Poemas da Amazônia
Um dia o maior encontro e festival musical jovem do planeta será no Brasil, com uma vasta repercussão internacional de todas as tribos, de todos os artistas e todos os ritmos e gêneros próprio da diversidade mundial diante do maior santuário de vida do nosso planeta para o terceiro milênio. O "Amazon Life " - " Amazônia Vida ", e teremos o mundo todo unido em defesa da vida na amazônica brasileira.
O nosso índio brasileiro anda descalço mas sabe muito bem sem sapato onde é o calo que mais lhe aperta nos passos dos brancos.
A bancada agrícola e ruralista no Congresso Nacional Brasileiro só estará originalmente constituída de fato e de direito quando houver uma outra bancada quilombola e indigenista para contrapor em equilíbrio os naturais e nacionais interesses.
Prazer, ter e solidão são coisas dos brancos pois os índios brasileiros só conhecem amor, vida e felicidades em comunidade.
Vivias implorando por chuva, num forte calor amazônico que fazia escorrer suor no teu rosto devasso, que hoje se misturaria as lágrimas daquela lembrança.
Nessas idas e vindas, caminhando sobre tábuas, eu estou acostumado com a beleza dessas plantas; as vitórias-régias são lendas que atiçam o meu intelecto.
Quando pensar em mim, veja-me como uma árvore que persiste mesmo no silêncio do inverno. Que coexiste com as flores que já viraram frutos amadurecidos e se foram. Que canta com as aves apenas as vezes, por que, na maior parte do tempo prefere apenas ouvir enquanto transborda oxigênio. Sonha em crescer durante todo o outono, somente para que as folhas demorem segundos há mais para chegarem ao chão, onde um dia eu germinei. Olhe para meu tronco firme ao intenso carinho do vento, mas não a máquina do homem. Pense em mim trabalhando depois de tanto Sol, poucas vezes sob total escuridão quando não há lua. Veja a sua vida partindo da minha, e me liberte do seu vazio.
A morte é coisa do homem branco, para o indígena brasileiro, a alma é imortal e quando chega o momento certo,pega a grande canoa e sobe o rio contra correntena sua ultima viagem ate a terra dos ancestrais.Lugar sagrado de onde veio.
“Preciso lhe dizer companheiro: sou uma árvore do cerrado brasileiro. Na verdade, não tenho a imponência nem a frondosidade das minhas parentes da amazônia. No meu terreno a estação seca é castigante e isso me impede de ser alta, reta e elegante. Meu tronco é prostrado, franzino e todo retorcido, minha pele é cascuda e minhas folhas são grossas como uma lixa usada no polido. Não desperto a cobiça dos madeireiros porque não tenho utilidade para acabamentos moveleiros. Se me arrancam da terra, logo me jogam num forno de chão transformando meu corpo em barato carvão. Meu espaço é valorizado e disputado e às vezes arrebatam nossas famílias inteiras com uso de tratores, correntão e esteiras. Sou o elo entre os ecossistemas brasileiros. Alimento e sirvo de refugio para os mais belos pássaros que habitam o planeta: do tucano ao carcará, da seriema ao tangará. Forneço alimento ao insignificante cupim e assim, este sustenta o tamanduá-bandeira e o resto da cadeia alimentar da extensa fauna brasileira. Julgue-me pela importância, mesmo desprezada pela nobreza e desprovida de beleza.”
Devemos sempre pacificar os brancos e suas tolas e infrutíferas idéias de manipularem a liberdade. Não conseguimos cercar os rios e pensar que eles continuaram a conversar com a flora e a fauna, sob o mesmo tom. O índio é assim, dócil e livre como toda a vida da natureza, selvagem e sobrevivente.
A luta honesta publica ou privada frente as causas ambientais, as culturas populares e indígenas, as explorações das riquezas da biodiversidade e minerais na Amazônia, desde sempre são caminhos de mortes anunciadas aos defensores da Grande Floresta por mandantes poderosos. A Amazônia como é hoje e foi sempre é inadministrável, e o crime e a a ilegalidade sabem bem disto. Enquanto o Estado do Amazonas e o do Pará não forem divididos, não haverá presença do governo federal, e não cessaram as vitimas destes brutais assassinatos.
Sou pacifista mas em região isolada com intensa criminalidade sou a favor da liberação de armas de fogo para o cidadão comum.
Não politizem, só pensem, quanto dinheiro gasto em obras milionárias no exterior com uma região aqui esquecida, abandonada e agonizante como a Amazônia do Brasil.
Então senhores fazendeiros!
Já perceberam que a maior parte da crise hídrica de hoje é consequência dos desmatamentos e queimadas que vocês provocaram ontem?
Minhas primeiras lições de socialismo comunitário, perfeito, vivenciei na pratica na convivência no seio da aldeia tribal. Entre os indígenas brasileiros, não tem se a idéia individual e nem da pessoal propriedade. Com o devido respeito pelo uso, tudo é de todos, quando precisarem e quando quebra, ninguém conserta, independente de quem quebrou, ele iniciará orgulhosamente a fabricação de outro mais forte, que deverá durar para comunidade, bem mais tempo que o antigo. A substituição é automática dentro do respeito de uso.
A original vida em abundancia é indígena, pois nada guarda e ama toda a natureza do menor ao maior, no ciclo natural da vida. Na certeza inabalável de que quando precisar, a mãe terra lhe provem.
Hoje, assistimos a prejuízos à alma pelas escolhas amorais e ao planeta pelas destruições ambientais.
A Espiritualidade já nos mostrou que a evolução de um é a evolução de todos e estamos atrasando o processo de ascensão planetária. Aliás... estamos destruindo o Planeta e mudando os planos da criação por acreditarmos no livre arbítrio. Estamos totalmente equivocados. Isso custará mais caro que os impostos que pagamos. Será mais dolorido que ver uma Mãe chorar pela morte do filho.
Um cotidiano que aparenta ser simplório é uma construção gigantesca de emoções complexas que formam um universo de sentimentos e vibrações.