Poemas com Rimas de minha Rua
O que eu odeio é que algum dia tudo se reduzirá a nada, os amores, os poemas. Acabaremos recheados de terra como um taco barato. Que coisa mais triste, tudo é tão triste - a gente passa a vida inteira feito bobo pra depois morrer que nem besta.
Árvores são poemas que a terra escreve para o céu.
Nós as derrubamos e as transformamos em papel para registrar todo o nosso vazio.
Voa um par de andorinhas, fazendo verão. E vem uma vontade de rasgar velhas cartas, velhos poemas, velhas cartas recebidas. Vontade de mudar de camisa, por fora e por dentro... Vontade... para que esse pudor de certas palavras?... Vontade de amar, simplesmente.
Liberdade
Aqui nesta praia onde
Não há nenhum vestígio de impureza,
Aqui onde há somente
Ondas tombando ininterruptamente,
Puro espaço e lúcida unidade,
Aqui o tempo apaixonadamente
Encontra a própria liberdade.
Tecendo a manhã
Um galo sozinho não tece uma manhã:
ele precisará sempre de outros galos.
De um que apanhe esse grito que ele
e o lance a outro; de um outro galo
que apanhe o grito de um galo antes
e o lance a outro; e de outros galos
que com muitos outros galos se cruzem
os fios de sol de seus gritos de galo,
para que a manhã, desde uma teia tênue,
se vá tecendo, entre todos os galos.
E se encorpando em tela, entre todos,
se erguendo tenda, onde entrem todos,
se entretendendo para todos, no toldo
(a manhã) que plana livre de armação.
A manhã, toldo de um tecido tão aéreo
que, tecido, se eleva por si: luz balão.
Bola de futebol... é um utensílio semivivo,
de reações próprias como bicho,
e que, como bicho, é mister
(mais que bicho, como mulher)
usar com malícia e atenção
dando aos pés astúcias de mãos.
A Viagem
...E quando eu partir,
quero ir com dignidade.
Assim,
sem louça suja na pia,
o banheiro e o quarto,
todos bem arrumadinhos.
Na sala, porém,
que deixem a TV ligada,
e que seja num Telejornal,
porque a vida segue.
Nada acabou.
Sou eu apenas que vou passear,
alí, naquele outro mundo,
sem mala, nem passaporte,
levando só comigo
o cheiro infinito do nosso amor...
(Dinho Kamers)
Muro de lágrimas
Renato Nova– 05/12/2007
Não vejo mais a beleza do luar pela janela
O coração já não bate mais contente
Tudo esta frio, insano, frágil, diferente!
A chuva molha o concreto da parede
Muro de minha prisão, minha única visão.
Momentos belos estão sendo esquecidos
Apenas sombras estão ao meu lado,
Sinto-me só, triste, vazio, abandonado.
Mesmo não havendo mais motivo
Neste quarto escuro, pela janela, só o muro...
Tento ser forte, escondo minha dor.
Uso falsas máscaras de felicidade
Porém este sofrimento não tem piedade...
Olho pela janela, não há luar, apenas um muro!
Molhado pela chuva e por minhas lágrimas.......
Renato Nova
Solidão
Gosto de estar sozinha
gosto deste silêncio
repleto de palavras
de versos e rimas...
Aprecio minha companhia
e transformo a solidão
em doce poesia...
Pra chegar até aqui
Já não sei quantas folhas gastei
Quantas rimas inventei, tentei e remendei
Para que pudesses ouvir
O amor que sinto por ti.
É difícil compactar
O mais belo dos sentimentos
Em simples versos.
São versos simples,
Que a cabeça transmite à mão
O que meu insano coração não consegue resumir.
Se ele tivesse vida própria
Pularia do meu peito
e iria a ti,
Para ver os teus olhos,
Os quais conseguiram me seduzir.
O AMOR CHEGARÁ
Somos as rimas da canção
Somos o reflexo do luar
Somos mais que coração
Somos almas a navegar
Entre versos de poemas
Entre luzes a cintilar
Venceremos as tormentas
E o amor nos chegará...
Vivo assim,
entre tropeços e ganhos.
Vivo em um mundo só meu,
amo canções, versos e rimas.
Perco-me em meus devaneios.
Entre idas e vindas
escrevo minhas rimas,
descrevo o amor
sem esquecer da dor
sou animal pensante
eterno amante
Essa vida é bandida
e a morte a guarida.
Sou eu que escrevo
e ouço bastante
a experiência da vida
me proporcionou...
a vida é assim mesmo
um se vão
os outros ficam
mas sempre temos bons amigos
Agora solitário
neste instante ruim
só me resta
escrever, rimas sem fim
Tenho medo das sombras
é verdade
Deus me carrega nos braços
Ele me ensinou o amor
amor de verdade
respiro...
transmito...
eu,
esta realidade
Problemas existem
para mostrar o caminho
o lugar da felicidade
meus versos refletem
aquilo que sinto de verdade
Sigo confiante
tropeço e
sempre me levanto.
Sou teu seguidor,
sou cavaleiro errante.
Quis dizer em forma de poema
as belezas da vida ao teu lado
mas sem rimas, sem esquemas
só pude dizer:
"TE AMO!
Quis dizer em forma de canção
a alegria em que me encontro
mas com a voz do coração
só pude exclamar:
"TE AMO!
Quis dizer em forma de pensamento
o que me vai no íntimo,
mas com a força do meu sentimento
só pude gritar:
"TE AMO!
Quis, tentei, foi em vão
agora não mais canto ou exclamo
olho para teu sorriso, teus olhos
e sinto apenas:
"TE AMO!
ESQUEÇA
Esqueça nossos versos, apague nossas rimas,
Façamos da antiga felicidade, um segredo.
Destrua as esperanças, apague as lembranças,
Deixemos de escrever o nosso enredo.
Apague aquelas fotos,
As mesmas onde todos nos viam felizes.
As que enganam os olhos...
Escondem as mais profundas cicatrizes.
Esqueça tudo o que vivemos,
Esqueça que um dia pareceu inesquecível.
Lembre apenas que tudo foi bom um dia,
De uma forma que parecia impossível.
Deixa passar a ideia que poderia ter sido amor,
Assuma de vez que foi pura ilusão.
Deixa-me ter a certeza que nada nunca mudou...
Que na verdade eu jamais alcancei teu coração.
Faça-me acreditar que foi tempo perdido,
Permita-me esquecer teu cheiro, tua boca, teu gemido.
E quanto a não ter espaço em tua vida, não se preocupe...
Isso já é fato compreendido.
Eu sendo poeta
Me pediram para rimar,
Mas não sou bom em rimas
Mas sim em encantar.
Posso não saber rimar
Mas dou o meu melhor
E mostro o que eu quiser mostrar.
Nada é como queremos
Pediram-me para rimar
E eu disse venceremos
E vamos nos contentar.
Minhas Propostas Podem Ser Fracas
Minhas Rimas Serem Espontâneas
Mas Meus Sentimentos Sempre Serão ... Verdadeiros