Poemas Corpo
Mas são versos e rimas no teu som; teu corpo ilumina a pele e o tom
A nota mais alta que eu ouvi, nos salta e dilata teu corpo em mim
Tua pele fria, o vinho e a luz
A minha rotina ouvindo teu blues
Que sempre me toca ao lembrar
Das lembranças de outrora; outono e mar
PEQUENO CORPO INOCENTE
Rotina embaçada
Mente confusa
Presa num tempo imaginário
Passado e inexistente
Extraviada na época de olhos brilhosos
Reside lá, uma criança que brinca na luz cintilante de sonhos
Mas em razão da maldita razão
Declara guerra ao adulto, que reza para que ali,
Bem aí meio de seus tenebrosos desejos
More a estranha realidade
Ciente que não passa de uma alucinação ignorante
Descartando tudo que é certo e justo
Em troca, uma fábula barata
Contempla múltiplos
Criados pela ingenuidade armada
Sabotagem própria
E mira certeira no seu devido pé
Feições e obrigações de um ser trajado de responsável
Ações e crenças de um ser trajado de imaginação
Disputa diária de coração e mente
Tudo dentro de um pequeno corpo inocente
Teus olhos
Tua boca
Veneno
Tua pele
Teu corpo
Desejos
Sonhos
Pecado
Fruto
Proibido
Arrepios
19/02/2022
Nada está igual, mas ela continua menina.
O corpo mudou, mas continua menina.
O olhar não é o mesmo, mas ainda é menina.
Mudou a voz, mas ela continua menina.
A mente evoluiu, mas continua menina.
Se perdeu no caminho, mas ainda é menina.
Feliz sou eu que feito em cima de seu corpo e acordo cansado
Sem forças...
Mas vivo
Feliz e repleto
Ninguém sabe o tesouro que escondemos
Nem o segredo de nosso mundo
Quero findar meus dias
Gastando toda a minha força em você
E quanto cansado te olho
Você me abraça e diz a verdade
É perfeito e eterno
É amor
Almas Negras
Corpo cândido, fraqueza natural
Caída sob meus braços, num impulso natural
De meus agudos caninos, meu ser adentra a ti
Morte não significa fim, por mim viverá
Milhões de anos serão noites sem fim
Suas rezas surdas foram ouvidas por mim
Condenada a eterna escuridão, providenciando maldições
Massa cerebral desprovida das falhas humanas
A virtude em preto e branco
Lapidada com o véu da morte
Nossa fusão agora é sepulcral
Perseguidores sanguinários
Provamos do sangue, alimentando o insano
O alvo é você, a indefesa serventia é comida
Meus pecados não significam nada
Os fins justificando os meios, não há Deus sob céu
Em meu caminho desdenhoso te faço seguir
O rasgo maldoso cobriu sua frágil pureza
O seu sangue percorre como combustível
Prisioneiros da penumbra, era das trevas prevalece
Vivencia desafiadora, minhas presas clamam luxurias
Por marés de sangue viajaremos
Ambos perdidos no esquecimento
Alienados totalmente dos ensinamentos
Não recebemos ordens divina
Só obedecemos ao nosso credo
Vencidos pelo desejo carnal
A grande paixão melancólica, provida do sorumbático luar
Nossos desejos mundanos
Reflete o mais sagrados dos desejos
Olhos santificados não enxergam nossa justiça
De olhos julgadores, somos os juízes
Abaixo para todo sempre
A Lua negra é o nosso único lar.
Corpo Alma
No meu coração há lugares desiguais;
Um horizonte, um mar sem porto
E nas profundezas abismais;
Um vulcão, quase extinto e morto.
Mas, quando você, tão frágil; emana,
Uma palavra que vence minha resistência,
Tornando linda a liberdade humana,
Uma palavra – “ amo” -, óbvio, a essência.
Bom dia!
Sim! Estou em paz com a vida, tenho alimentos na dispensa, vestimenta no corpo, uma teto, mas, para que bom seja meu dia, preciso saber como vai você?
O Pântano
Submerso no espesso e escuro liquido
Meu corpo de madeira é minha certeza
Sem tomar rumo do meu remo
A insensível correnteza é minha guia
Me aconchegando nos ventos mórbidos
De meu caminho, a familiar melancolia
Percorrendo galhos rígidos e ramos mortos
Cercado da lama, só me resta uma via
Avisto peculiar figura, que aflige-me na agonia
Um ser de turbante a mim se prostra
De face não se mostra, envergonhado se faz
Oferecendo-me a pálida mão em socorro
Eu em resposta repulsiva, o ignoro
De sua aura fétida, atrai compaixão cega
Mas de mim só causa cautela
Pois sinto os seus olhos frios
E entendo os seus sussurros inaudíveis
Me tentando a jogar a consciência fora
E tomar o que um dia, o pertencia
Isolado em meu barco, a tendência é agonia
Encantado pelo brilho esverdeado
O ar não favorece, me dando em troca
A morte que antes residia
Gentileza nunca existiu
Dado a luz nesse mundo sem alegria
Me perdi na monotonia, pois o brilho nunca muda
Tento alcançar seu clarão esverdeado
Para isso eu devo abandonar a mim mesmo
E sem mais nada a perder, assim o faço
Jogado sem mais medo, ouço vozes em doce alegria
Indo a loucura, tomando violentamente o que me pertencia
Destroçam minha pequena e desgastada certeza
Lançando-me ao tenebroso obscuro
Perto do escondido fulgor, eu finalmente a seguro
Inerte e indefesa, cega e com medo
Do céu nunca mais viu, pois não mais existe
Acorrentada acima, acorrentada abaixo
Diferença não faz, para miseras criaturas
Nos perdemos na intenção
Na tentação de livrar-se da condenação
Vencidos, fomos engolidos e absorvidos
Tornados um só com esse maldito pântano.
Ao olhar do vidro avanço
o tempo nesse receptáculo.
Escoa uma areia fina
de seu corpo esguio.
A chuva cor de palha
vem de céus afunilados.
A miséria a conta gota nunca cessa,
caí de grão a grão.
Na cabeça os grânulos da areia
do tempo desgastam a fé e os fios.
Aqui não há futuro
tudo é agora ou tudo já se foi.
Sobre a prostituição feminina:
Já que o maior objeto de desejo do homem é o corpo da mulher... Então que as mulheres coloquem um preço em seus corpos e que se legalize a prostituição feminina.
Tudo bem!
Está dormindo sinto seu corpo flutuar...
Seu quarto está pronto...
Seus sonhos sangram momentos que amamos para sempre...
Seus olhos estão sempre expostos num rio de sangue...
Tentei libertar sua alma das trevas apenas conheci a morte...
Seus lábios estão envenenados...
Embriagado de formas que nunca compreenderia que a vida apenas começou...
Arranquei seu coração morto...
Nas obras do destino sempre fomos testemunhas de uma morte lenta...
E sangue ferve entre suas lágrimas...
Ninguém mais pode te ferir...
Tantos sentimentos num simples motivo...
Sua alma paira sobre um pacto de amor...
Muitas felicidades até que tudo esteja na eternidade.
Para você...
O sorriso pode estar pálido
Mas a alma jamais, ela brilha.
O corpo pode estremecer
Mas a alma, vibra pela vida
Os braços podem não querer obedecer
Mas a alma, continua a abraçar com força
As pernas podem fraquejar
Mas a alma jamais, ela firme está.
O que fortalece a sua alma?
É a tua FÉ e todos que te amam.
A Dor, mostra a real capacidade que esta carne meramente perambulante, chamada de Corpo
Tem Vida à fora.
E suas possibilidades de ser bom, melhor ou estritamente terrível, personificada no eGo.
Somos vís, somos ótimos em todos os atributos os quais forem escolhidos.
Estrias são poesias.
Mulher só merece ler
aquele que souber decifrar cada detalhe do seu corpo e também da tua alma.
Momentos de amor
Vendo teu corpo, por ele viajo
me perco em pensamentos, tantos.
Teus cabelos, lindas teias soltas,
sinto deles a maciez.
Teu corpo abraço, dele não esqueço
um pedaço, não deixo sequer um espaço.
Teus braços me apertam, os meus te
trazem por inteiro, colo-te ao meu
corpo.
Os corações, fundem-se um ao outro,
os batimemtos iguais são.
As minhas pernas como algemas a ti
prendem.
Teu sorriso a mim provoca, e assim
nos achamos um no outro.
Temos à nossa volta, calor, ar e vida
a tudo isso sentimos, só que vivendo
nosso momento.
E em silêncio estando,
deles nos sentimos afastados,distantes,
em um outro espaço, amando.
Roldão Aires
Membro Honorário da Academia Cabista de Arte Ciências e Letras
Membro Honorário da Academia de Letras do Brasil
Membro da U B E
Acadêmico da Acilbras - Roldão Aires
Cadeira 681 -
Patrono- Armando Caaraüra- Presidente
O esgotamento não chega de um dia para o outro, o corpo começa a dar sinais e você se dá conta da sobrecarga, mas ao invés de dar uma pausa, decide se esforçar mais e mais…
Pensando bem, "fazer uma pausa e ter um pouco de paz", talvez seja uma pretensão alta ultimamente, não é mesmo?
Estamos sempre buscando, não que isso seja algo ruim. Afinal, a vida pede movimento mesmo.
Acontece que às vezes, na ânsia de alcançar os nossos objetivos, vamos eliminando as pausas do dia a dia para assim fazer mais e mais.
Então o "ser" vai sendo negligenciado pelo "fazer", e podemos até nos esquecer de quem verdadeiramente somos.
Não, você não precisa deixar todos os seus compromissos de lado para uma rotina mais leve, você precisa sim trazer mais PAZ para os seus dias.
Respira fundo e pega leve!
Calma na alma, que a vida pede pausa.
GERMINAL
A consciência escraviza o corpo, mas é ele quem dá a cartada final. Com a natureza o processo é semelhante: o homem a explora, porém é dela que vem o veredicto. As leis da natureza, que são as mesmas do corpo e que, muitas vezes são ignoradas pelo bicho homem, seguem ciclos mutáveis de destruição e de renovação. Um organismo morre, um nicho se altera ou some para dar lugar a outros organismos ou modos de vida. Tudo está interligado. Cabe ao homem, bicho da terra, escutar a voz que vem do coração. Cabe a cada um de nós conhecer os sistemas perceptivos do nosso corpo, que do individual se comunica com o coletivo e partilha dos mesmos medos, visões e percepções identitárias. Daí que explode a violência ou se desenvolve a empatia. Só o amor preserva a espécie humana de desaparecer.
O Luto
Impressionante a maneira como o ser humano gasta lindas palavras para um corpo frio, inaudível, estático, vazio e sem sentimentos.
Ora, não seria mais fácil falar ao vivo?
Que respostas o morto dará?
Suas palavras e lágrimas serão todas em vão, servirão apenas para alimentar os egos vazios de sentimentos em vida.
Os mortos não querem flores, lágrimas nem declarações.
Estar vivo é ser ignorado
Estar morto é ser celebrado
Quão contraditório é o ser humano
Um ser racional irracionalizado na amargura do seu escárnio.