Poemas Curtos de Autores Famosos

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O homem, carnívoro, também é coveiro. A nossa existência é feita de morte. Tal é a lei terrífica. Somos sepulcro.

As realidades da alma, por não serem visíveis e palpáveis, não deixam de ser realidades.

Deus ao criar o rato disse: já fiz asneira! e tratou de criar o gato, logo o gato é uma errata do rato.

O olho do homem é feito de modo que se lhe vê por ele a virtude. A nossa pupila diz que quantidade de homens há dentro de nós.

Mas a sua alegria apagava-se dia-a-dia, e cobria-se de poeira, como a asa de uma borboleta que um alfinete atravessou.

- Oh! Bom e honrado solo de Paris! Maldita essa escada que cansaria até os anjos!

Quero beber. Quero esquecer a vida. A vida é uma invenção hedionda não sei de quem. Parte-se o pescoço a viver. A vida é uma armação prestes a vir abaixo.

A prudência dos cobardes assemelha-se à luz das velas; ilumina mal, porque treme.

A casa, como o homem, pode tornar-se cadáver, basta que a superstição a mate. Então é terrível.

Os encontros temperados com um pouco de missa são os melhores. Não há nada mais mimoso do que uma olhadela que passa por cima de Deus.

Uma amante não deve rir, porque isso nos encoraja a anganá-la. Vendo-a alegre, afugentamos os remorsos, se a vemos triste, volta-nos a consciência.

A fé, esse puro facho que aprisiona o temor, essa palavra de esperança escrita na última página, esse batel no qual pode salvar-se a tripulação...

Quando o viram semear dinheiro, disseram: "É um comerciante; Quando o viram ganhar dinheiro, disseram: "É um ambicioso"; Quando o viram recusar honrarias, disseram: "É um aventureiro"; Quando o viram recusar a sociedade, disseram: "É um bruto".

Vivamos, seja.
Mas façamos com que a morte nos seja progresso. Aspiremos aos mundos menos tenebrosos. Sigamos a consciência que nos leva para lá.

Diz, fala, exclama cada um consigo mesmo, sem que seja quebrado o silêncio exterior. Há um grande tumulto; tudo fala em nós, excepto a boca. As realidades da alma, por não serem visíveis e palpáveis, nem por isso deixam de ser também realidades.

Nesta idade, os rostos dizem tudo. A palavra é inútil. Há jovens cuja fisionomia diz mais do que a boca. Olha-se para eles e fica-se a conhecê-los.

Não pode pensar quem está em êxtase, como não pode nadar quem está numa torrente.

Com muito pouco trabalho, seria útil; é negligenciada, e por isso torna-se daninha. Então arranca-se. Quantos homens se assemelham à urtiga! (...) Não há nem ervas más nem homens maus. Só há maus cultivadores.

Essa criança vivia na ausência de afeição como as ervas daninhas que nascem nas covas.

O orgulho dizia sim, mas a velha cabeça, que abanava silenciosamente, respondia tristemente não. Tinha horas de abatimento. Faltava-lhe Marius. Os velhos têm tanta necessidade de afeição como de sol. A afeição aquece.