Poemas de Borboletas
No casulo, em aparente inatividade, a lagarta aguarda, enquanto está sendo transformada, para uma versão mais bela e valiosa de si mesma.
A mocinha da fazenda corria livre e sem perceber encalços pelos caminhos. Seguia por musgos macios, beirando ribanceiras, arriscando-se a cair, mas loucamente prosseguia. Vestia suas asas de borboleta e voava sobre as paisagens, recolhendo a beleza que conseguia captar. Suas tranças eram velas ao mar em aventuras infantis ou seriam asas de um colibri em busca de néctar? Ela não percebia isso ainda, apenas voava em sua imaginação - ao sol cantava, as estrelas do céu apanhava e um colar fazia. Se enfeitava toda, não para aparecer, mas porque já viera ao mundo como poeta e assim seria, toda e qualquer poesia.
Eu gostaria de olhar, bem de perto, dentro dos seus olhos, para descobrir se você é uma estrela, uma borboleta ou um vaga lume.
Confie mais no seu processo, tenha respeito por todas as suas fases, amando as doces e aprendendo sempre com as desagradáveis, desse jeito, a sua metamorfose estará num contínuo desenvolvimento, ficarás bela e calorosa tanto quanto uma graciosa borboleta, mas não esqueça que de Deus, vem a sua força, que motiva o seu ânimo e aviva a sua alma intensa, que constantemente a renova, por conseguinte, uma valiosa benção.
Cada fase da vida é relevante, transitória, ocorre no momento certo, pra elas, a pressa não funciona, todas passam por alegrias e causam desgastes, também vitórias, são desafiantes, permitem alguns instantes de felicidade, sendo uma diferente da outra, propósitos e peculiaridades, assim, fazem parte da soma de uma contínua metamorfose, nenhuma pode ser descartada, ainda que não se perceba no agora, pois no fim das contas, a razão ficará clara, mantendo aquilo que mais importa à semelhança da borboleta que não adquire do nada, as suas asas formosas e libertas.
Paro o tempo brevemente enquanto contemplo uma composição majestosa, boca pequena, longos cabelos, natureza grandiosa, quente, sedutora, força de uma paixão ardente, o brilho intenso de um universo atraente no olhar, a linda escuridão da noite nos olhos, alma romântica, charme peculiar, um pouco misterioso, o desenho do seu corpo e a liberdades da sua essência fazendo juntos uma grande referência a uma borboleta formosa, asas de curvas esplêndidas, um ânimo impetuoso que a faz voar lindamente até as estrelas, a junção de pimenta e doçura, pressão e leveza.
Certamente, admiro a natureza frágil de uma beleza cativante, que detém uma liberdade admirável, vida transformada de uma borboleta graciosa que vive cada instante com a leveza de suas asas, usufruindo de todas as suas fases, existência emocionante de uma simples intensidade.
Sua verdade não é escondida, nem esquece de suas origens, assim, sua essencialidade é mantida, mas hoje é feita de vários lugares, culturas e experiências vividas, uma borboleta numa contínua metamorfose, uma mudança em cada fase, existência emocionante que aviva com sua liberdade.
Ele diz com certo desdém, que eu mudei. Mas a crítica não me abala, muito pelo contrário. Aprendi com a própria vida, que lagarta que não deixa o casulo, não se transforma em borboleta.
O teu coração é envolvido pela escuridão da noite que destaca ainda mais o resplendor das estrelas, assim, a tua beleza é instigante, és linda e liberta semelhante a uma borboleta de hábitos noturnos, logo, uma grande proeza conhecer pelo menos uma parte do teu mundo.
A lagarta vai crescer aqui dentro até ficar apertado demais. Todo esse ciclo se chama metamorfose. Ela vai precisar romper esse casulo. Mas só assim ela vai virar uma borboleta linda e pronta pra voar.
Quando pensei que nada mais restava-me, que estava condenada a rastejar, eis que miraculosamente, nasceram um par de asas em mim.
Delicada, pétala que voa, se mistura com as flores, mensageira espiritual, símbolo de transformação, inspiração para arte, tema de canção, renova e trás vida, motiva palavras que saem do coração,.... Gratidão, meu amor só gratidão,... por despertar diariamente minha melhor versão!
Um dia a pequena criança viu a nuvem e nela quis voar. Como doida pulava e obvio- jamais alcançaria . Resolveu formar com elas mil imagens que surgiam de sua fértil imaginação. Lá na amplidão azul mesclada de branco apareciam então mil carneirinhos, flores, dragões, barcos e monstros sem braços ...Depois esquecia de tudo e voltava a atenção aos pássaros que em revoadas passavam sobre sua cabeça no imenso jardim ou trilhas por onde andava. Com eles queria voar também e lógico não era possível, resolveu então vestir asas imaginárias e aos solavancos, descia rampas de gramados, achando-se uma sabiá. Até que rolou por uma ribanceira e feriu-se muito. Não desanimou, seus pés não se contentavam em andar apenas sobre o chão e vestiu asas de borboleta. Pelos prados sem fim, voava e ruflava, indo de flor em flor. Sabia todos os perfumes e texturas delas, mas um dia uma vespa predadora a quis pegar, ela perdeu uma das asas e caiu. Nunca mais voou e aos poucos morreu no jardim que amava. Não se deu por vencida, largou a fantasia de borboleta e virou vespa. Como essa, voava sem receio, apavorando borboletas, até que veio um pássaro e a comeu. A garotinha resolveu ser um pássaro e foi voando pertinho das nuvens e ali conseguiu por um instante tocá-las. Imaginou junto à nuvenzinha uma varinha de condão e como fada do faz de conta virou poeta para sempre.
Delicadeza moça, não se encontra em pessoas amargas não, se encontra é em pessoas doces, dessas que a gente tem a sorte de encontrar por aí nos jardins da vida e mais parecem borboleta colorida, tão leves que a gente chega a confundir com flores.
Você passou a vida num casulo. Tudo o que você fez, tudo o que aconteceu com você, trouxe você a este momento. E agora, você é uma borboleta, um lindo caleidoscópio de trauma e resiliência.
Arrume-se sempre que possível, e jamais deixe de voar, para ajudar conte com a ajuda da gravata-borboleta