Poemas da Terra

Cerca de 9923 poemas da Terra

⁠Venha chuva e prepara essa terra
lave e leve consigo o que não era dela
limpa o mundo e nos deixe colher uma nova era.

⁠Sinto falta de jardins floridos...
É amargo viver onde as flores não florescem, onde a terra não é umedecida. Vejo muitas plantas de caules secos, as quais abafaram a luz para demonstrarem algo frio com vidas inativas.
Exteriorização se tornou raro, feita apenas por gigantes pensantes.

A palavra de Deus está se cumprindo
A Terra está vivendo o que Deus falou
Que em breve iria acontecer

É filho contra pai, nação contra nação
As guerras aumentando, o mundo em confusão
A peste, a fome, a sede, terremotos sem avisar
Já se ouve em toda a Terra a humanidade a chorar
O fim está chegando, a trombeta a tocar
Guarda o que tens pra tua coroa ninguém roubar

A terra que tu pisas eu também piso.
O ar que tu respira eu também respiro.
O sol que te aquece também me aquece.
A chuva que cai sobre ti também cai sobre mim.
Enganado está o homem que leva a vida a pensar que a cor de pele de um indivíduo, condição financeira ou classe social lhe faz diferente.
Moramos no mesmo planeta, chamado terra, onde dependemos das mesmas coisas para sobreviver.

Cria da terra!

Sou filho de agricultor
eu sou vaqueiro e peão
sou cria do interior
conhecedor desse chão
eu peço a Nosso Senhor
que só me faça um favor
deixe eu morrer no sertão.

Afro-brasileiro
Sou afro - brasileiro
Filho da Bahia
Uma terra carismática
De diferentes etnias.

Com o gingado e a meia lua
A capoeira é alegria
É dança é luta
É a representação do negro na Bahia

Sou afro - brasileiro
Tenho orgulho de ser negro
Construir uma cultura
Que sofre com preconceito

Vou cantar a luta
Contra esse mal social:
O preconceito contra os negros
Xenofobia e coisa e tal

Com muita resistência
Desse jeito vou vivendo
Valorizando minha cultura
Que com esforço está sobrevivendo

Diante da exclusão
Não baixo minha guarda
Seu preconceito é maléfico
Porém minha voz não cala

Minha etnia é forte
Meu caminho é só um
Sou amado e protegido
Com as armas de Ogum

Os orixás da minha terra
Eu respeito desde cedo
Mas cresci enganado
Por um forte preconceito

Isso me fez acreditar
Que oxu era o diabo
Olorum não existe
E oxalá era um pobre coitado

A crença prevaleceu
E o engano foi desfeito
Mas o baiano ainda vive
Com esse preconceito

Zumbi é meu herói
Respeito a minha história
Lutamos por igualdade
Em nome de sua memória

Sou afro - brasileiro
Tenho orgulho da minha cor
O povo negro, diante do preconceito
Resiste e vence essa histórica dor.

Iniciação

Se vens a uma terra estranha
curva-te

se este lugar é esquisito
curva-te

se o dia é todo estranheza
submete-te

– és infinitamente mais estranho.

Mina!

De fora não se imagina
como o nordeste é feliz
tem o mar azul piscina
e a terra fértil pra raiz
de beleza é uma mina
e a culinária nordestina
é a melhor desse país.

Na verdade que não há homem justo sobre a terra, que faça o bem, e nunca peque.

Eclesiastes 7:20

⁠Não me conformo em ver baixarem à terra dura os corações amorosos,
É assim, assim há de ser, pois assim tem sido desde tempos imemoriais:
Partem para a treva os sábios e os encantadores. Coroados
De louros e de lírios, partem; porém não me conformo com isso.
Amantes, pensadores, misturados com a terra!
Unificados com a triste, indistinta poeira.
Um fragmento do que sentíeis, do que sabíeis,
Uma fórmula, uma frase resta — porém o melhor se perdeu.
As réplicas vivas, rápidas, o olhar sincero, o riso, o amor
foram-se embora. Foram-se para alimento das rosas. Elegante, ondulosa
é a flor. Perfumada é a flor. Eu sei. Porém não estou de acordo.
Mais preciosa era a luz em vossos olhos do que todas as rosas do mundo.
Vão baixando, baixando, baixando à escuridão do túmulo
Suavemente, os belos, os carinhosos, os bons.
Tranquilamente baixam os espirituosos, os engraçados, os valorosos.
Eu sei. Porém não estou de acordo. E não me conformo.
[Tradução de Carlos Drummond de Andrade,
“Poesia Traduzida”, Editora Cosacnaify]

⁠Se a terra falasse certamente diria para o homem, na pandemia:
Preste bastante atenção como estou mais bela e feliz.
Como você estava me maltratando!
O criador te fez livre, mas a sua ambição te colocou onde você estava merecendo ficar,
pois você nunca reconheceu
que você é apenas complemento de tudo o que Ele criou.


PARINTINS

Parintins, um conto literário de magias
De imaginar e expressar as belas poesias
Terra de encatos e encontros.
Do amor que carrega a arte na vida
E transborda a esperança no amanhã
Parintins de sonhos, um verdadeiro santuário
Uma esmeralda polida pelas águas do horizonte.
Afortunada em belezas, flor do Amazonas tecida pela mãe natureza.
Parintins, seus princípios se transformou em história, pela criação de suas origens.
Parintins dos olhos do mundo, e das cores que se faz transformar uma paixão inabalável
Pela cultura e identidade que nos emociona.
Parintins do meu coração, do vôo da liberdade...
Que está nos burgos dos teus rios...
Trama divina abençoada pela padroeira do lugar.
Parintins, um receptáculo esplêndido de amor
Ao som da Viola que o vento leva e o coração que pulsa como batuque de tanbor
Luz que reflete os olhos, um bliho puro e cristalino.
Parintins, que o por do sol namora beijando teus rios encardeando o horizonte e assim vai se embora voltando no amanhã....

O inferno é a terra
O purgatório a própria mente
O céu é viver no inferno se mantendo em pé no subconsciente

amo a minha terra
quer seja inverno ou verão
trago dela a primavera
e o outono no coração

deixei nela minha figura
da qual não resta nada
só a saudade perdura
no peito sempre acordada

Noto no frio que te cerca
um sorriso aberto, lindo e vibrante
Mesmo noutro ponto da terra
Que olhar doce, terno e marcante.

Nós somos os seres
Mais apegados da terra,
Ate males quando se vão
Disfarçado de amor,
nos fazem chorar.

A terra
Um samba triste de noel.
A terra
Não é um mar de rosas
Mas tem vista para o céu.

Caminhos e encontros

Atravessando oceanos
Cortando continentes
Procuro a terra do sol nascente
O caminho que me leva até você
Do monte aonde me encontro
Respiro o verde da esperança
Me deparo com oito caminhos
Cada um deles com a sua energia
Cada um deles com a sua particularidade
Que refletem uma profunda visão sobre a vida
Cada distância percorrida me aproxima mais do objetivo maior.
O encontro com o brilho dos seus olhos.
Por isso atravesso esses caminhos
Para meus olhos encontrarem o seu
Para meu abraço sentir o seu calor
Para meu coração se aquietar na saudade que quero matar.

O SOL E O AMOR

Tem dias que o SOL reina sobre toda a terra, brilha forte, ofusca as pessoas, gera energia e calor, e ilumina todos os caminhos da terra.
Mas tem dias que uma coisa tão simples, uma massa de ar misturada, famosa NUVEM, vem e consegue tampar o gigantesco astro do céu, gerando sombra, escuridão e frio.

Assim é o AMOR!
Um sentimento gigante, forte e iluminado, que reina sobre grande parte do mundo e da sentido a vida de todos.
Mas esse gigante do planeta pode também encontrar suas NUVENS, brigas, discussões, erros, acusações, decisões erradas, precipitadas, antipatia...

Mas como o SOL não perde seu reinado por um período tapado, o AMOR também não perde seu poder com NUVENS de problemas, ele continua ali, escondido, atrás, sem tanto brilho, mas ainda podemos o sentir, podemos olhar, mesmo que pouco, e saber que as NUVENS são passageiras, e são os ventos do TEMPO, que fazem as NUVENS irem embora e fazer o céu das nossas vidas ficarem limpos para que o AMOR resplandeça novamente.

Gilberto Fernandes

⁠Como a conheci

Foi numa sexta à tarde, fora da estrada, longe da vida, a terra molhada, num banco cor vinho.
Ela toda agitada, livro no chão, molhou a chapinha.
Eu fui preparado, guarda-chuva na mão, cabelo sequinho.
Ela muito bonita, bem arrumada, perfume docinho.
Eu todo acabado, barba mal feita, suado um pouquinho.
Do chão dei-lhe seu livro, cabeça abaixada, olhando-a um pouquinho.
Ela o pegou toda acanhada, que homem é esse, mas que cara fofinho.
Sentei bem ao seu lado, cobri sua cabeça, tremi um pouquinho.
Ela sorriu, mexeu nos cabelos, mas que amorzinho!
Mulher mexe com a gente só olha para frente e dá um tempinho.
Homem sempre afobado, vai virar pro lado e me dar uns beijinhos.
A chuva apertou, o clima esquentou, o tempo parou, mais que medinho.
Ela estava tão linda, seu cheiro mais forte com o livro encharcado olhando pro chão.
Eu só na surdina, olhando para ela, a pele vermelha, segurando a emoção.
Nosso Deus, mais que perfeito, salvando a gente com um belo trovão.
Segurei rapidamente na sua mão quente, mais que mulherão!
Ela gritou, levantou de repente, puxou-me pra si, partimos dali.
Mulher mexe com a gente só olha para frente e dá um tempinho.
Homem sempre afobado, vai virar pro lado e me dar uns beijinhos.
Ela toda apressada, já vai se molhar, pode andar devagar?
Eu todo nervoso, correndo atrás dela de roupa amarela.
E assim fomos até a cidade, nós dois sequinhos, abraçadinhos.
Mulher, mexe com a gente, de um jeito perfeito, vou dar-lhe uns beijinhos.
Homem, bem educado, protetor e amável, vou dar-lhe um beijão.
E até hoje nós nos amamos, unidos para sempre num mar de feijão!
Tudo assim, fora da estrada, longe da vida, na terra molhada, num banco cor vinho.
Agradeço ao nosso destino que uniu nossas almas e Deus as tocou!