Poemas de Ausência
Saudades... consequência de uma longa ou pequena ausência. Há quem diga que a distância pode amortizar emoções, pode ser que tenha fundamentos lógicos, mais acredito fielmente que é capaz de plugar uma turbina de desejos e sensações inexplicáveis.
Te ver mata a ânsia do desejo de te querer, ouvir a sua voz que ecoa no timbre dos meus definidos sentidos. Tato, olfato, degustação, visão e a ciência tentando me explicar que eu preciso disso para acalmar meu desejo, tão louco, incontrolável e proibido.
O mais maluco dessas sensações é a criação inconsciente do meu momento, que te englobar nas diversas paisagens humanísticas, físicas e críticas e prisioneiras dos meus próprios pensamentos.
Liberdade de expressar o quanto te quero nesse momento. E a razão vem à tona, me pôr no chão e sinalizar que ocultos estão e deverão ficar...quando não se pode ter aquilo que se almeja é melhor se desprender do fato de não ter aqui do meu lado.
Hoje eu tive medo ao passar no corredor escuro. Será tua ausência à me apavorar?
Hoje eu tive medo de perder-te. Sem ao menos possuir-te eu temi.
Hoje eu tive medo de nunca mais tê-la comigo. Será que você entenderia se eu dissesse que a quero longe?
Hoje eu tive medo desse querer. Até parece que não tem chão, que vou cair, que você não vai me segurar.
Hoje eu tive medo de mim mesma. Quando tive raiva de mim mesma, tive medo do que eu seria capaz de provocar à mim quando de repente eu me enxergasse.
Hoje eu tive medo de ferir-te. Eu costumo machucar à mim, mas não suportaria se fosse à ti.
(Eu não te machucaria nunca)
Hoje eu tive medo de amar-te. Sim, eu poderia. Só não assumiria, porque tenho medo.
Hoje eu tive medo por estar sem você, e não necessariamente por me ver sozinha nesse quarto escuro com sombras que geralmente me assustam. Eu senti o teu cheiro na bermuda de flores laranjas e pensei: como eu queria que ela estivesse aqui. Porque de repente meu coração doeu e eu sei porque.
Ela não confia no que digo, mas espera, eu não digo, eu nunca digo. Eu me calo porque temo.
Sim, eu tenho medo. Muito medo.
E eu sempre soube que você correria de mim. Eu sempre tive medo.
Só te peço uma coisa: não me faça acreditar que você vai ficar pra depois ir embora da minha vida como se eu não fosse sentir, como se não importasse. Se for pra ficar, fique. Se for pra sair, saia.
Hoje eu tive medo que você não ficasse.
Na ausência de um amor
Eu prefiro como for
Me guardar para amar
Antes que por leviandade
Sem carinho, sorriso e fidelidade
Eu possa encontrar a felicidade
Esperando um amor de verdade
E pra quem é recalcado
E está acompanhado
Sem amor passa e vive
Mas no fim terá apenas passado.
Por isso prefiro a solidão
Que meus sentimentos guarda no coração
E na mente uma esperança
Que dará fim a solidão
Deus
Por um desses dissabores
Que plenamente assemelha-se
à ausência de flores
Que infesta este Universo
Invertendo, assim, valores
Medíocres ideologias
Que nunca fizeram nada mais
Que ensinar outros medíocres
A igualar os desiguais
Fizeram pior
Ao igualar mantiveram-se acima
Crendo-se assim serem mais
Tendo por intento algo
Para eles intangível
Incapazes de enxergar o invisível
Impossibilitados de entender
Nem mesmo a sabedoria
Que ensinam os animais
Jamais vão compreender
Que para atingir
A velocidade da Luz
É preciso reverter o fluxo do Tempo
Pobres são aqueles
Cujo pensamento somente conduz
Ao Ouro que enferruja
Ao domínio da carne suja
Ignorando que em seus arquivos
As traças corroeram
Todos os livros
Que eles confiscaram
...Mas não leram
Chega uma hora do dia que a lembrança é mais presente
A dor da ausência, inexorável
Chega um momento que o peito se enche de uma enganosa esperança
Um desejo apenas: uma chance.
O silêncio é a resposta
O não tão dolorido ainda fere a alma
E o tempo também responde, implacável
Que não importam os dias
Há adeus que nunca termina
Existem presenças que, mesmo depois da partida, continuam a crescer dentro de nós.
Que a minha ausência seja sentida por você
todos os dias.
E que seja tão amarga quanto o gosto da
saudade dos teus beijos na minha boca.
Um grito de saudade urge
Gerado pela impossibilidade de afetos
Uma ausência arbitrária
Inclino-me a dor
E aceito como deve ser
Deixo que faça as mudanças necessárias
Talvez assim brote um raio de vida
Como um girassol sem Sol
Que redescobre uma razão
Um feliz e mágico sentimento
Futuro com flores
Alegria
Desculpas.
Desculpas? Mas o que é isso?
Desculpas! Um apelo, uma ausência de culpa. O que são desculpas para uma alma em pedaços e um coração em frangalhos?
O que são desculpas para um deserto em meio a varieddes, pois em seu infinito nunca saberá de fato o que é a culpa.
Kare Santana
a ausência dum halo
arrelia
o pensamento
circunda os vultos
descrentes
por demasiado tempo
a escuridão avança…
em tumultos
os pensamentos turvos
arreliam e destroem
quem os pensa
Alvaro Giesta, "dois ciclos para um poema - ciclo dois"
SINTO SAUDADE DE UM TEMPO QUE NÃO SEI QUAL É NEM ONDE FOI
SINTO SAUDADE E AUSÊNCIA DE TUDO
TENHO TUDO E NÃO TENHO NADA.
NÃO SOU INFELIZ
NEM SEI O QUE É FELICIDADE
E INFELICIDADE DESCONHEÇO
Uma lágrima rolou, levando a simplicidade de um sorriso omisso na solidão da sua ausência.
Continuo a me questionar a nossa fraqueza perante a perfeição de um amor puro e verdadeiro.
Mais um dia...outro dia...insignificância de momentos.
Terra e Céu
Entristeço
Com tua ausência.
Adoeço
De saudades.
Me queimo
De ciúmes.
Me inquieto,
Culpo a vida.
Me ilumina
Tua presença.
Recomponho
A paz perdida.
Me aqueço
De desejos.
Tenho sonhos
De quimera.
Morro de alegria
Sigo em paz
Com Deus.
O preço da minha ausência
Quanto vale a minha ausência?
Vale muito com certeza
Vale conluios inquestionáveis
Dos disco voadores a espreita.
Quanto vale a minha ausência?
Vale aos óvnis adiáfanos
Que por entre nuvens escuras
Expõem translúcidos a imprudência.
Quanto vale a minha ausência?
Vale a minha sabedoria no anonimato
De atos e fatos que ressurgem encolerizados
E mitigam a minha dor.
Quanto vale a minha ausência?
Vale saber tão naturalmente
O que floresce da demência,
Entre as estrelas mais brilhantes
Estão os ufos ainda mais reluzentes.
Um ano atrás, eu escrevia uma carta de amor. A que escrevo nesse momento, é de ausência.
Escrevi, falei de amores, dei presentes, recebi, beijei, fui beijado.
Agora, onde tua mão ocupava, o que ocupa, é um copo de vinho, vinho ruim, barato. Minha companhia são as letras e pensamentos.
Onde teu corpo ocupava, existe um vazio. Onde preencho com coisas que nem eu mesmo explico.
Não tenho a companhia de meus pais, não tenho a mesma casa que ias, como morada.
Meu olhar já não é o mesmo, minhas feridas são ainda maiores.
Todo dia encosto minha cabeça no travesseiro, sempre parece úmido, deve ser das lágrimas que não derramei. O cobertor parece cada vez mais curto, durante a noite. Minhas poucas horas de sono, são piores do que ficar acordado.
Todos os dias, meu rosto demonstra o cansaço e a inquietação.
Mas como disse, um ano é muita coisa.
Nessa data, ano passado, devo ter escolhido mais um filme para assistirmos. Você já estava aprendendo a não dormir, durante eles. Devo ter ficado irritado, quando cochilou.
Não lembro dos detalhes, nem dos presentes, nem de nada. Pois essa pessoa que você passou a data, ficou aí.
POETA É TODO MUNDO E NINGUÉM
Esta ausência conduz a inspiração;
este veículo faz ampliar todos os tormentos,
mas nos conduz com essa tarifa de angústia à amplitude de uma inspiração,
que faz reluzir matizes de tons divinos.
Poeta é todo mundo e ninguém;
esta multidão, que caminha,
que se esbarra sem imaginar as mais ínfimas emoções em cada alma,
que fere ou só arranha,
ou a dor mais profunda de alguém, que se joga do vigésimo andar;
ou alguém indiferente, que se isola como uma partícula de um átomo indivisivel.
Poeta é todo mundo e ninguém
é purgar como um espectro por seus pecados
na translucidez pesada dos subterfúgios ou na transparencia das coisas invisiveis;
quebrar nas ondas de um mar revolto
ou só velejar na calmaria de um lago azul.
Os namorados se beijam num parque
e o mundo deles está restrito a duas bocas
dois pares de olhos, dois narizes e suas respirações ofegantes,
mas a grama, a brisa e as estrelas são indispensaveis;
tudo que canta, grita, cala, ou só lampeja,
tudo o que se sente, se ressente ou se dessente,
tudo que ascende ou cai infinitamente...ou nada!
Não vou deixar que tua ausência faça dos meus dias; dias frios e sem vida. Tua ausência vai me fazer enxergar que todas as coisas que deixei para trás continuam ali nos mesmos lugares, antes de ter um breve perda de mim (de consciência) e esquece - lás.
Hoje graças ao meu retorno (a consciência); os dias parecem melhores, mais cheios de vida, cor e calor.
Mais cheios de MIM.
Passado.
Tão difícil superar
A ausência do verdadeiro amor.
Tão difícil aguentar
O passado do coração.
Tão difícil apagar
A história nascida na paixão.
Tão cruel caminhar
Na estreita estrada da solidão.
Ausência
Escuto em silêncio
A música que toca
E viajo em suas notas
Nas lembranças ficadas
De um tempo...ido
Já não enxergo teus contornos
Tão pouco escuto a tua voz
Teus planos escoando na chuva
Que melancólicamente cai
Refrescando minha mente
E tudo o que dissemos
Ficou naqueles tempos
Em que só nós vivemos
Sem nenhuma testemunha
Só nós...sabemos
Ver teus sonhos desfeitos
Tuas coisas espalhadas
Teu sorriso despido
Tua casa abandonando (os teus sinais)
Te faz ainda mais próxima (de mim)
A música cessou
A luz se apagou
É tarde...o presente se impôs
Você se foi e eu...
Fiquei
(Nane-23/11/2014)
Choro quando a aurora sorrí pela ausencia da sua voz.
Me perco do chão quando o vaziu do ar me tráz a sombra do seu sorriso. Se o mundo fosse felicidade
Não existiriam sonhos
Tudo era realidade."poeta"
Conheci a dor da ausência.
Inexplicável sentir que me consome por inteiro.
Não quero mais.
Reconheço minhas fragilidades.
Assumo
Quero pausas.