Poemas de Amor com Rimas
Naquela campa -
Há um poema cansado
Nas rimas do meu sofrer
Mais um momento marcado
Pela vontade de morrer.
Há um silêncio que agito
No fundo dos meus sentidos
E o meu poema é um grito
São meus sonhos perdidos.
E o que ficou do que fomos
Está preso ao fado, à poesia
P'ra mim seremos e somos
Aquele amor que eu sentia.
Aquelas horas tão nossas
Só eu as guardo no peito
Talvez também 'inda possas,
Lembra-las tu ao teu jeito.
Naquela campa tão fria
Deixo uma rosa e um beijo
Que a Musa desta poesia
Fica virada p'ro Tejo.
"Minha inspiração se foi
As rimas se acabaram
Pelo simples ato de ter acabado comigo
E abalado minha estrutura
Doeu? sim, mas e dai?
Seja feliz com ele
Seja feliz sem mim..."
Como um ritmo desenvolvido para a devolução
O que conta é que estas rimas
Desenvolvi para ocupar sua mente
Agora que você percebeu que o orgulho chegou
Temos que explodir a matéria
Para endurecer o coração
Nas rimas suaves de um verso encantado,
Jhean Carlos emerge, destemido e amado.
Seu nome dança na brisa da poesia,
Um ser único, na vasta sinfonia.
Pelos campos da vida, ele caminha,
Com a força de quem nunca se avizinha.
Jhean Carlos, estrela a brilhar,
Na constelação do destino a navegar.
Seu coração, um poema pulsante,
Em cada batida, um amor constante.
Nos traços da poesia, seu nome se entrelaça,
Jhean Carlos, na alma, deixa sua graça.
"Suas palavras
chegam como toada e rimas que oxigenam o dia.
Seus gestos são doces,
seu olhar evoca profundidade
que habita oceano."
Perdido nas rimas tentando escapar
Mas a chave pro alívio, nas amizades sinceras
Nos laços que faço minha vida tempera
A Doce Poesia da Vida
A vida é uma doce poesia com rimas em cada verso, na magia das palavras escritas na linguagem do coração. Para entender, é preciso amar sem segundas intenções e assim descobrir as lições incutidas em cada estação.
Enquanto está quente no Ocidente, o Oriente vive um período muito gelado. Mas isso não significa que são menos amados, estão apenas em diferentes aprendizados. Aqui no Ocidente, a energia de Criação é chamada de Deus, que criou Adão e Eva. No Oriente, eles o chamam de Brahma, que criou Shiva e Shakti, e alguns vizinhos de olhos puxadinhos acreditam em Tao, que criou Yin Yang.
O amor incondicional nos permite abrir a visão e viver sem limitação de pontos finais ou interrogações sem respostas. Quem já entendeu essa lição não julga o irmão por pensar ou agir diferente, porque compreende que não há certo ou errado, apenas o verdadeiro significado da frase "Seja feita a Vossa vontade". Desenvolveu a capacidade de aceitar verdadeiramente aquilo que não podemos mudar e lutar pelo que faz nossa alma vibrar. Aprendeu a ter compaixão e respeito por tudo que vive aqui, e, então, não há mais competição, apenas compreensão.
Fazemos parte de um universo de bilhões de galáxias e podemos nos aventurar em novas experiências para a expansão da consciência. Nossa missão no palco deste pequeno planeta é apenas despertar para a lei cósmica do amor. Tão simples como o desabrochar de uma bela e perfumada flor.
Re-amar
Rimas avessas, que não param em minha cabeça, façam-me o favor, de não remar para longe, pois o amor anda revolto, e o mar não me responde. Embora estivessem no mesmo barco, as maneiras de remar podiam perfeitamente ser diferentes e o tempo se dilata sobre o aquecimento da monotonia. A vida podia ser duas, uma para ensaiar e outra pra viver à sério, e quando se aprende alguma coisa, já está na hora de ir. Quase que dizendo, a vida não possui rascunho, muito menos um ensaio prévio, vamos remando e jogando água e o que nos coloca a obrigação de sermos mais capazes, solidários e inteligentes. E, é especial dizermos, que em um mundo de diversidade, isso é um favorecimento para que não percamos a necessidade da diversidade, diversidade da compreensão, de modo que à aprender o que ainda não sabe, anotar aquilo que desconhece, fugindo da monotonia de convivência, repetição, diversidade de origem ética, religião, pensamento e formação intelectual.
Seguindo os passos de Pessoa, seja onde estiver e, a monotonia da vida cotidiana será para mim como a recordação dos amores que me não foram advindos, ou dos triunfos que não haveriam de serem meus.
Ter personalidade forte é remar contra a correnteza da ignorância.
Virou rotina ser confundida
como ativista porque
a minha mística, letras e rimas
caminham com os povos,
erguem bandeiras,
escalam fortalezas
atravessam as grades
de penitenciárias
de segurança máxima
e estão presentes nos apertos
de mãos entre tropas
de todas as fronteiras,...
Não tenho o quê esconder:
apenas sou mais uma voz
dentre tantos outros poetas
das nossas Américas,
Sou mais uma que escreve
aos ventos que
correm pelo meu país
onde as cidades
voltaram a ser feudos
e os Estados a ser capitanias;
Por aqui atiraram a nossa
sagrada unidade pela janela,
e ninguém mais sabe chegar
a um comum acordo nesta terra,
Em mil partes me divido
pelo continente para mostrar
que na Bolívia e por tantos
outros lugares vozes
podem ser silenciadas
rapidamente muito mais
que sessenta e sete vezes,...
A cada instante por cada
preso político seja no
Chile silencioso ou por
quem precisar uma
prece todo o dia elevo
e poemas para tropas
escrevo e notícias
de liberdade para um
General que foi preso
inocente ainda espero,
porque alguém
haverá de surgir
e toda esta gente libertar.
Terol
No meu celeiro de rimas
busquei e descobri uma
foto nossa bem antiga,
Respirei uma certa nostalgia
ao lembrar de uma noite
gauchesca que dançamos
o quase esquecido Terol,
as tuas esporas luziam,
potentes e acompanhavam
com percussão o ritmo,
e eu também te seguia,
balanço de saia de prenda
faceira no salão também é poesia.
Meus versos vão
de Sarandi Revirão,
Minhas rimas dão
voltas na Cirandinha
do meu coração,
A minha poesia
coincide com amor
e muita paixão,
Quando eu chegar
perto e pedir
para você ser meu
par você não vai
conseguir dizer não.
Corrida de três pernas:
a poesia, o poema e os poetas
na direção das rimas
sem reticências nas querências
em tempo de Festa Junina
e dançando Quadrilha.
As ideias de mãos
dadas com as letras
formam versos
e com as rimas
vão com as rodas
e formando as estrofes,
E todos alinhados
dançam a Quadrilha,
Assim é que está feita
a poesia de Festa Junina.
Poema consternado
Neste poema triste
A esperança chora
A inspiração insiste
As rimas em metáfora
Ora fé, ora incerteza
O prazer quer ir embora
Deixando só fraqueza
Nas velhas rimas afora
Onde se quer lindeza
Onde se quer aurora
E eu, nesta correnteza
Consternado, sou fiel
Então, aqui escrevi tristeza
E delas faço barco de papel!
Luciano Spagnol
Naufrágio
Saudades ainda latentes
Versos sem as suas rimas
Palavras ainda presentes
Madrugadas sem estimas
Tantas vezes choradas
Na solidão das lágrimas
No leito ficaram caladas
Como uma flor sem néctar
E lábios sem boas risadas
Com acusações para julgar
E enganos como ciladas
Quando eu só queria amar
E assim, nos ais você partiu
Com a emoção sem pesar
Deixando o coração vazio
E o ponderar sem ofertar
Desmoronando em fastio
Os sonhos de se sonhar
Restando somente aflição
Entre os teus vários ir e ficar
Adormeci ao lado da ilusão
Após este amor naufragar
Luciano Spagnol
27 de maio, 2016
Cerrado goiano
IMMAGINAZIONE
Eu queria uma sumarenta poesia
Que as rimas dessem paladar e analogia
Aos aromas do fruto maduro do amor
Onde todos degustassem com prazer e sabor
O universo do vário gosto de cada verso
Do poema, carcomendo sentimento diverso
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
Janeiro de 2016
Cerrado goiano
Destino
Nas linhas da minha poesia
leio o teu olhar
com rimas cruzadas, luzidia
sinuosas a poetar.
Interferindo no meu destino.
E assim, eu pus a cantar
tal o badalar de um sino
o coração a anunciar.
E neste som divino
a vida nos seus caminhos
o meu e o seu num continuo
Desejar... íamos sozinhos
até nossas mãos entrelaçar.
E, neste poema marcado
de versos ao nosso dispor
desde então, o fado
juntos, passamos a compor!
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
28/02/2020, 23´21” - Cerrado goiano
VISITA (soneto)
Nos paralelepípedos das calçadas
Leio os versos do viver de outrora
Meu, rimas sinuosas e poeiradas
Numa memória tão fugaz e sonora
Vou sozinho, outras as madrugadas
A trama diferente, e outra a hora
Outros destinos, e outras estradas
Desassossegado, o que sinto agora...
Choco na linha da vida, nas esquinas
Fico calado. Desfaço o laço de fita
Do fado. Tem cheiro de naftalinas
Corri ao encontro da velha escrita
Sorri, falamos, ofegantes narinas
Segui andando, na revinda visita...
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
19/05/2020, Triângulo Mineiro