Poemas de Borboletas
Minha alma é um casulo universal no exercício constante do seu ofício que é libertar as borboletas do meu pensar rumo à direção da luz das palavras.
Enquanto sentir borboletas em meu estômago, saberei que estou cultivando e cativando jardins em minha alma.
Meus textos são meros insetos. Às vezes flutuam como borboletas, às vezes ferroam como abelhas, às vezes multiplicam-se como varejeiras.
As crianças andam com medo de borboletas, pisam em lagartixas, tacam pedras em pássaros por não apreciarem seus cantos, e os homens concretam todo e qualquer sinal de terra fértil, queimando ou cortando árvores e contaminando os frutos e lagos, criando córregos onde antes eram rios, para viver sob seus objetos materiais que acham ser mais valiosos do que a gratuidade da generosa e linda natureza
As lagartas não sabem que futuramente serão borboletas e nem você sabe como será o seu futuro, então viva o agora. Há metamorfoses em tudo e em todos.
Borboletas nasceram para a liberdade e eu nasci pra você. Borboletas morrem num aquário e sem você não há sentido em viver.
Que as borboletas jamais descuidem do cristal de outono que escondo em minhas costas. É minha clareza além dos olhos. Escudo obsequioso de lucidez que nunca dorme. Os gigantes e as feras por tras de mim, jamais terão a seu favor a prerrogativa da surpresa, antes do golpe, já os conheço e os antecipo. Quem disse que anjos também não se disfarçam de borboletas?
Áridas borboletas, redemoinhos de flores em condolência, aqueles rios de lama assassinaram os peixes, faço um lembrete a natureza, ponha-te a frente dessa escassez... já vou indo – onde não possas me observar, salvando os ramalhetes de flores... mortos já estás, minha alma – petrificada, no cantarolar dos ventos... rumando a noite em busca da madrugada... vou-me dormir, descansar meus desejos... de um dia feliz – vou regressar... procurar meu beijo; voltar a amar...
Engoli todas as borboletas da terra. Vi constelações nos seus olhos. O vento soprou, e não era mais frio, agora era quente. Era outono mas virou verão, graças ao teu abraço. Teu sorriso me invadia e sem pudor roubava meu ar. Um coração que não cabe em linhas. Você é o céu inteiro. O sol raiou no seu sorriso e de repente amanheceu. Em degradê de vermelho, rosa e amarelo quando se põe. Teu cheiro é aquarela. E se dissolve em mim. Inevitável. É melhor que amor se isso é possível. E eu acredito. Em tudo aliás, depois que te encontrei. Minha alma encontrou uma casa. Teu peito é minha morada. Lar doce lar.
Toda vez que eu olho em seus olhos meu estômago fica com borboletas, tudo o que eu quero é ser você e eu.
"Gosto de pássaros. Gosto de borboletas. De alguma forma eles me encantam. Talvez por transmitirem um ar de ingenuidade incrível. Talvez por apresentarem tamanha beleza. Talvez por serem essencialmente lindas. Não sei. Mas o que me fascina nos pássaros mesmo é a liberdade que têm. Liberdade incomparável a qualquer outra. Apesar de que, vez em quando, aparece um otário e os prende em uma gaiola. (Que Deus entre em providência para com esses delinquentes). Mas a liberdade dos pássaros me faz sentir inveja deles. Poxa, eles podem voar pra bem longe quando as coisas ficam difíceis. Óh meu Deus, queria eu ter a liberdade dos pássaros."
Gosto de borboletas, porque elas vivem em constante metamorfose e nesse conflito interno assim como eu, elas saem do casulo e são livres.
A felicidade só visita quem cuida da própria casa, assim como as borboletas só aparecem apenas para quem cultiva o próprio jardim.
Bem-vindo ao clube dos que ficam acordados na madrugada com borboletas no estômago e pensamentos a mil. Cúmplices daquelas canções que dizem exatamente o que sentimos e não temos coragem de expressar.
Existem muitas borboletas de lindas asas, mas impossibilitadas de voar.
Seja porque se antecipou na sua saída do casulo; seja porque alguém a tirou do casulo antes da hora.
Ainda as sinto aqui dentro, e penso que nenhuma morreu. Elas permanecem em meu corpo. As borboletas percorrem em mim.