Poemas Corpo
Onde estas ?
Onde encontrar teus olhos, onde senti teu cheiro ?
Onde ireis pra encontrar teu corpo, pra ouvir teu riso ?
Qual rio me banhar, qual mar velejar ?
Onde procurar portas, onde buscar estradas...
Qual o caminho ?
Como segui a trilha, como chegar no espaço ?
Dizes pra mim: onde escondeu teus olhos, tua alma?
Conta-me por que se esconde, qual o teu medo ?
Anasabis enxerga possibilidades de luz no caos;
Em zazakazi, se blasfema o corpo da verdade santificado na cruz.
Por desedificar a história da Crucificação, houve um mero parágrafo de alguma coluna rural;
os poetas o leem e o amam.
Pentandria transformada em um segredo sibilado,
louvores em cavernas e formações florestais com muitos arbustos
em uma meia-noite em campos abertos com estames de cinco pontas
Não digas ao menos uma sílaba do que falamos para nenhum mortal e não importa quem.
A lótus diz que não há a necessidade,
não há lugar para o desejo .
Martin Schongauer cercado pelos demônios dos homens na espera de serem satisfeitos
em uma mente pura e pacífica.
Consigo vê seu corpo, petrificado em gelo.
Nossos olhares se tocam.
Porém, numa medida desesperada,
Tenta se desfaçar.
Somos estranhos agora!
Mas nossas almas já se conhecem.
E todas as vezes que me olhar,
Elas conversaram.
Uma conversa torturosamente longa.
Em tão poucos segundos.
Então tentará seguir.
Mas não encontrará caminho.
Tentará o ódio, mas como bem sei:
A alma tem argumentos melhores.
E finalmente, torturado pela minha imagem.
Lembrará de nós.
Mas como vento: nunca me tocará.
Pois foram seus labios que me expulsaram.
Ironicamente.
São os meus beijos:
Que te assombram agora.
Olhos,Boca e Corpo
Teus olhos grandes e lindos,
parecem dois sóis, a iluminar
meus dias.
Esse sorriso, um convite dos
céus, que a mim dizem:
Vem, vamos pelo mundo voar.
Corpo lindo, alvo como a neve,
que eu preciso em minhas mãos
ter.
Se um dia o tiver,
seremos um só para poder a vida
viver.
Roldão Aires
Membro Honorário da Academia Cabista de Letras Artes e Ciências
Membro Honorário da Academia de Letras do Brasil
Membro da U.B.E
Em toda aminha vida a timidez nunca me deixou dizer o quanto eu gosto de você,
Mas o meu corpo inteiro lhe expressou por esse amor.
Se hoje eu vivo o teu desamor, já não digo que você não me aceitou,
Eu confesso que não soube como merecer o teu amor.
Edney Valentim Araújo.
Sinto falta dos seus beijos,
Suas mãos embaralhando meus cabelos,
Seus dedos tocando meu corpo, fico solta...
Despindo minha alma sem pudor,
E eu mergulho em saudades e dor..
A voz cala,
Quando a Alma cansa
A mente descansa
Quando o corpo desaba
Todo recomeço
Começa com um Medo
Enfrentar é preciso
Quando se é submisso
Ao mundo
Ao medo
Ao desejo
Ao anseio
Que a bondade
Carregue a vida
Que a vida
Tenha mais caridade
Que a alma
Cansada da trajetória
Percorrida por milênios
Possa achar
Seu conforto
No pouco
No feliz
Autor: Douglas Almeida Vergilio
Meu corpo cansado
Minha mente não
Consegue mais lidar
Com nada
Minha alma desamparada
Meu coração quebrado
No que buscar ajuda?.
Dançar...
(Nilo Ribeiro)
Dançar,
é estar em poesia,
é poder se entregar
de corpo à sintonia
é o elevo da alma,
é a paz do espírito,
é se cobrir de calma,
em detrimento ao conflito
é entrega sonora,
sem tempo, sem hora
é o equilíbrio do ser,
unindo mente e corpo,
é um doce prazer,
um sereno conforto
é a grande união,
do profano e o sagrado,
é a prova da paixão,
da amante e o amado
dançar,
é troca de intimidade,
momento de confidenciar,
é se dar com verdade
a dança contém magia,
é a arte com amor,
são versos na poesia,
expressando seu esplendor
a dança reverbera a vida,
ela cura toda ferida,
não há quem a resista,
é a delicadeza que conquista
venha, vamos dançar...!!!
não decline ao meu convite,
venha me acompanhar
nesta arte de requinte
danço porque preciso
e dançando me sinto vivo...
Senhor de Minha Paz...
Tua presença, invade, sem cerimônias
Minhas ideias, pele, olhos... corpo inteiro
És meu claro, moreno, negro, são, completo
Rasga-me o céu de minha fé, arrebatando meu eu
Não resisto, pois sou barco em mar seguro
Sou fruto da árvore de copa cuja sombra convida
Ao descanso, aquele que passa e se aquieta
Sedento, cansado, febril, só, em rumo incerto
Sou aprendiz de vosso saber amar o outro
Nada me resta além dos horizontes a alcançar
Nada relego e nem nego, sequer divergências
Mal compreensões, que o tempo há de desanuviar
Basta olhar-te menino e saber que és meu mestre
Meu Senhor, que festeja alegrias, tristezas, até decepções
Me pego tomado de admiração e amor em Tua presença
Pois forjaste-me, cunhando-me em razão e esperança
Olhe pro céu
Liberte sua mão
O fardo acompanha
Não tenha salvação
As corrente presa no corpo e na mente
Dizem que somos apenas doente
É só uma destruição
Ninguém faz anda, mas quer evolução
Mal sabe que já está por vim
E se saber ainda vai dizer que não tá afim.
Ei Menina
Ei menina de corpo moreno
Menina de cabelo castanho
Menina que faz você se apaixonar
Ei menina sei que a vida não é fácil
Sei que as vezes queremos desistir
Mas também sei de seu coração
Que todos os problemas pode resolver
Quem eu era ?
Não!
É quem eu sempre fui
Eu não mudei eu cresci
Meu corpo ?
Só está readequado
Aos meus gosto.
Minha fé ?
Se eu não há
Tivesse eu não
Estaria aqui
Agora.
Eu corpo, eu terra.
A cada dia desprendo-me de mim
E sinto que não me quero de volta.
Encontrei uma janela distante da porta,
Parece sem volta.
O mesmo lugar por outra entrada.
Não quero voltar ao que era antes.
Me encontro em estado de enfermidade.
Estado esse diferente do de outrora,
Outrora enfermo.
Procuro um novo estado,
Ou... um não estado.
Uma nova mente.
Um espírito que vibra com algo terreno
E que me faz entrar em contato com um eu antes de qualquer estado.
Nada se diz de quando nada se era necessário transcrever.
O entardecer é lindo.
Amanhã irei vê-lo junto ao mar.
Me arriscarei a flutuar sobre as águas,
As águas se arriscam a se aprofundar em mim.
É onde se encontra o belo,
Foi o que disseram certa vez do coração,
Parte ignota do (eu) corpo.
O que há de profundo no solo?
Tudo o que se naturaliza com a alma
Se adapta no (eu) corpo.
Nada se difere.
(Eu) terra.
A cada dia prendo-me a mim mesmo.
Na verdade,
A cada dia deslizo ao meu encontro.
Ou ao encontro de um eu
Em outro estado,
Ou em estado algum.
Apenas tento saber mais sobre quem sou.
“Não há poesia mais bela
Que um corpo nu em carne viva
Sangrando lágrima de desejo
Ante o reflexo do próprio espelho.”
O desenho do teu corpo
Me desperta a luxuria
Quero apenas ficar louco
E te envolver nessa loucura
Num paraíso proibido
Um amor não prometido
Só vale enquanto dura.
Eu guardei por tanto tempo um amor tão grande
que não encontrei um corpo que o coubesse,
e se guardá-lo eu quisesse,
em você, que me pareceu grande o bastante?
Dependência
Por anos e anos você injetou
no meu corpo e na minha alma o seu doce veneno.
Você é a droga boa, a droga necessária
sem a qual não sei viver.
Por isso esta dependência que me mata,
esta abstnência de você que não posso suportar.
Você me estimulava, me alucinava e de repente...
não te tenho.
Eu te consumia, te cheirava, te comia, te bebia, te sorvia com voracidade,
você me consumia com ardor e agora... me vejo só.
O teu sorriso não existe em outra pessoa,
o teu corpo é singular, a tua voz, o teu olhar,
tuas mãos, tudo em você é único.
Esta voraz necessidade do teu corpo, da tua voz,
da tua presença nos meus dias...
Impossível me abster de você,
sem quem o meu corpo não funciona.
O meu pensamento não tolera a tua ausência
desde que você me aplicou a overdose letal de amor,
me aprisionando os instintos
e agora partiu, deixando-me aqui,
me privando da tua doce presença,
com todos estes sintomas que levam até você.
Sem você o meu organismo não funciona,
eu não sou eu, nunca serei eu.
Poderão encontrar, no chão frio, a prova
do quanto eu te necessito.
RESSUSCITO
Alua, caiu n'água...
Caiu n'água, abraçou seu corpo
e refletiu a silueta da sua aventura,
para minha trepida vontade...
E eu... Eu fiquei tenso, ao ver, a lua e a água
envolvendo os tic's tac's da minha felicidade.
Diante do fulgor da sua chama
fiquei sem fala, pasmei...
Rodopiei sob a minha centelha,
e nos relâmpagos do meu tremor...
O meu corpo em tempestade, trovejou,
e o meu sangue ferveu,
enquanto meu eco de voz gogo...
Gaguejou sob os timbres da volúpia
envolvendo ali, você e eu.
Encantado me queimei,
emaranhado nos laços dos meus sonhos...
Vaguei pelos trancos do seu labirinto
foi quando, acordei sob o escuro da minha noite...
Ressuscitando as palavras, do meu pensamento
e a, desenvoltura d'aquele sentimento escrito.
Antonio Montes
Uma amplidão de anil
Contemplo seu corpo celestial
Contorno com meus dedos cada risca
Cada linha e traço de sua colossal formosura
Como há de a ver algo tão belo?
Oh..meu céu cheio de graça
Me dê nem que seja um pouco dessa sua beleza
Resplandece sua imponência
Recebo no meu olhar seu infinito anil
Reconheço ao te contemplar minha insignificância
Rogo-lhe
Oh..meu céu cheio de graça
Me dê nem que seja um pouco dessa sua grandeza