Poemas de Bebê
Dizem que estou louco
Por te querer assim
Por pedir tão pouco
E me dar por feliz
Em perder noites de sono
Só para te ver dormir
E me fingir de burro
Para você sobressair
Dizem que estou louco
Que você manda em mim
Mas não me convencem, não
Que seja tão ruim
Que prazer mais egoísta
O de cuidar de um outro ser
Mesmo se dando mais
Do que se tem para receber
E é por isso que eu te chamo
Minha flor, meu bebê
Dizem que estou louco
E falam para o meu bem
Os meus amigos todos
Será que eles não entendem
Que quem ama nesta vida
Às vezes ama sem querer
Que a dor no fundo esconde
Uma pontinha de prazer
E é por isso que eu te chamo
Minha flor, meu bebê
Se perder um amor... não se perca!
Se o achar... segure-o!
Circunda-te de rosas, ama, bebe e cala.
O mais... é nada.
Quanto menos comes, bebes, compras livros e vais ao teatro, pensas, amas, teorizas, cantas, sofres, praticas esporte, etc., mais economizas e mais cresce o teu capital. És menos, mas tens mais. Assim todas as paixões e actividades são tragadas pela cobiça.
A árvore não prova a doçura dos próprios frutos; o rio não bebe suas próprias ondas; as nuvens não despejam água sobre si mesmas. A força dos bons deve ser usada para benefício de todos.
Os desejos humanos são infindáveis. São como a sede de um homem que bebe água salgada, não se satisfaz e a sua sede apenas aumenta.
O governo é como um bebê: um canal alimentar com um enorme apetite numa ponta e nenhum senso de responsabilidade na outra.
Qual é a utilidade de um bebê recém-nascido? (Respondeu quando lhe perguntaram qual era a utilidade de uma nova invenção).
É este o problema com a bebida, pensei, enquanto me servia dum copo. Se acontece algo de mau, bebe-se para esquecer; se acontece algo de bom,bebe-se para celebrar, e se nada acontece, bebe-se para que aconteça qualquer coisa.
É um fenómeno curioso: o país ergue-se indignado, moureja o dia inteiro indignado, come, bebe e diverte-se indignado, mas não passa disto. Falta-lhe o romantismo cívico da agressão.
Somos, socialmente, uma colectividade pacífica de revoltados.
Naturalmente, os bébés não são humanos. São animais e têm uma cultura muito antiga e ramificada, como a dos gatos, dos peixes e até das cobras.
À sua espera
Estou grávida de trigêmeos.
Ainda estou com 6 meses.
Vem, meus bebês!
Tu és a razão do meu viver!
A mamãe ainda te ama tanto…
O melhor presente que recebi na vida foi vocês!
Círculo vicioso
Um dia, milhões de bebês choraram na liberdade uterina do milagre da vida: nasceram. Não vestiram seus corpos, não lhes calçaram sapatos nem lhes deram o conforto do seio materno, antes da posse do sonho infantil, foram rejeitados, ao rigor do abandono.
Um dia, mãozinhas trêmulas, inseguras, sem afeto, bateram na porta do vizinho, procurando abrigo. Não havia ninguém ali para oferecer afeto nem portas havia na pobreza do lado. O menino escorregou na direção da rua.
Um dia, a criança anêmica foi eleita à marginalidade da escura noite e disputava papelões e pães no lixo do depósito público. Aos tapas, cresceu como grão perdido no vão das pedras, sem a mínima possibilidade de sobreviver: sem teto, sem luz, sem chão.
Um dia, o adolescente esperto teve alucinações de vida e o desejo de conferir a sociedade: candidatou-se à luta amarga do subemprego. Alvejado pela falta de habilitação, foi condenado como vagabundo, recebendo etiqueta oficial de mendigo.
Um dia, o adulto desiludido, amargurado, sem emprego, sem referencial, saiu à procura do amor. No escuro, mas cheio de esperanças, foi colecionando portas fechadas pelo caminho. Sem Deus, sem nome, sem avalista, sem discurso, acreditou no “slogan” das campanhas sociais.
Um dia, o menino mal nascido, mal amado, mal educado, não soube cuidar do filho que nem chegou a ver. Não ouviu seu choro. Imaginou apenas que, após nove meses de duríssima gestação, alguém brotara de um rápido encontro, irresponsável, assustado e vazio que sempre ouviu dizer que se chamava amor.
Ser mãe
Deixei a natureza transformar-me
Com todas suas leis
Tive o prazer de sentir um bebê no meu ventre
Chorei na maternidade,
Troquei fralda,
Passei noites acordada,
Desfrutei a sensação de amamentar,
Ensinei a comer,
Ensinei a andar,
Chorei no primeiro dia de escolinha
Talvez tenha deixado algumas pessoas de lado,
Talvez não tivesse tempo para dar atenção para as amigas
Pode ser que me relaxei um pouco com minha aparência
Ou quem sabe não tive nem tempo para pensar nisso
Pode ser que deixei alguns projetos pela metade
Ou talvez porque não conciliava com meu horário familiar
Momento algum joguei nada para o alto
Na verdade, segurei com as duas mãos
Tudo o que vi cair do céu
Porém, permiti
A mão de Deus me tocar
Para ser uma verdadeira mãe.
Bom dia, neném!
Bom dia, meu bebê!
Bom dia, minha princesa!
Bom dia, minha deusa!
Bom dia, minha dama!
Bom dia, minha kundalini!
Bom dia, bom dia, bom dia!
Meu amor, que seu dia seja claro, limpo, puro, saudável, incrível, alegre!
Que seja marcado, para que possa ser relembrado, com momentos tranquilos e de muitos sorrisos, alegres, alegres, que haja paz, que haja carinho, que haja respeito, que haja saúde, que haja sinceridade, que haja gratidão, que haja amor, que haja amor, que haja amor, amor, amor, amor, amor, 70 x 7000!
Bom dia, te amo!
Provo teu gosto em silêncio
Como quem bebe o luar
No proibido da noite
Não tive medo de amar
Provo teu corpo num sonho
Deste que ardem por dentro
Guardo comigo, em silêncio
O próprio gosto do vento...
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