Poemas da Pátria
NOS SONHOS DA POESIA - João Nunes Ventura
Sou do ventre imortal da poesia
Amada pátria e mãe da cantoria
Solo das pedras orgulho do sertão,
Quisera ser poeta no seio das flores
Para cantar as belezas os amores
Dos filhos nascidos em seu chão.
Pátria, latejo em ti, no teu lenho, por onde
Circulo! e sou perfume, e sombra, e sol, e orvalho!
E, em seiva, ao teu clamor a minha voz responde,
E subo do teu cerne ao céu de galho em galho!
Dos teus liquens, dos teus cipós, da tua fronde,
Do ninho que gorjeia em teu doce agasalho,
Do fruto a amadurar que em teu seio se esconde,
De ti, - rebento em luz e em cânticos me espalho!
Vivo, choro em teu pranto; e, em teus dias felizes,
No alto, como uma flor, em ti, pompeio e exulto!
E eu, morto, - sendo tu cheia de cicatrizes,
Tu golpeada e insultada, - eu tremerei sepulto:
E os meus ossos no chão, como as tuas raízes,
Se estorcerão de dor, sofrendo o golpe e o insulto!
Uma flor de verde pinho
Eu podia chamar-te pátria minha
dar-te o mais lindo nome português
podia dar-te um nome de rainha
que este amor é de Pedro por Inês.
Mas não há forma não há verso não há leito
para este fogo amor para este rio.
Como dizer um coração fora do peito?
Meu amor transbordou. E eu sem navio.
Gostar de ti é um poema que não digo
que não há taça amor para este vinho
não há guitarra nem cantar de amigo
não há flor não há flor de verde pinho.
Não há barco nem trigo não há trevo
não há palavras para dizer esta canção.
Gostar de ti é um poema que não escrevo.
Que há um rio sem leito. E eu sem coração.
PÁTRIA AMADA
...E o circo pega fogo
No alçapão dos brasis...
Borbulham panelaços
Nas trempes da Pátria Amada...
Um muro um tanto frágil
Separa os espectadores,
Aliás, as torcidas.
De um lado - o verde e o amarelo
E do outro - o vermelho.
Gestos e gritos, uivos e berros
Arrebentando tímpanos...
Durante horas quilométricas
Frenéticos atores
Protagonizam as cenas
E afugentam o cansaço.
Eis o nobre circo
Em que, sem exceção,
Cada artista é um palhaço.
É TERRÍVEL O DIA
É terrível o dia
Tudo cheira a solidão
Estou cego, perdido,
Sem Pátria nem chão.
E é terrível a hora
Tudo aberto em meu redor
Um fosso d'ilusões,
E o meu cansaço, maior.
E é terrível a vida
Há vozes que me gritam
Mortos que me chamam
Dores que me agitam.
É terrível estar só ...
Ninguém nos sente!
Estranha dor que dói,
Dói hoje e para sempre.
É terrível o dia,
Este que vivo agora,
E é terrível a vida
E é terrível a hora!
"Morrer pelo seu time
do peito, morrer pela
sua pátria, que mundo é
esse em que vivemos,
o bom herói esta enterrado
com sua medalha de honra ao
mérito, e seu filho chora
todas as noite por sua perda"...
A pátria amada esqueceu-se de amar?
Desde o início das grandes navegações, a cada porto além de mercadorias e especiarias eram deixado culturas e costumes. No contexto histórico nacional, com a colonização e vinda de povos de outros continentes, o Brasil ganhou além das cores da bandeira uma diversidade. Sendo essa mesma o desencadeamento do desrespeito que iremos argumentar na retrospectiva de 2015. A jornalista Maria Julia Countinho sofreu ofensas em uma de suas páginas da web, pela cor da pele,características do seu cabelo, visto que a mesma faz parte da miscigenação étnica que compõe nossos ancestrais. E não para por aí, quantas são as pessoas descriminadas por não se encaixarem ao padrão que a sociedade criou? Muitas, fato esse que merece reflexão. O artigo 5° da Constituição de 1948, assegura o direito da igualdade de tratamento. O estado é laico e todos podem exercer sua crença. O que não aconteceu por ignorância as matrizes africanas, uma menina de 11 anos foi apedrejada, pois era praticante do candomblé. Alguns artistas contemporâneos como Gabriel Pensador, expressa em sua canção que somos partes da mesma mistura. Racionais revela que ver um negro na cadeia é sinônimo de cultura. Por que não vê-los nas escolas e universidades? Outros locais que dados estatístico mostram dinamicidade do preconceitos em suas fases, socioeconômicas, raciais, estéticas e culturais. A mesma pátria amada precisa aprender amar, despertar-se para entender que todos merecem respeito, sem segregações e humilhações. Somos obra viva de arte, cujo existem autores que deram formatos, histórias, sotaques e aquarela. Abracem essa ideia do respeito! Venham curtir essa causa com olhar de novos horizontes em prol das civilizações e de um novo 2016.
Pátria expatriada
Sou de uma terra em que falar a própria língua revela torpeza, de uma terra em que o sotaque conta mais que o conteúdo da mensagem, da terra em que ter a pele parecida com o dia confere-te o previlégio vil de subvalorizar aos que com a noite se parecem, eu sou de uma terra assim!
Sou de uma terra em que agricultores e componeses têm as suas terras expropriadas de baixo de uma inerte consciência de um Estado que tem a agricultura como base de desenvolvimento, sou de uma terra em que paradoxos e antíteses nos são compatriotas, terra empobrecida pela riqueza alheia, eu sou desta terra!
Sou de uma terra em que tudo faz a população para se tornar cidadã, paradoxalmente o precário Estado tudo faz para converter os poucos cidadãos em população.... E o que será dos que nem cidadãos chegaram a se tornar? Eu sou de uma terra igual a esta!
Sou de uma terra em que se conformar com a miséria fraternal garante a riqueza subjectiva, da terra em que a noção do alfabeto torna-te inimigo do Estado, ambos somos desta terra, eu e a minha nação!
Sou de uma terra em que os recursos beneficiam os parecidos com o dia, de uma terra em que os compatriotas vivem de fragmentos dos cidadãos seculares, sou igual àqueles que clamam por dignidade e auto-determinação como nação, os desta terra!
Sou da terra em que a fraternidade nos une até que os direitos nos categorizem, deveres temos iguais, e até temos mais... Eu e a minha nação, nada queremos além de cidadania, sou da pátria da minha nação, uma pátria presente nas mentes dos nossos, eu e a minha nação!
Ó Patria!
{Des} igual
{Des} esperançosa
{Des} humana
{Des} cabida
{Des} avergonhada
{Des} estruturada
{Des} consertada
{Des} estimulada
{Des} educada
{Des} amada.
Ó Pátria!
Reviram-se aos túmulos, aqueles que lutaram e morreram pela Democracia.
Caem as lágrimas dos que lutaram e ainda vivem para ver mais um golpe.
Mãe Gentil, onde foste? Precisamos dos teus seios para chorar.
Ó Pátria!
Choram Marias, Clarisses, Joanas e Josés. Choram mais de 54 milhões de Filhos deste solo, porque foram golpeados e se tornaram poeira dentro da sua medíocre sociedade que matam, enganam, trapasseiam, não cumprem as suas leis, por Poder.
Ó Pátria!
Sobreveio sobre nós mais um Golpe, vivi um Golpe!
Em Livros de histórias seremos a memória dos dias confusos que virão - Golpe 2016.
Companheiros e Companheiras, ergamos as nossas Cabeças em margens plácidas, em margens sujas e poluídas destes rios podres que nos cercam, ainda somos um povo heróico.
Vamos em brado retumbante, sem perder a ternura jamais.
Vamos sem Luto, vamos a Luta!
Juliana Fernandes.
Oh pátria amada !
Oh quanto te quero, livre e abençoada
Meu grito de protesto é por ser seu filho amado
Para que não abandone seu filho honesto
Para que meu voto seja bem representado
Não me decepcione com a máquina do desperdício
Não se corrompe com meu dinheiro suado
Me devolva em benefícios, com seus proventos bem pago
Se não fico revoltado, e saio gritando aos quatro cantos
Que fui roubado, me junto aos outros votantes
Por direitos que tenho, com meu protesto civilizado
Quero justiça para todos, saúde e educação
Não somente bolsas de votos disfarçados
Não foi somente por vinte centavos que falo
Mas por tudo que não fizeram, mas gastaram
Agora percebes o que fez ? , por isso o saíram as ruas
"VERÁS QUE UM FILHO TEU NÃO FOGE À LUTA"
Clamo por teu esforço, demonstre que podes
Ou meu povo não vai deixar somente no grito
No silêncio das URNAS, terás o meu veredito.
Pátria amada idolatrada que não abandona seus filhos;
No verde de sua bandeira, a esperança de um povo heroico;
No amarelo do sol da liberdade, os raios que acalentam seus filhos;
No azul do céu, o futuro que espelha essa grandeza e o desejo de conseguirmos conquistá-lo com braços fortes, desafiando a própria morte;
No branco da pureza de um povo, que estará sempre acreditando na ordem e no progresso do amanhã;
Povo determinado e que não foge a luta quando chamado;
Terra dourada e amada, onde nossos bosques tem mais vida e beleza;
Que o seu amanhã a partir de agora seja de paz, glórias e muita justiça
Um lindo e maravilhoso momento... e que àqueles(as) que estão longem de suas terras, de sua Pátria, ou mesmo aqueles (as)que estão alí....pertinho seje iluminado.Mesmo estando sem sol ou esteje sem luar, não importa as estações, pois o importante mesmo é o MOMENTO! !
Até aqui viajamos juntos.
Passaram vilas e cidades, cachoeiras, rios e os oceanos, bosques e florestas...
Neve ou calor escaldantes.Isso não importa.
Não faltaram os grandes obstáculos.
Freqüentes foram as cercas, ajudando a transpor abismos...
As subidas e descidas foram realidade sempre presente.
Juntos, percorremos retas, nos apoiamos nas curvas, descobrimos cidades...rios e mares.
Chegou o momento de cada um seguir viagem sozinho...
Que as experiências compartilhadas no percurso até aqui sejam a alavanca para
alcançarmos a alegria de chegar ao destino projetado.
A nossa saudade e a nossa esperança de um reencontro aos que, por vários
motivos, nos deixaram, seguindo outros caminhos.
Um lindo e maravilhoso MOMENTO e um inicio de grandes conquistas àqueles que, mesmo de fora, mas sempre presentes, nos quiseram bem....estaremos sempre aqui virtualmente.
Dividindo um espaço conosco os méritos de alguma conquista, de algo que foi legal em suas vidas...porque ela também pertence a
vocês, e sempre queremos dividí-las. Uma despedida é necessária antes de podermos nos encontrar outra vez,aqui,ali, em qualquer lugar, em outras terras em outros montes....mas sempre encontrando....
Que nossas despedidas sejam um eterno reencontro.
Meus amigos,virtuais....
SEMPRE !
Língua mãe de uma pátria universal,
mestiçagem de antigos árabes
luta e trabalho da raça africana,
mescla de sangue da América.
Hoje sou filho sem pátria
Sou filho sem mágoa
Sou filho sem nada
Talvez eu tenha me cansado
Cansado de ser, cansado de sentir
Cansado de mim.
Oh ! Queridos, queridos, Amigos Fiéis
Vamos ver o por do sol
No horizonte de mágoas passadas
Onde ser forte não basta apenas.
Estou tentando encontrar
O que á muito aprendi
Talvez eu deixe de me rotular
Pois hoje sei que me perdi
E não apenas , por não mais ser
Mas por ser e não querer
Por ter e não poder
Por ter vida, e não viver.
Rollf Fiore
Filhos da pátria
Não é amor esse, pai da nação
Que manda os filhos à guerra
permite a ela matar filhos
O seu Larsen, é de grande valor
Não o metas na milícia disso
a vida é um precioso tesouro
Dê oportunidade ao Ébny
Trará a científica página
Da história da vida moral
Para cultura e a tradição
vida dos combatentes da paz
Paz dos que aliam o amor de ti
Pai, a barriga enche e esvazia
Semeie amor, isso gera paz
Criança esperança
A esperança desta pátria,
que até hoje, não se reconheceu
tão linda e potente,
está depositada aos pés do Senhor,
de olhos fixos em você,
criança.
Abandonada, discriminada,
sofrida, analfabeta e sozinha,
levante-se do chão, ao desalento,
desfralde a bandeira desta nação,
corra todos os riscos
para que o idoso de sua geração,
não fique suplicando
na porta dos hospitais, sem voz,
o socorro que não chegou a tempo
para nós.
Por favor, faça melhor do que seus avós,
seus pais,
ame profundamente esta terra,
pode-se promover a paz,
em qualquer idade,
não permita que a corrupção
ganhe esta guerra
e saia na frente
altaneira e resoluta,
como se fosse uma virtude a impunidade.
'NASCIMENTO'
Noite turva.
Frio na espinha.
À Pátria mãe clamava atalaias,
rondas.
Trabalho em círculo,
andar cansativo,
mas significante em épocas de chuvas...
Lembro-me o olhar de tubarão,
serras pontiagudas,
escorpião.
E as tantas palavras vãs.
Não eras soldado,
mas capitão,
metralhando hediondos adjetivos...
Ser eletrocutado no desprezível,
exímio de chorume,
fuligem nos olhos,
teve significâncias no tempo.
Acolhi o que dissestes para crescimento.
E cresci infindavelmente,
não sabes o bem que fizestes...
Sem asas,
mostrastes o infinito.
Sem forças,
nascera um gigante.
Houveram milhares de noites,
e inspirei-me apenas naquela...
Lembro quando verbalizavas 'desmerecimentos',
'fracassos'.
Não sabes o volume,
tampouco o tamanho da medida.
Mas me levantastes naquelas palavras bem arejadas,
tão bem colocadas...
Engraçado!
Teu nome de guerra era 'Nascimento'.
Mal sabias,
do renascimento a cada palavra mal adjetivada.
Eras grande no momento para que eu galgasse o meu mundo.
Obrigado pelo nascimento,
caro amigo 'Nascimento'...
Hoje,
vi tua imagem,
com mãos ainda em formato de 'descansar'.
Ainda há tempo no moinho.
A vida dá voltas,
e o tempo nos ensina maravilhas....
Minha alma...
A minha alma não possui pátria
é livre como o vento,
peregrina pelos campos, florestas,
atravessa oceanos,
viaja no tempo e não busca nada
é feliz e dessa forma, também sou.
by/erotildes vittoria
Somos filhos de uma patria uma patria unida
Uma patria forte uma partia vencedora
Vencedor dos sorriso perdidos vencedor dos
Mal que nós levam a alegria e o amor.
Vencedores que nuncam se cansam e sempre
Fortes para construir uma africa unida e uma angola sem
Prenceito racial e sem divergencia .
Somo kandengues de angola!
Somo meninos das pontes das ruas de luanda
Lutando caminhando em cada noite a procurar alguém que veja
Os suspiros dos nossos sofrimento sofrendo mas sempre firmes
Com a certeza que angola ainda espera para o contributo