Poemas Cristão
Todo cristão que aceita cegamente as opiniões da maioria e segue, por medo ou timidez, o caminho da conveniência ou da aprovação social torna-se mentalmente e espiritualmente num escravo.
Ser cristão não significa ser forte o tempo todo. Ser cristão é muito mais do que força; é conhecer as fraquezas!
Quando o cristão alinha seu discurso ao curso ideológico deste mundo para parecer politicamente correto, já está perdendo a graça de Deus e não percebeu.
O que há de comum entre o pensamento judaico-cristão e o pensamento zen-budista é a consciência de que preciso abdicar da minha 'vontade' (no sentido do meu desejo de forçar, dirigir, estrangular o mundo fora de mim e dentro de mim) a fim de ser completamente aberto, receptivo, desperto, vivo. Na terminologia de Zen chama-se a isto, frequentemente, de 'esvaziar-se' - o que não tem nenhum significado negativo, mas de receptividade para receber. Na terminologia cristã isto se denomina, amiúde, 'anular-se e aceitar a vontade de Deus' (...) [Mas numa interpretação paternalista da fé cristã, também muito explorada pelas tiranias laicas do século XX, que jogam com o nosso 'medo à liberdade' que Fromm estudou num de seus clássicos de psicanálise política] em lugar de tomar suas decisões, o homem as deixa a cargo de um pai onisciente e onipotente, que vela por ele e sabe o que lhe convém. Claro está que, nessa experiência, o homem não se torna aberto e receptivo, senão obediente e submisso. A obediência à vontade de Deus se processa melhor quando inexiste o conceito de Deus. Paradoxalmente, obedeço realmente à vontade de Deus quando dele me esqueço. O conceito do vazio Zen implica o verdadeiro significado da renúncia à própria vontade, sem, todavia, o perigo de regressar ao conceito idólatra de um pai ajudador.
Erich Fromm, "Psicanálise e Zen-Budismo"
Se você pensa que é a sua vida virtuosa que faz de você um cristão, está tornando a ficar debaixo da lei. Mas é inútil fazê-lo por esta razão. Se você tornar a colocar-se debaixo da lei, estará condenando a si próprio, pois "nenhuma carne será justificada diante dele pelas obras da lei, porque pela lei vem o conhecimento do pecado." Se você quiser tentar justificar-se por sua vida e por suas obras, você estará indo direto para a condenação, porque as melhores obras do homem não são suficientemente boas aos olhos de Deus. Todos fomos condenados pela lei - "Todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus". "Não há um justo, nem um sequer".
Creio que ser a imagem de Cristo faz de você um cristão. Não é o que fazemos exteriormente. É o que aconteceu interiormente que nos torna o que somos.
Perseguição de boca, maledicência, fofoca e boatos não conseguem derrubar o cristão que confia na boca de Deus.
Perdão é algo que o cristão deve praticar por amor aos mandamentos de Deus. Não é uma luta contra o diabo, é uma luta contra sua própria natureza pecaminosa. Não é uma questão complexa espiritual, é uma questão simples de obediência.
Por que o cristão, homem ou mulher, fica deprimido? É porque ele examinou a si mesmo desta maneira minuciosa - é sempre uma questão de pormenores, de pontos refinados, de tomar o pulso espiritual, de medir a temperatura espiritual. É levada a efeito toda investigação que se pode imaginar, e depois os resultados são reduzidos a uma sinopse. Eis aí, então, o registro; e é péssimo. A conclusão óbvia que se tira é: "Muito bem, será que sou cristão mesmo? Alguma vez fui realmente cristão? Será possível?"
O objetivo do diabo é conseguir que alimentemos esse sentimento. Se ele conseguir fazer que nos examinemos de tal maneira que isso não seja apenas uma introspecção, mas nos leve à conclusão de que nunca fomos cristãos, ele ficará mais que satisfeito. Estou procurando fazê-los lembrar-se de que a resposta fundamental ao diabo, é que, seja como for que nos sintamos, continuamos sendo cristãos. Contudo, como prová-lo a nós mesmos? Essa é a real necessidade nesse ponto. O modo de fazê-lo - e esta é a razão por que os reformadores protestantes viram que esse é o artigo fundamental de uma igreja para que se firme ou caia - é lembrar-nos da justificação só pela fé! O diabo diz: "Olhe a sua ficha, só há uma conclusão, você não é cristão, nunca foi." Responda ao diabo dizendo-lhe que o que torna um homem num cristão não é nada que se ache nele, e sim "o Sangue de Jesus e Sua Justiça". Graças a Deus por isso, pois se todos nós examinássemos verdadeiramente a nós mesmos e tentássemos decidir com base no registro da nossa própria vida se somos cristãos ou não, nunca existiria nem um único cristão!Há somente uma coisa que nos faz cristãos - a justiça de Cristo e nada mais.
O descontentamento é pecado porque rouba a glória de Deus. Um cristão descontente, seja qual for a razão — lar, emprego, localidade, marido ou esposa, filhos - é péssima propaganda para a soberania de Deus. Que espécie de Deus nós temos? Ele merece confiança? Podemos estar contentes com as circunstâncias em que Ele nos coloca? Davi disse: "O Senhor é a porção da minha herança..." (Salmo 16:5) e ainda continua: "Caem-me as divisas em lugares amenos..." (v.6). Davi estava dizendo que já que o Senhor é a porção da minha herança, já que tenho recebido o Senhor, as minhas divisas, as divisas que ele me dá são aprazíveis" — "é mui linda a minha herança. Bendigo o Senhor que me aconselha..." (w.6,7). Glorificar a Deus significa louvá-lo com coração pleno de contentamento absoluto, sabendo que nossa porção é o plano de Deus para nós, agora. A aceitação disso com contentamento dá glória a Deus.
A oração é benéfica e conveniente, porém para um cristão, também é indispensável um pouco de esforço, para que cada um de nós seja verdadeiramente testemunho, presença e sinal que aponta para Deus.
Ser membro de uma igreja não faz de alguém um cristão, da mesma forma que ter um piano não faz de alguém um músico.
“O ideal cristão não foi considerado deficiente após testado. Ele foi considerado difícil e deixado de lado.”
O verdadeiro cristão tem prazer de está na presença de Deus. Portanto, ser um discípulo verdadeiro é ser fiel aquele que o chamou (Jesus) e fazer parte do seu discipulado.