Poemas de Agonia
Poeta, por que não choras?
Por que não joga fora essa tristeza?
Seus olhos que refletem a agonia
Estão secos a gritar.
Por que não choras...?
Amiga...
Não posso, não consigo
Meus olhos não sabem chorar
Meu coração... É parte da dor.
E se chorasse, não teria lágrimas
Somente teria a dor
Em sua secura.
A Dança
No baile da solidão a canção é fria, a alma prova a agonia, os dias são de nostalgia, mais ainda assim nasce
a poesia.
Já o baile da vida vez ou outra tropeçamos, caimos, levantamos abraçamos, sonhamos, acordamos.
O aconchego demora a dor devora, a alma implora para a saudade o reviver das imagens, dos bons momentos, do amor etéreo que faz a vida mágica.
Cerram-se as cortinas, adormece a bailarina. Voltamos para a dura sina, solidão em cada esquina, a total ausência de afeto rotina.
Anjo II
Era breu o que predominava
Era desagradável o momento
Era a agonia que pairava e imperava
Mas deverás forte foi o seu alento
No início fez-se presente como um ponto de luz
E o breu era insistente aos olhos meus
Chamou-me a atenção a sua paz
E o que me parecia ponto fez-se exuberante luz de Deus
Com algumas sábias palavras
Você me convenceu
Sob suas asas alvas
Sua paz me acolheu
Essa força em você habita
Discretamente resplandece
E dizer-se anjo não suscita
Mas é o que acontece
Diz por entre as linhas do seu texto
Diz na imensidão do luminar
Diz na fineza dos seus gestos
Diz nos atos e no olhar
E na agonia do meu ser, eu procuro me surpreender,
Tento achar o que está distante de outrem e dentro de mim.
Meu ser se perde nas tempestades que eu mesmo faço, me mata o cansaço de tentar me entender.
E quanto mais perto acho que estou, mais longe me encontro de tudo que sinto, tendo em mim, um vazio preenchido de vento, um doce e leve tormento,
Que me tortura e me mata aos poucos.
Coitada Menina
O que há contigo menina?
Que tanto lhe aflige?
Com tanta agonia!
Olhe para o lado, menina.
E veja o dia.
Com tanta alegria!
E tu menina!
O que espera um dia?
Uma grande alegria?
Para curar sua dor!
É Carnaval...
É carnaval!?
Caem as máscaras
Emergem os sonhos
Cessa a agonia...
Vejo pierrots e Colombinas...
Experimento a embriagues
Das utopias.
Encontro-me num mundo
De palhaços e Arlequins...
O céu tocou a terra
E os anjos fizeram-se arautos da
Sobriedade...
Caio por terra. Meus olhos turvam, meus
músculos retesam-se.
De repente, num lampejo de
Razão estou de volta
A realidade;
Esvaio-me em prantos e penso:
Ano que vem tem mais!
Soneto a esmo
Do olhar sem rumo, se fez a agonia.
Do pensar sem tino, se fez o encanto.
Nos lábios molhados se fez o insano
e como já era de se esperar, deu em poesia.
Em teu olhar, se entra em descompasso.
Em sua voz, quase clamo por socorro.
E teu andar, ai meu Deus, coisa de louco!
E por mais que eu fale, moçinha, será um talho.
Olhar p'ro lado esperando ver seu rosto.
Pausinha simples, tão somente p'rum café.
Pena! Não percebes, fico eu que nem bobo.
Sentindo teu cheiro; o vendo teu jeito manhoso.
Abrasado em teu olhar de menina mulher.
oh! Tenho fugir desse trejeito formoso.
Ainda garoto eu não entendia o que se passava em mim
Era ódio, raiva, agonia, perguntava a DEUS o que eu estava fazendo aqui.
Ainda garoto eu tive que aprender a lidar com a rejeição
A falta de amor, o desinteresse e a indiferença são a praga da nossa geração.
O eu garoto nunca entendeu porque as pessoas preferiam ser duras e grossas a amar e abraçar a todo o momento
No fim, o eu garoto teve que aprender a deixar de ser garoto e tomar a injeção do “ser homem” e foi ali, solitário enquanto matava o meu eu garoto, que aprendi;
Estamos perdidos, estamos sozinhos e gostamos disso, estamos cheios de “desamor”.
Estamos, fomos, ficamos e morremos.
Há um desejo avassalador em meu coração de arrancar a agonia do escárnio que existe em minha vida. Há um desejo de me tornar aquela a quem sempre desejei ser e sempre tive preguiça de perseguir.
Há um desejo de viver aquilo que eu nunca consegui por medo de tentar.
Há, antes de tudo, um desejo gritando, ecoando em meu coração... há um desejo de ser eu.
E esse, eu nunca tive, o que torna tudo tão mais especial.
Há o desejo de ser alguém que eu nunca fui. De amar como nunca amei.
Há o desejo de me amar como nunca fiz, e essa é a melhor angústia que já tive.
No fim de tudo, o que quero é apenas ter a certeza de que vivi da melhor forma, de que fui feliz e fui triste... e que alcancei o que havia em meu destino alcançar.
No final de tudo, eu só não desejo partir sem ter pelo menos tentado ser feliz e sem ter pelo menos uma vez conseguido...
ENGANO
A noite é minha agonia
As janelas se fecham,
me despeço do dia,
os pássaros não cantam,
não há alegria.
Tenho medo “dele” ....
Sussurro pelos cantos.
No principio
o encanto,
Mas depois de alguns anos.
dizem que já não amam.
Percebi foi engano,
era tarde demais,
mergulho em minhas lágrimas,
tentando encontrar acalanto.
sonhar, minha saída.
meu momento de paz.
A dor do desamor corrói a alma
Machuca o coração desconsolado
Uma agonia que nunca se acaba
Aflinge e tortura o pobre apaixonado
Uma tristeza se alimenta dessa dor
Invadindo os sonhos sem piedade
É intenso cada segundo sem amor
Que não sei se é dor ou apenas saudade.
Eu não quero mais sentir essa agonia que me bota cabreira, pensativa e distante de você, eu não quero... Eu não sei, eu juro que não sei, por que a gente não se encaixou de vez um no outro, como um quebra cabeça, desses que tem as peças marcadas. Tá ali, escrito na palma da minha mão, nas cartas, nas estrelas, nas tuas digitais pelo meu corpo, no gosto do seu beijo na minha boca, o quanto sou sua. Toda sua!
Eu só queria saber em que hora o destino nos bota na mesma rua, na mesma esquina, na mesma história... Em que hora a vida decide que vou ser sua...pra sempre! Um pra sempre que só precisa de um sinal de fumaça pra nos salvar dessa agonia de um dia que nunca chega!
Um dia em que a tua história finalmente vai fazer parte da minha... de vez!
agonia puro desespero...
unido da paz do silencio,
minhas lagrimas escorrem
no escuro ouço minhas lamentações
atravessarem o tempos,
na mórbida sentença do silencio
o fel da melancolia atroz,
bem como sinto a musica
que acalma o coração.
diga que não a compreendo...
Poética transmoderna
Por onde o poeta pisa,
abre-se
um verso em agonia,
e, aberto, avisa
que num caminho
amor
só dura um dia.
Agonia.
Um velho homem já encostado em seu sofá em dias belos e calorosos de domingo, onde o vento passando e uivando por de trás de sua janela enferrujada trazia a perceber que o tempo já era um companheiro nativo.
Ele retardamente se levanta, segura sua bengala e se dirige até a cozinha para tomar uma xícara de café, onde para por alguns minutos e olha para a cortina cinza e sem graça onde sua mulher havia comprado em uma loja de tecidos.
Naquela cortina ele aprofunda seu olhar como um grão de areia no mar, olhando fixamente percebe que não há formas ou contornos que o remeta uma simples mensagem naquela velha cortina. Após alguns minutos ele pensa consigo se a sua vida é como aquela cortina, não por ser sem forma ou sem contornos, mas sim por ser cinza em um belo dia ensolarado de domingo.
Doce limão
"Oh, doce limão
Mal sabes tu, sobre minha agonia
Te vejo passar, sinto seu cheiro, e isto só aumenta meu desespero.
Oh, doce limão
És tempestade e ao mesmo tempo calmaria, chegaste como um furacão que nomeei Katrina
Oh, doce limão
Quando estou sozinho em meio a escuridão, tu me apareceste em forma de clarão
Oh, doce limão
Por que fazes assim? Ascendestes meu mundo, mas em seguida sumistes, fostes para longe de mim
Oh, doce limão
Por que tu disseste que me amava, sem ao menos saber quem sou?
Oh, doce limão
Espero um dia te colher, para te mostrar o que é esse tal sentimento que todos os chamam de amor..."
“Eu vejo poesia
Vejo um rio de agonia
Vejo um desespero e uma dor
Dor no olhar
Dor no cantar
Dor no andar
Me falta o ar
Eu vejo flores
Flores para te dar
Vejo um canto,
Mas um canto escuro
Em um lugar qualquer
Para chorar
Eu vejo poesia
Quando te vejo nos meus sonhos
Nos meus sonhos eu te tenho,
Você pegava em meu rosto e me chamava de amor”.
Solitude.
Numa superfície em dilúvio....
Perfeitamente em perpétua agonia...
Atos translúcidos diante força que reprime...
Sob laços da opressão seu teu o desprezo,
Glamour, será dito pois então, idolatria,
No pleno apogeu largo momentos,
Estendido puramente o ador,
Esclarecido, muito bem, esqueça me...
Poeira de atos tão bravos contradizem,
Para ter tal sentimento te perco...
Acenos e aplausos de que somos desconhecidos...
Nesse prévio momento sou ar desprende se num estado desesperado.
Recomponho - me tremo lo em esperança...
Tudo se definha em arrependimento.
Exponha se para o por que querer momentaneamente.
Sonhos de repente se tornam trovas que dissipam no teor primordial...