Poemas Corpo

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ANSEIOS ARDENTES

Sentindo-se ardente de amor
Refugiou-se em estado entorpecido
Em seu corpo ardia um clamor
Exalando um perfume indefinido

Foi assim que nesse seu devaneio
Viu-se envolta em teias de voal
Extasiando-se no calor de seus anseios
Saciou sua sede e fome carnal.

Tão avassalador o desfecho hormonal
De cujo sono sequer se desfez
Adormecida sentiu que era real
Quando acordou logo se refez...

mel - ((*_*))

Estuprastes minha mente,
roubastes meus pensamentos,
tomastes meu corpo, te nutrido
com o suco do meu prazer.

ALQUIMIA DO AMOR


Alquimia minha, sai de minha alma.
Banha o meu corpo com as uvas da vinha
Transforma o aço do meu coração
Para que as minhas letras viajem bailando
Nas páginas de um livro velho em forma de linhas
As letras que escrevo, transformo no que eu sinto
E as palavras que exprimo são os meus desejos
Banho-me no vinho doce dos Deuses
Ainda que os meus pensamentos sejam devaneios
Por conta de meus anseios, a minha escrita
É transformada em poesia que eu tanto amo
Alquimia dos nossos sonhos, cinzas do nosso passado
Semeemos hoje as sementes em terra fértil e reguemos
Para colhermos as flores, os frutos de amanhã
A vida continua e ensina-nos que tudo muda.
E sobre elas está a alquimia do amor, dos nossos sonhos.

Desperta em mim o desejo de ser só tua.
Faz de mim teu lugar seguro.
Me ame com teu corpo e me deseje com teu coração.

Amor é mais do que dizer.
Por amor no teu corpo fui além
e vi florir a rosa em todo o ser
fui anjo e bicho e todos e ninguém.

Manuel Alegre
Obra Poética

A liberdade do homem é uma ilusão quando comparada a prisão do espírito humano no corpo.

"Reflexões". Resende, 07 de 2016.

Cantemos pois (fragmento dos Três Contos)

Trôpego à esmo em labirínticas vielas.
Corpo em espasmos devido à frialdade.
Pensamentos inconsistentes à realidade,
São lindas pinturas de feias aquarelas.

São olhos que vêem qual anjo o algoz.
O qual tece a arte tão bem aceita,
"se há o plantio tem de haver a colheita ",
E deixam aos deuses a vergonha por nós.

E choram um brado de ignota agonia.
Se sofrem é de uma mental patologia.
Prefiro a poesia que há no caixão.

Deita ao lixo tua bela sinfonia.
Guarda teu canto, amante da hipocrisia.
Chegada é a hora de cantarmos podridão.

Passo o dia pensando em você
Viciei nesse teu sorriso
Teu abraço é meu abrigo
O seu corpo aquece meu coração

AMO-TE

Amo-te ao luar
Amo-te à chuva
Senti-te na praia
Na areia quente
O corpo queima
Na noite esquecida
Sacias a sede
Cansas a mente
Cansas o corpo
É nos teus braços
Que eu amo estar
Fresca a tua boca
Sabe a romãs
Cheia de amoras
Da brisa do mar
Seca o deserto
Do nosso alento
Choro ao sol
Choro ao vento
Tempestade da vida
Amo-te a chuva ao luar.

Meu corpo é feito de espadas.
Meu sangue é de ferro, e meu coração é de vidro.
Superei inúmeros campos de batalha sem derrotas.
Sem jamais recuar,
E sem jamais ter sido compreendido.
Sempre sozinho, na colina de espadas intoxicado com a vitória.
Assim, essa vida não possui um sentido.
Este corpo não é nada além de uma espada.

Quisera eu deliciar minha boca com teus beijos.
Quisera eu cobrir meu corpo com o teu.
Quisera você matar meus desejos.
Ah! Quisera você amor meu!

Carta ao amor.

E quando chegar, venha inteiro,
De corpo, alma e exagero,
Esqueça aquele seu passado pesado e mal fadado,
Libere seu coração, sua vida.
Porque eu sou assim, inteira, e não aceito restos de tempo, de beijos,
de abraços,
lembranças que não são minhas.
Não vivo de sonhos reciclados e restos de amor!
Ou vem livre, ou Deus me livre.
Eu mereço ser amada por inteiro, ter seu coração, seu tempo e seus anseios.
Traga sua mala, e que ela venha vazia porque os meus cem por cento de amor às vezes transborda e contagia.

arrancou me do corpo
como quem despedaça flores
Tirou-me um beijo
como se quisesse me sugar
todo o desejo
de rapaz trabalhador

Fez de rimas, prosa.
Fez de mim, moleque, rapaz
Faz de todos, a cidade a cantar
Era Clarice, era Lispector
Era toda malandrice de seus olhos
a ninar

O rapaz trabalhador
Em suas curvas cair
Em seus versos, declinar
Prosas euforicas
de bafos etílicos
Feito homem
Feito rapaz

Morre o dia
Desperta Clarice
A noite é uma criança
A alegria é fugaz

Despe-me das roupas

Que me aprisionam o corpo

Despe-me das palavras

Que me asfixiam a mente

Despe-me de cada instante

Que me traz o teu sorriso

Despe-me de cada gesto

Onde o pensamento te inventa.

Despe-me das amarràs

Que me prendem a ti

Onde por momentos

encontrei paz no teu abraço

Nesse porto ,onde ancorei

a minha alma

Mas hoje liberto-me ,

Deste sentimento que me fez desejar

que o céu fosse azul

Onde tu não soubeste ser pintor,

na tela que te ofereci

Hoje tudo não passa de um quadro

de cores debotadas

num silêncio que fala ….

autor : Nanda Hansen

Um político sem caráter é o alimento expurgado pelo seu próprio corpo,
o qual o transforma naquilo que ele quis fazer na vida pública
o que costumeiramente faz na privada.
(Sócrates Di Lima)

Lembro de seu rosto
Lembro de seu olhar brilhante
Lembro de sua boca marcante
Lembro de seu corpo radiante
Lembro de você meu diamante

O amor é como uma doença
Que se apodera do corpo
Que se apodera da mente
Que se apodera da alma

O amor é uma droga
Que se apodera dos seus atos
Que se apodera de suas ações
Que se apodera de seus pensamentos

O amor é uma doença: Incurável
O amor é uma droga: Viciante

Toquei o teu corpo sem pressa
No desnudo do nosso querer
Teus gemidos eram tão meus
Meu corpo sedento só seu
Uma química do amor

POEMA INEFÁVEL

Em um desejo fecundo o instante
Como o etéreo lume do meu corpo,
No rútilo semblante do meu rosto.
E inerte como o tempo de meu pranto.

Em um momento estéril e obstante,
Em seu corpo ausente e encantador,
E de arte e beleza dois amantes
A presente chama e seu calor.

Submerso momento criador
Indizível e obstante amor,
Onde existe o belo e a presente dor.

Rosto de menina...
Corpo de mulher...
Nesses seus olhos eu quero me perder...
Nesse seu corpo desejo todo ele conhecer...
e na sua boca finalmente me render!
Sergio Fornasari