Poemas de Ausência
Doce ausência
Deixaste-me uma rosa encarnada.
Cujas veias corre doce néctar.
Presente da tua ausência
Sobre o leito branco silencioso.
Maculado pelo vinho tinto derramado
Do amor vivido, saudades!
No mistério do teu olhar; emoção
A terna lembrança da tua presença
O gosto perene da paixão
A nostalgia gelada
Algoz da minha alma
Sangue que corre e inflama!
Na imensurável tristeza
Odisseia de sentimentos
Dor que fere e cura.
"Decepção tem nome e sobrenome
É ausência do que não foi vivido
Visto, sentido, ouvido, tocado...
Recitado, lambido ou acariciado.
Enfim...
É lembrança ruim do que não se teve
E, no campo da eternidade,
Nunca mais retornará"
(Homem do mar, p. 55)
TUA AUSÊNCIA (soneto)
Sofro, ao recordar-te, com minha saudade
Da tua ausência. Meu poetar se transporta
Minha alma se vê numa penúria que corta
E meu sossego, nervoso, cheio de vontade
É verdade, toda essa minha infelicidade
Que percorre está poesia, aqui tão torta
Escorrendo por motivo que não importa
Largando os versos, árduos, na ansiedade
Aí, que confuso clamor que transtorna
Das orgias das trovas de outrora fausto
E agora, penosas e tão malfeito se torna
Ofensiva sensação, funesto holocausto
Que na solidão figura, e na dor amorna
A vazia inspiração e, o silêncio exausto
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
21/06/2020, 09’43” - Triângulo Mineiro
Olavobilaquiando
Depois de anos
Que ansiedade sinto, ao saber
que a mim desejas ver.
Foram anos de ausência.
De minha parte, és a mesma doce criatura,
com o teu jeito sereno, a mesma delicadeza
que é a tua marca registrada.
Quando ao caminho que me leva a ti chego,
o coração dispara, sinto medo.
Ao me avistares, voas em uma corrida,
e logo em meu pescoço pendurada estas.
Mesmo sorriso, mesmo olhar mesmo beijo.
Voltei ao passado anjo, mulher única,
dona do meu desejo.
Roldão Aires
Membro Honorário da Academia Cabista
Membro Honorário da A.L.B/S.J.do Rio Preto
Membro Honorário de A.L.B/Votuporanga
Membro da U.B.E
È na ausência de tudo, que se inicia a conquistade qualquer prosperidade.
É neste estágio do, nada ter, que se fervilham opções intermináveis de soluções.
Diferente daqueles que já percorreram outras possibilidades, com “meio caminho andado”para qualquer direção, o iniciante sempre estará
acessível a todas as opções existentes.
Se, inadvertidamente, te imaginas longe de todas as perspectivas, basta entender que todas elas estão à sua disposição, esperando seu comando
para atuarem em seu benefício.
(teorilang)
Vivo apenas da paciência,
se não desisto é porque espero.
Chegando à tua ausência,
não agonizo, pois, é o que eu quero.
Ah! Saudade…
Essa ausência que invade o peito
Quebrando todas as regras
Mostra o que é verdadeiro
Sentimento assim, bem sei
Nem o tempo leva.
Ouço no rádio, a nossa canção
E a noite vem, trazendo a solidão
A tua ausência faz doer demais
Parte o coração que morre a cada dia mais
Alguns dias de ausência física tua Papai. A saudade aperta mais. Eita vida.
Esse pai me protegeu de tudo, sinto falta.
Muita.
Obrigada aí Deus.
Nosso laço de amor é além.
Te amo infinitamente papai Jarcy Andrade!
Poema: A sós com Deus
Quando optamos pela ausência,
Ausência de pessoas.
Estar a sós conosco, refletindo sobre certas devoções.
Refletindo sobre certas motivações.
Refletindo sobre algo ou Alguém
Que tem nos dado a base.
A estabilidade necessária.
Necessidade que somente a alma desperta anseio.
Segredo "nunca" revelado, segredo "nunca" descoberto.
Alguns desejos, algumas aspirações, algumas fraquezas.
Transparecê-las às pessoas erradas é tamanha futilidade.
Sem jamais resolvê-las.
Encontrei o grande Amigo!
Antes de pensar ou falar, Ele me conforta!
Ele me consola!
Ele me corrige, dizendo sim, dizendo não.
Cada sim, cada não, aproxima-me seguramente ao Seu querer.
Não vejo como permanecer questionando,
O que é inquestionável!
Porque a suprema Verdade me amou primeiro!
Investe em mim, eu sendo imperfeito e frágil.
Sua força é aperfeiçoada em meu abatimento.
Quando me depara com tamanha bondade.
Com Suas misericórdias que se renovam a cada manhã.
Meu coração não orgulha argumento algum para questioná-Lo!
Jorra uma fonte de gratidão e reconhecimento.
Notando o tamanho controle que tens do meu viver.
Com meu nome escrito na palma de Sua mão.
(Livro: Colecionando Laços e Notas Musicais da Alma,
Miscelânea poética e pluralidade de pensamentos, 2016,
1ª edição, ISBN: 978-85-920747-0-8).
A dor da ausência é como um pequeno espinho na sola do pé.
As lembranças diárias, as lágrimas noturnas, o sofrimento velado, o sofrimento lembrado. Não há como esquecer, não há como não sofrer.
Ou retira o espinho por completo ou convive com a dor.
E insistimos na dor acreditando que, um dia, o espinho se torne parte de nós.
No mundo,
No meu espaço,
No meu tempo
Só permanece
minha ausência.
Na minha própria companhia,
No meu afeto, apenas me resta a fantasia.
Sou puro encanto que desmorona há dias.
Sou o suspiro isolado no próprio teto.
Ser sem ânimo de viver,
ser que se entrega a nostalgia,
aos rumores futuros.
Mas há propósito de reconstrução
para abater o medo e a descrença,
para navegar na expectativa do triunfo.
incessantes os urros versados no silêncio que marca tua ausência
eis que o cálido toque dos teus lábios já não é mais que algo que
um dia poderia ter se tornado silêncio
Desapego
Descobri que para o desapego, basta a ausência.
Com o tempo vc se acostuma a ficar longe de não querer mais aqueles momentos q a época, eram maravilhosos.
Que com o tempo vc lembra com carinho o q viveu, mas que prefere a solidão do que um amor raso
As lembranças continuam e a felicidade que vivenciou fica empreginada em suas memórias, mas sabe que foi o certo a fazer pq o sentimento não era recíproco que amor unilateral dói e deixa machucados na alma e sabe que merece ser amada na mesma intensidade.
ERMA
A lua falta um pedaço madrugada em eclipse total da sua alma ausência
Absinto e abismos se unem
nevoa negra entre espinos laminas e linguá alimenta do sangue
O tempo descarrilha e a madruga apalavrável torna se esquadrinha me entre as trevas
O piano em som triste alienia aos timbre da minha mente as notas se fundem com minha paceira solidão
As folhas cair em um toque suave ouso a que do mundo mesmo ao som de tão pouca intensidade
Os gritos só mesmo da minha alma fria
As flores morrem no caminho que andei seca se a erva e cair se a flor
O tempo me devorá pesamentos obscuro querem me beber meu cheiro os fascina
Os vultos salta de gaia em gaia na espreita e dos becos suga os ecos dos meus próprios passos
O gelo sepultura Dorlores tão solene a triste sem ela
Habita a mim solidão não se ausenta num habitar tão desigual
Os ossos me rasgam ao meio e desova tudo que é vivo em mim Caíram flor e o desejo da mortal guardado cruel onde me traga à sublime morte no ardor das chamas
Por Charlanes Oliveira Santos ( Charles )
A ausência de você
Me fez perder o início
Do que era precioso
Mas também fez surgir
O sentimento de entendimento
Que a felicidade sua é independente
Do que sinto e quero
Não repare minha ausência,
nem sempre meu tempo conduz
a caminhos e presenças,
mesmo tão cheios de luz
Sigo as horas buscando quimeras,
versos, flores sob o vento,
dançando sob colorida primavera
junto ao coração em contentamento
Só assim consigo caminhar
os passos que preciso a cada dia,
ninguém pode e nem deve estranhar
o que a alma poética fantasia
Seja Forte
Pra vida, pra si, pra tudo, seja forte...
Seja forte pra ausência de sorrisos, pras tristezas repentinas e armaguras guardadas, pras saudades cortantes e pras dores mais fortes, seja forte...
Pra quando tudo for mal, e você só enxergar o caos, seja forte...
E com os obstáculos da vida, que te amedontrem de caminhar,
pros amores que deram errado e teimam em machucar,
pras feridas mais abertas que possam te desnortear, seja forte...
Na vida não há receita, há um caminho a se trilhar, cheio de surpresas, boas e ruins,
umas vão te fazer sorrir outras te fazer chorar,
por vezes você terá que escolher e com isso vai acertar, mas também vai errar,
mas, o importante mesmo é aprender, amadurecer, viver e no meio disso tudo
a vida só te exige uma coisa a fazer...
Seja Forte!