Poemas Corpo

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Espírito Feminino...

O que é ter o espírito feminino em companhia de um corpo físico?
Desde o início dos tempos a mulher tem o seu real significado, a Dona do útero, da fertilidade, da bonança, da vitória, a geradora do filho(a) ela traz no ventre a força da Divindade da criação. Nela tudo se dá em detrimento ao poder do amor.
Falar sobre a mulher não é complexo é simplesmente magnífico pois ela detém o poder mesmo quando os falsos dogmas impostos por uma sociedade hipócrita vem descrevê-la e rotula-la como uma simples doméstica, pessoa comum com pequenas funcionalidades. Talvez seria o medo do Homem, da figura masculina em perder o poder para a mulher sem saber que mulher e homem é uma dualidade, é um complemente, é o sol e a lua, andam juntos e não em seguimentos distintos.
Essa é a minha reflexão sobre o poder da mulher em sua plenitude e a represento através da imagem de uma das mulheres de minha vida física e espiritual... Oxum, divindade dos Rios, Detentora do equilíbrio entre a família, a fertilidade, a saúde, o amor, a magia e a verdade dos sentimentos.
Salve a mulher, Salve o seu poder...

Te desenhei em meus sonhos
delineei cada curva do teu corpo
pintei seu olhar azul clarinho
e fiquei a admirar-te um bocadinho

Seus cabelos esvoaçantes
carestia benigna
simpatia por tua beleza
simpatia por tua delicadeza

Olhando suas formas
deslizando sem pressa de hora
desejando teu toque respeitoso
decifrando teu sorriso malicioso

Vividamente
intensamente
ardentemente
secretamente

Sentimentos impudicos
pensamentos puros
envolvendo-me estou
encontrando em ti, quem eu sou

SALVAÇÃO

A idade se apresenta na face...
Mais ainda no corpo lesado pelas drogas.
Bebida, cigarro...
Licitas, não?
Sim! Símbolos da ganancia do homem.
Prazer, descontração, até quando então?
Digo-vos que até levar-lhe ao chão.
Foi assim com meu pai, e por que não com você que fuma e bebe?
O rumo que tens é o caixão.
Posso ser dura, por que não?
Se a dor que me corrói me leva ao chão;
Não para dentro do caixão,
Mas sim com joelhos no chão me ponho a orar então.
O que busco?
A Salvação!

PRIMAVERA DE QUEM AMA
Teus cachos enrolam meu corpo,
Doce armadilha que me tira o sono,
Me dá uma dose a mais de vida,
Uma flor que nasce em meio às ruínas.

Somos dois terroristas num amor fatal,
Contra aqueles que quiseram nosso mal,
Os lírios no campo servem para te dizer,
Nosso amor é dia, primavera e amanhecer.

Somos bregas em meio aos recalcados,
Caretas em meio aos alucinados,
Mas, que se dane a opinião de terceiros,
Porque nosso amor é primeiro.

Alberto Ativista, escritor e poeta.
brasilporoutrosolhos.blogspot.com

queres saber da vida, não me perguntes
sou um corpo indigente, numa cova rasa, coberta de cal e terra úmida.
queres atinar do amor, não me indague
sou um mero espectador do sofrimento quotidiano, entre almas enclausuradas por este verbo.
queres saber da morte, não me interpele
sou um daqueles, que lhe tem lúdica, certeza demolidora, para cada corpo deste universo.

Escutar

Escutar com a mente afasta do que podia ser ouvido
Escute com o corpo interior e, quando escuta,
Desvie a atenção do pensamento
Crie um espaço de serenidade,
Assim, ouça realmente!

De um espaço para o outro se ver
Presente mais importante
Não poderá ser!
O pensamento domina a audição
Julga a visão
Foge a missão.

Missão de ouvir o Ser do outro
que só pode ser dito ao seu Ser
Que só escuta com o seu corpo interior
Que venha Agora, com o poder do agora,
o amor da união dos Seres em questão.

Quem faz isso sem palpetear,
sem achar que sabe aconselhar?
Julgar, medir, falar, negar,
Sem o amor encontrar.

Ofereça o seu agora
E, o amor se aflora!

Sinto cheiro de poesia quando desejo teu corpo
Ouço voz de poema quando lembro teus olhos
Escuto música quando te abraço em pensamento
Canto, quando penso em ti.

E na hora do banho
É que a gente chora
Aproveita que tá lavando o corpo
Lava também a alma
Manda a sujeira embora.

O sono que toma o teu corpo


Na pupila que aguça
por uma música qualquer
ou no tímpano que desperta eufórico
as quatro horas da manhã.

No sono que te amolece
tomando todo o teu corpo
reivindicando que adormeças.

Tens bigornas presas às pálpebras
anjos tentam selá-las
dedilham harpas douradas
e “pianam” solos para ti.
Mas, bravamente resistes.

O sono que toma o teu corpo
torna-te frágil,
vulnerável,
alvo fácil.

Já sentes os olhos caraminholando
o corpo lentamente vai cedendo
e a mente se acalmando.

O sono é como um mal- necessário-
sorrateiro te envolve em seus braços
num abraço apertado
toma teu corpo pra si,
controla-te.

Você resiste
luta
persiste.
Ao amanhecer,
já quase sem forças,
você cede
e adormece.

Vende-se: Um coração partido, uma cabeça cheia de idéias de recomeço que fracassaram e um corpo ausente de alma.
Vendo-os barato! Pois vejo que será só mais uma oferta no mercado.
Ou troco: Por um gato cego e um iô-iô sem corda.

Corpo bem desenhado
lindo e perfeito
que me faz cair em tentação
e uma chama acende em meu peito.

quero possui-la
oh corpo sedoso
ver sem panos, sem objetos
limpo e cheiroso.

contemplar as curvas
a anatomia do corpo
junta-lo ao meu, despido
deixar-me louco

e me render a força
a força da tentação
no teu belíssimo corpo
distribuir minha paixão.

Eu não sou sua.
Sou minha.
Minha de corpo e alma.
Eu me amo com meus defeitos e qualidade.
Sou como passarinho, gosto de liberdade.
Gosto de voar e de dançar com o vento.
Não me prenda....morro
Deixe meu coração livre ao seu lado e verás que não vou te abandonar, mais se me prender....
Confie em que você ama para que possa sempre te-la ao seu lado.
Você pode estar perdendo sem perceber sua última chance de ser feliz.
Ninguém consegue viver sem ar.
Me deixe livre... Preciso viver.

Seduza me com seu olhar,
me embriague com seu cheiro,
tortura me com seu corpo,
me amarre com os seus braços,
conquiste me com seus beijos
e ganhe meu coração inteiro!
Sergio Fornasari

O vazio da existencia


Cabeça vazia, corpo inerte, sentimentos nulos

Tudo muito estranho, sem sentido

O que é o vazio de não saber o quer ser

Não saber o que fazer

Sem animo para continuar

Mas continuar o quê? Se não se faz nada

Sensações fortes do desconhecido

Expectativas grandes e atitudes inexistentes

No vazio o cérebro apenas preenche o crânio

O coração apenas se acomoda no peito e bate sem ser ouvido

A respiração simplesmente cumpre sua rotina

E a alma está de repouso

A pele não transpira, nem se arrepia

Inércia, inércia… Será preguiça?

O corpo está parado, sem atritos, sem coragem

Deve ser a fase do vazio da existência?

Será que essa fase existe?

Ou será apenas uma desculpa para a preguiça?

Deste corpo que precisa submeter-se a uma força

E sair deste estado nulo

Contemplo teu corpo nu
Meus beijos te faz tremer...
Gemer... Suar... Enrijecer...
A luxúria nos domina...
Buscas meus côncavos
Beijo meu sabor nos teus lábios
Nessa gostosa brincadeira
Faço-te meu homem...
Dou minha rosa molhada.
Luly Diniz.
09/07/14.

"Dias tão longos, as horas não passam
A solidão, uma lágrima
A ferida aberta
No corpo, passível de costura
Na alma, como cozê-la?
Invisíveis, imperceptíveis
Gritantes, sufocantes
Sem previsão de cura
Amanhã? Um mês? Um ano?
Nenhum remédio, nenhuma tala
Nenhum unguento, nada sara
Apenas o tempo, mas ele não passa"

“Adormece o teu corpo com a música da vida.
Encanta-te.
Esquece-te.
Tem por volúpia a dispersão.
Não queiras ser tu.
Querer ser a alma infinita de tudo.
Troca o teu curto sonho humano
Pelo sonho imortal.
O único.
Vence a miséria de ter medo.
Troca-te pelo Desconhecido.
Não vês, então, que ele é maior?
Não vês que ele não tem fim?
Não vês que ele és tu mesmo?
Tu que andas esquecido de ti”?

Carta ao amor.

E quando chegar, venha inteiro,
De corpo, alma e exagero,
Esqueça aquele seu passado pesado e mal fadado,
Libere seu coração, sua vida.
Porque eu sou assim, inteira, e não aceito restos de tempo, de beijos,
de abraços,
lembranças que não são minhas.
Não vivo de sonhos reciclados e restos de amor!
Ou vem livre, ou Deus me livre.
Eu mereço ser amada por inteiro, ter seu coração, seu tempo e seus anseios.
Traga sua mala, e que ela venha vazia porque os meus cem por cento de amor às vezes transborda e contagia.

arrancou me do corpo
como quem despedaça flores
Tirou-me um beijo
como se quisesse me sugar
todo o desejo
de rapaz trabalhador

Fez de rimas, prosa.
Fez de mim, moleque, rapaz
Faz de todos, a cidade a cantar
Era Clarice, era Lispector
Era toda malandrice de seus olhos
a ninar

O rapaz trabalhador
Em suas curvas cair
Em seus versos, declinar
Prosas euforicas
de bafos etílicos
Feito homem
Feito rapaz

Morre o dia
Desperta Clarice
A noite é uma criança
A alegria é fugaz

Despe-me das roupas

Que me aprisionam o corpo

Despe-me das palavras

Que me asfixiam a mente

Despe-me de cada instante

Que me traz o teu sorriso

Despe-me de cada gesto

Onde o pensamento te inventa.

Despe-me das amarràs

Que me prendem a ti

Onde por momentos

encontrei paz no teu abraço

Nesse porto ,onde ancorei

a minha alma

Mas hoje liberto-me ,

Deste sentimento que me fez desejar

que o céu fosse azul

Onde tu não soubeste ser pintor,

na tela que te ofereci

Hoje tudo não passa de um quadro

de cores debotadas

num silêncio que fala ….

autor : Nanda Hansen