Poemas de Aranha
Atrás da orelha
Feito aranha vou nesta teia.
Tonto quase a sucumbir.
Pena que a solidão pega na veia.
Não adianta a pulga atrás da orelha
Sinto e pronto. Não vou mentir.
Remédio nem procuro
Seria perda de tempo,
As coisas que não tem cura
Melhor aceitá-las em silêncio.
OUTROS SONHOS
Enquanto a aranha tece sua teia
No porão, eu penso a caminhar
Sobre as campinas,
Passando por cima da minha emoção,
Voltando ao passado,
Derrubando edíficios,
Que agora cercam a minha visão,
Operários bem equipados,
Bem aparelhados,
Erguem torres e coberturas,
Improvisam um elevador,
E a igrejinha do meu casamento,
Onde com tanto srntimento,
Jurei meu amor,
Sua única torre ameaçada por um guindaste,
Enquadrada por andaimes,
Badala seu sino,
Agora abafado por tantas paredes,
E nos campos, onde floresciam meus sonhos,
E eram verdes como as campinas,
Embalados por passarinhos,
Que emigraram para outros campos,
Para compor outros sonhos...
Aranha
Aranha,
Emaranha
Tua boca peçonhenta e fanha,
Tece as cordas da tua voz,
Em tuas verdades dá nós,
E nós?
Como as Moiras tecem destino
Amargo é o destilo
Do veneno à doce e exitação
Me prende, me enleia no chão
Com tua teia traiçoeira,
Viúva Negra,
Me estrangula o coração.
a vida é como um Michelangelo
que se observa de um nanocanto
da teia de aranha do canto
daquele ponto do vaticano
ARANHA
Vez em quando, uma menina,
vez em quando uma mulher
Vez em quando quelíceras, picadas
vez em quando, uma falha, nenhuma fé
Vez em quando, suprema carência
vez em quando, escravo afeto
Vez em quando sobra, dejeto
Vez em quando cólera turgescente
Vez em quando, horizonte de bruços
de costas, pedaços, postas, apostas em nada
Vez em quando, entra uma mosca
vez em quando, quase nunca
Vez em quando, calúnias, besteiras
vez em quando, o cetro e a enxada
Vez em quando, carrasca do tempo
Vez em quando, um minuto não é
Vez em quando o tapa
vez em quando o buraco
Vez em quando o graal
Vez em quando o falo
Vez em quando, leva o vento
vez em quando a maré traz
Vez em quando, vãos pensamentos
Valem mais que infinitos ais...
A aranha e o dilema de existir;
dentro do seu quadrado o silogismo norteia sua vida.
Sua existência depende de outra existência;
a mosca é arrancada do seu descanso,
conectando-se, definitivamente, á engrenagem.
* O compasso
Vejo o extremamente seu olhar puro,
Em uma teia uma aranha de desejo,
olhar pela janela de tua alma..
partindo desse mundo...
caos da solidão transcende...
entre as estrelas...
Lute para se libertar das telhas de aranha,
das tramas da vida que parecem não ter fim.
Poderá se livrar de uma,
cair em outra mais complexa,
e tudo virar uma bola de neve.
Porém o importante é não se arrepender!
Por que cada fio te ensinou a ser quem tu és.
Tecendo paz
Ao tecer alegria se apresenta a eminente paz,
Assim como a aranha que saí de sua própria teia.
Tecer não significa somente reunir uma fórmula,
Mas nos mostrar a realidade cheia de esperança.
No ato inocente de dois rolos sustentados,
Vejo a simplicidade de um lar às vezes esquecido,
O rolo de cima se apresenta em forma celestial,
Enquanto o de baixo representa a nossa terra.
Pedaços de madeiras que interpretam o universo,
A tecelagem simboliza o trabalho da criação.
Um paralelo que nos chama a atenção para paz,
Construções simples, mas de grandes projeções.
A criação perfeita foi corrompida pelo orgulho,
Que tirou a paz existente até aquele momento.
Pensou ter vencido com seu instrumento maligno,
A humildade cheia de paz que Deus nos ofereceu.
O homem aranha para o militar com uma arma na mão e pergunta.
A cidade está um caos, é a terceira guerra mundial senhor?
Você está fantasiado?
Logo logo será atingido por um bala de fuzil no peito.
Desarmado, sem equipamentos.
Sem colete.
O que você que está fazendo?
Quer morrer?
Morrer?
Indagou o homem aranha.
Desse jeito não vai demorar muito- respondeu o militar saindo para o campo de batalha.
O homem aranha pensou em ajudar aquele militar e acabar com a guerra. Mas as pessoas estão inquietas demais. Elas não sabem que eu sou o super-herói? Cegas.
Estranho ele não ter se intimidado comigo. No meu tempo, pediam autógrafos e estavam seguras. Pelo menos se sentiam.
O que está acontecendo com essa gente?
Eu cheguei pra ajudar.
Não ficam alegres com ajuda?
O soldado parecia sem esperança. Só queria lutar e lutar.
Acostumados à sofrer talvez.
Acho que vim parar em outro mundo.
Que mundo é esse que ninguém pensa em acabar as guerras?
Nem mesmo hoje, se aparecesse o super homem com toda sua liga, as pessoas ainda assim estavam na escuridão sem qualquer esperança de vida.
Não acreditam em mais nada.
Andando lentamente e olhando corpos no chão. O nisso herói se foi {...}
Os prédios sumiram. Logo, estou morto. Vou deitar novamente na minha cova. Aqui eles não precisam de heróis. Porque na verdade, são os próprios vilões. Todo o mundo é vilão.
Aliçu S. ;C.M.Preto, pág.1
- A beira da janela suja encosto-me na teia de aranha,
ouvindo aos grilados da noite que logo me pedia
alma, colo e uma declaração de horror.
Enquanto pensava em tragar meu 1 cigarro da noite
Uma indeçisão! De me domar e me dominar compulsivamente.
Que a fumaça que eu solte seja a minha alma amargurada indo embora
Que essa seja a oração de um ateu que morre de amor
Que a maldição que eu carrego comigo faça alguém feliz
Porque a minha infeliz maldição não me deixa ser.
E eis que ela surge,
A Dúvida...
Emaranha-se na tua cabeça
qual teia de aranha.
Com seus pequeninos fios
fininhos e transparentes,
quase imperceptíveis.
Agarrando-se aos teus pensamentos,
dificultando tuas decisões,
minando a tua vontade.
Sim...
Porque junto á dúvida, colado á ela,
como se fossem um só,
vem o medo.
Medo que impede, que desanima
que aprisiona, que sufoca...
Imobilizando, impedindo,
cerceando a tua capacidade
de agir, reagir...
Gerando infinitas perguntas
e nenhuma resposta.
Devo seguir ou retornar?
Lembrar ou esquecer?
Insistir ou abandonar?
Falar ou conter?
Óh dúvida,
porque me vieste agora?
Logo quando menos preciso de ti...
By Ivacelia
10/2012
A caravela que sumia em seu horizonte
Para que não aranha-se meu coração
Que hora ia embora com todos os sonhos
Ao encontro do meu amor
O Castor constrói a barragem
A abelha faz colméia
A aranha teia
O ser humano, castelos de areia
Mas esse tal de ser humano é complicado
Quando abandona os castelos de lado
os pobres animas bem sabem:
contra esse ser desvairado
Nãe existe outro animal que tenha escudo
Um dia o cara vem e acaba tudo.
No vão debaixo da minha escada
Uma linda aranha fez sua morada
A luz do sol refletida na janela
Deixou à vista toda a teia dela
Feita com uma habilidade fascinante
Mostrando uma renda fina e brilhante...
Alguém pode me dizer sem brincadeira
O que faço com a estranha hospedeira?
mel - ((*_*))
Herdeiro
(Narcelio Brito)
Provei do beijo da mulher aranha.
Provei da sanha que aranha a Espanha.
Sou o que apanha na cara de um cara careta,
De um fanático religioso e sua muleta,
De um político marreta.
Sou a fome ,sou a morte na estrada, Sou a bola, a violência na arquibancada.
Sou o lixo do luxo da fantazia,
Pacista negro da falsa alegria.
Sou o reflexo do índio no espelho,
Sou a dor do velho no navio negreiro.
Sou brejeiro, sou o poste, Sou um nobre malandro ligeiro...
Sou herdeiro, ..... brasileiro.