Poemas Corpo
Se a cada vacilo do nosso corpo e da nossa mente atribuírmos essa culpa a alguém, em um dado momento foi- se! Neste universo sádico e malévolo, não restará mais ninguém.
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A fórmula mais letal que intoxica o corpo, o sangue e a alma do ser humano, reside na busca incessante pela similitude e no ato compulsivo da comparação.
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AMOR PLATÔNICO
Teu corpo absorve e regenera o que meu abraço consome,
Entre tantas palavras
Só ouço o teu nome.
A tua face , o teu sorriso,
Me deixa em êxtase.
Amo-te loucamente
Com esmero e devaneios,
Enxergo claramente o teu corpo ao meu,
Aquela beleza alva
Sedutora e calma,
A dilacerar o
Tímido coração,
Portador deste ingênuo e avassalador
Amor platônico.
É sangue na veia
Feito uma teia
Que a aranha tece
A Lã de fios dos amores
O bendito fruto,
Solo fértil de dores
É esse universo de amar.
090819
A MINHA CARTA A GARCIA
Neste corpo a quebrar, há sinais
De várias cores a assinalar
As etapas de uma vida de ais
E de outras mais coloridas de pintar
As telas rudes do meu mar.
De estrelas belas a brilhar
Sobre as negras ondas
Das marés longas
Deste viver sem ainda saber
Do vir, do estar e do que sou
Entre esferas de milhões por ter
Vergonha de ser
Incrédulo, sem primeiro ver.
Então, quero antes desaparecer
Entre as brumas
De espumas
Sem ler
O epitáfio já reservado:
"Aqui jaz um inconformado
Que da vida só leva um fado,
A sua carta a Garcia,
Na escura noite da luz do dia."
(Carlos De Castro, in Poesia Só e Chega, em 16-07-2022)
SEPULTURA
Não há sepultura
para o corpo inerte.
Somente uma prisão
terráquea
onde se expia a vida
que já foi movimento,
num silêncio
e numa calma
comoventes.
(Carlos De Castro, in Poesia Num País Sem Censura, em 01-09-2022)
RESQUÍSCIOS DO CORPO
Nem te amo
Nem te reclamo
Nem por ti oro
Ou desadoro
Ruína do meu corpo
Morto,
Feito carne balofa.
Se nesta vida
Rude e sofrida
Nunca me serviste de alcofa,
Que lá na outra menos dura
Onde a fineza e rijeza perdura,
Não me envergonhes cachopa,
Com tuas esfinges de gordura.
(Carlos De Castro, in Há Um Livro Por Escrever, em 12-12-2022)
O HOMEM E O URSO
Gostam de me chamar o velho,
Por este corpo desfigurado;
Sei que inflamo por capricho
Como urso branco sem brado,
Pelo destino de ser bicho.
Sou aquele pequeno grão
De areia,
Plebeia,
Nesta teia de ilusão,
Quase no fim do percurso.
Então em último recurso
E em termos de simpatia,
Prefiro mil vezes ser urso,
Que velho por analogia.
(Carlos De Castro, in Há Um Livro Por Escrever, em 18-11-2023)
HÁ POESIA EM QUASE TUDO.
Há poesia em quase tudo,
só não há poesia no beijo
nem no corpo da mulher mal-amada
nem no choro da criança
faminta, abandonada.
Há poesia em quase tudo
só não há poesia na falta de carinho
da mãe pelo filho inesperado.
Há poesia em quase tudo
no encontro dos amantes
proibidos, no afago da língua
sobre a rosa, no breve adeus
do poeta desta vida.
Há poesia em quase tudo
menos na falta de amor
do homem pelo homem
e na falta de fé no amanhã.
Há poesia nos lírios dos campos
quando catam, no pôr do sol
amarelado, há poesia na chuva
de outono, mas falta poesia
na primavera do oriente.
Há poesia em quase tudo
menos na falta de amor
do homem pelo homem
e na falta de fé no amanhã.
VINHO
O vinho apazígua o espírito
Refrigera o corpo
E aquece a alma
Exorciza os demônios
Da depressão
e da desesperança
Trazendo a paz e a calma
O vinho é divinamente profano
A áspide do paraíso
De olho mundano
Saliva o veneno mortífero
Que o diabo ofereceu
Ao ser humano
MUSA DO MAR
Sempre que você me olha
o meu corpo treme desejo
desejo de lhe abraçar
desejo de lhe dar um beijo.
Lembro aquele dia
nós dois e do pôr do sol,
seu corpo bronzeado
eterna poesia..
Você, musa do mar
divino pão dourado
e eu pobre mortal
escravo do pecado
Pierrot sem fantasia.
FOLHA MORTA
Se a minha boca não te surpreende
se o meu corpo não te satisfaz,
o que te falta, para ir embora,
seguir teu rumo, me deixar em paz?
A vida a dois não é cláusula pétrea
se for por força de obrigação
o amor definha, vira folha morta
logo um se despede, outro fecha a porta
finda toda rota de contradição.
A alma, o corpo e a mente do poeta
Que, em sua inspiração, se rende
Ao divino, à vida, à bênção completa.
A sua arte é como uma dádiva
Uma missão que ele recebeu
E com ela, cria a alma viva.
Oh, Poesia, tu és o véu que esconde
A dor, o amor e o mais profundo
Tu és o fio que liga o mundo
O mais belo e profundo abismo
Onde realidade se confunde
És a beleza que transcende
Inerte, o corpo descansa em paz na terra,
Mas a alma vive eterna na memória
De quem a beleza e a verdade venera,
E honra a sua história com fervor e glória.
Oh, morte! Não te temo, pois sou imortal
Enquanto alguém contar a minha história,
E faça ecoar de geração em geração,
A mensagem que habitou meu coração.
Pois a beleza pode morrer, como eu,
A verdade é o legado que sempre prevaleceu.
E enquanto houver uma inocente e pura
A beleza e a verdade viverão na sepultura
E a obra do homem se for nobre perdura
Para sempre consciente de que viveu.
De todas as partes do meu corpo que se movimentam em sua direção quando te avistam, os meus olhos correm sempre primeiro para se enlaçarem nos seus.
Eu gosto desse nosso mecanismo de procurar a parte mais densa da outra. E nela fixar-se.
Gosto de compartilhar a mesma janela com você.
O céu da sua retina é sempre um dia que vale a pena ver.
Gosto do seu cinza, gosto do seu azul e gosto quando eles se recolhem...
Só pelo gosto de lembrar de novo como são lindos.
Seus olhos são lindos!
Quando você me olha nos olhos, sinto que não há nada entre a gente.
Termina o meu corpo e começa o seu.
E eu achava que o toque começava no encontro celular.
Na quentura da pele-pele.
Você chegou primeiro pelas janela da minha alma, sem tempo para licenças.
E, sem me tocar, conseguiu me estremecer inteira.
Sim, o nosso toque começa no olhar. E eu adoro isso!
100% da minha atenção é sua. São o que seus olhos me dizem.
Que você está inteiramente comigo no nosso agora.
Deixei isso escrito mostrando a união entre pensamentos e meu corpo
a solidariedade não me interessa mais
a escolha em ligar e desligar as forças do amor e o destino das incertezas
Deixo nessa corda
Minha Doce Paixão e Desejo
A horas e dias quero seu corpo
Na minha cabeça os pensamentos mais puro se misturam com impuros
O coração responde amor
A carne não te pudor
Quero ser o mais romântico em sua vida
Ao mesmo tempo o dominador dos seus desejos
Eu sou aquele sem nome
Mas com o corpo suado no seu
Quero que lembre das horas de amor intenso com sabor de prazer inigualável
Não precisa saber quem sou
Apenas que nossos corpos
Se tornaram um só
Em tempos de energias densas, devemos cuidar ainda mais de nosso Ser.
Devemos cuidar do corpo físico, com exercícios físicos, consumir alimentos que possam ajudar na nossa imunidade, devemos aumentar ainda mais nossa higiene como lavar bem as mãos com água e sabão, passar álcool em gel, evitar contatos físicos, trocar de roupa quando chegar em casa, higienizar os alimentos e ter cuidado com outras pessoas com amor.
Devemos cuidar do nosso corpo emocional e mental, evitar pensamentos negativos, evitar ficar colados em noticiários, rádios, tvs, internet e pessoas que propagam o medo, tentar limpar nossas mentes.
Devemos também cuidar do nosso corpo espiritual e energético, firmar nossa fé, realizando diariamente mentalização de coisas boas, curas em energia de luz, fazer orações sentidas na alma e meditações em busca do silencio, firmeza e proteção. Conectar-se com a Mãe Natureza!
E... lembrar-se sempre que as doenças vem do desequilíbrio!
O equilíbrio vem da tranquilidade da alma e da certeza que tudo vai passar, que cada um pode e deve fazer sua parte!
O dia convidava a espreguiçar, a esticar o corpo, a apreciar os pequenos gestos da Grande Mãe, uma pequena caminhada lhe fazia bem, e assim novamente a Guardiã fazia; estendia um tecido ao sol, aproveitava o momento para receber a sagrada medicina rapé e também transmutar as energias, ela fazia parte dali, voltava-se mais uma vez em retorno ao lar.
O vento assoviava baixinho, as nuvens anunciava que uma chuva fina em breve cairia. Foi assim, na abundância das águas, um só momento para voltar a tecer!
Ah quantos encontros e quanta alegria, seu Xale a fazia sorrir! Longe estava de ficar pronto, pois a grande sabedoria era nunca deixar de tecer saudando o dia!
A cada dia um Retorno ao lar se fazia, como a Guardiã agradecia a grandiosidade de Renascer!
Xale Sagrado
Giovana Barbosa
Na força da medicina Rapé