Poemas da Névoa
CHORAM OS CÉUS.
Céu cinzento, chuva fina, tarde fria ...
Uma nostálgica névoa, turva minha visão.
Molham os olhos as mágoas,
Que inundam o meu coração.
Apenas restou a tristeza, herança da despedida...
Apenas se viu um aceno. Nas mãos, o sinal da partida.
Restou somente o vazio, na alma de quem ficou.
Assim como as marcas do tempo, que a saudade gravou.
Na velha estação suburbana, sumiram da vista os vagões,
Assim como no peito, findaram as ilusões.
Talvez chorassem os céus, testemunhando a dor,
De quem morria por dentro, vendo partir seu amor.
Os sonhos que foram desfeitos, jamais sairão da memória.
Os dias de felicidade, escreverão nossa história.
Na parede fica uma imagem, retrato de uma paixão...
Que um dia me disse adeus... Deixando-me na solidão.
Ventos turvos uivam por entre rochas,
De um penhasco visto fosco entre a névoa,
E é onde vejo a aurora do amanhecer,
Sol que avermelha o horizonte e se faz crescer.
A MELHOR BORRACHA
Desfaço as tuas transgressões como a névoa e os teus pecados, como a nuvem...
—Isaías 44:22
O que é a memória? O que é esta faculdade que nos capacita recordar antigos sentimentos, cenas, sons e experiências? Como os acontecimentos são gravados, arquivados e preservados em nosso cérebro para serem trazidos de volta repetidas vezes? Ainda há muito mistério.
O que verdadeiramente sabemos é que recordações podem ser bênçãos — cheias de conforto, segurança e alegria. A velhice pode ser feliz e prazerosa se guardarmos recordações de pureza, fé, comunhão e amor. Se um santo olha para trás para uma vida de serviço cristão e lembra da fidelidade daquele que prometeu: “De maneira alguma te deixarei, nunca jamais te abandonarei” (Hebreus 13:5), os anos tardios podem ser os mais doces da vida desta pessoa.
Mas as recordações podem ser também uma maldição e um tormento. Muitas pessoas à medida que se aproximam do fim da vida dariam tudo o que possuem para apagarem de suas mentes os pecados passados que ainda os torturam. O que alguém perseguido por tais lembranças pode fazer? Apenas uma coisa. Pode levá-las àquele que é capaz de perdoar e apagá-las para sempre. Ele é aquele que declarou: “Também de nenhum modo me lembrarei dos seus pecados e das suas iniquidades, para sempre” (Hebreus 10:17).
Pode ser que você não consiga esquecer seu passado. Mas o Senhor se oferece para desfazer “…tuas transgressões como a névoa…” (Isaías 44:22). —MRD
A melhor borracha
é uma confissão sincera a Deus. M.R. DeHaan
Outono
A névoa paira sobre os morros
O verde se funde ao cinza, nuanças
gradativas, nada linear...
As mãos e a boca quente
contrastam com o rosto que padece com a brisa gélida...
O coração se aquece com as lembranças dos beijos cálidos dela...
Na mão, meia taça do seu merlot favorito,
Nos pensamentos, o predomínio daqueles olhos castanhos, doces...
Pela janela observa os plátanos com suas folhas já amareladas, outras secas avermelhas se desprendem e caem lentamente, dançam num zigue-zague suave até o chão molhado...
O ritual é uma despedida, o último espetáculo, o agradecimento pela companhia...
Entre um gole e outro de vinho, o consolo, após o inverno rigoroso virá a primavera, e tudo voltará a florir...
Eis que aponta a primavera
No inverno somos névoa
a vagar pelo universo
na primavera seremos pólen
alimento em flores e versos
Névoa
Amo essa tua
beleza imperfeita:
Ela é prova inconteste
de teu desabrochar.
Fluidez do corpo,
alma insatisfeita
e uma voz deliciosa
de se embriagar...
Amo,
pois teus passos que vão
em caminhos sinuosos
pés determinados
e desejos receosos
criam as pegadas
únicas e enevoadas
leves e afeiçoadas
que contam de ti
ao meu coração
saberes perfeitos:
Quão mais próxima
da perfeição,
mais lindos são
teus defeitos.
Att.
Alberto Knobbe Busquets.
Nada é tão tedioso
Tudo é tão curto
Por isso eu curto
Mesmo estando no escuro
Eu sou brilho, névoa, chuva
Resumindo, nossa vida é curta.
Não vou desistir (letra de música)
Depois da névoa rondando o meu sonho saiu você sorridente como num passe de mágica, aquela cama desarrumada falava sozinha sobre nós,
entre caricias trocadas a nossa dança única tomava conta dos nossos semblantes surrados pela noite assistida apenas pelos espelhos do teto,
difícil é deixar você ir embora após a nossa última dança sem saber se o amanhã acontecerá, o amor que tu deixastes plantado na cama cresceu quando eu abri as cortinas e o sol entrou,
hoje tua voz me da paz, teu calor me mantém vivo, mas infelizmente apenas das tuas memorias é que eu respiro,
deixei você ir mas o meu coração gritou que não, vivo atualmente como um zumbi sem alma, sem sentir paixão,
deposito em cada por do sol uma muda de saudades e de esperanças vou continuar regando com minhas lágrimas até o amor te conduzir aos mesmos caminhos que um dia nos fizeram bem.
Replay.
Harmonia de Almas: A Dança dos Dois Universos
Entre a névoa dos dias, dois seres se encontram,
Em um universo de pensamentos que se entrelaçam.
Um verso e uma rima, dois corações em sintonia,
Comportamentos que se assemelham, numa dança de harmonia.
Um é como a brisa suave que acaricia a pele,
O outro, como o rio que flui, constante e fiel.
Juntos, formam um oceano de sonhos e desejos,
Em cada gesto, cada olhar, revelam seus ensejos.
Como o sol e a lua, em eterno ciclo a girar,
Complementam-se na escuridão, na luz a brilhar.
Um é a chama ardente, que queima com intensidade,
O outro, a serenidade que acalma em tempestade.
Na dança da vida, são como pássaros em voo,
Cada batida de asa, um elo entre os dois.
Em cada silêncio, um segredo a compartilhar,
Numa linguagem própria, que só eles podem decifrar.
Como duas estrelas, num vasto céu a brilhar,
Guiam-se pelos mesmos sonhos, sem se cansar.
E assim seguem juntos, num eterno compasso,
Duas almas afins, num universo em abraço.
Que se entrelaçam e se confundem, num só ser,
Onde o amor é a meta, o caminho a percorrer.
Em cada gesto, em cada pensamento, uma verdade,
Duas metades que se completam, na eterna dualidade.
Em meio à névoa antes do amanhecer,
Pelo último brilho da fogueira,
Deixe as divindades serem minhas testemunhas,
Enquanto a lua e as estrelas não caírem,
E a brasa acesa dissipar as trevas,
O mundo se transformará em nosso caminho,
Deste dia em diante nós seremos como um,
Os limites são nossos objetivos,
Assim como também são nossas almas,
Até que sejamos onipresentes,
Porque nossa glória é nossa vida!
Na névoa dos meus devaneios soturnos, sou o eco vazio dos risos noturnos. Marionete, sim, fui um dia, em gestos incertos, mas agora sou tempestade, em meus próprios desertos.
Rebeldia com causa, na alma se entrelaça, ergo meu ser, em desafio ao absurdo, não temo sofrer. Na escuridão profunda, vou além do plano. Sou o vazio, a negação encarnada, em meio ao caos, minha alma desolada. A marionete que um dia se libertou, do controle do destino, enfim se encontrou, despertou, se revoltou, é meu dedo do meio erguiado para o gepeto.
Leviatã indomável, grito corrosivo, nas profudenzas do meu ser. Anos passam, e ainda persigo. Nos mares da existência, desprezo os levianos, que ousem me deter.
Eu vou alcançar o lugar que almejo, mesmo que isso me leve anos. Você pensa que me matou, mas só me causaram leves danos.
Minha busca é insaciável, implacável, ferido, mas não derrotado. Eu sou como a cena do Thor chegando em Wakanda. Então, leve-me a Thanos. Na suposta arrogância insana, que venham os desafios, eu vou e mostro que sou a própria chama, pois sou imparável. Anos podem passar, mas eu persistirei, na busca incansável pelo que desejei. Alcançarei meu destino, a despeito do que inclusive pensei. Desafiando a esperança, dançando na dor, pensaram que eu sucumbia, que desvanecia, enquanto a cada dia só florescia. Aprendi com meu fardo, sou libertado, não estava rendido, dos escombros, renascido.
Pensaram que eu tombava, que estava condenado, mas apenas feriram a superfície.
Na escuridão do abismo encontrei meu refúgio, onde o mundo treme e outros temem entrar, é lá que encontro minha verdade. Onde outros não ousam eu vagueio, minha liberdade floresce, enquanto outros se perdem, minha alma engrandece. Assim como Harry, no sussurro das cobras, nas estranhezas do mundo, encontro minhas obras.
A liberdade reside onde outros não ousam pisar, eu escolhi o caminho da serpente, foi no abismo que encontrei a força para criar.
Já viu a lua hoje
Como brilha igual a você
Ilumina igual a você
Nem a nevoa é pareo para apagá-la
Você é única meu amor
Te amo
Surge em mim, de forma inexplicável, uma aflição recente,
Uma névoa de emoções tristes
Que reluz sob a luz do sol em meus desalentos verdes
Como a primeira janela que a aurora toca,
E me envolve como a memória de alguém
Que de alguma forma se tornasse misteriosamente meu.
Nuvem
A felicidade, está escondida por teus olhos. A névoa, de tuas certezas, encobrem a pura razão do destino. Somente quando o tempo se fizer, poderás vislumbrar o que não foi verdade. Porém, não deves se entristecer. Não foi por querer, foi por não saber.
Desta janela, eu vejo
a imagem de um céu em névoa,
chuva molhando a terra,
árvores em roupagem de flores
já é novembro,
e ainda estamos aqui,
pegadas deixadas no tempo
o vento é apenas silêncio
uma página de meditação
chegou o frio!
vi o fio acendendo as luzes
fez-se, tarde do segundo dia
é magia, brilhante,
Oh! viajante iluminado;
em versos simples,
em solo sagrado
pastos verdejantes,
mensagem de paz
" Desejei acordar mais cedo
só para ver na nevoa
o retrato da vida
era intenso
a cor da paisagem sugeria recomeço
um pouco de medo
uma falta de ar
assim sem perder a magia do momento
respirei fundo e agradeci
pelo espetáculo da natureza
pela vida vivida,
pela intensidade do amor
e principalmente por fazer parte de tudo isso...
Num universo onde
os filtros cobrem a realidade com uma névoa, encanta quando
o envelhecimento é aceito com naturalidade.
POEMA BOCEJADO
Essa névoa que a tudo faz grisalho
e revolve num véu a luz do sol,
põe silêncio e preguiça nos meus olhos;
rege os passos num ritmo contido...
Na manhã deste julho quase agosto,
molho a minha poesia no cenário
como se molha o pão no capuccino;
bem mais por hábito que por sabor...
Por falar de sabor, bebo lembranças,
nostalgias, imagens requentadas,
tomo chá com torradas de saudades...
Neste quadro em que a vida quase para
na moldura do momento infinito,
poetar é meu rito; meu despacho...