Poemas de Antoine de Saint-Exupéry

Cerca de 180 poemas de Antoine de Saint-Exupéry

O futuro não é um lugar onde estamos indo, mas um lugar que estamos criando. O caminho para ele não é encontrado, mas construído e o ato de fazê-lo muda tanto o realizador quando o destino.

Se alguma coisa se te opõe e te fere, deixa crescer. É que estás a ganhar raízes e a mudar. Abençoado ferimento que te faz parir de ti próprio.

Tu não és ainda para mim senão um garoto inteiramente igual a cem mil outros garotos. E eu não tenho necessidade de ti. E tu não tens também necessidade de mim. Não passo a teus olhos de uma raposas igual a cem mil outras raposas. Mas, se tu me cativas, nós teremos necessidade um do outro. Serás para mim único no mundo. E eu serei para ti única no mundo...

É sempre no meio, no epicentro de nossos problemas que encontramos a serenidade.

Eis o meu segredo. É muito simples: só se vê bem com o coração. O essencial é invisível aos olhos.

Antoine de Saint-Exupéry
SAINT-EXUPÉRY, A. de. O pequeno príncipe. Rio de Janeiro: Agir. 1994.

Ah! Meu pedacinho de gente, meu amor, como eu gosto de ouir esse riso! Pois é ele o meu presente.

O essencial é invisível aos olhos. Quem ama vê além da aparência física e é isto que ama: a essência.

As estrelas são todas iluminadas... Será que elas brilham para que cada um possa encontrar a sua?
(O pequeno Príncipe)

O sorriso do irreparável gelou-me de novo. E eu compreendi que não podia suportar a idéia de nunca mais escutar esse sorriso. Ele era para mim como uma fonte no deserto.

O significado das coisas não está nas coisas em si, mas sim em nossa atitude com relação a elas.

É preciso que eu suporte duas ou três lagartas se eu quiser conhecer as borboletas...

Antoine de Saint-Exupéry
O Pequeno Príncipe

Nas horas graves, os olhos ficam cegos; é preciso, então, enxergar com o coração.

Se alguém ama uma flor da qual só existe um exemplar em milhões de estrelas, isso basta para que seja feliz quando a contempla.

Ainda que seus passos pareçam inúteis; vá abrindo caminhos como a água que desce cantando da montanha. Outros te seguirão...

É bom não confundir o amor com a escravidão do coração. O amor que pede é belo, mas o que suplica é amor de criado.

Apesar da vida humana não ter preço, agimos sempre como se certas coisas superassem o valor da vida humana.

Se você quer construir um navio, não chame as pessoas para juntar madeira ou atribua-lhes tarefas e trabalho, mas sim ensine-os a desejar a infinita imensidão do oceano.

Antoine de Saint-Exupéry

Nota: Essas exatas palavras não foram encontradas nos escritor do autor, porém, acredita-se que seja uma adaptação de um trecho do livro “Citadelle”, de 1948.

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É loucura odiar todas as rosas porque uma te espetou. Entregar todos os teus sonhos porque um deles não se realizou.

Vês, lá longe, o campo de trigo? Eu não como pão. O trigo pra mim é inútil. Os campos de trigo não me lembram coisa alguma. E isso é triste! Mas tu tens cabelo cor de ouro. Então será maravilhoso quando me tiverdes cativado. O trigo que é dourado fará lembrar-me de ti. E eu amarei o barulho do vento no trigo.

Havia, em algum lugar, um parque cheio de pinheiros e tílias, e uma velha casa que eu amava. Pouco importava que ela estivesse distante ou próxima, que não pudesse cercar de calor o meu corpo, nem me abrigar; reduzida apenas a um sonho, bastava que ela existisse para que a minha noite fosse cheia de sua presença. Eu não era mais um corpo de homem perdido no areal. Eu me orientava. Era o menino daquela casa, cheio da lembrança de seus perfumes, cheio da fragrância dos seus vestíbulos, cheio das vozes que a haviam animado.