Poemas de Angústia
MINHA ANGÚSTIA PERENE (QUERIA)
"Queria saber falar outras línguas
Queria saber fazer poemas e rimas
Queria saber demonstrar o amor
Que não cabe no peito
Queria saber tocar uns 3 instrumentos
pelo menos
Queria saber dançar
Dum jeito intuitivo e cadenciado
Queria ser mais organizado
Queria ter mais controle de mim mesmo
Dominar a raiva e ter mais zelo
Queria me fazer entender
dum jeito fácil
Queria ser Deus
E dizer: Faz-se!
Queria não sofrer da inanição de proatividade
Queria sair dessa comodidade
tão doída
Ser o agente transformador
O cara agregador
O herói sem máculas pra minha filha
Queria deixar de ser o morno
Poderia ser o gelado, o frio, ou fervente
Mas não o morno simplesmente
Atravessar os becos
do meu interior labiríntico
Ser o esperado bom marido
Queria fazer uma revolução
Mas só queria!
Falta ação."
Já pensou se não existisse dor?
O que seria da angústia, da luta, do lamento, do amor?
A dor fortalece, ensina e esclarece a importância de valorizar o que vier pra você ou pra quem for.
Nara Nubia Alencar Queiroz
@narinha.164
CAOS
é um estar.....
hoje eu acordei caos, quando uma angústia universal me preencheu, misturada a uma saudade de um tempo não vivido, misturada a um filme não rodado, a uma peça não montada, a uma música não composta, misturada a um poema perdido no inconsciente, caos também é arte..não...caos é arte...hoje....pra mim.
a arte da dor, a arte do inconformismo, do perdido, do quebra-cabeças, das respostas expostas de uma maneira apolínea .........
eu estou caos, mas amanhã talvez não mais.
quero a dor, quero a solidão de um quarto na penumbra, almejo admirar de olhos fechados a música de Beethoven, já em seu estado de plena surdez, quero o negro, o pesado, o noturno.......
como o caos é grande! como ele exige um desabafo para acalmar sua ira, sua anarquia de elementos!
eu sinto, ele sempre está perto, e é num passe de mágica que a arte se une ao caos, e onde Apolo e Dionísio se dão as mãos, e se tornam sublimes ..
uma angústia hoje me tomou bem no fundo, me torceu as tripas, e maliciosamente me fez rever todas as Isis que estão ocultas, todas que estão em voga, e todas que ainda estão a caminho.
uma dor de ser Isis, uma dor de sempre ser carnal, pesada de veias, pulmões e batimentos no coração.....quero me livrar do caos, do corpóreo ,.........caos corpóreo.. caospóreo.......
quero escrever o caos para que ele me deixe por um momento, quero atuar no caos para poder dormir tranqüila, com os ilusionistas, anjos de asas brancas, quero exprimí-lo para que o meu peito se desintegre e vire pó novamente, quero....para esquecer por um momento que eu sou eu .....sendo ..nada!!!!
Ruas vazias
Apenas há passos
Compassos e ecos
Do pisantes vacuo escutar
Sentir angustia meu ver
Mas preciso inteiramente
Abraçar o que existe
O que resta, dessas ruas vazias.
Kaike Machado
Chuva
Cinza está
Horizonte escuro
Uiva a natureza
Vasto cenário triste
Angustiante eis as lagrimas que caem
Lamentos
Lagrimas em vão
Angustias passadas
São passados machucados
Sofrível apenas serão falta
De um sentir vazio
Kaike Machado
MARIA
Passo a noite angustiado,
Impaciente para raiar o dia.
Perambulo por todo lado,
Tentando encontrar Maria.
Penso ouvir sua voz no alvor do dia.
Entorpecido, ponho-me a despertar,
Os sussurros parecem aumentar,
Abro os olhos e não vejo Maria.
Disfarço com muito jeito,
A hora chegada é triste e tardia,
Coração destroçado no peito,
Olho por todo lado e não vejo Maria.
A passos lentos e futuro incerto,
O fim da jornada não tardaria,
Olhos marejados, sorriso aberto,
Na curva da estrada acena Maria.
RETORNAR… POR QUÊ?
As pernas andam no passo que pode
Enquanto a angústia foge do compasso
Coração acelera sem trégua
Neste panorama sono corre légua.
Mas os sonhos não adormecem
Porque o meu pensar sobressai nas palavras.
E neste emaranhado de verbetes
Como não questionar a sabedoria da natureza?
O cacto rústico cheio de espinho
Não agride a sensível suculenta
Não há conflito com a suave rosa
Nem disputa de aroma com o jasmim.
Sua raiz pregada no chão
Extrai o melhor da aridez do sertão
Não se contamina com a impureza
E tudo converge para a perfeição da natureza.
Não sou de grupo codinome
Nem sou conhecida por cognome
Somos José, Maria, João, Genuzi... Sem sobrenome
Sou ativista. E, me apresento com nome?
Lembrem-se: - Os direitos trabalhistas
Foram conquistas
Não de um militante exangue
Mas a preço exorbitante de sangue.
Retorno a década de sessenta
E a memória retrata Pietá
Que ampara uma pessoa querida
Sem o sopro de vida.
E quando a estátua se materializa
Protagoniza a própria Pietá
Nas famílias sem brasão nem divisa
Que na sua dor não aprecia o voo da borboleta.
Sobressaiu a minha mesquinhez
E retornou a minha lucidez
Pensei nas angústias de Severino, Joana, José, Maria...
Que não é estátua com avaria.
Não somos oriundos do regime teocrático
Estamos em um regime democrático
Por que ressuscitar a ditadura
Era de sofrimento e tortura?
Veja a junção de rosa e cacto
Que jamais fizeram pacto
Então, analise e converse sobre a história
Porque foi delineada outra trajetória.
Despedem-se do verde quando chega o momento
Porque cada um tem o seu espaço
Cumprem suas funções de florir em seu tempo
Simples assim companheiro: - Dê-me um abraço.
Carrego trovões em minha vida.
Carrego angústia em meu peito.
Carrego o cinza em meu mundo.
Carrego infelicidade em meu coração.
Carrego apenas uma vida sem compaixão!..
Quando você se posiciona
frente a uma situação a qual
lhe causa medo, dor e angústia.
Você se posiciona frente a
si mesma, quebrando assim
um ciclo de aprisionamento.
O que a angústia nos ensina?
Ensina que precisamos sentir, pensar, agir.
Ela nos faz crescer e evoluir.
Se deixarmos que torne-se parte integrante de nós, ela será como um câncer terminal, totalmente devastador.
Não entregue-se! Dói? Sim, mas tire a maior lição de tudo isso, faça da crise oportunidade para ir além.
Não se vitimize, seja a melhor influência para a sua vida!
Tomar consciência das
nossas dores e angústias
não é fácil.
Porém o enfrentamento é
necessário para criarmos
estratégias para vence-las.
Ó almas santas e benditas do purgatório! Ó almas que passastes pelos sofrimentos e angústias da morte! Ó almas dos afogados, queimados, torturados e fuzilados na guerra! Ó almas dos meus parentes e amigos falecidos! Ó alma dos assassinados, encarcerados e injustiçados! Ó almas dos escravos e dos pagãos bem-intencionados!
Ó almas esquecidas e abandonadas! Ó almas santas e benditas do purgatório que estais sofrendo e penando para alcançardes a purificação completa para depois entrar na vida eterna! Almas santas e benditas, eu rogo e intercedo por vós diante de Jesus Cristo, o Salvador.
Ó Jesus Cristo, pelo vosso suor de sangue, pela coroa de espinhos, pelos pregos nas mãos e nos pés, pelo golpe de lança em vosso coração, pelo último suspiro na cruz, aliviar as dores e abreviar as penas das almas santas e benditas do purgatório. E vós, almas santas e benditas, vinde em meu auxílio, socorrei-me em minhas angústias. Atendei o meu pedido, ajudai-me a resolver o meu problema.
Pelo sangue de Cristo derramado na cruz, lançai-me de Deus Pai, a graça de que tanto necessito. Por Maria, a Mãe das dores e Nossa Senhora do Monte Carmelo, a qual prometeu socorrer almas e livrá-las do fogo do purgatório e atender as suas súplicas, alcançai-me a graça de que tanto necessito. Amém
O grito
A angústia morde os lábios
Árido de tanta perturbação
A alma gretada cata os sábios
Fundamentos do terno coração
Ardendo o pedido de socorro
Sufocados no amorfo pulmão
Onde a erudição se faz forro
E manta das quedas do coração
O corpo chora as agonias
E o alarido estridente uivo aflito
Tentando cuspir arrelias
Das entranhas num seco grito
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
06/08/2012, 18’58”
Cerrado goiano
Vaga-lume e vaga lume
Vaga angústia,
vaga rua,
vaga só,
olhando a lua.
Vaga atoa,
vaga-lume.
Vaga boa,
como de
costume.
Clarão acalma,
alma mansa.
Sorri a noite,
que o vento
alcança.
Dia pós dia,
o tempo lança
no trem da vida,
outras pessoas,
novas fases,
novas chances.
Sorrisos soltos,
acendendo as
chamas.
Vaga lume:
Lume a frente,
acalma alma,
que vida te
convida,
pra mais
uma taça.
Dança
vaga-lume
lume lume.
No findar da noite,
as estrelas
assumem.
Poema de #Andrea_Domingues ©
Todos os direitos autorais reservados 27/09/2019 às 10:00 horas
Manter créditos ao autor original #Andrea_Domingues
Angústia
aspero ser
aspero existir
não há o que gere
falta, ausência
se o amargor
é inevitável
solitude é ter instante
para apreciar a miséria do mundo
e buscar propria vertente de existir.
Em tempos sombrios, angústias, limitações, tristezas, ainda é tempo de mostrar ao mundo inteiro que ainda vale a pena viver e que você é importante e que a vida é importante.
Dançar, vibrar, e sentir o calor humano....
Simplesmente, perfeito!!!
Gill
Vejo a angústia em meu rosto em frente do espelho.
A angústia que minha mãe sente por estar sofrendo.
A tristeza que em meu rosto não demonstro.
A vontade de mudar minha história.
As lágrimas que meu coração chora ao vê-la.
A tristeza em saber que estou presa a essa situação.
As lágrimas que secam em minhas faces.
A solidão que sinto em meu coração.
As receitas de medicamentos que parecem não ter fim.
As horas que no relógio passam e o sofrimento que acaba de recomeçar.