Poemas de Agonia
No profundo se encontra a paz
No raso, uma alma se desfaz
Agonia de saber o que quer
Mais vive o que não é
Manda o choro embora
Pensa em outra hora
A sensação é desespero
Pois o que deveria, não está em primeiro!
Aonde chegaremos sem a lógica?
Sera como obesidade mórbida
Vontade de viver e de abraçar
Mais o fim disso tudo é um simples olhar
Acreditam-se que história é o passado
Vejo que quanto a isso, estou atrasado
Querer não é peder?
Então significa que eu não posso crescer
Sabe, o mundo é cheio de contradições
Despreza pessoas e exalta as tradições
Quem cria para um povo ideias boas
Morre para as mesmas pessoas
Falam constantemente de uma luz
So que a própria família matou Jesus
Hoje é um dia que me lembro das experiências
Para não me esquecer de o de vemas essências
De tudo isso a mensagem é
A guerra interna é infernal, mas continue de pé!
Faça tudo que estiver ao seu alcance
Pegue o desprazer, olhe para fora e lance
Viva para viver
Não viva para sobreviver
VERÃO NO CERRADO (soneto)
Lá fora o vento em agonia e rebeldia
Redemoinhando o taciturno cerrado
Do silêncio carrascal, fez-se agitado
Sob a chuva nua, acordando o dia
Na vastidão do chão, o tempo arado
Da sequidão para o sertão em urgia
Molhado da tempestade em romaria
Empapando o alvorecer enovelado
E neste, porém de tão boa harmonia
O horizonte na ventura é amansado
Enxurrando na procela a melancolia
Assim, vai-se avivando o árido cerrado
Do acastanhado que ao verde, barbaria
Ao rútilo encarnado do verão variegado
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
Janeiro de 2017
Cerrado goiano
Troco em dobro
Tu sabe da tua agonia, da dor de esperar e nunca chegar
Entende que não basta querer, mas sempre se contentar
Sabe o que tu faz, valoriza teu passe e a outra parte que se enlace
Na falta que tu vai fazer quando partir e não deixar por quê.
Viva;
Com intensidade;
Viva;
De verdade;
Viva;
Não sobreviva.
Viva;
O amor;
A dor;
A agonia;
Mesmo que pareça ironia;
Viva;
Sua verdade;
Sua liberdade.
Viva;
Sua infância;
Sua juventude;
Viva;
Com plenitude;
Seja audacioso;
Não ganancioso.
Viva;
Quando for idoso;
E morra, sabendo que a vida;
Foi vivida.
Todo dia uma agonia...
Colocando o Governo numa fria...
Presidente, quer governar na maior harmonia...
Mas, encontra no seu caminho só patifaria!!!
Jesus sofre
em sua paixão os tormentos que os homens lhe infligem; mas na agonia sofre os
tormentos que a ele mesmo se impõe: Turbare semetipsum. É um suplício de
mão não humana, mas todo-poderosa, e é preciso ser todo-poderoso para
suportá-lo.
Meus olhos demostram um vazio e uma angustia
Uma agonia que è viver sem paz
Sem alivio de saber que no outro dia serei feliz
Vivo uma vida de desfaçes, de ilusões e finjo para mim mesma que sou feliz
Mas dentro de mim a nostagia e a saudade me matam de um tempo inextente.
COVID (soneto)
Madrugada. Silêncio. A agonia
A treva no aflito recolhimento
A ânsia dum outro momento
Sacode a quietude da poesia
Deveras outro sentimento
Numa contaminação do dia
E então outro tempo teria
Nova era, novo nascimento
A voz de Deus Pai grita
E a das almas responde
Nesta labareda infinita
No peito o medo esconde
Num ruído saído da escrita
Dispersos, filhos de Eva... pra onde?
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
Maio, 2020- Cerrado goiano
Que agonia!
Ter pensamentos e não dar forma
Ódio, desilusão, saudades, esperança... Lamentos!
Fragmentado, ano esse, complicado
Senti inspiração,
E não consegui escrever
Senti saudades
E não consegui dizer
Senti amor,
E não soubes corresponder
A hora certa,
Continuo sem saber
Os mistérios da Ilíada,
Nunca vou conhecer
E o sentido da vida?
Desobedecer e subverter
Sinto vontade,
E não consigo viver!
" Movam-se mundos, rezas
crenças, correntes
Deus, que seu grande poder nos salve
da agonia de podermos fazer tão pouco
ou quase nada
a não ser esperar
vida e vida
novamente e sempre
em primeiro lugar...
Chega logo, o grande dia.
Pra acabar com essa agonia.
Quero vê-la em meus braços pra beija-la todo dia.
O CONDENADO
O sentimento está triste. Tão calado
O pensamento solitário, num canto
Com agonia, ali, assim, compassado
E os olhos lacrimejando entretanto...
E no sofrimento de um crucificado
Pulsa na dor e chora árduo espanto
Se sentindo, um tal tão desgraçado
No drama e paixão, sem encanto...
Do algoz, cruento, e seco cerrado
O silêncio lasca o peito com tensão
Que suspira em pranto, fulminado
Tal um réu, um desafortunado, então
Largado na ilusão, e se vendo de lado
Soluça saudades o condenado coração!
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
15 de agosto de 2020 – Araguari, MG
Esperei a vida em festa
Desprezei toda agonia
E ela me bateu tão forte:
De mim só queria o pranto
Não a alegria....
"Meu Futuro", me dá arrepios pensar nisso, me dá agonia, me dá ansiedade em saber que a adolescência tá acabando e que daqui alguns anos terei que tá decidindo umas das maiores coisas da minha vida, a faculdade, isso irá dizer meu lugar na sociedade, logo estarei preocupada com contas, emprego, ou quem sabe filhos, meu futuro, às vezes sinto que nem aproveitei, mas isso também pode ser final de um ciclo, dando início ao um novo ciclo, para uma nova vida, com pessoas diferentes. É doido pensar, que cada decisão que você toma na vida, leva você a hoje, uma decisão errada e tudo vai embora, e assim também pessoas importantes, a vida ta passando e a gente nem percebendo, tempos estão mudando e a gente crescendo, ontem eu tinha 08 anos e hoje estou caminhando pros 15, meu coração, minha mente, estão uma bagunça, sinto que eu tenho algo muito importância para fazer, sinto a agonia e ansiedade por algo invisível...
Em meu futuro, terei tudo que desejei em toda a minha vida? As pessoas que mais amo hoje, continuarão lá? Futuro, eu saber mais sobre ti...
Ao meu misterioso futuro!!
Poisé
É horrível assistir à agonia de uma esperança. É preciso ter o caos dentro de si para gerar uma estrela dançante e, se a princípio, a ideia não é absurda, então não há esperança para ela. O desespero eu aguento, o que apavora é essa esperança.
Pecados
Eu sinto a força de meus pecados tomando forma
Eu sinto agonia que meus pecados me fazem sentir
Eu sinto medo porque me encontrarão de alguma forma
Eu sinto medo dos castigos e das punições imortais
Ninguém é ausente da punição de seus pecados!
Eu sinto, vejo, ouço, escuto eu cheiro o pecado
Eu sinto o pecado queimar dentro de todos
Eu sinto os pecados ocultos dominando a todos
Eu sinto os demônios que se banham no pecado
Ninguém sabe viver sem pecar, pois seria pecado tentar!
Eu sinto a serpente sentada em seu trono
Eu sinto os anjos de luz derramando sua lágrimas
Eu sinto a melancolia e o desespero dos pecadores
Eu sinto que o pecado tem gosto de vinho
Ninguém se arrepende de seus pecados totalmente!
Eu sinto o desejo incontrolável de pecar e pecar
Eu sinto que o pecado é uma doença sem cura
Eu sinto que todos pecam sem nem mesmo saber
Eu sinto que Deus não perdoa todos os pecados
Alguém será mais forte que o pecado ?
SARAU ...
Ao canto da emoção, o sentimento deserto
ele numa solidão e ela tão cheia de agonia
o senhor amor e a senhora paixão. E vazia
a sensação, tudo assemelhava tão incerto
No ritmo da alma, o desejo estava coberto
de insatisfação. E a cadência de carícia fria
os olhos soluçando e um silêncio ali se via
na escuridão, se ouvia o medo de tão perto
Toca a orquestra da noite, a lua faz serão
balbucia gemidos nas batidas do coração
tal um surdo dando o seu último adeus
E o sarau adentrava o alvor, no compasso
o pranto, as lágrimas, num memo espaço
bailando queixas, sofrência e pesares meus ...
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
30/03/2016, 19'33" – Araguari, MG
Eu passo o dia
Nessa triste agonia
Queria que fosse mais fácil seguir em frente
Mas a estrada tem ficado mais distante
Comigo carrego tanta intensidade
E tanto em mim cresce conforme passa a idade
Não sinto pouco e nem tanto
Simplesmente transbordo
Como uma represa sem controle
Perto de mim não fica em pé nem ponte
Olho para o sol e não sinto meus olhos fechar
Vejo o céu e me sinto voar
Quando me apaixono
Eu quase morro
De tanto amar
Eu fico a pensar
Uma vida com a pessoa toda passar
- Passo o dia
A autoanálise perturba os perturbadores, desenvolvendo um padrão sólido de agonia em tirar a paz alheia, denotada por um semblante inquieto e desumano que só se apressa a destruir e devorar para não amar.
Rhaelhora