vento,
Com chuva,
Com frio,
Mas sem o cheiro
Da pólvora
Da guerra,
Que me aterra
No caminho desta semana encontrei pedras chamadas decepções, indiferença, inveja. Mas ao passar por elas calcei meus pés com a paz. A paz de Deus que me fez entender que não serão essas "pedras" que me fariam parar.
Então, prosseguindo, encontrei também pontes, de amizade, de confiança, de relacionamentos. Ao passar por elas me revesti de amor. O amor de Deus que nos faz ver o outro e aceitá-lo, que transforma o coração daquele que com um pequeno gesto de carinho pode te surpreender com um sorriso e te mostrar que neste caminho o amor de Deus é que faz toda a diferença.
Após passar pelas pontes avistei de longe um parque muito lindo, que tinha uma placa que dizia assim:
Você conseguiu, parabéns por mais uma semana vencida!
Então me sentei na grama e agradeci a Deus por sua graça e sustento na caminhada até aqui.
Obrigada, Senhor!
Ei, não é hora de parar... Não, não é porque ainda não deu certo que você deve desistir.
A vida pode estar lhe dando uma grande lição, e a superação da dor virá a seguir...
Acredite, esta difícil? Então esse deve ser o motivo que te fará seguir. Tenha plena convicção, sua batalha, seu obstáculo, sua luta não durará para sempre. Muitos sorrisos, alegrias e felicidades te esperam no final do caminho. Acredite!
Há na vida momentos privilegiados em que parece que o Universo se ilumina, que a nossa vida nos revela sua significação, que queremos o destino mesmo que nos coube
como se nós mesmos o tivéssemos escolhido; depois o Universo volta a fechar-se, tornamo-nos novamente solitários e miseráveis, já não caminhamos senão tateando num caminho obscuro onde tudo se torna obstáculo aos nossos passos. A sabedoria consiste em salvaguardar a lembrança desses momentos fugidios, em saber fazê-los reviver e fazer deles a trama da nossa existência cotidiana e, por assim dizer, a morada habitual do nosso
espírito.