Poemas de Ausência
O que me faz forte?
As dores sofridas, as feridas abertas, as palavras amargas, a ausência cravada na alma. O que me faz melhor? O alívio das dores, as feridas saradas , a docilidade de um afago, e a sua presença que tanto me acalma.
Exige-se longo tempo e paciência para enterrar uma ausência. Aquele que se foi ocupa todos os vazios. Como água, também a ausência não permite o vácuo. Ela se instala mesmo entre as pausas das palavras.
O álcool não consola, não preenche os vazios psicológicos, mas supre a ausência de Deus. Não compensa o homem. Pelo contrário, anima a sua loucura, transporta-o a regiões supremas onde é mestre do seu próprio destino.
Ausência de resposta não é só falta de educação.
Silêncio não significa consentimento, mas a indiferença como resultado da discordância e falta de consideração.
Sua ausência, minha saudade, sua existência, minha felicidade, te querer, previsível, te esquecer, totalmente impossível.
Se você soubesse o quanto sofro com sua ausência, o quanto você é importante para mim, você não falaria nem metade das coisas que fala.
Me perdoe a minha ausência, perdoe-me o meu silêncio ou pela falta de respeito que interpretou sem sentimentos;
Apenas sou o que sou e não o que pensam, sou o vento em tempestade ou brisa acalentando sentimentos;
Não queria que aquilo acabasse, porque sabia que a ausência dela doeria mais que qualquer fim de namoro.
A ausência de Deus, deixando o homem responsável por si mesmo, o condena a se revoltar. “Do absurdo à revolta”, dizia Camus.
Felicidade é ter um espaço exclusivo dentro do coração de alguém. E quando for ausência, ser a mais bonita lembrança que se tem.
Saudade não é ausência. É a presença, é tentar viver no presente. É a cama ainda desarrumada, o par de copos ao lado da garrafa de vinho, é a escova de dentes ao lado da sua. Saudades são todas as coisas que estão lá para nos dizer que não, a pessoa não foi embora. Muito pelo contrário: ela ficou, e de lá não sai. A ausência ocupa espaço, ocupa tempo, ocupa a cabeça, até demais. E faz com que a gente invente coisas, nos leva para tão próximo da total loucura quanto é permitido, para alguém em cujo prontuário se lê “sadio”. Ela faz a gente realmente acreditar que enlouquecemos. Ela nos deixa de cama, mesmo quando estamos fazendo todas as coisas do mundo. Todas e ao mesmo tempo. É o transtorno intermitente e perene de implorar por ‘um pouco mais’.
As lacunas deixadas pela ausência da ética no caráter humano, serão sempre preenchidas por condenáveis inspirações!