Poemas Corpo
˝Centramo-nos com amor em nosso corpo. Passamos pelos
seus órgãos com uma dedicação profunda às suas maravilhas,
principalmente ao nosso coração. Ele bate no ritmo de um
coração eterno, do qual vem toda a vida, com amor. Em sintonia
com ele, ficamos quietos e em silêncio.˝ Bert Hellinger
Quando quiseres, te bebo toda,
sugo teu gosto, rasgo teu sopro,
filtro teu corpo, intenso e louco,
porém devolvo, feita de céu.
Depois por terra, me jogo morto,
e tu celeste, queima-me todo,
mas ressuscita-me. e me alivia,
deita em tua via, minha agonia.
E te obtenho outro universo,
e te impeço de ficar triste,
e enquanto brilhas, te sou perverso,
mas não cruel, vez que te quero.
E em tua presença me curvarei,
te servirei como o quiseres,
e te serei pra sempre eterno,
e apenas servo, deusa mulher.
Eu te amo;
Com todas as forças da minha alma;
Sem nenhuma força do meu corpo;
Pois meu corpo é infestado de pecados;
Minha alma é pura;
Por isso apenas te invento nos mundos dos ideais;
Você é a pessoa perfeita;
Eu te amo porque você é bela, por dentro;
Mesmo não tendo te conhecido;
Isso é apenas amor;
Amor genuíno;
Amor puro;
Amor que não escolhe nem julga;
Amor de cristo;
Amor correto;
Eu repito nesse verso;
Eu te amo.
Auspiciosa noite anunciava-se quando te vi
O intento secreto me consumia
E do branco de teu corpo
Senti a candura da sua alma
Aguardo mais uma vez te ver
E mais uma vez espero aquela noite
Noite aquela
Só se esperar viverei até te ver de novo
E se só de esperar vivo
Minha saudade agora mora contigo
Nos entremeios dos seus cabelos
E no calor dos lábios seus que me aquecem
Angelicais são as sinuosidades do teu corpo.
Teu suor agre
Tua alva pele
Teus cabelos negros
Tua voz calma
O despontar das estrelas na noite a brilhar
Jamais irão representar
Em meus decênios a trovar
o calor canículo que emanava
Dos nossos corpos a amar
Eclipsados na voluptuosidade do mundano desejo
Sabe aquela saudade
Que dói
O corpo todo sente
E os olhos demonstram, arde
A visão turva, escurece
Você soluça, treme
E geme
Não tem consolo
no.momento
Não tem cura
É sufocante
Você tem que sentir
O coração sangra
Bate descompassado
No ritmo criado
Pela batida da dor
Não é infantilidade
O nome disso
É amor
Gotinhas de remédio
Mascaram
Mas não curam
Voltam
A todo momento
Não tem hora
Tem vida própria
Choramos
Muitos julgam fraqueza
Mas creio
nunca devem terem amado
Nunca perderam
Pode ser pelo amor
Sucumbido
Pela morte
Mas tudo é
Ausência
Do toque
Do beijo
Do abraço
Do carinho
Do olhar
Agora só resta
A saudade
De você
E o tempo
Hugo de Mileto
De fato somos todos máquinas do tempo. Presos num corpo que avança para o futuro mas sempre, sempre observando o passado acreditando ser presente.
· Responder · 17 min
Odair Flores
Penso que o futuro literalmente não existe! Estamos sempre no passado que convencionou-se chamar de presente pois o amanhã, é apenas um hoje renovado, ou não, Mileto!
Lembranças (Trecho - Livro Momentos /2007)
... Flor! Flor! Teu corpo, teu rosto ...
como devem estar hoje?
Decerto bem diferentes
de quando desfilava na fazenda
exibindo-te lasciva sobre o negro ginete.
Você era de morte Flor, você era danada,
danada com aquele jeito gostoso
de passar a língua sobre os lábios ...
Sou uma bruxa
Oh! Homem magia
Oh! Fantasma do príncipe
Faço meu corpo um caldeirão
Levo-o para montanhas das pedras
E coloco no fogo do sol
Oh! Homem magia
Oh! Fantasma do príncipe
Entrego-o
Entrego o meu temperamento
A carência em mim
Os cristais quebrados
As lágrimas como fachos no templo
Oh! Homem magia
Oh! Fantasma do príncipe
Faço o meu corpo uma arrecadação
Onde depositas resíduos sólidos do teu ego
Com pernas bambas e alma negra
A desilusão caí com os teus cabelos
Oh! Homem magia
Oh! Fantasma do príncipe
A magia da tua conquista desvanece
Como um elogio ao teu sorriso
Assisto a máscara a cair de um lado
Com o cabo da vassoura
Mexes no caldeirão os restos pastosos
Do orgulho ferido, querido e amado
Oh! Homem magia
Oh! Fantasma do príncipe
Busco a receita de manter-me agarrado
Quando o teu corpo tem braços de vento
e as tuas pernas são brisas do amanhecer
A grade dos teus dentes soltam
As palavras, as ervas daninhas
Que o meu corpo não merecia
Uma pitada de “não te amo”
Apimentada com a voz gélida
Oh! Homem magia
Oh! Fantasma do príncipe
A fantasma do teu toque
Penetra o mistério na minha mente
O meu corpo já não é um caldeirao
As montanhas ja são as pedras que a seguram
O sol não é o fogo que vai-lhe aquecer.
Oh! Homem magia
Oh! Fantasma do príncipe
Continuo a percorrer este caminho de outono
Continuo a ser a bruxa
Que anseia pelo amor
Que tem medo da morte das flores
Que bebe chás de joaninhas
Que coleciona- as folhas partidas
E que escolheu esquecer-te.
Oh! Homem magia
Oh! Fantasma do príncipe
A arte de amar
Fácil abraçar o corpo
Difícil chegar ao coração
Fácil magoar o outro
Difícil é pedir perdão
Fácil prometer ficar
Difícil é superar as diferenças
Fácil se apaixonar pela beleza
Difícil permanecer quando a idade chega
Fácil conquistar o outro
Difícil é permanecer na mesma intensidade
Fácil querer ter alguém na vida
Difícil é ter humildade para ser grande do lado de dentro e merecer que o outro fique
Então se quer um amor, seja interessante
Pois a beleza acaba com tempo
Já o que tem de melhor em si, ah, será eternizado no coração de quem te ama
Poema autoria #Andrea_Domingues ©️
Todos os direitos autorais reservados 03/11/2020 às 10:45 hrs
Manter créditos de autoria original _Andrea Domingues
Uma das crenças limitantes mais alimentada até hoje, é a do pecado de exposição do corpo feminino;
O Sagrado Feminino segue sendo esmagado pelo Patriarcado;
Onde se caminha nos passos da elevação espiritual, e do aprimoramento do Ser, uma foto em redes sociais, no desfrutar em meio a natureza, soa ofensiva demais diante da limitada crença machista, enraizada em mentes mediocres e podres;
O Sagrado Masculino, por sua vez, na exuberância singela de seus trages de banho, passa normalmente aos olhares da condenação;
Vivemos no séc XXI, onde a ignorância ainda tenta esmagar e sucumbir ao nada, o Sagrado Feminino, cujo o corpo é portador do mais terrível pecado, o da luxúria, e por assim decidirem por séculos que é, ainda alimentam a comparação do pudor velado com a liberdade de se ser livre das amarras, que as crenças seguem arrastando em mentes hipócritas e contaminadas, que não sabem simplesmente olhar para uma imagem, com um olhar mais puro, de naturalidade;
À sim, provocações, onde o intuito é o da exposição e oferta do que alí está revelado. Mas se isso não importa ao revelador, porque cada um não olha para dentro de sí, e tenta trabalhar toda a podridão que sua mente ainda carrega?
Observe se, observe o que você carrega aí dentro, pois sua mente pode ser mais suja que o vaso sanitário que você usa todos os dias!
Em um momento de estresse, de irá, de raiva, onde os níveis de adrenalina se elevam, nosso corpo astral se desloca um pouco do corpo físico, e passamos a agir no modo inconsciente, a psicanalize explica que, o ID toma a frente, e toda a fúria emerge, não percebemos mais o que estamos fazendo, se perde os parâmetros, as regras, e o inconsciente assume, sem valores morais, éticos, literalmente estamos fora, e tudo é liberado; isso é constante, principalmente em quem explode com facilidade.
Então podemos imaginar as energias que se atraem para este Campo Vibracional que é criado muitas vezes, inconscientemente, e os males que podem se manifestar posteriormente.
AMOR HOJE
Hoje o meu corpo saiu do teu
E as cigarras já cantam lá fora
Pois as nuvens podiam arder
Que os meus lábios te beijariam
Como as pétalas das rosas que caiem
No nosso quarto, na nossa cama
E numa gaveta fechada nascia o sol
Como o rio corre com força para o mar
Onde as flores nascem nos meus seios
E ficam a morrer ao teu, ao meu lado
Seda fina de rendas nos nossos beijos
Embriagadas todos os dias da nossa vida
Folhear em câmera lenta
A poesia do teu corpo
Ler as notas de rodapé
Escondidas em tua virilha
- Recitar os versos vibrantes das tuas pernas trêmulas
Paraíso
Hoje eu entendo
Entendo que se há um paraíso
O corpo dela é uma passagem
Sua boca a viagem
E sua voz a decolagem
A princesa me matou
Porém me fez vivo novamente
Do purgatório já me retirei
E hoje vivo feliz
Feliz ao lado dela
Minha princesa
Minha vida
Na qual não quero que morra.
Eu sóbria
Você embriagada
Tua boca amarga
Me procurou
O corpo sem peso
Cai sobre o meu
E depois da madrugada
Nada ficou
No dia seguinte
O gosto dormido
Não combinava
Com o doce
Do café da manhã
Vi o fio da vida sendo tensionado:
De um lado o corpo, o tempo, o esgotamento.
Do outro uma mente que sente
e o apego.
Eu vi a pressão formada no centro pelos extremos da mesma coisa.
Até o fio se romper.
E enfim voltar a ser.
A nudez é a verdade daquilo que se vê
No corpo sem retoques
Na alma serena, sem choque
Da dor do vazio
Do curto pavio.
A verdade é o estado de espírito das coisas como são.