Poemas de Adolescência
AURORA DA MINHA VIDA
Andei na Rua da Aurora
quando era colegial.
Ao sair da minha escola,
todo dia era igual.
As pontes atravessei
na fase que mais amei,
no meu tempo jovial.
Acredito que é nos grandes e pequenos acontecimentos que nos tornamos adultos,
Muitos acham que as pessoas se tornam adultas somente pela idade,
Mas isso não é verdade, pois há muitos jovens mais maduros que adultos,
Eles passaram por muitas coisas mesmo sendo jovens,
E esses jovens merecem ser tratados como as pessoas maduras que eles são e não pelos números chamados idades...
Pela ponte da estrada
ela ficava olhando o menino
que vagamente caminhava.
Lá de cima ela sonhava
com o dia que tocaria
a pele macia
do Menino do rio.
Eram crianças e imaturas
Não havia nem as maldades
que se criam na adulta imaginação
Tudo era puro e de verdade
no inócuo do coração
Quando menina ela o amava
De longe olhava o Menino no rio
Um dia, na ponte, ela o encontrou
olhando em seus olhos, tudo contou
Num beijo durou como sendo infinito,
Agora em seus braços, o Menino do rio
Era, enfim, seu grande Amor.
(FERGOM, Edleuza. O Menino do Rio. In: GONDIM, Kélisson (Org.). Vozes Perdidas no tempo. Brodowski: Palavra é Arte, 2020. p. 104).
Vive a tua adolescência, não antecipe a tua maturidade, pois as coisas depois de maduras tendem a apodrecer.
Quando era criança tinha medo da escola, pensava que as professoras era bruxa, na adolescência o conceito era um pouco diferente alem das bruxas tinha fada, quando cheguei na fase adulta percebi que realmente o pensamento de criança e bem mais forte e real, existem muitas bruxas disfarçadas de fadas!
Se você, vê o adultério, a prostituição, a miséria, gravidez na adolescência, e achar normal, cuidado! você tem serios problemas .
“Adoramos nossos pais até chegarmos na adolescência, quando então passamos a ir contra tudo o que eles tentam nos ensinar. E uma das coisas que prometemos é que quando tivermos nossos filhos, eles serão criados completamente diferentes.
E assim vai girando, como numa bola de neve, a humanidade de geração em geração.”
A adolescência é o tempo da explosão, momento em que o novo é conhecido e as escolhas são feitas de uma forma cega. Escolhas voltadas simplesmente para os prazeres e sonhos do conhecimento. Nem toda explosão, escolha será boa para a sua vida no futuro.
O pior da vida adulta é descobrir que as suas inseguranças da adolescência e da infância ainda são reais; que continuam com você, que os monstros debaixo da cama estão vivos, fortes e mais famintos do que nunca.
A mulher é o único "ser" que na infância, adolescência, na idade adulta bem como na velhice quer mimos...
Passou a adolescência, a juventude também já se foi, veio a idade adulta e às vezes até a velhice está chegando ou já chegou quem sabe, porém, o amor, ah o amor, pode até amadurecer mas esse nunca envelhece!
Na adolescência pensava em ter, e não em ser. O ter era passageiro, o ser se tornava mais difícil. Hoje penso em ser para poder ter, mais a perseverança me torna confiante e tenho certeza que ainda saberei avaliar o ser para poder ter.
Geralmente, as pessoas que não tiveram a figura do pai (autoridade) na sua adolescência, terão problemas com alguma autoridade que tenha de trabalhar.
"Mexendo numa gaveta, achei uma caixinha cheia de cartas da adolescência e, foi nesse meio, que encontrei um bilhete seu. Lendo, eu ri lembrando de como a gente era bobo e acreditava que íamos ficar juntos pra sempre. E lembrei de como a gente sonhava em morrer de mãos dadas, bem velhinhos. E de como todas as horas do dia se resumiam a você. E depois, eu chorei.
É triste saber que os sonhos morrem como a areia escorrendo em nossas mãos. É triste te encontrar pela rua e só balançar a cabeça sem jeito. E o pior é não saber aonde foi que eu matei você em minha vida".
Na adolescência isso se torna ainda mais cruel, pois introjetamos as doentias mensagens sobre amor verdadeiro naquelas comédias românticas meia boca que assistimos, aqueles livros idiotas que lemos, que nos inspiram e nos fazem acreditar que amor é isso, é suportar abuso.
Sempre sonhei em ter a família perfeita, mas o final da minha infância e toda a adolescência estava muito mais perto do inferno do que do céu. Aprendi cedo que tinha de fugir, para onde quer que fosse. Busquei abrigo na religião, que se tornou a família que eu não tinha em casa. Passei por muitas e boas mas consegui casar e fui feliz por muitos anos, chegando até a constituir uma família maravilhosa entre os anos de 1993 a 2005. Mas perdi a mão e, mesmo lutando com todas as minhas armas, meu sonho foi destroçado e minha família esfacelada. No fundo do poço não havia o que fazer a não ser me entupir de remédios para continuar vivo. Sou dependente químico há mais de dez anos. Minhas feridas nunca cicatrizaram e continuo vivendo um dia de cada vez. Hoje sonho que meus filhos também possam fugir para um lugar seguro, onde possam ser respeitados e realizar seus desígnios. Já faz anos que sou um pai ausente mas, um dia, espero me reconstruir e ser muito melhor do que tenho sido, ou não sido.
Um dia a gente cresce, e descobre que a vida não é fácil como nos sonhos da adolescência, nem sempre da tudo certo é dessa forma que amadurecemos para vida enfrentando dificuldades de cabeça erguida.
A infância e a adolescência, via de regra, são aquelas fases onde o indivíduo é feliz e todos os seus problemas são hipotéticos.
Agora, depois de anos, me pergunto se foi verdade ou uma invenção de minha adolescência exaltada: os olhos que não se fecham nunca, nem no momento da carícia; esse corpo demasiadamente vivo (antes apenas a morte me havia parecido tão redonda, tão totalmente ela mesma, talvez porque no que chamamos vida exista sempre pedaços e partículas de não-vida); esse amor tirânico, mesmo que não peça nada, e que não está adaptado à nossa fraqueza. Seu amor à vida obriga a abandonar a vida; seu amor à linguagem leva ao desprezo das palavras; seu amor ao jogo conduz a pisotear as regras, a inventar outras, a julgar a vida em uma palavra. Se perde o gosto pelos amigos, pelas mulheres razoáveis, pela literatura, a moral, as boas companhias, os belos versos, a psicologia, os romances. Abstraído em uma meditação, que consiste em ser uma meditação sobre a inutilidade das meditações, uma contemplação em que aquilo que se contempla é contemplado pelo que contempla e ambos pela contemplação, até que os três sejam um – se rompem os laços com o mundo, a razão e a linguagem. Sobretudo com a linguagem – esse cordão umbilical que nos amarra ao abominável ventre ruminante. Te atreves a dizer Não, para que um dia possa dizer melhor Sim. Esvazia teu ser de tudo que os outros preencheram: grandes e pequenas nadarias de que é feito o mundo dos outros. E logo te esvazias de ti mesmo, porque tu – o que chamamos eu ou persona – também é imagem, também é outro, também é nadaria. Esvaziado, limpo do nada purulento do eu, esvaziado de tua imagem, já não é senão esperar e aguardar. Venham eras de silêncio, eras de seca e a pedra. Às vezes, uma tarde qualquer, um dia sem nome, cai uma Palavra, que pousa levemente sobre essa terra sem passado. O pássaro é feroz e acaso te tira os olhos. Acaso, mais tarde, virão outros.