Poemas de Ausência
Na conquista, contato fixado;
Na ausência, contato ignorado;
Na decepção, contato arquivado;
Na ferida, contato bloqueado.
A solitude evita dependência;
A conexão evita depressão;
A solitude evita ausência;
A conexão evita solidão.
A minha carência não comporta a sua ausência!
O meu medo não suporta o seu receio!
A minha busca não encontra a sua fuga!
A minha presença não concorda com a sua inexistência!
O meu inteiro não aceita o seu meio!
AUSÊNCIA
(Sem ir, sem vir. Tudo o mesmo e no mesmo esmo!)
Irmão:
Chama acesa no peito.
Filho:
Chama acesa no peito.
Amigo:
Chama acesa no peito.
Ardência de tantas chamas.
Ausências.
Presença de si,
de mim,
de ti.
Do, ré, mi, fá, sol, lá, si... ________
• O retorno! }
• A partida! }
Ida X Volta!
2017
O amor que eu sinto
venceu o tempo,
perdoou a sua ausência
e resistiu ao seu silêncio.
O amor que eu sinto, sobreviveu;
às suas escolhas erradas,
às suas atitudes equivocadas,
à sua visão limitada.
Mas que tudo isso
não lhe de confiança
para acreditar
que faço parte
da sua estrada.
Um grande amor pode se transformar
em nada.
Pois, há uma força maior
pouco a pouco
me tirando daqui.
O tempo está se esgotando,
meu sentimento secando,
e o destino cobrando
que eu lhe deixe partir.
Quando a presença felizmente é percebida,
é sinal de que ela faz diferença,
então, a sua ausência é tristemente sentida,
isto certamente é uma grande proeza.
Pessoas que fracassam
Viram idosos sem cor
Pessoas tristes
Com ausência de amor
Mas não devia existir
Coisas ruins e boas
Não devem coexistir
Tem que aprender a diferenciar
E outra, referência boa
É amar, amar...
A gente pensa
O que viemos fazer?
Pra melhorar a vida
De quem devemos ver
Não podemos receber
Um agente protetor
Nunca vamos perceber
Que nos falta amor, só amor
As criancinhas
São tão lindinhas
Com seus laços coloridos
Uma bela inocência
E uma falta de carência
Temos que ser como elas
Algo bom e ruim
Eles olham e dizem
O que não dizer sim
lágrimas Viraram Sol
Chorei mares, rios e tempestades
Nas noites frias de ausência e dor.
Mas, reguei sem saber, as saudades com gotas que hoje florescem o amor.
Cada lágrima caiu por um motivo,
Mas nenhuma se perdeu no vazio.
Transformei o pranto em alívio, e fiz do silêncio um doce arrepio.
O que era cinza, ganhou cor.
O que era medo, virou abrigo.
De cada queda, brotou flor.
De cada choro um novo riso.
Hoje sorrio com alma inteira,
Não por ter esquecido o que sofri,
Mas porque fiz da dor passageira,
O trampolim que me trouxe aqui.
Querer-te todos os dias é sofrer a cada instante a tua ausência
Sentir na pele, o arrepio que vem da alma
Imaginar a cada sentimento meu, um desejo seu
De retornar ao tempo, ao qual estávamos juntos em pele
Recordo o poema que te compus
As noites em que te amei
Você tatuou o seu nome em mim, arquitetaste coisas às quais ainda não tive dimensões
Dimensões essas do espaço-tempo
Infinito desde as pirâmides do Egito...
Quem se Perdeu Viverá Eternamente com Cinco Tipos de Tormento:
1. A ausência de Deus;
2. A consciência que acusa dia e noite;
3. A companhia dos demônios;
4. Lá não haverá amigos;
5. Lá não tem planos de fuga; ninguém escapará de lá.
Você suporta e porta toda uma essência
Você debita de minha conta toda ausência
Me sinto rico por sentir sua presença
E a cobrança passa longe de nossa intenção, intenção, intenção...
Tudo, só tem o seu verdadeiro valor reconhecido em sua ausência.
Quanto mais privilegiada é a vida de uma pessoa, menos valor atribuirá ao que lhe pertence.
E se não houvesse amanhã?
Quando a ausência se faz presente, é o abandono que mata.
Carentes daquilo que não nos faz falta, teimamos em procurar cura no que nos machuca.
O olhar de fora, nem imagina as imensas grades que cercam o emocional dos que lutam pela fuga da realidade concebida em que vivem.
Com a empatia zerada, muitos Juízes sem toga, apontam erros e falhas dos outros, só por esses erros serem diferentes dos que eles praticam.
Em um mundo onde há tanto desperdício, não se morre de fome, mas de abandono.
O abandono emocional, é a raiz de uma sociedade doente, criando brutos sem afeição, e uma maioria extremamente sensível e vitimizada.
Com a ansiedade em nível máximo,
a compulsão alimentar, vícios em drogas, jogos e pornografia, são para eles, válvula de escape.
Com o intelecto sequestrado, buscam alívio naquilo que os matam.
Entretanto, há um remédio, a cura está na abstinência, só se para, quando para, é preciso parar, custe o que custar.
Ocupar a mente com coisas diferentes, ajuda a nos manter distantes daquilo que nos consome quando consumimos, e uma boa rede de apoio, faz milagres, pois a gente precisa de gente.
Viver é sempre muito complicado, pois de um jeito ou de outro sempre acaba em morte, precisamos experenciar bons momentos, neste breve intervalo de tempo que vivemos.
Então, não antecipe, morrendo antes do tempo, preocupe-se menos com o amanhã, faça o seu melhor hoje, desapegar do futuro, não é ser inconsequente, mas ter a certeza que certo mesmo é só o presente.
Tudo muda, mesmo parecendo o mesmo, e se não houver um amanhã?
Que foi feito hoje?
... o branco
não é ausência de cor
ou das cores; mas sua síntese...
E por ser síntese, ora à caminho
da inefável transparência:
divina por essência
e princípio de
tudo!
A ascensão da classe média emergente é marcada pela ausência dos 'privilégios de nascimento' associados às camadas sociais mais altas.
Para compensar essa lacuna de capital cultural e econômico, esses indivíduos se esforçam excepcionalmente, trabalhando muitas vezes em múltiplos empregos, com o objetivo de alcançar reconhecimento e uma posição proeminente na sociedade.
Quando a ausência passa a ser o último vestígio do amor que um dia floresceu, ela se torna tanto dor quanto memória viva. A falta carrega em si um paradoxo: é prova de que houve amor, mas também seu fantasma, rondando cada pensamento e cada gesto. Nesse espaço onde o amor deixou de existir em presença, a ausência ocupa o trono, governando seu coração com lembranças e saudades.
Mas a ausência não é apenas vazio: ela nos convida a revisitar o que fomos juntos, a valorizar o que aprendemos e a questionar o que ainda podemos ser. Se a falta é tudo o que resta, talvez ela seja também o ponto de partida para reconstruir-se, para sonhar outras formas de amar, outra forma de ser amado. Porque, no fim, é justamente na saudade que guardamos o maior tesouro: a prova concreta de que fomos capazes de amar de verdade.
Assim, mesmo que a falta pareça reinar absoluta, ela pode nos sussurrar lembranças que acendem a esperança. O amor, mesmo ausente, continua vivo enquanto houver memória, enquanto houver o desejo de reencontrar-se – seja em quem fomos, seja em quem podemos vir a ser.
Se você for solitário, não reclame pela ausência de amigos. Pode ser, que você também nunca tenha sido um amigo para alguém.
Dezembro de 2022