Poemas Curtos

Superiores pelo amor, mais dispostas a subordinar a inteligência e a atividade ao sentimento, as mulheres constituem espontaneamente seres intermediários entre a Humanidade e os homens.

Quem não sente amor, deve aprender a adular; caso contrário, não consegue viver.

O amor não se confunde com a vida, não é amor verdadeiro; o verdadeiro amor é hábito.

O amor, que não é mais do que um episódio na vida dos homens, é a história inteira da vida das mulheres.

O amor não é uma futilidade ou um divertimento; é um sentimento profundo, que decide de uma vida. Não há o direito de o falsificar.

É certo, afinal de contas, que neste mundo nada nos torna necessários a não ser o amor.

O amor arranca as máscaras sem as quais temíamos não poder viver e atrás das quais sabemos que somos incapazes de o fazer.

Fazer poesia é como fazer amor: nunca se saberá se a própria alegria é compartilhada.

O amor mata a inteligência. O cérebro faz de ampulheta com o coração. Um só se enche para esvaziar o outro.

Uma vida sem amor, não importa quantas outras coisas tenhamos, é uma vida vazia e sem sentido.

Donde pode nascer o amor? Talvez de uma súbita falha do universo, talvez de um erro, nunca de um ato de vontade.

Saboreiem do amor tudo o que um homem sóbrio saboreia do vinho, mas não se embebedem.

O amor é um sentimento tão delicioso porque o interesse de quem ama confunde-se com o do amado.

Disseram que o amor pelo dinheiro é a raiz de todos os males. O mesmo se pode dizer da falta de dinheiro.

O amor sob a sua forma mais elevada revela valores que sem ele ficariam ignorados.

Realidade ou desejo incerto, o amor é o elemento primitivo da atividade interior; é a causa, o fim e o resumo de todos os defeitos humanos.

A cultura, sob todas as formas de arte, de amor e de pensamento, através dos séculos, capacitou o homem a ser menos escravizado.

O amor civiliza o homem mais embrutecido, faz falar com elegância quem antes era mudo, faz do covarde um atrevido, transforma o preguiçoso em lesto e ativo.

O primeiro amor, que nos parece haver de ser eterno quando chega, é o que mais nos faz rir quando passou.

O amor, para ser perfeito, devia ser como o rotífero: morrer num raio de sol, renascer numa gota de orvalho.