Poemas de Agonia
Sangrado o sol apunhalado pela noite em agonia plácida.
A escuridão brota vísceras solidão
Os vidros turvos embaçado peça minha respiração
Respiro uma balada fúnebre para minha morte
Estirado sobre o leito, em que jaz meu corpo, adormecido
O vento, aríete implacável, que arrasa os sonhos
O tempo que leva a vida dos incautos adormecidos
Arrasta rápida pelas dosadas da ampulheta agonia
Areia fina, de oníricos castelos desmanchados e esquecidos por ti
A nostalgia enterramos no peito rígido dolorosa a lembrança
O esquecer é afundar em turbulento mar frígido.
A corrente leva o turvo e profundo fim
Como a areia que o vento leva, a vida passa veloz
Sem ar, sem voz, adormecida jaz, sob véu as asas de um albatroz.
By Charlanes Oliviera Sartos
vivo na agonia de minhas palavras
amplas reproduções
desalinhadas
destorcidas
apenas palavras,
do algoz agonizante
suponho amar.
Algoz de minha alma
voz da agonia que tortura...
nos céus a onda que mexe com você,
na loucura dos dias inflamo o coração,
na luz que abre uma esperança...
que assim que morre num ato solitário...
quando mergulha na escuridão...
o espera ter mais nada pode ser visto.
Madrugada fria, lá fora a coruja pia, meu gato aqui dentro mia, no meu peito uma agonia
Pela janela vejo morcegos, nas redes vejo amores cegos, pela tela de meu celular
Pensei em te ligar, mas olhei pro relógio, muito tarde, melhor não incomodar
É, nossa ultima briga foi tensa, o encontro de um tornado com um vulcão, cara, pensa
Quando percebo já e de manhã, fiquei pensando nela, ouvindo blues e Djavan
Deito-me no colchão, celular modo avião, na minha mente só desilusão
eu conheço você,
no corpo e na alma,
por dentro e por fora,
na agonia e na calma,
sendo fauna e ou flora,
no desprezo, no desejo,
na alegria ou na tristeza,
no abraço com sem beijo,
no sorriso, na indelicadeza,
no seu "sim" (e ou) no "não",
na dúvida que se faz certeza,
no sonho que parece ilusão,
no ataque que vejo defesa,
no presença e na solidão,
na sintonia e na leveza,
na boca e no coração...
você me reconhece...
PS: Se preferir, leia de baixo para cima
Impaciência da alma
Instabilidade móvel
Parte de uma agonia
Construção de um instante extenso
Navega na constância da inquietude
Abraça a dádiva livre e mortal do amanhã.
Mas cada passo que dou é uma agonia maior
pois por mais que eu procure, não te encontro,
e a fome que sinto é cada vez mais forte
como o grito lancinante de uma ave perdida.
Ah, como queria saciar esta minha fome louca,
entregar-me ao sabor do teu corpo, da tua pele,
sentir a doçura do teu beijo em minha boca,
e nutrir meu espirito com o amor que me impele.
Ó minha amada, onde estás neste momento?
Por que te escondes de mim, minha paixão?
Não suporto mais esta dor e este tormento,
traga-me teu amor, traga-me tua sedução.
E assim vou caminhando, com fome e com sede,
à procura deste amor que não encontro,
espalhando pelas ruas minha saudade
e alimentando minha alma com este desencanto
Meus pensamentos são óbvios de mais
só tem você neles.
Isso já está dando agonia te tirar da cabeça já está se tornando algo impossível.
Não acreditaria,
no grande erro cometido.
Antes das mil noites de agonia,
foram mil dias de euforia.
O som cintilante da luz viajante
a liberdade do infinito andante
o nada do ser numa pedra quebrada
davam luz à alma mais amada
a eternidade desumanizada.
Perambulou fixamente
procurou perdidamente
sonho meu estar tão sozinho
ninho da paz dum passarinho
Praia vazia, na pedra batia
a água dum tempo de mitos trazidos
Tão simples tão calmo, enlouquecido
o homem cedido ao fim do destino
O mar de carnes e sangue exaurido
ao ser trouxe a mágoa do infinito perdido
Das pedras em chamas que caiem dos céus,
sinto teu perdão, em chamas que transformam...
agonia sonsa em esperança permanentemente...
tantos cortes o sangue corre em mares,
mesmo os céus azuis denotam o amor,
beba a vida sinta a eternidade...
podemos caminhar entre todos e
ninguém vai sentir a diferença,
mesmo com seus olhos negros
somos lobos que estão em meio
ovelhas mortas... não temas
pois a água já é vinho,
tudo o que temos caiu dos céus...
quando nossos corações estavam magoados,
a espera de dias melhores,
e sangue escorreu das nuvens...
A agonia do enigma
O novo diabo do século se mistura, mas não deixa ser visto;
Exerce controle mundial, mas não tem um cargo definido;
Provoca sintomas de angústia profunda, mas o remédio é o veneno e a cura uma incógnita para todos;
Ele turva olhos justos e os lança no calabouço das incertezas;
Silencia bocas corajosas e realça palavras vazias e infelizes;
Faz facínoras lançar pânico ao vento por regalias sociais e políticas;
Seus meios demoníacos uniformizam personalidades e descarta exclusividades;
O novo diabo do século cria e educa seus próprios filhos, e à ti continua não familiar?
Já é Morrer —
Meu desespero, minha agonia
não é a solidão de uma
vida triste.
Meu desespero, minha
angústia, minha
agonia,
é a insignificância de uma
vida medíocre. — medíocre,
solitária e triste.
UMA SOLIDÃO
Solidão! Escrava eterna da agonia
Abafante como o calor escaldante
É impaciência de agrura constante
Um lamento em uma vazia utopia
Tens o jeito de irritar em demasia
E se fazer dum pranto sussurrante
Uma falta, a sensação dilacerante
Silêncio sem qualquer harmonia
Tudo vão, dá-nos a dor dolorosa
Dum gozo de uma tortura furiosa
Que das entranhas do ermo mana
E, tão cheia de repleta memória
Do acaso uma árdua palmatória
No modo de se achar soberana...
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
20 janeiro, 2022, 16’37” – Araguari, MG
Dias de agonia, distância judia
A mente cria na melancolia mil filosofias, me alivia
Mesmo que por pouco tempo, a dor beneficia
Hoje o sofrimento virou poesia
Na superação da agonia de uma dor
Há um triste cemitério
Ou um amor invertido
O desprezo é o esquecimento
Vai até as trevas mais profundas.
Uma noite longa, profunda, vazia e pensativa
Nelas os pensamentos mais insanos,
Barulhentos e caóticos atormentam.
Um misto de passado, futuro e incerteza
Se reúnem para atormentar
A solidão busca conforto
E esses pensamentos insanos em que
A loucura se aproxima da genialidade.
A escuridão toma conta de tudo
E o mundo pega fogo.
Morcegos sobre voam a agonia,
senti os mortos dançarem,
entre as janelas da alma
recebem os anjos...
estamos dormindo,
enquanto espíritos dançam,
diga que me ama e tudo será um sonho,
tantas evidencias de seus corpos arderem
no movimento que a delicia...
Durante o dia minha alma grita
Com devoção clama
Com agonia suplica.
Ela grita por mim
Eu, a quem me perdi em um toque
A quem deixou ser levado em um beijo para bem longe.
Suplico então, a falta que eu esta parte faz em mim
Corroe meus dias e tira de forma meus pés
Para que o meu andar seja fraco e cansado
Um andado que diga a ti
Que mesmo sem a parte que me falta,
Eu ainda consiga demonstrar
Que a solitude não é algo assim tão abominável
Ela sorriu para mim novamente – há tempos não o fazia
Sua partida não mais me deixava em agonia
Depois de tantos anos, eu era feliz sem ela
Mas, por um “descuido”, ela voltou
Sorriu para mim, me abraçou
Olhei de volta e disse-lhe:
"Não te fazes presente como antes"
E é verdade
Sua presença não tem a mesma energia, o mesmo calor...
Não é mais amor
Nossa dança não é mais a mesma
Suas voltas perderam um pouco daquele brilho
Que me hipnotizava...
A vida sem te ter presente é possível!
(14 de abril de 2019)
Quando agonia beija o caos, nada mais importa
O corpo e a mente do ser humano não aguentam essa pressão
É sentir tudo e nada
É como estar paralisado e agonizando ao mesmo tempo
Você não vai aguentar
Vai te partir ao meio