Poemas Corpo
Com passos firmes de um condenado
Na certeza de um fim
Sob as roupas um corpo castigado
Os olhos que olhavam o chão, na esperança de não verem aqueles que amavam
Ali, parados, olhando incrédulos.
E a multidão que se abre na direção de onde um dia foi o seu mirante
Ainda quando criança, lá brincava e de lá podia ver o mundo
Os gritos agora já abafados pelo pulsar do seu coração
Que não podia entender a sua calma
Ate para um julgado onde a lei diz que não se há outra pena se não a morte
A tarde era perfeita, nem fria nem quente.
Vendo o sol que se punha na sua frente
Com o ar triste de despedida
Dava-se lugar onde fora o balanço de criança
A sua nova prisão
Sabia que ali ficaria, não por mais do que alguns minutos
Mas esses seriam todo o resto da sua vida.
Quando sentiu aquele velho e conhecido trançado.
Não conseguia mais imaginar um futuro, tudo que tinha era o passado
Então o ar lhe faltou
Seus pés já não tocavam o chão.
Agora o seu coração estava calmo
Seus olhos escureciam junto com o dia.
Mas os seus ouvidos ainda ouviam a multidão que ficou em silencio
E o vento cantava uma suave melodia de adeus.
Nesse corpo meigo e tão pequeno
Há uma espécie de veneno
Bem gostoso de provar
Como pode haver tanto desejo
Nos seus olhos, nos seus beijos
No teu jeito de abraçar...
E foi com isso
Que você me conquistou
Com esse jeito de menina
E esse gosto de mulher
E nada existe em você
Que eu não ame
Sou metade sem você
Mon Amour! Meu Bem! Ma Femme!...
Segurou-me firme num abraço
Como se não quisesse largar-me
Senti seu corpo apertado ao meu
E ao passar meu rosto perto do seu
Não resisti ao teu cheiro me chamando
E um beijo esperado inesperadamente aconteceu
Senti seus lábios macios e ingenuos
E ali eu quis ficar
Rodeada pelos teus braços a me apertar contra voce
Eu senti seu corpo chamando pelo meu
Senti sua respiração
Senti minha respiração
Eu queria ficar...
Meu cansaço
Meu cansaço,
Não é do corpo, é da mente.
Culpado coração,
Que extinguiu a alegria
antes em minha alma ardente.
"Olhos de lince,
uma cor serena,
doce como mel,
corpo de falena.
Chamam-lhe guerreira,
alegria sedenta,
geminiana furtiva,
quieta como ravena.
Tristes são teus olhos,
que circunspectam, ferrenha,
não os façam de silêncios,
verdadeiras ferramentas.
Do amor que escrevo agora,
teu nome, fiz tua figura,
olhos de fuligem, como ela,
seu nome: Manuela."
Para Manuela Kirschner, 3 de julho de 2009;
Ontem no esquecimento do sono
tua imagem invadiu meu sonho
e possuindo meu corpo
com voracidade
parecias tão real..
Que no despertar do amanhecer,
tua fugidia presença,
me deixou...
E sem teu calor
tudo que restou...
foi um crescente vazio
da tua ausência...
em mim!
No momento que dei a mão, te peguei pelo pé, você me amarrou pelo corpo e te segurei pela alma.
~*Rebeca*~
-
Amor
Ainda que não acreditem no amor, eu vou amar, vou me dar de corpo e alma... Vou me perder no labirinto imortal desse sentimento universal do coração. Afinal, o amor é o sentimento mais sublime da humanidade.
Osmar Soares Fernandes
Publicado no Recanto das Letras em 21/04/2009
Código do texto: T1551155
O corpo da sua língua fica ágil quando eu cubro com o pesado da minha...
... seu hálito tem o cheiro malicioso que me pira...
[intimidade que tem gosto adocicado]
...
~*Rebeca*~
.
No suspiro de uma noite
Imagino o seu corpo
Coladinho ao meu
Suas pernas grossas
Cintura definida
Seus olhos que me cegam
Com beleza estonteante
Os versos de que me recordo
Ditos ao som da sua voz
Que me alucinam
E cada vez mais eu me perco
Nos sonhos e desejos
De um dia ser tudo
Ter tudo
Para você
Os seus lábios carnudos
Que me provocam
Cada vez que lambe os beiços
Para umidece los
E a sua voz
De novo a sua voz
Que soa igual música
Que soa igual Guimarães Rosa
Na ordem crescente o corpo e menor que a mente que por sua vez é menor que a alma...
na proporção decrecente, todos são fundamentais,
pra a evolução do homem, da qual so faz o caminho inverso!
toma
esgota tua menina
até que não reste uma fibra
no ventre ardendo em brasa
no corpo a se apagar na treva
dois vaga lumes no pote
e o silêncio dos retratos –
bebe.
A minha imaginação, sonha com o corpo de homem.
E na minha memória cabe o meu desejo por inteiro,
puro e cristalino, como um encaixe perfeito, entre dois seres.
REVERSOS
Re-verso I
Contemplei-te bela em meus sonhos
Descobri-te suave o corpo
Com toda ternura desnudei-te
E num só beijo calei-me em ti.
Re-verso II
Quero-te sempre na lembrança
Separada de todas as minhas dores
E no correr do tempo recordar
Todas as nossas loucas aventuras.
Re-verso III
Volta-te para o meu existir
Num abraço de tanta espera
Neste tempo que ainda aguarda
Os meus e os teus desejos de nós.
Jaak Bosmans 11-10-09
Maite Schneider Poesias
Se eu ali não estivesse,
meu corpo saberia de minha agonia.
Saberia ele que eu não queria.
Meu corpo suaria,
minhas pernas tremeriam,
mas eu ali não estaria.
Os gemidos seriam de dor -
não sussuros de prazer.
O calor do corpo seria gerado por ódio
e não de querer-te dentro de mim.
Enquanto eu ali não estivesse,
minha mente viajaria para os céus que acredito
e para os mundos que sonho ainda conhecer.
Enquanto eu ali não estivesse,
nada de dor eu sentiria.
Nada daquilo que estava acontecendo seria de verdade.
E se tudo isto fosse verdade,
eu não conheceria o mal,
eu não entenderia o ódio,
eu não viveria neste Inferno,
e permaneceria até hoje.
" A VIDA CONTORNA O CORPO,
O CORPO CONTORNA A VIDA;
E TUDO GIRA VICIOSAMENTE
EM TORNO DA QRANDE MAQUINA DE EXISTIR".